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quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Elvis Presley - In The Ghetto (Music Video) (1969)


As the snow flies
On a cold and gray Chicago mornin'
A poor little baby child is born
In the ghetto
And his mama cries
'Cause if there's one thing that she don't need
It's another hungry mouth to feed
In the ghetto
People, don't you understand
The child needs a helping hand
Or he'll grow to be an angry young man some day
Take a look at you and me,
Are we too blind to see,
Do we simply turn our heads
And look the other way
Well the world turns
And a hungry little boy with a runny nose
Plays in the street as the cold wind blows
In the ghetto
And his hunger burns
So he starts to roam the streets at night
And he learns how to steal
And he learns how to fight
In the ghetto
Then one night in desperation
The young man breaks the

quarta-feira, 17 de julho de 2019

O que muita gente não sabe sobre as touradas




A VIOLÊNCIA DA "TOURADA À PORTUGUESA"

A chamada "tourada à portuguesa" consiste em esconder a parte mais violenta das touradas e a morte efectiva dos animais. Debaixo de um calor intenso, fora do seu ambiente natural e num espaço exíguo onde quase não se podem mexer, nem deitar, 6 touros são transportados até à praça.

Vão ser perfurados com bandarilhas que medem entre 35 a 90 cm de comprimento, com um ferro de 8 cm, um arpão de 4 cm de comprimento e 2 cm de largura
(artigo 51o do DL 89/2014 de 11 de Junho) enfeitadas com papel de seda de variadas cores.
Antes da "corrida" são imobilizados para serem "embolados" (ou seja, para que lhe cortem com uma serra a ponta dos cornos) com recurso a uma bitola com 1,4 cm de diâmetro. Os cornos são revestidos por uma protecção de couro, que lhes retira a noção de distância e protege os cavalos de serem esventrados.

Depois da "lide" os touros são recolhidos para o interior do camião, no caso das praças desmontáveis, puxados por uma corda amarrada à cabeça e a um tractor que os força a entrar no camião. Aí são imobilizados, e arrancadas as bandarilhas pelo "embolador", sem qualquer anestesia nem assistência veterinária. Para arrancar as bandarilhas é necessária a utilização de uma navalha para cortar a carne e fazer sair o arpão, deixando várias lesões no corpo do animal que ainda está vivo, apesar de exausto e em grande stress.

Os touros são transportados nestas condições para o matadouro (destino da esmagadora maioria dos animais, com excepção dos que são "indultados" para reprodução) onde são abatidos, geralmente à 2ª feira. Alguns morrem antes de chegar ao matadouro, devido às lesões, stress, calor, etc.
Ninguém vê, e ninguém permite que se registem estes momentos.

Esta fotografia escapou à "censura" dos que tentam com esforço manter uma "tradição" que já não devia existir, num país onde a maioria dos cidadãos não têm qualquer interesse por ela. Se os portugueses e os vilafranquenses soubessem o que são na realidade as "touradas à portuguesa", o cruel espectáculo não durava mais uma temporada.

Infelizmente, grande parte do sofrimento dos animais, permanece escondido entre as paredes dos camiões, sujas de sangue, e na escuridão dos curros das praças de touros. São cada vez menos os que se esforçam por encontrar argumentos para justificar tamanha crueldade para mero divertimento de uma minoria insensibilizada para o sofrimento destes animais.
As touradas portuguesas são menos cruéis que as outras? Não.




in vilafranquenses anti-tourada




sábado, 15 de junho de 2019

Refugiados

Disponível em https://www.publico.pt/2017/06/19/mundo/noticia/numero-de-pessoas-deslocadas-em-todo-o-mundo-bate-recordes-1776141 (consultado dia 15.06.2019)



Disponível em https://oglobo.globo.com/mundo/de-onde-vem-os-refugiados-por-que-17480704 (consultado dia 15.06.2019)

Disponível em https://sicnoticias.pt/especiais/afeganistao-capital-dos-errantes/2019-01-28-Os-refugiados-em-Portugal-e-no-mundo (consultado dia 15.06.2019)







Todos os que fogem da guerra, da fome, da miséria, da intolerância, e procuram uma vida em paz e com dignidade, todos têm direito a um abraço fraterno (asilo) e  todos devem dá-lo.
"Hoje eles, amanhã nós!" 
Os Direitos Humanos, a sua defesa, não se pode ficar por meras palavras. É preciso ação, ação e seriedade nas relações políticas e na diplomacia internacional.



