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quarta-feira, 6 de março de 2019

Rui Pinto



Independentemente da forma como o fez, criticável, claro, e punível, há que reconhecer o facto do Rui Pinto, corajosamente, ter permitido que mais uma vez os "fora da lei" em Portugal (neste caso, no futebol), possam ser conhecidos, denunciados e ir à barra do tribunal. Ninguém é intocável, num Estado de Direito! Nem futebolistas, nem presidentes de clubes, nem juízes nem ninguém. Haja Justiça e equidade na forma como se aplica.

Vergonhosa e escandalosa a Justiça em Portugal.
Banqueiros-ladrões, patrões-ladrões, pedófilos, homicidas, corruptos engravatados, traficantes de droga e de pessoas... "sacanas sem lei"em liberdade ou à boa vida... Este jovem, corajoso, inteligente, que denuncia e põe a nu estas fraudes e que a polícia e a Justiça por isso mesmo devia proteger, é ameaçado de morte. 
Felizmente, há organizações internacionais no terreno que o estão a proteger.

Em Portugal ainda há muito paleio, muitas "cabeças bem falantes" (mas não bem pensantes) em todas as áreas da vida nacional. Ainda há "muita parra e pouca uva"! Ainda há muitos seguidistas e apoiantes da máxima “olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço”.

Muit@s "comentadeiros", muitos especialistas em tudo menos em Ética. Muitos padrinhos e afilhados. 

Muito Carnaval TODO O ANO.

Como disse a eurodeputada Ana Gomes, as autoridades portuguesas esmifram-se para prender o "perigoso" whistleblower RuiPinto que denuncia corruptos, no entanto, deixam "tranquilitos e à solta criminosos e corruptores do gabarito de Ricardo Salgado e capangas!".



Nazaré Oliveira


sexta-feira, 29 de junho de 2018

A Rússia e o mundial de Futebol - 2018




A Rússia e o Mundial da Vergonha, manchado com sangue de inocentes, mais uma vez.
FIFA, UEFA... Ninguém sabia? Ninguém soube disto? Ninguém condenou?
Pobres animais nas mãos desta corja humana que fechou os olhos a este massacre.
E os jogadores? As seleções?
Tudo calado. Tudo calado.
Tudo embriagado com a bola, com os milhões, com a aparente normalidade, com a hipocrisia política e social tão sub-repticiamente escondida à custa de um acontecimento desportivo que se quis organizar, nem sempre em nome do espírito do Desporto, nem sempre em nome de um desejo de Paz e Concórdia entre as nações, nem sempre em nome da Verdade que a todo o custo se esconde.
Crueldade  e massacre no campeonato mundial de futebol, como se o futebol valesse mais do que estas vidas.



Nazaré Oliveira


terça-feira, 12 de junho de 2018

Sr. Bruno Carvalho, tenha vergonha!



Já não há pachorra para aturar este indivíduo! 

Um indivíduo tão malcriadamente desafiador do bom senso, tão arrogantemente agarrado ao poder... 

Neste momento, garantidamente, já deve ser o país todo contra ele, exatamente pela forma como finge não ver o que se passa: não o querem mais como presidente nem o suportam mais com as suas habituais investidas autoritárias e profundamente condenáveis, do tipo  "não há melhor do que eu", "eu sou o melhor para o Sporting", "vocês é que estão a ver mal"...

Sr. Bruno Carvalho, o seu prazo de validade no Sporting acabou. 
Está na hora de sair, Sr. Bruno Carvalho!
Já devia ter saído, Sr. Bruno Carvalho!

Tenha vergonha!




Nazaré Oliveira

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Transferências de jogadores - o futebol no seu pior

 
 
 
 



Incrível o que se vai passando neste mundo do futebol, quase nunca claro, nem sempre sério, quase sempre negro, promíscuo e aviltante, sobretudo, no caso das transferências de jogadores* e nos milhões e milhões que gastam e envolvem, neste negócio da venda de homens cujo grande feito tem sido a sua formidável capacidade técnica e performance desportiva para jogar à bola e meter golos.

Um mundo à parte, dizem muitos, para quem estes, como certos políticos, administradores e gestores do Estado, continuam a viver das impunidades que se lhes oferecem e do estatuto de intocáveis que orgulhosamente exibem!

