Antigos aliados de Trump condenam as suas afirmações sobre a Ucrânia e sobre Zelenski. De facto, é inqualificável o que o ditador Trump tem dito e feito! Inqualificável e da maior injustiça.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025
TRUMP: ignorância e perversidade
terça-feira, 4 de outubro de 2022
Rússia - A Revolução virá de dentro
A minha esperança é que uma revolução que venha de dentro da própria Rússia, traga a mudança efetiva de regime e devolva o poder ao povo. Verdadeiramente.
A
contestação de rua, sobretudo de jovens, nas principais cidades, e apesar da
dura repressão, são um sinal inequívoco de uma mudança anunciada.
Assim ela
venha, rapidamente.
Nazaré Oliveira
Ver aqui:
https://exame.com/mundo/guerra-na-ucrania-mais-de-800-pessoas-sao-detidas-em-protesto-na-russia/
https://exame.com/mundo/guerra-na-ucrania-mais-de-800-pessoas-sao-detidas-em-protesto-na-russia/
https://pt.euronews.com/2022/02/25/protestos-na-russia-contra-a-guerra
https://www.publico.pt/2022/03/06/mundo/noticia/4300-detidos-russia-manifestacoes-guerra-1997793
https://www.tsf.pt/mundo/acordar-no-lado-errado-da-historia-portuguesa-conta-como-tem-sido-a-vida-em-moscovo-14663899.html
terça-feira, 27 de setembro de 2022
"Não há volta a dar-lhe": ou se é pela Rússia ou se é pela Ucrânia
"A ONU
apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.916 civis mortos e 8.616
feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais".
Infelizmente, agravar-se-á este número com a mobilização de milhares de russos
decidida por Putin para continuar o seu programa de crueldade e morte contra
ucranianos e contra os que, mesmo russos, se opõem ao seu ideário extremista e
belicista.
Esta guerra que Putin iniciou, porque de guerra se trata, também nos diz
respeito e nos merece a maior atenção e apreensão, uma vez que estão em causa
valores e princípios completamente espezinhados pelo mesmo, como o respeito
pela soberania das nações, pela sua independência, pelas disposições da Carta
das Nações Unidas, pelos Direitos Humanos e pelo Direito Internacional.
Nada justifica o que está a acontecer, exceto o desejo imperialista de um homem
que, pela violência e pela força, negando a História recente da Europa a a
partir de 1989, quer fazer renascer os horrores pelos quais passaram as ditas
democracias populares e ressuscitar a velha e prepotente URSS.
Quem não critica abertamente Putin por tudo isto que tem feito também é como
ele.
Neste contexto, e perante os factos e esta terrível realidade, não há lugar
para os que, estranha e cobardemente se escondem na "abstenção" ou
comodamente se viram contra os países que estão a ajudar a Ucrânia.
Isto nunca foi operação militar especial, mas guerra. Guerra!
"Não há volta a dar-lhe": ou se é pela Rússia ou se é pela Ucrânia.
Nazaré Oliveira
Já agora, para consulta
terça-feira, 15 de março de 2022
O presidente Vladimir Putin está a abusar da História para justificar a invasão da Ucrânia
É com choque e horror que testemunhamos os acontecimentos que se desenrolam na Ucrânia, iniciados por ordem do presidente russo, Vladimir Putin, de invadir o país.
O presidente Vladimir Putin está a abusar da História para justificar esta invasão e o ataque armado ao estado soberano da Ucrânia. Baseia-se numa visão unilateral da História que glorifica a Rússia e caracteriza erroneamente o povo ucraniano e o seu governo democraticamente eleito. Ele abusa da História para deslegitimar as atuais fronteiras da Ucrânia.
Putin, a sua liderança e os mídia controlados pelo Estado, promoveram o sentimento anti-ucraniano ao disseminar falsidades centradas numa narrativa de “desnazificação” do governo. A equação da atual administração e do povo da Ucrânia com nazis e colaboradores nazis é a-histórica. As alegações de que a Ucrânia não tem tradição de Estado são falsas.