Para os que se interessam por este tema, esta realidade, consultar:

segunda-feira, 11 de março de 2019

“Universidade Católica tem uma lei feita à medida”




Em 1990, o governo de Cavaco Silva revogou o decreto-dei sobre o enquadramento da Universidade Católica, de 1971. Contudo, deixou em vigor o artigo que atribui à instituição uma isenção fiscal total. Segundo Mariana Mortágua, uma das regras de um Estado laico “é que as instituições e as diferentes religiões se regem pelas mesmas regras”.
15 de Fevereiro, 2019 - 12:35h

Durante um debate na TVI sobre a isenção fiscal da Universidade Católica, a deputada bloquista Mariana Mortágua lembrou que “em 1971, quando esta lei foi criada, o Estado português não era um Estado laico”.
“E, portanto, todo o ordenamento jurídico que daí resulta é diferente, porque a Igreja era a religião oficial do Estado. A partir de 74 e, principalmente, com a Constituição de 1976, o Estado português passou a ser laico”, acrescentou a dirigente do Bloco.
Conforme frisou Mariana Mortágua, “uma das regras desse Estado laico é que as instituições e as diferentes religiões se regem precisamente pelas mesmas regras”.
“Todas as instituições, ou seja, uma faculdade que é uma cooperativa, ou uma IPSS [Instituição Particular de Solidariedade Social], têm todas as mesmas regras. Surgem então as duas formas que podem ser assumidas por uma universidade: pessoa coletiva de utilidade pública ou IPSS, que têm direito a vários benefícios fiscais. Nomeadamente, o artigo 10º do IRC confere isenção de IRC, a lei dos benefícios fiscais confere benefícios em sede de IMI e outros impostos patrimoniais”, assinalou a deputada.
Mariana Mortágua assinalou que, para usufruir destes benefícios “é preciso fazer um requerimento ao Ministério das Finanças e correr o risco de não serem atribuídos. E isto é assim para todas as IPSS, tenham elas caráter religioso ou não, para todas as fundações, para todas as instituições em Portugal”.
“Exceto para uma que tem uma lei feita à medida, que é uma lei que vem de 1971, quando o Estado português não era laico”, vincou.
A dirigente do Bloco referia-se à Universidade Católica, lembrando que, em 1990, o então primeiro ministro Cavaco Silva promulgou a prorrogação da vigência do artigo que atribui à instituição uma isenção fiscal total. Tal aconteceu “um ano antes de ter aumentado as propinas em Portugal com o argumento de 'justiça social'”, recordou Mariana Mortágua, salientando que “esta é apenas uma ironia da história”.
A deputada bloquista citou a Concordata de 2004 que diz, no artigo 21º, que “a República Portuguesa garante à Igreja Católica e às pessoas jurídicas canónicas (…) no âmbito da liberdade de ensino o direito de estabelecerem e orientarem escolas em todos os seus níveis de ensino e formação de acordo com o direito português, sem estarem sujeitas a qualquer forma de discriminação”.
“Eu tenho a dizer que concordo”, assinalou Mariana Mortágua, destacando que “o que está em causa aqui não é uma forma de discriminação negativa da Universidade Católica, pelo contrário, é uma discriminação positiva da Universidade Católica que lhe confere, por decreto-lei próprio, benefícios que as restantes instituições religiosas ou de outras confissões não podem aceder”.
“A Concordata também diz que qualquer instituição religiosa, entre elas a Igreja Católica, tem isenções fiscais quando a atividade é dirigida ao fim de culto. E eu compreendo isso em igualdade de circunstâncias para todas as confissões e religiões”, adiu.
“Não me parece que os fins únicos da Universidade Católica sejam fins de culto, até porque a Universidade Católica tem outro tipo de programas de ensino privado de licenciaturas, mestrados, doutoramentos de valores bastante elevados”, estando “muito longe de uma atividade meramente de culto e é uma universidade com uma atividade comercial”, vincou Mariana Mortágua.
Respondendo ao argumento da Universidade Católica de teria esses benefícios recorrendo ao estatuto de utilidade pública, a dirigente do Bloco afirmou que “então, se é assim, é possível revogar este artigo sem quaisquer consequências e estabelecemos a normalidade das relações entre o Estado e as diferentes confissões e religiões”.
Em 2015, o Fisco decidiu cobrar impostos à instituição de ensino, que fatura anualmente cerca de 65 milhões. A Universidade Católica contestou e seguiu para tribunal.


