quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Assassinos em massa




O presidente do Sudão, al-Bashir, é um dos piores assassinos em massa do mundo.

Denunciado pelo Tribunal Penal Internacional por genocídio, massacrou durante 20 anos, repetidamente, comunidades inteiras que lutaram para o retirar do poder.

Bombardeou sem dó nem piedade mulheres e crianças nas montanhas Nuba enquanto os seus soldados, de porta em porta, iam degolando famílias inteiras.

O mundo, as grandes potências mundiais, têm tido uma posição demasiado contemplativa face a estes “Hitlers” e às suas políticas altamente repressivas e criminosas. E tudo, mais uma vez, por causa do “ouro negro”, do “sagrado petróleo” controlado pelo governo sudanês.

Têm reservas de petróleo, riqueza, mas um povo faminto e paupérrimo, um povo moribundo.

As imagens que nos chegam destes ditadores e das suas acções contra o próprio povo em nome das oligarquias reinantes, particularmente na África e Médio Oriente, deviam levar-nos a pensar que uma outra diplomacia internacional terá de ser encetada em nome da democracia, da liberdade, do direito a uma vida com paz para todos e a uma existência digna.

Nada deverá impedir que os países com mais capacidade de intervenção e de organização ajudem esta gente no combate a criminosos e ladrões como al-Bashir e tantos al-Bashirs por esse mundo fora.

Um combate para o qual todos devem estar sempre alerta, sob pena de desaprendermos a lição que a História nos ensina todos os dias e que tantas vezes desvalorizamos, seja nos jornais, nas TVs, nas aulas, nos emails que recebemos.

É revoltante ver morrer inocentes às mãos dos seus próprios governantes e das impunidades de que gozam.

Prepotentes, matam o seu próprio povo com armas mas também com a fome, a sede, a falta de investimento e a não exploração sustentada dos seus recursos naturais dos quais só os próprios beneficiam - uma minoria!

Fome de alimentos mas também de justiça.

É impossível imaginar o desespero e o terror que estes povos sofrem nas mãos destes ditadores mas não é impossível combatê-los.

Nazaré Oliveira

FONTES:

Genocídio e limpeza étnica ameaçam Sudão
Exército do Sudão do Norte é acusado de cometer assassinatos étnicos



Sadismo, crueldade, morte... Nada os faz parar


  
 
 




Ovacionam golpes mortais desferidos sem piedade no corpo de quem mal nunca lhes fez e que, ainda que lhes fizesse, em sua defesa seria, certamente.

Ao que leva a fome de sadismo e a crueldade!

Num cenário de dor e martírio ninguém tem compaixão.

Ninguém vê no outro um ser que também sente o medo e o pressentimento de um fim que se aproxima e que traiçoeiramente lhe tinham reservado.

Ninguém ousa ser alguém. Alguém com dignidade.

Embriagados com o sangue quente que borbulha e escorre pelo lombo do animal, a histeria da multidão não deixa que se ouçam os seus urros de dor a cada ferro espetado, fundo, bem fundo, rasgando a carne lentamente, muito lentamente, no seu corpo violentado e cada vez mais enfraquecido por uma luta desigual que lhe rompe as entranhas.

“Touro! Oh touro”, gritam-lhe ao longe.

Fintam-no. Gozam-no. Desesperadamente, investe como quem descobre o quanto enganado e usado foi. Mas é tarde!

O sangue inunda-lhe já os pulmões, a garganta, o peito, as narinas. Fraquejam-lhe as patas. Ajoelha. Mas nada pára os seus carrascos. Nada os faz parar.

Nem os que estão na arena nem os que estão nas bancadas.

O corpo magnífico do animal estremece cada vez mais e enfraquece em cada investida que faz.

Agonizante, olha o carrasco como quem pede clemência.

Busca, aterrorizado, um canto, uma pausa, um momento de paz que não achará.

Parado na imensidão cruel daquele círculo infernal que o aprisiona, cai pesadamente sobre a terra marcada pela dor e pela crueldade.

Ninguém lhe vale.

À sua volta, gente enlouquecida e excitada com a visão de uma tortura que à morte levará.

Resiste, corajosamente resiste, uma e outra vez, enquanto a música estridente acompanha o princípio do seu fim e galvaniza a multidão.

Fraquejam-lhe as patas dianteiras. O seu olhar é já escuridão e do seu peito, ainda, um sopro de vida que a custo sustém.

Contorce-se com dor, prende-se-lhe a saliva, o sangue sufoca-o cada vez mais e tenta desesperadamente soltar “os ferros” que o rasgam por fora e por dentro.