Não devia ser assim e não tem de continuar a ser assim.

Neste caso, no desporto profissional, particularmente no futebol, os atletas não deviam ser assim tão obscenamente remunerados e tão escandalosamente protegidos pela sociedade, seja portuguesa, brasileira, espanhola, inglesa ou outra, onde o povo, a massa associativa, mais não tem feito do que apoiar cada vez mais as máfias do futebol, também elas, infiltradas na vida das pessoas e nos centros de decisão dos países, tal a posição acrítica e aceitacionista que continuam a ter perante este quadro revoltante, desolador e tão injusto, se tivermos presente os horrores que se vivem por esse mundo fora, particularmente, em países nos quais há dinheiro para este tráfico de homens mas não há dinheiro para água potável, vacinas, camas de hospital, equipamentos agrícolas e industriais básicos, escolas, salários dignos para professores, investigadores, enfermeiros … 
Países onde o que existe mal existe e o pouco que se tem miséria é.

Veja-se o caso de Portugal e o protagonismo que tem tido, neste mundo conturbado e conspurcado da venda de jogadores, clubes como o Benfica, o Porto, o Sporting, a FPF…
Veja-se o destaque que sempre se lhes dá, quer nos média quer nas famílias e relações interpessoais!
Chega a ser doentia a forma como se têm em consideração. Doentia e perigosamente obsessiva.

Entranham-se na vida do nosso país, do nosso povo, das nossas instituições, de tal maneira, que, quem não nos conhecesse, julgaria que estamos a nadar em dinheiro ou, quiçá, a deitá-lo fora, tal o grau de satisfação, empenho e interesse que demonstramos com tudo o que gira à volta destes e de outros atletas, dos seus agentes, dos seus treinadores, dos seus presidentes...
Inaceitável, esta mentalidade tacanha que continua a gerar constrangimentos e aberrações à nossa volta, todos os dias, todos os anos…

Inaceitáveis e revoltantes, estas jogadas, num país que tem uma taxa de desemprego monstruosa, uma agricultura e indústria incipientes, falta de equipamentos vitais, especialmente nos hospitais e centros de saúde… Um país com uma dívida externa do tamanho do mundo, desse mundo infernal que se custeia com o sangue e suor de quem verdadeiramente sempre trabalhou e trabalha para aguentar uma vida que mais morte parece!

Triste país, tristes países e tristes povos estes, que fazem destes jogadores reis e de si próprios servos, aprisionados que estão nos viscosos labirintos do futebol profissional com que os presenteiam e que  habilidosamente vão colorindo os seus dias.

Até quando fingimos não ver o que claramente visto é?



Nazaré Oliveira


*ver aqui as transferências mais caras que se conhecem:
 http://www.msn.com/pt-pt/desporto/futebol/galeria-as-100-transfer%c3%aancias-mais-caras-da-hist%c3%b3ria-do-futebol/ss-AAcFoIa?fullscreen=true#image=1

quarta-feira, 9 de julho de 2014

As cores do equipamento da Alemanha no Mundial de futebol 2014



Não gostei das cores do equipamento da Alemanha neste mundial de futebol:
preto, vermelho e branco.
Infelizmente, levaram-me a recordar as mesmas cores utilizadas pela Alemanha num passado histórico bem trágico e doloroso para o mundo...

Brasil - Alemanha 2014





Custa muito perder mas, que me desculpem os brasileiros: perante a Colômbia, a confusão, a desorganização, a estranha euforia, até as faltas constantes e incríveis contra o adversário, deram bom resultado, mas, perante uma equipa tecnicamente irrepreensível como foi sempre a da Alemanha, concentrada no jogo, com passes de bola fabulosos, com uma distribuição do jogo certeira e uma atitude coletiva claramente assertiva e racional, com uma movimentação em campo excecional como quase nenhuma apresentou... 
 
Já agora, não sei se reconheceram também a diferença na postura dos dois treinadores. Na atitude.
 
Paciência, Brasil. Quando se joga, perde-se ou ganha-se, seja com golos, dinheiro e não só. Mas, mesmo perdendo, todos os jogadores de todas as seleções arrecadaram milhares, particularmente em campeonatos como este.