6.03.2019

quarta-feira, 6 de março de 2019

Rui Pinto



Independentemente da forma como o fez, criticável, claro, e punível, há que reconhecer o facto do Rui Pinto, corajosamente, ter permitido que mais uma vez os "fora da lei" em Portugal (neste caso, no futebol), possam ser conhecidos, denunciados e ir à barra do tribunal. Ninguém é intocável, num Estado de Direito! Nem futebolistas, nem presidentes de clubes, nem juízes nem ninguém. Haja Justiça e equidade na forma como se aplica.

Vergonhosa e escandalosa a Justiça em Portugal.
Banqueiros-ladrões, patrões-ladrões, pedófilos, homicidas, corruptos engravatados, traficantes de droga e de pessoas... "sacanas sem lei"em liberdade ou à boa vida... Este jovem, corajoso, inteligente, que denuncia e põe a nu estas fraudes e que a polícia e a Justiça por isso mesmo devia proteger, é ameaçado de morte. 
Felizmente, há organizações internacionais no terreno que o estão a proteger.

Em Portugal ainda há muito paleio, muitas "cabeças bem falantes" (mas não bem pensantes) em todas as áreas da vida nacional. Ainda há "muita parra e pouca uva"! Ainda há muitos seguidistas e apoiantes da máxima “olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço”.

Muit@s "comentadeiros", muitos especialistas em tudo menos em Ética. Muitos padrinhos e afilhados. 

Muito Carnaval TODO O ANO.

Como disse a eurodeputada Ana Gomes, as autoridades portuguesas esmifram-se para prender o "perigoso" whistleblower RuiPinto que denuncia corruptos, no entanto, deixam "tranquilitos e à solta criminosos e corruptores do gabarito de Ricardo Salgado e capangas!".



Nazaré Oliveira


Professores ... HÁ SOLUÇÕES, SIM.




E se falarmos de soluções?

Porque é que o Governo anunciou a reabertura de negociações com os sindicatos da enfermagem e do ensino para logo a seguir as Finanças dizerem que não há dinheiro?

