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terça-feira, 1 de julho de 2014

Locke

«Locke», a film with Tom Hardy as the sole «real» actor, deserves two things: to be seen; to be intensely, and carefully, discussed. We consider this «low cost» movie one of the filmic events of the present season! Very touching. Just amazing!



Um filme, ou uma qualquer outra Obra, é apenas isso? Por definição, não. Uma obra de arte nunca existe sozinha, pois ela exige sempre a presença do intérprete, seja ele leitor, espectador, ouvinte, ou como se lhe queira chamar. Neste momento partilho um facto: fui ao cinema; e ofereço a razão desta minha intervenção: acabo de ver um dos filmes mais «impressionantes» de sempre. Digo «impressionante» a propósito de um filme em que, «ao vivo», entra apenas um actor (Tom Hardy). Faz sentido? Sim, precisamente na medida em que se trata de um filme que declama as horas dramáticas, simultaneamente calmas e «furiosas», esperançosas e dramáticas, de um homem chamado Ivan Locke, um encarregado de obra (capataz) em Birmingham, que por um motivo muito pessoal decide, no fim de um longo e complexo dia de trabalho e na véspera de uma das maiores operações de construção civil na Europa, ainda da sua responsabilidade, se mete no seu BMW e navega a auto-estrada que liga Birmingham a Londres. Na prática, o filme começa com a troca da direcção do pisca-pisca: estava primeiro para um lado; de repente mudou para o outro! Assim começa o drama de um homem que, como diria Kant, movido por um apurado sentido do DEVER e da RESPONSABILIDADE PESSOAL, toma uma decisão, da qual não abdica, uma decisão certamente justa e que ele pensa ser absolutamente correcta mas que o vai levar, em poucas horas, a perder (quase) tudo: o emprego onde é brilhante, a mulher que ama... tudo menos o carro que guia do princípio ao fim do filme! Tudo, por uma simples razão: o dever de assumir a sua responsabilidade como pai de uma criança que lhe está para nascer fora do matrimónio e de uma mulher que não ama, num mundo que não se poderia interessar menos por uma decisão como a sua. Simplesmente profundo! Tão profundo como, arrisco dizer, nunca antes vi numa simples pantalha de cinema, ainda por cima, neste caso, com um filme de baixo custo, com apenas um actor «real» (dos outros temos apenas a voz através do telefone do BMW em marcha constante, por vezes quase errante, numa motorway britânica em hora de ponta). Numa classificação de 1 a 5, dou, no mínimo, seis estrelas a este filme! Verdadeiramente excelente! Um filme que merece ser usado em todos os Cursos de Ética que se façam nos próximos anos; um filme que não pode deixar de fazer pensar; um filme memorável com Tom Hardy a fazer uma performance como nunca antes vi. Simplesmente dito: um verdadeiro fora-de-série, este filme intitulado «LOCKE» e que agora, felizmente, posso dizer que já vi. Dito isto, a minha recomendação: quem para isso tiver oportunidade, não perca um filme que, como poucos, tem o condão de fazer pensar: no que sejam as coisas da vida, no que seja ou não o amor, no que sejam o sentido do dever e da responsabilidade, no que seja, enfim, a razão de ser e o sentido que, de verdade, a algures nos pode levar. Pela comoção, nunca aplaudiria um filme como este. Mas se pudesse dava um Abraço a todos os que o fizeram, ou não fosse este um daqueles filmes que, como sempre de novo vai acontecendo, resgatam a Sétima Arte para o que esta tem de melhor ou mais importante, e que julgo ser isto: a capacidade de nos ajudar, ou fazer pensar! E se alguém me disser que o filme não é perfeito, terá certamente a minha concordância. Mas com uma condição: que o filme seja visto com olhos de gente adulta, numa atitude de investigação interior,numa disposição para a empatia iluminada pela razão. Pelo que repito: a ideia do Filme, mais do que tudo, é... simplesmente brilhante! Mas que ninguém se iluda: o filme não é fácil e a mim só não me fez chorar porque não podia!


terça-feira, 26 de março de 2013

Maria Nazaré (curta metragem ESCSL)

Um excelente trabalho de Marta Drugg!


 
 

Maria e Nazaré são duas mulheres com vidas opostas. A única altura do dia em que elas se cruzam é no fim do turno da noite de Nazaré e no início do dia de Maria. A cidade de Lisboa é o quadro para este encontro, que é também um bom pretexto para se pensar o modo de vida.


Curta-metragem da ESCS de Lisboa, realizado por alunos de nacionalidades brasileira, cabo verdiana e espanhola.

Realização/Argumento: Marta Drügg
Guião: Marta Drüg e David Vallina
Produção: Melania Fernández
Captação/Fotografia: David Vallina
Edição: David Vallina
Som: William Melo
Edição som: William Melo e Emilio Pascual
Maria - Mariana Portugal
Nazaré - Elisabete Pedreira
Cadeira: Laboratorio Audiovisual
Professor: Ricardo Nogueiras

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Venha a luta!