O seu corpo tomba devagar, penosamente devagar, sobre a terra manchada de sangue vivo, vermelho, mas que revoltada negro o tornou. 

Completamente agonizante, perdido no meio da multidão sádica que de pé lhe sorri e lhe acena, já não ouve, não pede, não sente.

O seu olhar já tem o brilho da morte.



Nazaré oliveira

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Florestas - Clima

Spending more on forests could reap enormous benefits – UN report
Ensuring good governance of the world's forest resources is key to combating climate change
5 June 2011

Investing a relatively small amount each year in the forestry sector could halve deforestation, create millions of new jobs and help tackle the devastating effects of climate change, according to a United Nations report released today to mark World Environment Day.
The report, “Forests in a Green Economy: A Synthesis,” finds that an additional $40 billion spent each year in the forestry sector – or just 0.034 per cent of global gross domestic product (GDP) – could result in substantial environmental improvements.
The rate of deforestation could be halved by 2030, the number of trees planted could rise by 140 per cent by 2050 and as many as 30 million new jobs could be created by that same year.
Achim Steiner, Executive Director of the UN Environment Programme (UNEP), which issued the report, said forestry is one of the key sectors capable of helping the world transition to a 'green economy' model that is resource-efficient and low in its use of carbon.
“There are already many encouraging signals; the annual net forest loss since 1990 has fallen from around eight million to around five million hectares and in some regions such as Asia, the Caribbean and Europe forest area has actually increased over those 20 years,” he said.
The area covered by freshly planted forests has also grown from 3.6 million hectares in 1990 to just below five million hectares last year.
Jan McAlpine, the Director of the Secretariat of the UN Forum on Forests, said the capacity of poorer countries to switch to green economies and protect their stocks of forests needs to be strengthened.
“Encouraging a transition to green economies will require a broad range of financial, regulatory, institutional and technological measures,” she said.
Forests and the benefits they provide represent the theme of this year's World Environment Day, which is marked every year on 5 June. This year is also the UN-declared International Year of the Forests.
Celebrations are being held across the globe, including in India, which is this year's designated host.
On Friday Secretary-General Ban Ki-moon described forests as central to economic development, poverty reduction and food security.
“By reducing deforestation and forest degradation we can make significant progress in addressing the combined threats of climate change, biodiversity loss and land degradation,” he said in a message to a forestry conservation meeting held in Brazzaville, Republic of Congo.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Portugal, beleza inesgotável!

Um trabalho MUITO BEM FEITO!

“Portugal, the beauty of simplicity”, produzido pela Krypton Films, foi distinguido em Varsóvia com o 2º prémio na categoria “The best film promoting country, region or city”, entre 220 filmes internacionais candidatos. 
O filme conta ainda com a banda sonora do compositor português Nuno Maló, nomeada para os Jerry Goldsmith Awards 2011 na categoria de “Best Promotion Score”.

 Ao longo de quatro minutos apresenta os principais atractivos turísticos de todas as regiões do País  – do mar e da natureza à gastronomia, passando pela oferta cultural, pelo golfe, o surf, as paisagens humanas ou a animação nocturna, num registo entusiasmante.

domingo, 7 de agosto de 2011

Cântico Final - Aparição

 

Dois dos primeiros livros que li, de Virgílio Ferreira, e que marcaram para sempre o meu gosto por este autor. E já lá vão muitos anos!

Os horizontes da interrogação existencial que toda a obra de Vergílio Ferreira visa, anunciam-se já em Cântico Final (1960), uma obra intimista que retrata um personagem cujos contornos se definem à medida que o vaivém da sua memória se envolve em torno de indivíduos e acções dominantes. Foi de tal modo apaixonante que parti de imediato para a leitura do Aparição, que adorei.

João Palma Ferreira, a propósito de Virgílio Ferreira, escreveu: “toca os extremos da riqueza lírica e intimista e os da realidade concreta, não para os tentar fundir num conjunto harmonioso mas para os fazer contrastar”.

O tema essencial de toda a sua obra foi certamente o da procura do sentido da existência num universo sem sentido, fazendo-o navegar no que Eduardo Lourenço chamou um "niilismo criador" e um "humanismo trágico", explorando até à exaustão o tema do "eu", ao mesmo tempo eterno e inscrito na finitude, a mesma finitude que o embrenha na temática da morte, num homem que heroicamente, e também angustiadamente, suporta o desafio da finitude.

