Mostrar mensagens com a etiqueta Minhas fotografias. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Minhas fotografias. Mostrar todas as mensagens
sábado, 2 de fevereiro de 2019
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
Miguel Torga
Foto da minha coleção (Nature, my love, no Google+) |
“Coimbra, 14 de Junho de 1973 – Continuo numa
espécie de sonambulismo, maravilhado diante de cada árvore, de cada pássaro, de
cada flor, de cada mulher vestida e perfumada. Os sentidos como que convalescem
das violências sofridas. Numa sensação reconfortante, reencontro pouco a pouco
a medida familiar das coisas familiares, o ritmo da respiração e do sangue.
(...) Vou vendo casas, caras conhecidas, monumentos, pombas, jardins. E tudo
está certo dentro de mim, arrumado no seu compartimento emotivo ou sensorial.
Sou mesmo um homem civilizado. Não parece, mas sou”.
Miguel Torga, Diário XII
quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
Pérolas da manhã
Um dos meus trabalhos in Nazaré Oliveira Photography
Clicar na foto para ampliar e apreciá-la melhor.
terça-feira, 31 de julho de 2018
sábado, 10 de março de 2018
Dia Internacional da Mulher
Dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher... Todos os dias deveriam
ser uma celebração à VIDA, mesmo quando há desânimo, raiva, injustiça e
sofrimento.
Saibamos honrar quem nunca desistiu de lutar pela igualdade de género, com
coragem e determinação, até à morte.
Calçada de Carriche (poema de António Gedeão)
Luísa sobe,
sobe a calçada,
sobe e não pode
que vai cansada.
Sobe, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe
sobe a calçada.
Saiu de casa
de madrugada;
regressa a casa
é já noite fechada.
Na mão grosseira,
de pele queimada,
leva a lancheira
desengonçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Luísa é nova,
desenxovalhada,
tem perna gorda,
bem torneada.
Ferve-lhe o sangue
de afogueada;
saltam-lhe os peitos
na caminhada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Passam magalas,
rapaziada,
palpam-lhe as coxas,
não dá por nada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Chegou a casa
não disse nada.
Pegou na filha,
deu-lhe a mamada;
bebeu da sopa
numa golada;
lavou a loiça,
varreu a escada;
deu jeito à casa
desarranjada;
coseu a roupa
já remendada;
despiu-se à pressa,
desinteressada;
caiu na cama
de uma assentada;
chegou o homem,
viu-a deitada;
serviu-se dela,
não deu por nada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Na manhã débil,
sem alvorada,
salta da cama,
desembestada;
puxa da filha,
dá-lhe a mamada;
veste-se à pressa,
desengonçada;
anda, ciranda,
desaustinada;
range o soalho
a cada passada;
salta para a rua,
corre açodada,
galga o passeio,
desce a calçada,
desce a calçada,
chega à oficina
à hora marcada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga;
toca a sineta
na hora aprazada,
corre à cantina,
volta à toada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga.
Regressa a casa
é já noite fechada.
Luísa arqueja
pela calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
in 'Teatro do Mundo'
segunda-feira, 15 de maio de 2017
PEREGRINAÇÃO DO PAPA FRANCISCO AO SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
PEREGRINAÇÃO DO PAPA FRANCISCO AO SANTUÁRIO DE NOSSA
SENHORA DE FÁTIMA POR
OCASIÃO DO CENTENÁRIO DAS APARIÇÕES DA
BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA NA COVA DA IRIA (12-13
DE MAIO DE 2017)
SANTA
MISSA COM O RITO DA CANONIZAÇÃO
DOS BEATOS FRANCISCO MARTO E JACINTA MARTO
DOS BEATOS FRANCISCO MARTO E JACINTA MARTO
HOMILIA
DO SANTO PADRE
Adro do Santuário de Fátima Sábado, 13 de maio de 2017
«Apareceu no Céu (…) uma mulher revestida de sol»: atesta o
vidente de Patmos no Apocalipse (12, 1), anotando ainda que ela
«estava para ser mãe». Depois ouvimos, no Evangelho, Jesus dizer ao discípulo:
«Eis a tua Mãe» (Jo 19,
26-27). Temos Mãe! Uma «Senhora tão bonita»: comentavam entre si os videntes de
Fátima a caminho de casa, naquele abençoado dia treze de maio de há cem anos
atrás. E, à noite, a Jacinta não se conteve e desvendou o segredo à mãe: «Hoje
vi Nossa Senhora». Tinham visto a Mãe do Céu. Pela esteira que seguiam os seus
olhos, se alongou o olhar de muitos, mas… estes não A viram. A Virgem Mãe não
veio aqui, para que A víssemos; para isso teremos a eternidade inteira,
naturalmente se formos para o Céu.
Mas Ela, antevendo e advertindo-nos para o risco do Inferno onde
leva a vida – tantas vezes proposta e imposta – sem-Deus e profanando Deus nas
suas criaturas, veio lembrar-nos a Luz de Deus que nos habita e cobre, pois,
como ouvíamos na Primeira Leitura, «o filho foi levado para junto de Deus» (Ap 12, 5). E, no dizer de Lúcia, os três
privilegiados ficavam dentro da Luz de Deus que irradiava de Nossa Senhora.