 
"1900", de Bernardo Bertolucci, foi dos filmes que mais me marcaram (e marcam). Uma obra-prima. Uma lição de História
Neste apontamento do mesmo, chega a ser perturbadora a relação que com ele imediatamente estabelecemos com a atualidade! Pela injustiça social, pela forma vil como se trata a pobreza e se desumaniza a vida de quem a custo se levanta para enfrentar a sombra dos dias na esperança da luz que tarda mas sempre se espera.
É preciso enfrentar, sim, com determinação, aquilo que nos roubam sistematicamente e nosso é. 
É preciso enfrentar, sim, o autoritarismo fascizante de quem como peças de um jogo perverso nos manipula e gasta, até  à exaustão, humilhando e ferindo a dignidade, ora roubada ora violada, de quem da vida dor e sacrifício tirado tem.
Não chega o sonho. Venha a luta.
Venha a determinação de a querer e de nela acreditar.
 
 
 
(Um excerto fantástico deste filme!)
 
 
 
 
Para quem se interessar, aqui fica a sinopse deste filme e o link da 1ª parte (integral):

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore

Fantástico! Adorável!

Vénus Negra - Colonialismo e Racismo

Ainda não tinha visto este belo e impressionante filme - VÉNUS NEGRA.
Gostei. Gostei muito e recomendo.


 

 
Realizado pelo ator e realizador Abdellatif Kechiche (tunisino radicado na França), é um filme biográfico sobre a trágica história de Saartjes Baartman, uma mulher da tribo Khoikhoi que no início do século XIX e devido às suas características físicas específicas foi levada da África do Sul para ser exibida nos salões europeus sob o nome "Vénus Hotentote", com promessas vãs de uma vida dourada. Chegada à Europa, depois de viajar por toda a Inglaterra em espetáculos de aberrações, vai para França onde é estudada por alguns dos mais conceituados naturalistas e anatomistas da época que usaram as suas investigações para justificar a inferioridade dos negros, num esforço claro de legitimação do racismo e escravatura.
Saartjes, que sonhava ser artista na Europa, como foi na África, acabou escravizada e humilhada por todos: sai da África do Sul para Londres em 1810 com Cezar, que promete fazê-la rica através da sua dança. Ao invés disso, é coagida a apresentar-se em shows de mau gosto, saindo de uma jaula e simulando atacar o público como se fosse uma selvagem. Nesses espetáculos, é obrigada a usar roupa“colada ao corpo” que evidencia ainda mais as suas exuberantes formas, criando um ambiente de histeria coletiva e levando o público a tocá-la, a apalpá-la, gritando obscenidades.
É exposta de forma terrivelmente desumana, humilhante, sobretudo nas festas privadas da sociedade burguesa francesa do século XIX, promíscua, fútil e hipócrita, e mesmo quando é “apanhada” pelos cientistas, como o anatomista Georges Cuvier (François Marthouret), nem assim consegue ser tratada como um ser humano.
Saartje é objeto de uma curiosidade que desconsidera os seus pudores e a sua vontade. Os cientistas vêem nela não mais do que um animal exótico, uma situação que persistirá mesmo após a sua morte, em 1815.
O seu esqueleto e alguns dos seus órgãos ficaram em exibição no Museu do Homem, em Paris, até 2002, altura em que o presidente sul-africano Nelson Mandela requereu formalmente que os seus restos fossem enviados para o seu país natal.
Este filme atravessa uma série de temas, particularmente, o colonialismo, o racismo, o machismo e os Direitos Humanos.
Género: Drama
Classificação:M/12
Outros dados: FRA/BEL, 2009, Cores, 166 min.
 
NO

(texto adapt. de várias fontes da Web)


Filme Vénus Negra (legendado):


Ver aqui mais inf: http://ultimosegundo.ig.com.br/mostracinemasp/venus+negra+e+experiencia+torturante/n1237816687848.html

sexta-feira, 29 de junho de 2012

"Sonhar era fácil"

Gostei muito, mesmo muito, desta série de programas de António Pedro Vasconcelos!
Em cada episódio, uma lição de História.
Uma lição, uma aula sobre História de Portugal.

No último episódio, excelente, mostra-se como a "comédia à portuguesa" é hoje um dos mais ricos mananciais de informação para o estudo da ideologia e dos valores do salazarismo, que tinha em António Ferro, o ministro da propaganda de Salazar, o seu ideólogo.


Por favor, não deixem de ver e de apreciar!
Parabéns ao António Pedro de Vasconcelos! Parabéns à RTP!






sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Verão de 42

"VERÃO DE 42" - Dos filmes mais fantásticos que vi!
Um filme que marcou a minha adolescência, a minha juventude, o meu grupo de amigos.
Excelente em tudo, até na banda sonora que aqui vos deixo.


sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Grinch


Lembro-me sempre deste filme, sobretudo nesta altura do Natal!
Que mensagem nos transmite! Que banda sonora fabulosa! Que canções!
Quem o viu jamais se esquecerá dele!
E os olhinhos dos nossos filhos, brilhando, brilhando, presos ao écran?
E o nosso sorriso de felicidade por vê-los assim?


sábado, 17 de dezembro de 2011

Doce Novembro

Um filme marcante e um dos belíssimos temas musicais do mesmo (Only Time) cantado pela Enya.

Cinema Paraíso

Banda sonora de um dos filmes mais belos que já vi: Cinema Paraíso.