"Tenho a corrupção lenta do tempo, tenho a eternidade a executar". Eis, numa breve expressão de Rápida a Sombra, a dimensão trágica do seu pensar, onde se desenrola uma intensa reflexão sobre o corpo e a morte. Há em todo o homem são um impulso para um mais daquilo que se é no presente, e que jamais se alcança, ou que se sabe jamais poder alcançar-se ("um apelo ao máximo" que vem do máximo que o homem é), num processo infindo a que só o absurdo da morte põe termo: "Na profundidade de nós, o nosso eu é eterno, e todavia é justamente o corpo que nos contesta a eternidade".

No entanto, novo conflito deflagra entre essa exaltação divinatória, e a consciência trágica da sua corruptibilidade e da sua objectiva degradação, lançando o homem na angustiante consciência da sua "infinitude limitada", e ao mesmo tempo no plano heróico de saber que a morte o espera, devendo viver "como se ela não contasse", ou, como escreveu em Nítido Nulo: "viver a eternidade e, num momento de distracção, cortarem-lha rente".

Atravessa a sua obra o discurso da solidão, como um dos aspectos mais profundos da condição humana, sempre acompanhado pelo silêncio que advém do abandono da entidade divina. As personagens de Vergílio Ferreira assumem um papel questionador, procurando sentido, uma vez que o mundo aparecia sob a forma de uma absurda estupidez.

Cons.:

CAVALOS AZUIS

Cavalos azuis
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CAVALOS AZUIS (1911), um dos trabalhos fantásticos de Franz Marc (1880-1916) que mais aprecio.
 A adoração pelos animais levou-o a integrá-los com frequência na temática das suas composições, sobretudo os cavalos.
Franz Marc acreditava que os animais estavam em perfeita harmonia com a Criação.
Nesta pintura, encontrou as formas por intermédio de uma pincelada larga, rotunda e rítmica, ao mesmo tempo que libertou as cores da dependência naturalista.  
A cor é assumida num sentido expressivo mas, também simbólico, remetendo para uma certa espiritualidade da pintura.
Por exemplo, o azul seria símbolo de virilidade, o amarelo de suavidade e o vermelho paixão. Assim, apesar das referências figurativas, o pintor pretenderia aproximar-se de registos poéticos nos quais a cor representaria um papel mais lírico que representativo.
“O valor espiritual e a expressão poética distinguem-se de qualquer relação com o mundo visível”.
No caso do trabalho que aqui publico, os cavalos azuis, serviriam de emblema ao movimento “O cavaleiro Azul” que fundou com W. Kandinsky (1866-1944), outro grande pintor. Os artistas que faziam parte deste movimento, estiveram ligados por atitudes comuns relativamente à arte, embora as suas obras não tenham características idênticas. Quiseram ver a Natureza e o Homem “numa grande unidade existencial”, pretendendo construir um quadro a partir das experiências, dos sentimentos subjectivos e das sensações de cada um, mas com um sentido global, de modo a ser compreendido por todos como uma alegoria de construção místico-intimista do mundo, como ele próprio afirmou.

Bibliog. cons.:
NUNES, Paulo S., História da Cultura e das Artes (12). Lisboa: Lisboa Editora, 2006.
VÁRIOS, Histoire de l´Art, Peinture, Sculpture, Architeture, ed. Hachette Éducation, , Paris, 1995.

Para saber mais:
http://en.wikipedia.org/wiki/Der_Blaue_Reiter
http://pt.wikipedia.org/wiki/Franz_Marc

http://www.google.pt/search?q=franz+marc&hl=en&rlz=1R2ADFA_pt-PTPT380&biw=1280&bih=593&prmd=ivnso&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=ArM-Tr-5F8aGhQe666DUBQ&ved=0CDUQsAQ


Neste vídeo, trabalhos de Franz Marc com um fundo musical magnífico de Schuman.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

VAMOS ACABAR COM AS TOURADAS

 clicar nas imagens para ampliá-las



É FUNDAMENTAL SABER A VERDADE E CONHECER O QUE OS DEFENSORES DAS TOURADAS ESCONDEM E MUITOS NEM SABEM!



