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terça-feira, 14 de março de 2023

Debate sobre a extinção das touradas em 1821


Na sessão de 4 de agosto de 1821 das Cortes Constituintes, as touradas estiveram em debate.

Borges Carneiro apresentou um projeto de lei para a proibição dos espetáculos tauromáquicos, entendidos como contrários “às luzes do século, e à natureza humana”. Em causa, estava um entretenimento baseado no sofrimento dos animais, criados para servir o homem, mas não para serem martirizados.

 “Os homens não devem combater com os brutos, e é horroroso estar martirizando o animal, cravando-lhe farpas, fazendo-lhe mil feridas, e queimando-lhe estas com fogo: tão bárbaro espetáculo não é digno de nós, nem da nossa civilização.”

 Também o Deputado Teixeira Girão classifica as touradas como um” bárbaro divertimento”, uma “tolice em expor a vida sem fim útil, sem necessidade, uma “traição em inutilizar aos touros as armas que lhes deu a natureza” e uma “crueldade e cobardia em atormentá-los depois”.

 Em sentido contrário, vários Deputados argumentam com a tradição e popularidade do espetáculo, mas também pela existência de outros costumes que agridem os animais, como a caça ou, noutros países as “carreiras de cavalos e o combate dos galos”. Referindo-se ao projeto de lei de Borges Carneiro, Lemos Bettencourt afirma:

 “Admira-me, como levado de tão filosóficas tenções, não incluiu no mesmo projeto a proibição da caça, pois sendo todos os animais e aves entes sensitivos, não deviam ser objeto de divertimento do homem; e não devia o caçador matar a ave inocente”.

 Outros Deputados entendem que a sociedade portuguesa não está ainda preparada para a decisão de extinguir as corridas de touros. Assim pensa Serpa Machado, que defende ainda a diminuição da barbaridade do espetáculo e a abolição dos “touros de morte”:

 “Eu não seria de opinião que desde já fossem proibidas as festas de touros, porque ainda não é tempo; é necessário ir preparando os costumes. Entretanto apoio que o projeto vá à discussão, não para se abolir esse espetáculo, senão para diminuir a sua barbaridade. Vamos por ora preparando os costumes, que lá virá tempo em que ele caia por si mesmo.”

 Manuel Fernandes Tomás, confessando ser “amigo deste divertimento” e espetador semanal de touradas, refere que não se pode, de repente, transformar o país numa “Nação de filósofos”, sendo necessário preparar a sociedade:

 “Para extinguir-se aqui este espetáculo, é preciso que os costumes se vão preparando, querer de repente reduzir uma Nação a Nação de filósofos não me parece correto, nem sensato; este costume há de acabar entre nós, quando se extinguir na Espanha. Eu o declaro francamente, sou amigo deste divertimento; não é por ser valoroso, nem deixar de o ser, nem querer que os outros o sejam, senão porque fui criado com isso. Na teoria sou dos mesmos sentimentos filantrópicos; mas na prática não posso. Confesso a minha fraqueza: vou ver os touros todos os domingos. Eu não pugnarei porque os haja; mas tão pouco me oporei diretamente a que deixe de havê-los."

 O projeto de lei de Borges Carneiro para a extinção das touradas seria rejeitado.

 

in https://www.parlamento.pt/Parlamento/Paginas/Debate-sobre-a-extincao-das-touradas-1821.aspx

 

sábado, 14 de novembro de 2020

O início da causa animal

A emergência do Direito Natural e consequentemente a consciência dos Direitos do Homem no panorama filosófico e político na segunda metade do século XVIII fizeram surgir nas elites políticas e intelectuais europeias uma sensibilidade, lenta mas progressiva, relativamente a questões consideradas como dogmas ao longo dos séculos, como por exemplo, a questão da limitação e separação de poderes, as liberdades fundamentais, a abolição da escravatura, a abolição da pena de morte, a emancipação das mulheres, a repartição justa da riqueza, a legitimidade da propriedade, etc... No mesmo contexto filosófico-político alguns filantropos problematizaram e questionaram a relação de domínio do Homem em relação aos animais. No espírito de muitas individualidades o recurso à violência para com os animais, fundamentado na suposta superioridade do Homem perante a Natureza era tida como imoral, quer à luz do Cristianismo, quer à luz da Razão. Os maus tratos aplicados aos animais eram considerados cada vez mais como resquícios da barbárie e da incivilização dos antigos tempos do obscurantismo. O Homem entrara numa nova nova idade da História, a idade da Razão e do progresso moral e essa evolução tinha necessariamente de se refletir na relação homem - homem e homem - animal. 

Não tardaram a surgir propostas para que o poder político adotasse medidas de proteção aos animais. Os primeiros esforços legislativos contemporâneos para proteção animal contra os maus tratos dos humanos surgem no Reino Unido no início do século XIX. Em 1800, Sir William Pulteney tenta introduzir no código jurídico inglês uma lei que proíbe o bull-baiting, projeto-lei recusado pelo Secretário da Guerra William Windham (1750 - 1810) com o argumento de que tal lei era contra o entretenimento das classes populares da sociedade inglesa. No ano seguinte, William Windham rejeita uma outra proposta legislativa de proteção animal, da autoria de William Wilberforce (1759 - 1833) fundamentando que tal lei tinha sido idealizada pelos metodistas e jacobinos com a intenção de destruir o “antigo caráter inglês pela abolição dos desportos rurais”. Mais uma tentativa surge em 1809 pelo Lord Chancellor Thomas Erskine (1750 - 1823), ao propor uma lei de prevenção da crueldade sobre os animais, aprovada na Câmara dos Lordes mas rejeitada na Câmara dos Comuns. Uma vez mais William Windham insurge-se contra tais propostas legislativas, alegando desta vez que eram incompatíveis com os tão populares divertimentos da caça à raposa e a corrida de cavalos. 

