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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
sábado, 1 de agosto de 2015
É urgente uma nova revolução alimentar
Gostei desta reflexão.
De facto, é urgente uma política de sustentabilidade verdadeiramente posta ao serviço do Homem, da exploração correta e sensata dos recursos, da justa repartição da riqueza mundial, da solidariedade...
É urgente uma nova Economia, uma nova forma de olhar a Globalização...
Nazaré Oliveira
De facto, é urgente uma política de sustentabilidade verdadeiramente posta ao serviço do Homem, da exploração correta e sensata dos recursos, da justa repartição da riqueza mundial, da solidariedade...
É urgente uma nova Economia, uma nova forma de olhar a Globalização...
Nazaré Oliveira
A Alimentação
Com o acelerado
crescimento populacional, que prevê mais 2,5 mil milhões de pessoas em 2050 e
mais 3,5 mil milhões em 2100, o mundo vai precisar, num curto horizonte
temporal, de produzir mais 70% dos alimentos atualmente produzidos. Como isso
vai ser conseguido é uma grande incógnita. O alimento é uma necessidade básica
de qualquer ser vivo, e por isso a questão não pode ser ignorada.
A lança de caça
constituiu para aos homens primitivos uma enorme evolução e aportou uma rica
dieta proteica às tribos nómadas de caçadores. No entanto, a grande revolução
alimentar ocorreu há cerca de dez mil anos com a domesticação de animais e
plantas e com o início do cultivo das terras. Primeiro junto aos cursos de
água, depois em zonas irrigadas por elaboradas técnicas de canalização e
aproveitamento da água. Na Idade Média, a invenção da charrua de ferro permitiu
arrotear e conquistar para a exploração agrícola vastos terrenos antes ocupados
por florestas. Foi o sucesso desta agricultura e os excedentes assim criados
que esteve na origem da Europa das catedrais, da explosão artística da
renascença e do avanço científico e tecnológico da Idade Moderna. Este modelo
de agricultura foi exportado para o novo mundo, e juntamente com O TRABALHO
ESCRAVO, originou a monocultura e permitiu a produção de alimentos em
quantidades nunca antes imaginadas.
Como consequência do
crescimento populacional e das lutas anti-escravatura, o modelo ameaçava
esgotar-se. Na viragem do século XVIII para o século XIX, Thomas Malthus, um
homem esclarecido, alertou para a sua insustentabilidade, dizendo que a
população iria crescer mais rapidamente que a produção de alimentos. Mas, logo
a seguir, o aproveitamento da energia fóssil iria contrariar Malthus, provocar
uma inesperada revolução na agricultura e trazer uma nova prosperidade à
espécie humana. A agricultura mecanizou-se, libertou os campos do TRABALHO
ESCRAVO, ao mesmo tempo que novos fertilizantes revigoravam a terra desgastada
e eficientes pesticidas combatiam as pragas e faziam as mondas. Somado a tudo
isto, a ciência - com a genética e a descoberta da cura das doenças -,e a
tecnologia- com a cultura intensiva e o aperfeiçoamento das alfaias -, haveriam
de operar um milagre - a revolução verde - que criou grandes excedentes
alimentares e foi responsável pela Idade de Ouro em que atualmente nos
encontramos.
Com a revolução verde, o
homem libertou-se da árdua tarefa de trabalhar a terra. Em algumas décadas o
sector primário, antes o mais representativo, passou a ocupar uma percentagem
de apenas um dígito...Em apenas dois séculos a população mundial cresceu seis
vezes, as cidades ocuparam o lugar dos campos, enormes massas populacionais
ascenderam aos serviços, nasceu a consumista classe média urbana como motor da
economia. Este sucesso teve - e continua a ter! -custos ecológicos e ambientais
enormes, que podem ser traduzidos num cortejo de conceitos que começam a ENTRAR
no nosso discurso diário: manipulação genética, perda de biodiversidade,
criação de animais em cativeiro, utilização de hormonas e antibióticos de
crescimento, solos empobrecidos e contaminados, escassez de água, alterações
climáticas...
É urgente uma nova
revolução alimentar. Selina Juul, uma especialista dinamarquesa em alimentação,
fundadora do movimento Stop Wasting Food, diz que se não houvesse desperdícios,
possivelmente os alimentos produzidos atualmente seriam suficientes para
alimentar a população do futuro. John Vidal, jornalista do Guardian, escreveu
que urge encontrar outras soluções para alimentar mais de 2.5 mil milhões de
pessoas dentro de quatro décadas - as populações da China e da Índia somadas.