Envolvia-os no manto de Luz que Deus Lhe dera. No crer e sentir de muitos
peregrinos, se não mesmo de todos, Fátima é sobretudo este manto de Luz que nos
cobre, aqui como em qualquer outro lugar da Terra quando nos refugiamos sob a
proteção da Virgem Mãe para Lhe pedir, como ensina a Salve Rainha, «mostrai-nos
Jesus».
Queridos peregrinos, temos Mãe, temos Mãe! Agarrados a Ela como
filhos, vivamos da esperança que assenta em Jesus, pois, como ouvíamos na
Segunda Leitura, «aqueles que recebem com abundância a graça e o dom da justiça
reinarão na vida por meio de um só, Jesus Cristo» (Rm 5, 17). Quando Jesus subiu ao Céu,
levou para junto do Pai celeste a humanidade – a nossa humanidade – que tinha
assumido no seio da Virgem Mãe, e nunca mais a largará. Como uma âncora,
fundeemos a nossa esperança nessa humanidade colocada nos Céus à direita do Pai
(cf. Ef 2, 6). Seja esta esperança a alavanca
da vida de todos nós! Uma esperança que nos sustente sempre, até ao último
respiro.
Com esta esperança, nos congregamos aqui para agradecer as bênçãos
sem conta que o Céu concedeu nestes cem anos, passados sob o referido manto de
Luz que Nossa Senhora, a partir deste esperançoso Portugal, estendeu sobre os
quatro cantos da Terra. Como exemplo, temos diante dos olhos São Francisco
Marto e Santa Jacinta, a quem a Virgem Maria introduziu no mar imenso da Luz de
Deus e aí os levou a adorá-Lo. Daqui lhes vinha a força para superar
contrariedades e sofrimentos. A presença divina tornou-se constante nas suas
vidas, como se manifesta claramente na súplica instante pelos pecadores e no
desejo permanente de estar junto a «Jesus Escondido» no Sacrário.
Nas suas Memórias (III, n. 6), a Irmã Lúcia dá a palavra
à Jacinta que beneficiara duma visão: «Não vês tanta estrada, tantos caminhos e
campos cheios de gente, a chorar com fome, e não tem nada para comer? E o Santo
Padre numa Igreja, diante do Imaculado Coração de Maria, a rezar? E tanta gente
a rezar com ele?» Irmãos e irmãs, obrigado por me acompanhardes! Não podia
deixar de vir aqui venerar a Virgem Mãe e confiar-lhe os seus filhos e filhas.
Sob o seu manto, não se perdem; dos seus braços, virá a esperança e a paz que
necessitam e que suplico para todos os meus irmãos no Batismo e em humanidade,
de modo especial para os doentes e pessoas com deficiência, os presos e
desempregados, os pobres e abandonados. Queridos irmãos, rezamos a Deus com a
esperança de que nos escutem os homens; e dirigimo-nos aos homens com a certeza
de que nos vale Deus.
Pois Ele criou-nos como uma esperança para os outros, uma
esperança real e realizável segundo o estado de vida de cada um. Ao «pedir» e
«exigir» o cumprimento dos nossos deveres de estado (carta da Irmã Lúcia,
28/II/1943), o Céu desencadeia aqui uma verdadeira mobilização geral contra
esta indiferença que nos gela o coração e agrava a miopia do olhar. Não
queiramos ser uma esperança abortada! A vida só pode sobreviver graças à
generosidade de outra vida. «Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer,
fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24): disse e fez o Senhor,
que sempre nos precede. Quando passamos através dalguma cruz, Ele já passou
antes. Assim, não subimos à cruz para encontrar Jesus; mas foi Ele que Se
humilhou e desceu até à cruz para nos encontrar a nós e, em nós, vencer as
trevas do mal e trazer-nos para a Luz.
Sob a proteção de Maria, sejamos, no mundo, sentinelas da
madrugada que sabem contemplar o verdadeiro rosto de Jesus Salvador, aquele que
brilha na Páscoa, e descobrir novamente o rosto jovem e belo da Igreja, que
brilha quando é missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no
amor.
terça-feira, 11 de abril de 2017
Páscoa na aldeia
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
sábado, 18 de fevereiro de 2017
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
Amados cães
Snoopy |
Mousse |
Se houver, como dizem que há, um Céu dos Cães, é
lá que quero ter assento, a ver a luz a minguar no horizonte, com a sua palidez
de crepúsculo num retrato da infância.
Hei-de então bater à porta e pedir para entrar, e sei
que eles virão, contentes e leves, receber-me como se o tempo tivesse ficado
quieto nos relógios e houvesse apenas lugar para a ternura, carícia lenta a
afagar o pêlo molhado pela chuva.
Então, poderemos voltar a falar de felicidade e de mim
não me importarei que digam: teve vida de cão, por amor aos cães.
José Jorge Letria in Amados Cães
José Jorge Letria in Amados Cães
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
Natal, paz, harmonia
clicar para ampliar
Um abraço fraterno muito especial para tod@s os que sofrem os horrores da guerra e da indiferença.
Feliz Natal!
Paz para o mundo inteiro.
Nazaré Oliveira
terça-feira, 1 de novembro de 2016
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Subscrever:
Mensagens (Atom)