A EuroClio posiciona-se firmemente contra o abuso da História – o uso da História com a intenção de enganar. O uso da violência que testemunhamos atualmente mostra até onde isso pode levar. Acreditamos que é imperativo que historiadores e educadores de História estejam vigilantes e se manifestem contra tais abusos sempre que possível, tanto dentro quanto fora dos ambientes educacionais.
Estamos solidários com o povo da Ucrânia, que viu o seu território invadido e a sua segurança ameaçada. Também estamos com todas as pessoas que, na Rússia, também estão em choque e protestam contra as ações do seu governo.
Os nossos pensamentos vão, em particular, para os nossos colegas na Ucrânia que estão em perigo e com quem trabalhamos há décadas para promover o entendimento mútuo por meio da Educação. Esperamos vê-los em breve, com segurança.
Que possamos testemunhar o fim deste sofrimento o mais cedo possível.
Artigo disponível em https://euroclio.eu/2022/02/27/statement-against-the-abuse-of-history-and-in-solidarity-with-the-people-of-ukraine/ (consultado dia 15.03.2022)
sábado, 21 de março de 2020
sábado, 15 de junho de 2019
Refugiados
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Disponível em https://www.publico.pt/2017/06/19/mundo/noticia/numero-de-pessoas-deslocadas-em-todo-o-mundo-bate-recordes-1776141 (consultado dia 15.06.2019) |
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Disponível em https://oglobo.globo.com/mundo/de-onde-vem-os-refugiados-por-que-17480704 (consultado dia 15.06.2019) |
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Disponível em https://sicnoticias.pt/especiais/afeganistao-capital-dos-errantes/2019-01-28-Os-refugiados-em-Portugal-e-no-mundo (consultado dia 15.06.2019) |
quarta-feira, 13 de março de 2019
Greve estudantil PELO CLIMA
Greve estudantil climática soma cidades à convocatória
quarta-feira, 6 de março de 2019
Rui Pinto
sábado, 2 de março de 2019
Os Loucos da Rua Mazur
segunda-feira, 6 de agosto de 2018
O (mau) exemplo que vem de Espanha
terça-feira, 26 de dezembro de 2017
Hannah Arendt. A passagem por Lisboa a caminho da liberdade
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A casa onde viveu, em Lisboa |
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Hannah Arendt |
Sem pátria durante mais de duas
décadas, a filósofa alemã refugiou-se em Lisboa, em 1941, até conseguir partir
para os Estados Unidos. Os deputados do Livre na assembleia municipal
propuseram agora que se assinale a casa onde Hannah Arendt viveu. Para que não
se esqueça o passado e se reflicta no presente.
Talvez muitos não saibam da curta estada de Hannah
Arendt por Portugal. Fugida da França ocupada pelo nazismo, a filósofa, judia e
alemã, chegou a Lisboa, em Janeiro de 1941, acompanhada pela mãe e pelo marido,
o poeta Heinrich Blücher. Estatuto: refugiada.
Os deputados do Livre na assembleia municipal querem
que se perpetue a passagem da filósofa por Lisboa. Por isso, na reunião de
terça-feira daquele órgão, apresentaram uma recomendação à câmara municipal,
que foi aprovada por unanimidade, para que a casa onde Hannah Arendt viveu na
capital, entre Janeiro e Maio de 1941, seja identificada com uma placa ou um
pequeno monumento. Para que se celebre a obra vasta da filósofa, para quem ser
alemã e judia, com um pensamento livre das amarras do regime, se revelou uma
combinação perigosa.