Francisco Louçã - Artigo publicado no jornal “Expresso” a 2 de março de 2019




É para mim um mistério o que quer o Governo com os conflitos na educação e na saúde. E, sobretudo, o que queria com a descompressão da semana passada, ao anunciar a reabertura em simultâneo de negociações com os sindicatos da enfermagem e do ensino, para logo vir fonte autorizada de Mário Centeno arrumar o assunto, envergonhar os seus colegas e comunicar via declaração ao Expresso que aquilo não era para ser levado a sério.
Podia ser força musculada
Tantos sinais contraditórios mostram pelo menos que nestas reuniões não se negociará. Mas porque é que o Governo atua assim, isso já pode ser interpretado de várias formas. A primeira seria que o Governo quer agravar os conflitos para correr tudo a eito com requisições civis, mostrar força, exibir algum quebra-sindicalismo, acenar a sectores moderados e disputar eleições com o maioria-absoluta-ou-morte. Essa interpretação tem credibilidade, ouviram-se ministros nesse tom e já me pareceu a mais sensata na análise desse comportamento insensato. Mas, se fosse assim, para quê tanta incerteza na gestão da requisição, logo confortada com um pedido de parecer a um Conselho Consultivo da Procuradoria? E para quê então esta operação de reabrir negociações? Ainda por cima, com professores e enfermeiros ao mesmo tempo, como se houvesse vontade de juntar todos na mesma agenda?
A segunda interpretação seria que o Governo se deu conta da impopularidade da arrogância, que é o seu ponto mais fraco para as eleições de 2019 e, ainda, que teria percebido que este rapapé de associações patronais e banqueiros a recomendarem a maioria absoluta do PS só pode estimular a fome partidária ao mesmo tempo que agrava a desconfiança, alargando o fosso entre o triunfalismo governista e o receio dos seus próprios eleitores. E que, então, mais valeria procurar paz nas escolas e nos hospitais. Mas, assim, para quê começar a falar com os professores para lhes explicar que não muda nem uma vírgula e que só conversa se os sindicatos aceitarem que o Governo lhes dite os termos da rendição?
E se for só tudo ao molho e fé em Deus?
O que há de comum em ambas as interpretações é que se baseiam em alguma forma de racionalidade e cálculo político ou eleitoral. Ora, resta a pergunta mais difícil: e se não houver nenhuma racionalidade? Se for unicamente um jogo flutuante em que cada ministro se limita a fingir? Esta é a hipótese mais assustadora. E com alguma consistência, dado que o Governo abre negociações e poucas horas depois a fonte de Centeno arruma o assunto com o “não há dinheiro”. É para ser notada a marcação do terreno, nada acontece por acaso. E logo o ministro da Educação diz na negociação que não há nada para negociar e a ministra da Saúde anuncia, essa mesmo antes da negociação que vai reabrir, que afinal não é para tratar de salários e carreiras porque a solução é ficar tudo como está.
Naturalmente, comparada com as duas hipóteses anteriores, a tremendista e a negocial, a do fingimento é a pior de todas. É sempre uma má política, porque a artimanha, como a frescura de uma rosa, só dura um dia, e porque deixa uma cultura de desconfiança em futuras negociações com estes ministros. A ministra da Saúde tem em mãos o dossiê sensível da Lei de Bases. O recado para o outro lado da mesa é que faz proposta se houver incêndio, mas que a proposta não é para ser considerada? É ainda uma política errada, porque não traz satisfação a ninguém: nem a quem quer conflito nem a quem quer paz. Nem o Governo se mostra forte, porque isto é fraqueza, nem se mostra capaz de resolver problemas, porque isto é o simples poder de recusar. E facilita a vida a quem se põe no lugar da negociação, sejam os sindicatos, sejam os partidos que queiram soluções. Mostrar duplicidade não é boa estratégia.
Ainda por cima, há soluções
O Governo já cedeu numa questão-chave, a do reconhecimento da especialidade em enfermagem, que nunca devia ter sido desgraduada. Há enfermeiras e enfermeiros que têm mesmo formação de especialista e são indispensáveis por isso mesmo. Assim, o Governo devia partir desse acordo tardio para criar agora uma plataforma de entendimento. E montar ao longo dos próximos anos os ajustamentos de carreira que aproximassem todas as profissões qualificadas na saúde, dado que as discriminações são incompreensíveis. Tem com quem falar e tem com quem fazer esse acordo. Mais ainda, o SNS precisa disso, ou algum ministro pensa que vai aguentar a contestação permanente de um dos pilares mais importantes do serviço?
Nos professores, os sindicatos não exigiram retroativos. Mas não aceitam que os nove anos sejam apagados das vidas das pessoas. Por isso, sugeriram dois caminhos: a recuperação do seu direito legal de contagem do tempo de serviço ao longo de sete anos e a sua ponderação na reforma. Não se tratou da combinação das duas mas até nem é difícil de adivinhar por onde se poderia ir. Seria sempre um acordo difícil mas não se pode dizer que seja impossível.
Restam dois problemas. O primeiro é que compete ao Governo dar o passo para uma solução. Se é para fingir, está a fazer tudo certo. Mas, se é para resolver, então uma ideiazinha seria interessante. O segundo é que isto custa dinheiro, só que ao longo de um tempo que o Governo diz que terá que ser o da melhoria do nível dos serviços públicos. E se também pusesse em cima da mesa propostas nesse sentido?

Artigo publicado no jornal “Expresso” a 2 de março de 2019


Francisco Louçã
Professor universitário. Ativista do Bloco de Esquerda.

NETO MOURA e os seus juízos




Top 16 das alarvidades de Neto de Moura
Os acórdãos do juiz Neto de Moura sobre violência doméstica geraram uma onda de críticas e indignação. O esquerda transcreve neste artigo algumas das passagens desses acórdãos. Para 8 de março está agendada uma Greve Feminista com manifestações em 12 cidades portuguesas. Artigo atualizado às 18h32 de 5.03.2019.
5 de Março, 2019 - 18:32h