Tenho pena é de mim e de milhões como eu que fazem as contas a meio do mês para esticar os tostões até ao fim!


Nazaré Oliveira

domingo, 21 de julho de 2013

Mundial 2014 no Brasil

Uma jovem brasileira fez o vídeo que abaixo publico, no qual expõe as razões pelas quais considera que o MUNDIAL A REALIZAR NO SEU PAÍS EM 2014 não deveria ser feito.

É muito interessante esta análise: lúcida, pertinente, pragmática, realista, que pretende pôr as pessoas a refletir sobre o que é ou deve ser prioritário para um governo, para um país, quando se depara com a situação atual e que todos nós conhecemos.

Mas não é só ao governo que ela apela, claro, mas também e sobretudo à população e ao mundo.

De facto, quando  há milhares de cidadãos a necessitar de comida, cuidados de saúde primários, instrução básica, habitação digna, quando se assiste ao fosso cada vez maior entre ricos e pobres, entre os que sempre tudo tiveram e os que sempre trabalharam para assegurar uma subsistência de clara servidão e desumanidade, sem falar dos milhares de desempregados e famintos que caem nas malhas da criminalidade e do abandono porque negadas lhe continuam a ser sempre direitos fundamentais, eu também estou com esta jovem.

Há prioridades e, a principal, é combater a pobreza, seja ela qual for ou onde for, sem falar da maldita corrupção.

Não podemos aceitar que se mascare a realidade em nome de uma projeção turística feita à custa da mentira, da hipocrisia política e do sofrimento dos que há muito clamam por justiça social.

Nós, portugueses, bem a compreendemos, ou será que também já se esqueceram?



 

sábado, 10 de novembro de 2012

Lilian Thuram - Contra o Racismo




Parabéns a Lilian Thuram!
Saiu do futebol mas continuou ativo e a trabalhar por um mundo melhor, não pensando só em si, como a maioria dos grandes jogadores quando se retira dos relvados, mas nos outros, de forma absolutamente fantástica e de louvar, como esta , contra o Racismo, contra a segregação racial.
Não nascemos racistas, tornamo-nos racistas.

Esta verdade constitui a pedra angular da Fondation Lilian Thuram – Éducation contre le racisme.
Dado que o racismo é uma construção intelectual e, sobretudo, política, temos de ter consciência que a História nos condicionou, de geração em geração, a considerarmo-nos sempre como negros, brancos, magrebinos ou asiáticos… É importante que percebamos como é que os preconceitos foram criados para que os possamos destruir. As nossas sociedades devem compreender, porém, a simples ideia de que a cor da pele ou o sexo de uma pessoa não definem a sua inteligência, a sua língua, a religião praticada, as capacidades físicas, nem o que gosta ou detesta. Todos nós conseguimos aprender o que quer que seja, tanto o pior como o melhor. Em Lisboa, no quadro do Programa Gulbenkian Próximo Futuro, Lilian Thuram irá apresentar a Fundação, bem como a sua Comissão Científica e as suas principais atividades desde 2008 (ano da sua criação), participando depois no debate com o público sobre as várias formas de racismo.

Parabéns. Espero poder lá estar.

LILIAN THURAM (Guadalupe, 1972) Prestigiado jogador de futebol, foi campeão do mundo em 1998, campeão da Europa em 2000 e vice-campeão do mundo em 2006, para além de outros numerosos títulos. Deteve, até 28 de outubro de 2008, o recorde de presenças na seleção francesa (agora em poder de Sandrine Soubeyrand, a capitã da equipa francesa feminina). Em 2008, criou a Fondation Lilian Thuram - Éducation contre le racisme (www.thuram.org).

sábado, 28 de julho de 2012

Abertura dos Jogos Olímpicos 2012

Adorei este espetáculo!
Pela originalidade, criatividade, alegria, movimento, cor, capacidade de coordenação, união, e até pela exuberância e por um certo orgulho com que a Inglaterra se mostrava ao mundo como o berço que tinha sido de duas das maiores revoluções: a Revolução Agrícola e a Revolução Industrial acontecidas no século XVIII.
Sentia-se a alegria dessa partilha e constatávamos, sem dúvida, a importância desse legado para a Europa e para o Mundo, ainda hoje inquestionável para qualquer um de nós.
Até na Música, no Cinema, na Literatura!
Foi uma Inglaterra vaidosa de si e dos seus que a todos se deu naquele momento fantástico!
Uma lição de História, sem dúvida, talentosa e memorável.