Ainda antes de chegar a Lisboa, em 1933 e com 27 anos,
as perseguições aos judeus e o seu envolvimento numa organização sionista
obrigaram Arendt a fugir da Alemanha, depois de ter sido presa. Hitler ascendeu
ao poder, a filósofa acabou por ir parar a Paris, cidade que havia de ser
tomada pelos nazis em 1940. Foi colocada num campo de internamento, uma espécie
de campo de refugiados, mas conseguiu fugir.
Como destino tinha os Estados Unidos, para onde havia
de conseguir fugir em Maio de 1941 (e onde acabaria por morrer, em 1975). Mas
não sem antes passar por Lisboa, como tantos judeus, e se estabelecer numa
casa, no número 6 da rua da Sociedade Farmacêutica, hoje na freguesia de Santo
António, que desemboca junto à entrada traseira do Hospital de Santa Marta, no
coração da cidade.
Este é hoje um edifício recuperado, de linhas sóbrias,
amarelado, e com quatro andares que parece manter-se destinado à habitação. A
fachada é rasgada ao centro por varandas balaustradas em ferro. Não fossem os
azulejos verdes, na base, o painel de azulejos azuis e brancos no coroamento da
casa, e a cabeça de cavalo acima da porta da garagem, e o edifício passaria
despercebido entre os outros.
“É uma questão simbólica porque Hannah Arendt é uma
das maiores filósofas do século XX”, refere o deputado do Livre, Paulo Muacho,
ao PÚBLICO. “Com o drama dos refugiados que continua bastante presente, e sem
resolução à vista, e todos os ataques aos direitos humanos a que temos
assistido, consideramos que era importante manter a memória daquilo que se
passou no passado e do que esta figura da Hannah Arendt representa”,
continuou.
Também ela foi apátrida durante mais de duas
décadas, quando a Alemanha lhe retirou nacionalidade e a privou, por isso, dos
seus direitos fundamentais. O que, para ela, era o “fundamental ”, diz
Hermenegildo Borges, professor de Teoria Política na Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
“Andar de terra em terra, sem direitos, sem o direito
de cidadania, que para ela é fundamental, essa experiência limite de privação
dos direitos, levou-a a perceber que havia a necessidade de refundar o
pensamento político”, acredita o professor, perante a “fragilidade da
racionalidade ocidental que se pensava livre, democrática”.
Foi essa vulnerabilidade vivida em Lisboa, e em outras
cidades da Europa e dos Estados Unidos, que terá inspirado uma das mais
relevantes obras da filósofa, o manifesto “Nós, Refugiados”.
“Foi um pensamento reflexivo sobre uma experiência de
sofrimento que ela viveu. Não foi uma construção intelectual. Ela viveu a
falência do ocidente, [a ascensão] do totalitarismo nazi, do fascismo e do
estalinismo, numa altura em que estava em marcha a consolidação da democracia”,
Hermenegildo Borges.
“Acho esta recomendação do Livre extremamente
pertinente”, admite o professor. Porque o seu pensamento talvez esteja mais
actual agora do que há 60, 70 anos, admite, e porque “muitos dos seus receios
se confirmam no momento presente”.
“O direito a ter direito é o direito de
cidadania”
Para o docente, a filósofa deixou-nos o “desafio
constante” de estarmos “permanentemente em controlo”, vigilantes, para que não
haja desvios de regimes democráticos. Porque os perigos e ameaças continuam,
não sob a forma de regimes totalitários, como a história os descreveu, mas sob
a forma de “ataques terroristas ou do radicalismo islâmico”, elenca. Assim como
a escalada da violência, o renascimento de nacionalismos e do extremismo de
direita, os radicalismos a sobreporem-se aos ideais democráticos, a crise dos
refugiados.
“Imagine as pessoas que atravessam o Mediterrâneo e
chegam sem documentos à Europa. Elas têm a dignidade da pessoa humana, mas
enquanto não adquirem o direito de cidadania andam a ser enjauladas, atrás de
muros”, aponta Hermenegildo Borges. “O direito a ter direito é o direito de
cidadania. Sem cidadania não posso aspirar a ter direitos humanos”,
completa.