Não podem ser ignoradas as referências a uma relação extra-conjugal da ofendida S… (e não foi, apenas, o arguido a referir-se-lhe)que teria sido a causa próxima de toda esta situação conflitual".
(acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa de 23/11/2010 - Processo 856/08.9TAOER.L1.5.Neste acórdão, as medidas das penas que tinham sido aplicadas ao violento agressor não só da mulher, doente com fibromialgia, mas também da filha, e que foram de 3 anos e 6 meses, por violência doméstica e 2 anos, pelo crime de maus tratos, numa pena única de 4 anos e 6 meses, com pena suspensa, foram diminuídas respetivamente para 2 anos e 6 meses, e 18 meses, numa pena única de 3 anos, igualmente suspensa por igual período.)
Repare-se que em quase todas as situações de violência física exercida sobre a ofendida S…as consequências foram sempre de pouca monta, não indo além de uns pequenos hematomas e escoriações (veja-se, por exemplo, as lesões sofridas em consequência dos factos ocorridos no dia 05.05.2008)”.
(acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa de 23/11/2010)
Nunca o arguido utilizou contra as ofendidas qualquer instrumento (de natureza contundente ou outra) ou arma de qualquer espécie. Fez sempre, e só, uso das mãos e, na maior parte das situações, as agressões físicas traduziam-se em simples “palmadas”, “estalos” e “torções” de braços. Só numa situação o arguido foi particularmente violento, pois atingiu a S… com um murro na face, fazendo-a perder os sentidos”.
(acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa de 23/11/2010)
No que respeita à ofendida R…[a filha], as condutas agressivas do arguido situam-se na zona de fronteira entre o que pode considerar-se o exercício do poder de correcção dos pais sobre os filhos e o que deve considerar-se actuações com relevância criminal”.
(acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa de 23/11/2010)
Do que se apurou, não resulta que as ofendidas tenham ficado particularmente traumatizadas, nomeadamente, não precisaram de acompanhamento psicológico, embora manifestem, ainda, a sua revolta contra o arguido”.
(acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa de 23/11/2010)
" (…) é manifesto que essa conduta do arguido não tem a gravidade bastante para se poder afirmar que foi aviltada a dignidade pessoal da recorrente [a vítima], mesmo tendo em conta que a assistente estava com o filho (então com nove dias de vida) ao colo"
(acórdão da Relação de Lisboa de 15/1/2013 - Proc. nº 1354/10.6.TDLSB.L1.5, em que Neto de Moura não considerou grave a agressão de um homem contra a mulher que, na altura, tinha o filho recém-nascido ao colo. A mulher foi esmurrada no nariz e mordida na mão. O homem foi absolvido do crime de violência doméstica e foi condenado por ofensas à integridade física e ao pagamento de uma multa de 350 euros)
"Uma mulher que comete adultério é uma pessoa falsa, hipócrita, desonesta, desleal, fútil, imoral. Enfim, carece de probidade moral. Não surpreende que recorra ao embuste, à farsa, à mentira, para esconder a sua deslealdade e isso pode passar pela imputação ao marido ou ao companheiro de maus-tratos. Que pensar da mulher que troca mensagens com o amante e lhe diz que quer ir jantar só com ele 'para no fim me dares a subremesa [sic]'”
(acórdão do Tribunal da Relação do Porto de 15 de junho de 2016  em que o juiz Neto de Moura anulou uma sentença de dois anos e quatro meses de prisão em pena suspensa por violência doméstica agravada)
"Revelou-se a denunciante merecedora do crédito total e incondicional que o tribunal lhe atribuiu? A resposta só pode ser um rotundo não. Em boa verdade, a denunciante não é, propriamente, aquela pessoa em que se possa acreditar sem quaisquer reservas"
(acórdão do Tribunal da Relação do Porto de 15 de junho de 2016)
"Na contestação que apresentou, o arguido alegou que a denunciante, sua ex-companheira, ainda quando viviam como marido e mulher, mantinha uma relação extraconjugal com um individuo. Os documentos que juntou com a sua contestação atestam isso mesmo, que a denunciante andava a cometer adultério e até nem seria a primeira vez que o fazia. Ora, o tribunal ignorou completamente essa alegação."