Acrescenta ainda, que para enfrentar a escassez de água e de terra arável
precisamos de uma geração de novos
agricultores, com novas ideias e cultivando novos produtos. Fala de algas, de
carne artificial, de novos cereais e até de insectos. Outros, advogam que a
solução virá do mar - estufas marítimas, dessalinização... -, enquanto outros
sonham em RECUPERAR vastas extensões de deserto, citando a propósito ambiciosos
projetos como o Shara Forest Projet, ou a Great Green Wall of Africa.
Na era do consumidor
alterou-se profundamente a nossa dieta alimentar. Vivemos na época dos
alimentos processados, do excesso de açúcar, dos aditivos, da carne feita à
pressa, do exagero dos produtos lácteos. Consumimos mais alimentos do que
aqueles que precisamos para viver. As novas gerações são mais altas e mais
atléticas, mas também mais obesas. É muito difícil contrariar este estado de
coisas, pois a indústria alimentar é um dos pilares da nossa economia.
Argumenta-se, por exemplo, com a importância das bebidas refrigerantes para a
economia e para o EMPREGO e quase não se fala dos danos que elas causam à saúde.
Para fugir ao ditado
popular, que diz que pela boca morre o peixe, um dia teremos de mudar os nossos
hábitos alimentares. E quem sabe se, para tal, não teremos primeiro de mudar de
economia.
Luís Queirós in http://poscarbono.blogspot.pt/2015/07/a-alimentacao.html
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Refeições na Assembleia da República
Curiosidades...
Como se come na Assembleia da
República
O Má Despesa
já esteve a consultar o caderno de encargos do concurso para o
fornecimento de refeições na Assembleia da República (AR) e encontrou
várias pérolas, incluindo o facto de o documento ir alertando para a
grafia pré e pós-Acordo Ortográfico.
Um leitor já tinha chamado a atenção para
o facto da ementa constituir “o critério mais importante na
avaliação e subsequente selecção do fornecedor das refeições. Esta
avaliação é feita tendo por base os tipos de produtos constituintes da
refeição, sendo a ementa mais valorizada se dela fizerem parte os
seguintes produtos: Perdiz, lebre, pombo torcaz, rola e similares, Lombo
de novilho, Lombo de vitela, Lombo ou lombinho de porco preto (bolota) e
Camarão/gamba grande (24 por Kg ou maior)”.
Que contrato é este?
“O contrato tem por objeto o fornecimento de refeições
no refeitório e no restaurante do Palácio de S. Bento e a
exploração de cafetarias da Assembleia da República, o fornecimento de
café e chá nas reuniões de Comissões, ou outras que ocorram na Assembleia
da República e, bem assim, o fornecimento de bebidas, produtos de pastelaria,
salgados habituais, canapés e fruta nos coffee breaks, em quantidades e
condições estabelecidas no presente Caderno de Encargos.”
A AR tem um restaurante para 10 almoços por dia!
A AR tem um restaurante e um refeitório. Tirando
os dias de plenário, o restaurante da AR serve apenas 10 refeições por
dia A maioria das refeições são servidas no refeitório. “Durante o ano de
2011 no refeitório foram servidas, em média 280
refeições diárias, e no restaurante cerca de 40 nos dias de reunião plenária
(quarta, quinta e sextas feiras) e 10 nos restantes dias.”
Cinco pratos à escolha no refeitório
Segundo o caderno de encargos, no refeitório terá de
ser servida:
“-Sopa: normal e dieta (obrigatoriamente elaborada com
base em nvegetais frescos e/ou congelados, sendo proibido o uso de bases
pré-preparadas. São admissíveis sopas com elementos proteicos uma vez por semana
– sopa de peixe, canja de galinha, etc.)
-Carne, peixe, dieta, opção, Bitoque;
-Pão, integral ou de mistura;
-Salada;
-Sobremesas incluindo, no mínimo, 4 variedades de
fruta e 4 de doces/bolos/sorvete, além de maçã assada e salada de frutas.”
Mas há mais:
“- uma mesa com complementos frios (saladas), com no
mínimo 8 variedades entre as quais se incluem, obrigatoriamente, tomate, alface
e cenoura, além de molhos e temperos variados;
- uma mesa com um prato vegetariano e mais 4
componentes quentes vegetarianos (cereais, leguminosas e legumes).”
Curiosidades sobre ingredientes
Café: “O café para serviço nas Cafetarias deverá ser
de 1ª qualidade, em grão para moagem local, observando lotes que incluam um
mínimo de 50% de “arábica” na sua composição.”