Publiquei no FB e e-mail este terrível documento (vídeo) e continuarei a fazê-lo frequentemente. Custa muito vê-lo mas mais custa saber que não o divulgando contribuirá, certamente, para a manutenção dos argumentos estupidificantes daquelas mentes perversas, que combatem as suas frustrações sacrificando, torturando até à morte um animal fantástico, inocente, pensando exorcizar deste modo os seus demónios domésticos e as suas frustrações sexuais, alimentando um machismo que tresanda e apodrece nas palavras e nos gestos de quem valente se faz à custa do “jogo sujo” e da cobardia, como sempre soubemos mas que eles sempre negam.
Eles, os toureiros a pé, a cavalo, os forcados, os ditos aficionados, excitados com a visão de uma morte lenta que sublima os seus recalcamentos e os torna, por momentos, seres superiores aos seus próprios olhos mas infinitamente inferiores aos olhos da Razão.
Se nós, que defendemos a vida com dignidade para todos os animais, a compaixão, o respeito, o fim da tortura, o fim de espectáculos sanguinários com o sacrifício de animais, a exploração desumana dos mesmos, quer nos circos, “jardins” zoológicos, guarda de habitações e terrenos, quer na forma brutal como o homem os utiliza para seu proveito e lucro financeiro, caso dos aviários e vacarias industrializadas, criação de porcos, matadouros … se nós não dermos voz a esta pobre gente e denunciarmos a horrenda realidade, quem mais o fará?
Numa altura em que as tecnologias de informação e comunicação fazem parte intrínseca do nosso quotidiano, facilitando os contactos, divulgando mensagens e reforçando as relações entre todos nesta aldeia global, não há desculpa para não utilizar, por exemplo, as redes sociais, como meio e estratégia privilegiada para a união de todos os que querem derrubar os lobbys instalados que vivem do espetáculo e do comércio da morte, caso da tauromaquia, bem como, de quem os subsidia e apoia.
Se nada fizermos, se nem a divulgação de materiais como este divulgarmos, de que valerá dizer sou contra as touradas se nada fizer para dar força e concretizar essa aspiração, desejando pôr fim a esse maldito entretenimento, sádico e chocante, deprimente e horrendo.
Já vimos que a luta tem que endurecer e que essa luta jamais vingará sem a nossa adesão e participação activa.
Temos que agir mais vezes, falar menos e sermos mais.
Sair para a rua com as associações e mostrar desassombradamente a nossa indignação, escrever nos jornais, blogues, facebook, intervir no nosso círculo de amigos, à mesa do café, nas escolas, estarmos receptivos às informações das diferentes organizações de defesa da vida animal, ajudá-las no que pudermos, divulgando as suas acções e, sobretudo, marcando presença nos momentos cruciais em que a nossa força se medirá, “para o outro lado”, não pelo número de apoiantes ou associados que existem mas pelo número dos que estão na rua e dali não arredam pé.
Não há nem nunca houve lutas fáceis mas, mesmo difíceis, só delas sairá a vitória que pretendemos. Vitória sobre a ignorância, a crueldade, o sadismo, a estupidez e a boçalidade.
Por favor, divulguem. Divulguem até à exaustão!
Está nas nossas mãos acabar ou perpetuar esta crueldade e desmascarar os argumentos dos seus amantes, porque a maioria destes nada sabe sobre os maus-tratos e torturas infligidas (caso dos exemplos que o vídeo mostra), execráveis, brutais, e que fazem parte da “preparação” do touro para a lide.
Compete-nos a nós, defensores dos direitos dos animais não-humanos, neste caso, dos touros, revelar a verdade que se esconde atrás das tábuas. Somos os únicos que podemos esclarecer verdadeiramente os que ainda defendem as touradas, porque não sabem o que há muito nós sabemos e porque nada nos move a não ser a compaixão e o respeito que todos os animais nos merecem.
Partilha este vídeo. Partilhem. Mesmo que ao partilhá-lo as lágrimas vos corram pela cara abaixo.
Divulga este vídeo. Divulguem. Repetidamente. A todos os vossos contactos. Até à exaustão.
Por favor, que essas lágrimas que se soltam sejam a força que libertará aqueles pobres seres, torturados e assassinados lentamente ao som das palmas e olés que também ajudam a matar.
Por favor, é agora! Juntemo-nos todos para acabar com isto!
As associações de defesa dos animais que iniciem a mobilização mas que ninguém deixe de as apoiar nas suas acções e esforçar-se por estar presente nas mesmas.
A luta contra as touradas deve ser, para nós, uma das lutas prioritárias na nossa agenda de vida!
Isto não pode continuar e a ordem dos veterinários também deve assumir as suas responsabilidades neste espectáculo de enorme sofrimento, pelo que faz ou pelo que devia fazer e não faz, pelo que esconde e as razões porque o faz, ou porque faz de conta que não sabe ou que não vê. Também tem culpas no cartório como sempre têm os que não agem com ética e deontologia profissional, mais preocupados que estão em defender os lobbys e a promovê-los do que com a dignidade da vida animal.
Tenho a certeza que esta nossa luta sairá vitoriosa se nós, de uma vez por todas, a enfrentarmos com mais dureza e maior adesão a nível nacional, servindo uma estratégia conjunta devidamente planeada por todas as organizações de defesa dos animais portuguesas e, por que não, espanholas.  
Nazaré Oliveira

Para quem quiser ler mais sobre este assunto...