(acórdão do Tribunal da Relação do Porto de 15 de junho de 2016)
"O adultério da mulher é um gravíssimo atentado à honra e dignidade do homem. Sociedades existem em que a mulher adúltera é alvo de lapidação até à morte. Na Bíblia, podemos ler que a mulher adúltera deve ser punida com a morte"
(acórdão da Relação do Porto, datado de 11 de outubro de 2017. O juiz relator Neto de Moura censura moralmente uma mulher de Felgueiras vítima de violência doméstica, que foi agredida com uma “moca de pregos”, minimizando o crime pelo facto de esta ter cometido adultério)
“Ainda não foi há muito tempo que a lei penal (Código Penal de 1886, artigo 372.º) punia com uma pena pouco mais que simbólica o homem que, achando sua mulher em adultério, nesse acto a matasse"
(acórdão da Relação do Porto, datado de 11 de outubro de 2017)
"O adultério da mulher é uma conduta que a sociedade sempre condenou e condena fortemente (e são as mulheres honestas as primeiras a estigmatizar as adúlteras) e por isso vê com alguma compreensão a violência exercida pelo homem traído, vexado e humilhado pela mulher"
(acórdão da Relação do Porto, datado de 11 de outubro de 2017)
"Foi a deslealdade e a imoralidade sexual da assistente [a vítima] que fez o arguido cair em profunda depressão e foi nesse estado depressivo e toldado pela revolta que praticou o acto de agressão, como bem se considerou na sentença recorrida".
(acórdão da Relação do Porto, datado de 11 de outubro de 2017)
"Se, durante muito tempo e até há uns anos, a vítima de violência doméstica sentia que o mais provável é que a sua denúncia acabasse em nada por não ter quem atestasse as agressões e às suas declarações não era dado o devido relevo probatório, a verdade é que, nos últimos tempos, têm-se acentuado os sinais de uma tendência de sentido contrário, em que a mais banal discussão ou desavença entre marido/companheiro/ namorado e mulher/companheira/namorada é logo considerada violência doméstica e o suposto agressor (geralmente, o marido ou companheiro) é diabolizado e nenhum crédito pode ser-lhe reconhecido".
(acórdão da Relação do Porto(link is external), datado de 31 de outubro de 2018. O acórdão baixa a medida da pena inicialmente aplicada - 3 anos de prisão com pena suspensa - ao homem que rebentou um tímpano à mulher ao soco, para uma de 2 anos e 8 meses, igualmente suspensa, e reduz a proibição de contactos com a vítima - que era de 3 anos e com recurso a meios de vigilância electrónica - para apenas um ano e sem pulseira electrónica)
“ (…) ao contrário do que proclama, não é legítimo afirmar que se verifica um recrudescimento do fenómeno da violência doméstica e em particular da violência contra as mulheres”.
(acórdão da Relação do Porto(link is external), datado de 31 de outubro de 2018)
"Este caso está longe de ser dos mais graves.  A única situação, devidamente concretizada, de violência física (aquela que, normalmente, é mais grave e tem consequências mais nefastas) é a ocorrida em Abril ou Maio de 2016, em que o arguido desferiu vários socos em C…, atingindo-a nas diferentes zonas da cabeça, incluindo os ouvidos, provocando-lhe perfuração do tímpano esquerdo, além de edemas, hematomas e escoriações”.
(acórdão da Relação do Porto(link is external), datado de 31 de outubro de 2018)
Para o dia 8 de Março, está convocada uma Greve Feminista que conta já com manifestações em 12 cidades “para exigir mudanças na justiça e na proteção das vítimas de violência de género”: Albufeira: 18h Praça dos Pescadores | Amarante: 17h Largo de São Gonçalo | Aveiro: 18h Praça Dr. Joaquim Melo Freitas | Braga: 18h Avenida Central | Coimbra: 17:30 Praça da República | Covilhã: 17h Jardim Público | Évora: Manifestam-se em Lisboa | Fundão: 10:15 Praça do Município | Lisboa: 17:30 Praça do Comércio | Ponta Delgada: 16:30 Portas da Cidade | Porto: 18:30 Praça dos Povoeiros | Viseu: 17h Jardim Tomás Ribeiro | Vila Real : 17:30 Frente ao Tribunal Judicial.