Mais informação aqui.







jÁ AGORA, VALE A PENA VEREM "ABERTURAS" DE OUTROS JOGOS OLÍMPICOS:

 

domingo, 10 de junho de 2012

Euro 2012 na Ucrânia


Pelo julgamento do governo ucraniano pela morte de milhares de animais

Custa ver estas imagens?

Sim, mas é uma ínfima parte da realidade que neste momento se está a passar na Ucrânia, por causa do "futebol"!

A Ucrânia já assassinou à volta de 80.000 cães, das formas mais cruéis que se possam imaginar.

De acordo com a PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais), a Ucrânia está a envenenar, a abater a tiro, e, em larga escala, a queimar vivos milhares de cães e gatos vadios de forma a encobrir a negligência, o abandono e a falta de políticas profiláticas que há muito deveria ter implementado.

O site da organização diz que as autoridades de Lysychansk e Mariupol, entre outras cidades ucranianas, estão a usar «camiões crematórios»,devidamente anunciados na televisão nacional, para o extermínio em massa dos animais vadios.

Muitos deles são enforcados ou anestesiados e atirados diretamente para o interior destes veículos.

O abate em massa dos animais já foi denunciado em vários meios de comunicação social e condenado por diversas personalidades, incluindo muitos dos jogadores da seleção alemã.

“Seria cruel fazer isso de qualquer maneira, mas fazê-lo em função do futebol é ultrajante. Muitos cães eram velhos e doentes”,declarou Judith Pein da PETA.

Era (e é) caso para boicote ao Euro 2012!

Um evento que se apoia na “Solução Final” para “higienizar” as ruas e remover os animais “indesejáveis” como se fossem moralmente inferiores como lixo, não merece respeito por ninguém.

De referir igualmente que a FIFA, com uma história terrível também feita de falta de Ética, caso da corrupção, tráfico de influências, branqueamento de capitais, destruição ambiental e agressões aos Direitos Humanos, ao decidir-se pela realização de eventos desportivos como este deveria ter a responsabilidade de exigir que nunca, mas nunca, atitudes deste tipo se pensassem, muito menos se realizassem e, mais grave ainda, sabendo que estão a acontecer, se mantenha silenciosa e cúmplice desta barbaridade, deste holocausto feito em moldes nazis.

O mesmo digo da UEFA e da maior parte das Seleções dos países: nada nem ninguém os impediu ou impediria de tomarem uma posição inequívoca em defesa destes pobres animais e contra aquelas bestas do governo ucraniano que isto decidiram e que, por causa disto, exemplarmente e rapidamente deveriam ser julgadas e punidas.

Não esquecer que a Coca Cola e outros patrocinadores, mesmo sabendo do que se passa, nada de verdadeiramente importante e sério têm feito ou dito contra este massacre selvagem e este ato cruel e desumano.


Isto é INQUALIFICÁVEL!

E não se esqueçam: a indiferença cúmplice também será!


nazaré oliveira



quinta-feira, 7 de junho de 2012

Futebol, Seleção,Portugal



 
(A propósito de um post que li)

Como é que este país anda para a frente assim?

Embriagados com o futebol (não o futebol-desporto mas o futebol dos "mafiosos do desporto" por eles controlado), muitos, mas muitos portugueses, olham e vêem os jogadores da seleção como seres superiores, intocáveis, aos quais tudo lhes é permitido, desde mordomias que nem na corte de um qualquer rei do petróleo lhes seriam permitidas, até à forma estupidificante como ocupam horários nobres nas TVs e primeiras páginas dos jornais, sem falar, claro, dos ordenados que recebem e das fugas aos impostos que alguém os ajuda a cometer!

Não. Que horror, tudo isto!