Bacalhau: “O Bacalhau deverá ser obrigatoriamente
da espécie Cod Gadusm morhua. Pode apresentar-se seco para demolha, fresco
ou demolhado ultracongelado, observando-se como tamanho mínimo 1 Kg
(“crescido”), para confecções prevendo “desfiados” (à Brás, com natas ou
similares) ou 2 Kg (“graúdo”) para confecções “à posta”.
“Carnes de Aves:
“Peru (inteiro em carcaças limpas com peso superior a
5 Kg, coxas, bifes obtidos exclusivamente por corte dos músculos peitorais).
Frango (inteiro em carcaças limpas com peso aproximado 1,2 Kg, coxas e
antecoxas, bifes obtidos exclusivamente por corte dos músculos peitorais).
Pato”
A informação consta das fichas técnicas dos
ingredientes pretendidos.
E qual o critério de adjudicação?
Determinante para vencer o concurso é mesmo a
qualidade e variedade da ementa.
“1 - A adjudicação é feita segundo o critério da
proposta economicamente mais vantajosa, pela
aplicação dos seguintes fatores:
a) Qualidade e variedade das ementas apresentadas.
Nível qualitativo das matérias-primas indicadas nas respetivas fichas técnicas:
50%;
b) Preço da refeição: 30%;
c) Preço do encargo fixo com o pessoal das
cafetarias e manutenção: 20%.”
in blogue Má Despesa
sábado, 27 de setembro de 2014
Por que é que comer insetos faz sentido?
Aqui fica o vídeo
e o texto, para ver, ler e refletir.
Muito
interessante.
Publicado a 25/09/2014
The world's population is projected to reach 11 billion by the end of the century. Feeding that many people will be a challenge, and it is further complicated by the impact of climate change on agriculture. That is why some people advocate an unusual way to boost the food supply and feed people sustainably: by eating less meat, and more insects.
About 2 billion people already eat bugs. Mexicans enjoy chili-toasted grasshoppers. Thais tuck into cricket stir-fries and Ghanians snack on termites. Insects are slowly creeping onto Western menus as novelty items, but most people remain squeamish. Yet there are three reasons why eating insects makes sense.
First, they are healthier than meat. There are nearly 2,000 kinds of edible insects, many of them packed with protein, calcium, fibre, iron and zinc. A small serving of grasshoppers can contain about the same amount of protein as a similar sized serving of beef, but has far less fat and far fewer calories.
Second, raising insects is cheap, or free. Little technology or investment is needed to produce them. Harvesting insects could provide livelihoods to some of the world’s poorest people.
Finally, insects are a far more sustainable source of food than livestock. Livestock production accounts for nearly a fifth of all greenhouse-gas emissions – that’s more than transport. By contrast, insects produce relatively few greenhouse gases, and raising them requires much less land and water. And they'll eat almost anything.
Despite all this, most Westerners find insects hard to swallow. One solution is to use protein extracted from bugs in other products, such as ready meals and pasta sauces. Not having to look at the bugs, and emphasising the environmental benefits, might make the idea of eating insects a bit more palatable. For more video content from The Economist visit our website: http://econ.st/1ytKwbp
About 2 billion people already eat bugs. Mexicans enjoy chili-toasted grasshoppers. Thais tuck into cricket stir-fries and Ghanians snack on termites. Insects are slowly creeping onto Western menus as novelty items, but most people remain squeamish. Yet there are three reasons why eating insects makes sense.
First, they are healthier than meat. There are nearly 2,000 kinds of edible insects, many of them packed with protein, calcium, fibre, iron and zinc. A small serving of grasshoppers can contain about the same amount of protein as a similar sized serving of beef, but has far less fat and far fewer calories.
Second, raising insects is cheap, or free. Little technology or investment is needed to produce them. Harvesting insects could provide livelihoods to some of the world’s poorest people.
Finally, insects are a far more sustainable source of food than livestock. Livestock production accounts for nearly a fifth of all greenhouse-gas emissions – that’s more than transport. By contrast, insects produce relatively few greenhouse gases, and raising them requires much less land and water. And they'll eat almost anything.
Despite all this, most Westerners find insects hard to swallow. One solution is to use protein extracted from bugs in other products, such as ready meals and pasta sauces. Not having to look at the bugs, and emphasising the environmental benefits, might make the idea of eating insects a bit more palatable. For more video content from The Economist visit our website: http://econ.st/1ytKwbp
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