in https://www.esquerda.net/artigo/top-6-das-alarvidades-de-neto-de-moura/59999 (acesso dia 6.03.2019)


quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

This Powerful Video Is a Reminder That Animals Aren't Christmas Gifts



So many animals are abandoned after the holidays 😢 Please, NEVER give them as gifts.




Um vídeo que devia correr mundo.


So many animals are abandoned after the holidays 😢 Please, NEVER give them as gifts.



Os animais não são prendas de Natal! 

Mais um exemplo da mesquinhez e pequenez humana!

Chinese Badger-Hair Industry Exposed: Caged and Beaten for Makeup, Shavi...


Indústria chinesa de pêlo de texugo: enjaulado e espancado para maquiagem... Porquê tanta crueldade contra seres indefesos? Maldita gente que vive deste crime e/ou que o incentiva.

Sanguinária realidade em nome da mesquinhez e pequenez humana!

Quase mil cães e gatos atropelados no ano passado

Quase mil cães e gatos atropelados no ano passado

É o animal humano que provoca estes acidentes e estas mortes, quer de animais selvagens quer de animais ditos domésticos.
Invade e polui os seus habitat naturais, deixa-os sem recursos para sobreviver obrigando-os a sair à procura de comida... Abandonam à sua sorte cães e gatos, faça frio, faça sol... Criminosos, estes humanos! Sacanas sem lei!

sábado, 6 de outubro de 2018

As profissões infernais



Para além de outros disparates e fake newsa minha “biografia” na Wikipédia começa com a seguinte frase: “É professor do ensino secundário.” Como se sabe, a Wikipédia é um lugar de muita vingança e má-fé e quem a escreveu usa a expressão “professor do ensino secundário” como um mecanismo de desvalorização, porque sabe muito bem de que grau de ensino fui professor, até porque acrescenta mais abaixo “também leccionou no ISCTE — Instituto Universitário de Lisboa e em instituições de ensino particular; nomeadamente na Universidade Autónoma de Lisboa”. Ou seja, trata-se de um “professor de ensino secundário” que leccionou na universidade, certamente por grande favor. Como eu não quero saber da minha página da Wikipédia para coisa nenhuma, nunca corrigi nada. Corrijo mais facilmente quando me tratam por professor doutor, que não sou, para não correr o risco de ser incluído na escola Sócrates-Relvas de abuso de classificações académicas.
Se a intenção é usar a expressão “professor do ensino secundário” como classificação pejorativa, estão bem enganados. Fui de facto professor do ensino secundário com muita honra e fiz a diáspora habitual dos professores, dei aulas em Vila Nova de Gaia, Coimbra, Espinho, Boticas e no Porto e aprendi muito mais nesse deambular do que na universidade. Por uma razão muito simples: é que já era então muito mais difícil ser professor do ensino secundário do que universitário. E a realidade é que, quer num quer noutro grau de ensino, as coisas pioraram muito desde esses anos.
Por isso escrevo hoje sobre os professores do ensino secundário, e por extensão sobre todos os professores. Não é pela sua luta sindical, nem por causa das manifestações, nem por nada dessas coisas, embora também seja. É pelo vilipêndio demasiado comum da condição de professor, de ser professor, como se fosse um lugar de comodismo, salários altos, trabalho confortável e nada desgastante. Não estou a falar das escolas e colégios privados que podem escolher quais são os seus estudantes, à força de dinheiro e da facilidade de afastarem quem não querem, estou a falar da escola pública, um pouco por todo o país, mas com maior relevo nos locais mais pobres, onde as famílias estão desestruturadas, onde a violência é endémica, onde há gangues e bullying como regra, onde tudo é precoce e nada é maduro.
É que o problema não é o dos adolescentes de hoje, é também o dos pais dos adolescentes de hoje, parte deles também professores, normalmente os mais hostis aos seus colegas. O problema é uma sociedade que deixou todos os problemas, de raça, de exclusão, de pobreza, de marginalidade, de droga para a escola e na escola para os professores. As famílias demitem-se e acham que é a escola que lhes deve socializar os filhos com um mínimo de “educação” e, como isso, não acontece atiram-se contra os professores. Não é preciso ir mais longe do que a absurda prática de deixar levar telemóveis para as aulas, sabendo-se como se sabe que não há qualquer utilidade no seu uso, e que servem apenas para uma nova forma de se estar “agarrado”. A completa falta de qualquer autoridade nas escolas torna-as um falanstério de ruídos, perda de atenção, violação da privacidade e crime, em que o comodismo dos pais, e a sua idêntica falta de autoridade, isola a função de ensinar de qualquer utilidade social. A escola perdeu a sua função e, no meio de tudo, estão professores sitiados no meio de um inferno cheio de hormonas sem regras. Não admira que seja das profissões que mais frequentam psiquiatras e psicólogos e que ardem mais depressa do que o pavio de uma vela curta. Venham pois hipocritamente atacar os professores, esses preguiçosos privilegiados.
Uma questão interessante de discutir em democracia é a de saber que critérios devem existir para pagar salários mais elevados e se um dos fundamentais não é a dificuldade no exercício da profissão. Se um homem do lixo, que faz um trabalho que ninguém quer, se um mineiro, que tem um trabalho duríssimo, não deveriam ganhar muito mais do que um burocrata ou mesmo um trabalhador qualificado ou um gerente bancário ou um técnico de informática? E carregar sacos e caixas de cerveja, ou passar o dia a abrir valas debaixo de um sol impiedoso nas ruas da cidade? A resposta habitual é que as qualificações significam “valor” e produtividade, e é verdade. Mas devem esses serem os critérios principais na atribuição de um “valor” no salário? O “valor” económico deve sobrepor-se à “justiça” social? Não é uma questão fácil de responder, mas merece ser discutida. E é por isso que eu nunca alinho nessa lenda de que os professores são uns privilegiados e que não merecem o parco salário que ganham. Experimentem ir para Almada ou para Campanhã ou para o Seixal ou para Sacavém ou para Setúbal dar aulas a alunos e alunas de 13, 14, 15, 16, 17, 18 anos…