O grande “desafio contemporâneo” que Hannah Arendt nos
deixa, atira o professor, é o de “sermos capazes de integrar os que chegam e
vivermos em comunidade com diferentes credos, culturas, num espaço que é
defendido com fronteiras rígidas”, e ter a consciência de que “a diversidade
faz riqueza e que a homogeneidade faz pobreza”.
“O património comum da humanidade é uma
riqueza”
As questões da ecologia e do desenvolvimento
sustentável eram já fundamentais no pensamento de Hannah Arendt, nota o
professor, e vêm ao encontro das “necessidades contemporâneas”.
“O homem só habita a Terra se a transformar
artificialmente, para seu conforto. O homem não consegue viver na Natureza tal
como ela nos foi dada. O homem tem que construir pontes, casas, esgotos,
carros, comboios, auto-estradas”, explica. Só que “a vontade do homem de
transformar o mundo não deve esgotar os recursos da Terra”.
É preciso caminhar, portanto, para uma “sociedade qye
não provoque o esgotamento dos recursos, que não polua nem destrua pela vontade
de criar riqueza”, refere o professor, dando imediatamente o exemplo da decisão
do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país do Acordo de
Paris sobre as alterações climáticas. “São [acordos] essenciais à sobrevivência
do planeta e isso só mostra que Trump ainda não aprendeu com a lição da Hannah
Arendt”.
Por isso, a perda de património comum, como “a
destruição de estátuas, de monumentos, de coisas antiquíssimas, é uma perda
para a humanidade extraordinariamente grande", considera o professor. “Só
podemos fruir do ar puro se todos os países do mundo se regerem pelo mesmo
princípio da não poluição”, exemplifica.
Segundo explica Hermenegildo Borges, Hannah Arendt
elege como condição humana fundamental a “pluralidade”. “Não é o homem sozinho,
branco, que habita o mundo. É uma diversidade de povos de culturas. É o homem
no seu plural”, para lá dos temperamentos de cada um.
Além da identificação da casa, assinalando a passagem
da filósofa, o deputado Paulo Muacho admite que o partido gostaria de propor
também a criação, naquela zona, de um largo que ficaria o nome da filósofa.
Onde, quem sabe, se pudessem discutir estas questões que são globais, começando
por nos lembrarmos sempre, remata Hermenegildo Borges, que “de cada vez que cai
uma bomba sobre uma biblioteca de Bagdad é a destruição de alguma coisa que é
minha, que é de todos nós" que está a acontecer.
https://www.publico.pt/2017/12/23/local/noticia/hannah-arendt-a-passagem-por-lisboa-a-caminho-da-liberdade-1797052Enquanto a receita xenófoba der votos, é preciso coragem para fazer como Emmanuel Macron ou Angela Merkel
Teresa de Sousa tp.ocilbup@asuos.ed.aseret - Jornal PÚBLICO
imagem in https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhVpogGpV5P0kOxnCvDarHhMxnG2svAc9H1h-fABQQVHdy-c24T1mDOPLW2l4czJrf3GByJBGT12Z49nrHguiS-6jKBH69lh2B3X9VXoYXS9GZuA4ItB92XfPbLK7La7_dtJRtYzMV2yk/s1600/2.jpeg
sábado, 29 de julho de 2017
As crianças foram as mais afetadas pelo aumento da pobreza ou exclusão social
Os dados divulgados neste dia por ocasião da comemoração do Dia Internacional da Erradicação da Pobreza (17 de Outubro), mostram que as crianças foram as mais afetadas pelo aumento da pobreza ou exclusão social (mais 3,8 pontos percentuais entre 2012 e 2013).
De acordo com este inquérito, 18,7% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2012, o valor mais elevado no período iniciado em 2009 (entre 2009 e 2011 o risco de pobreza afetava, em média, cerca de 17,9% da população residente).