Passam nos autocarros, sorridentes, fazendo jus aos implantes ou tratamentos dentários gratuitos que recebem, sem falar do acompanhamento sofisticadíssimo que têm em matéria de preparação física, médica, psicológica e outras, como vi há dias, na TV, chocante, sabendo eu que há gente sem dinheiro para ir ao médico, sem dinheiro para ir à farmácia, sem dinheiro para ir à mercearia, sem dinheiro para “arrancar um dente”, sem dinheiro para a oficina, sem dinheiro para o passe, sem dinheiro para a continuação do curso dos filhos, sem dinheiro para comer minimamente em condições, pagar a hipoteca, pagar a renda…

Num país onde a taxa de desemprego assustadoramente explode cada vez mais, eu até compreendo que alguns portugueses afoguem as suas penas e angústias numas cervejolas que compraram para ver certos jogos e que momentaneamente e lentamente se queiram livrar ou fugir de um destino cruel que até a casa e o plasma lhes roubará se o governo do seu país nada fizer para travar esta brutal exigência de austeridade, pedida à grande maioria do povo português de forma cada vez mais avassaladora e humilhante, mas desculpada (indireta e obscenamente desculpada) a outros, caso destes jogadores (não todos, claro!) que em tudo ostentam as marcas de um país e de uma nação que vive, realmente, acima das suas possibilidades. Eles (e outros do género) mas não o povo, o povão!

Se o país está assim também a esta forma de estar dos portugueses o devemos.

Nem fatalismos nem pessimismos desnecessários mas, por favor, realismo e bom senso! JUSTIÇA IGUAL E TRANPARÊNCIA EM TUDO!

Continuo a considerar inaceitável a arrogância que elementos das grandes equipas de futebol (jogadores, treinadores, diretores…) têm mostrado perante o povo que lhes bate palmas ao ritmo da fome que têm, das batatas de pacote que vão ratando ou das cervejolas que vão emborcando, à frente de um plasma cujas prestações atrasadas vão estando, enquanto vêem aquela boçalidade e aquela altivez de quem na terra Deus será enquanto vivermos num país de cegos onde quem tem um olho será e continuará a ser rei!

Claro que não andaremos para a frente! Jamais!

Adoro ver a seleção. Adoro desporto. Adoro ver um bom jogo de futebol. Adoro o meu país.

ODEIO e REJEITO é esta postura dos portugueses, quase de servilismo, perante estes lordes do futebol dito profissional!

É inadmissível esta bajulação de que são alvo, este endeusamento que me dá náuseas quando vejo o grotesco deste quadro deprimente de um país e de uma Política que bem podia começar, também por aqui, a dar o exemplo de austeridade. Aqui, nas equipas e SADs que até o poder político compram e corrompem, incluindo governo e Presidente da República, sobretudo certos jogadores que mal dizem duas frases corretas e que pouca ou nenhum respeito têm para com quem os ajuda a receber prémios escandalosos e salários astronómicos (bem escondidos num tráfico de influências que continua cada vez mais bem montado).

Parecem a rainha de Inglaterra, dentro dos autocarros, a acenar ao povo!

E quando os jornalistas os abordam, a correr atrás deles, para perguntas perfeitamente estúpidas como estúpidas são as celebrações em torno desta gente, que, sem mostrar ainda trabalho são já olhados como vencedores e que, mesmo que o tivessem sido, nada disto justificariam?

Do alto do seu pedestal sorriem e acenam ao povinho!

Nem todos, claro, mas muitos de forma bem cínica e com tiques de superioridade.

Alguns, esbanjam obscenamente milhares e milhares de euros que espatifam "na boa" em comezainas e outras "prioridades afins”, numa ou duas horas, numa ou duas noite, enquanto nós, muito dificilmente vamos contando os tostões para sobreviver à crise e à troika. Melhor dizendo, para sobreviver à mediocridade de uma quanta gentinha que se excita com isto e se endivida por causa disto, para engordar cada vez mais quem, por acaso, teve a sorte de ter jeito para dar uns chutos na bola!

E os que “têm jeito para salvar vidas” (leia-se médicos), os que “têm jeito para ensinar” (leia-se professores), e os que “têm jeito para investigar as malditas doenças que nos vão matando” (leia-se investigadores)? Também têm merecido a mesma atenção e RESPEITO que estes “lordes do futebol”?

É por estas e por outras…



Nazaré Oliveira