José Pacheco Pereira

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

"Os profissionais da tourada são os que mais amam os animais"




Gente do pior que existe, do mais ordinário e abjeto que existe, quer quem promove estes espetáculos de dor e de morte quer os toureiros, cavaleiros, forcados...
 Quem assiste, aplaude ou os vê na TV...
Quem defende isto e escreve nos jornais... E quem publica...
Sim, as touradas & afins são espetáculos bárbaros, sanguinários, espetáculos de morte, morte lenta, morte de inocentes...
Mas a luta continua pelo fim destes espetáculos macabros!
Quanto sofrimento e dor para gáudio de psicopatas e gente perturbada (a todos os níveis)!
Meus queridos animais...

Nazaré Oliveira



Dizem que amam os touros (vídeo)







Que gente asquerosa! Que monstros!

Que gente sem um pingo de respeito por um ser inocente que agoniza, morre lenta e cruelmente às mãos do ódio, da indiferença, do sadismo e da humilhação de quem nos diz sempre que ama os touros ...

Maldita gente!

Criminosos sem castigo!

Torturam inocentes que nunca se podem defender dos seus impulsos assassinos!

Como é possível que ainda não tenham terminado estes “espetáculos” abomináveis? Como é possível que esta corja maldita faça isto a um pobre animal e delire de felicidade ao fazê-lo?

Dementes! Dementes perigosos que nem o ar que respiram merecem.

Meus queridos animais...



Nazaré Oliveira

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

O (mau) exemplo que vem de Espanha



Segundo uma notícia da ANDA, de 1 do corrente mês, só neste Verão serão vítimas de tortura e assassinato em festivais espanhóis mais de 60.000  mil animais.
“Não podem comemorar sem maltratar nenhum animal?”. Esta é a pergunta lançada pela organização Equo Animals, que usa as redes sociais para denunciar as atrocidades a que milhares de animais são submetidos na Espanha”.
“Com a chegada desta estação, explodem festas tradicionais que consistem em práticas bárbaras e incompreensíveis de maustratos a animais, como o touro enamorado, o touro de fogo e as ‘batalhas rats puing’ nas quais ratos mortos são lançados contra as pessoas”.
Gente abjeta! Desumana gente que isto promove, que a isto assiste e que isto aplaude.

Se as pessoas quisessem, boicotavam este e outros países, esta terra e outras terras, não comprando os seus produtos*, não os visitando enquanto estas tradições se mantivessem, como as touradas, todas elas ligadas ao sofrimento e à crueldade que se inflige, sádica e continuamente sobre estes seres indefesos.

Rápido se esquecem que estes crimes horrendos estão a ser cometidos aqui, na Europa. Na Europa Comunitária que esquece os pilares em que assentou e assenta a sua formação  e que continua  a pavonear-se e a autosuperiorizar-se com o seu mais do que bafiento  europocentrismo e a sua civilizacional arrogância.

Na Europa que critica mas que não dá o exemplo. Na Europa que foi a semente do diabo em 1914, em 1939. Na Europa que explorou e escravizou e que também cometeu genocídio.

A propósito, algum (a) de vocês escreveu a um dos noss@s eurodeputad@s sobre isto (e não só)? Se el@s não cumprem o seu dever, cumpramos nós o nosso.
Mais do que um dever cívico, a cidadania é um imperativo moral.

Nazaré Oliveira


*Como faço em Portugal, por exemplo, com Barrancos.