Após estas tentativas frustradas finalmente surge a primeira lei de proteção animal. É a lei Act to prevent the cruel and improper treatment of cattle (Lei de prevenção ao tratamento cruel e imprópio do gado) mais conhecida pelo nome do seu autor, "Martin's Act". Esta lei, da autoria do deputado Richard Martin (1754 - 1834) foi aprovada pelo parlamento britânico em 1822. A designação “gado” no título da lei apenas incluía boi, vaca, ovelha, mula, e burro, deixando de fora outras espécies como o touro e o cão que foram englobadas na lei em atualizações posteriores (leis de 1835, 1849 e 1876). 

O primeiro julgamento ao abrigo do Martin’s Act foi o de Bill Burns, vendedor de fruta ambulante, que agrediu o seu burro de carga. O caso na altura ficou famoso em Inglaterra devido ao facto de o próprio Richard Martin ter acusado Bill Burns e durante julgamento ter levado o burro à sala do tribunal como prova das agressões para espanto dos juízes e público assistente. "The trial of Bill Burns" (o julgamento de Bill Burns). O deputado do parlamento britânico, Richard Martin, leva o burro do acusado Bill Burns a uma das sessões do julgamento para demonstrar ao juiz os maus tratos infligidos pelo dono, episódio que causou grande sensação na época, nomeadamente nos jornais. Esta pintura (óleo sobre tela) está atualmente da seda da Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals. Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Trial_of_Bill_Burns.jpg 


Richard Martin, Willian Wilberforce e outros estiveram envolvidos na fundação da Society for the Prevention of Cruelty to Animals em 1824, a primeira instituição do mundo dedicada à proteção animal. Esta instituição conseguiu fazer com que o Martin's Act de 1822 fosse alargado no seu âmbito pela Cruelty to Animals Act (lei da crueldade sobre os animais) de 1835, que abrangia cães e outros animais domésticos, abolia o bear-baiting e a luta de galos, assim como imponha melhores condições para os animais nos matadouros. A legislação de proteção animal inglesa foi sendo sucessivamente consolidada e ampliada ao longo do século XIX pelas leis de 1849 (Cruelty to Animals Act 1849 ), e de 1876 ( Cruelty to Animals Act 1876 ) de modo a abranger gradualmente mais espécies animais e modalidades de tratamento cruel ( consultar o site Animal Rights History para ter uma noção da produção legislativa inglesa sobre a proteção animal). O Reino Unido surge assim como o "berço" do movimento da causa animal e da legislação de proteção animal na contemporaneidade, sendo em breve trecho imitado por outros países europeus e americanos. 

E em Portugal? 

Em Portugal pouco se conhece sobre o estado de consciencialização para o bem estar animal na primeira metade de oitocentos. Percebe-se no entanto que a problemática da proteção animal está intimamente relacionada com as corridas de touros ou touradas. Existem referências para este período indicadoras de que as corridas de touros seriam mal vistas por certas pessoas. Sabe-se que um dos governadores do reino na ausência da corte no Brasil, o Principal Sousa (17-- 1817) se esforçou por proibir as touradas entre 1810 e 1817. Nas cortes constituintes (1821-1822) o deputado Borges Carneiro (1774 - 1833) apresentou à câmara constituinte um moção para a abolição das corridas de touros. No debate parlamentar perguntava ele aos seus colegas deputados: « Ora qual foi o fim da natureza criando estes animaes [os touros]? foi para que o homem se podesse servir delles, e quando muito que sei servissem para seu sustento; mas não foi de certo para que os martyrizasse, os enchesse de flexas, e se divertisse com elles, destruindo-os pouco a pouco por meio do fogo e do ferro. Taes não forão os fins para que a Divindade pôz os outros animaes debaixo do poder do homem.» Apesar da sua retórica e eloquência a moção foi rejeitada.
O deputado Borges Carneiro (1774 - 1833) eleito às cortes constituintes de 1821 -1822. No dia 04 de agosto de 1821 foi discutida nas cortes constituintes a sua moção para a abolição das touradas em Portugal. A moção foi rejeitada sob os mais variados argumentos. Fonte: http://www.arqnet.pt/dicionario/borgescarneirom.html Com o advento do Setembrismo, o ministro do Reino Passos Manuel (1801 -1862) governando em ditadura, aboliu a 19 de setembro de 1836 as corridas de touros. Porém esta lei foi revogada no ano seguinte com Carta de Lei de 30 de junho de 1837. Com a Carta de Lei de 21 de agosto de 1837 as receitas das corridas de touros realizadas em Lisboa revertiam para a Casa Pia e as receitas das touradas realizadas nos restantes municípios do território português ficavam afetas às Misericórdias ou a outras instituições pias, associando assim as touradas à caridade, o que deu mais um argumento a favor dos defensores da tauromaquia. 



 in http://blog-de-historia.blogspot.com/2012/02/o-aparecimento-da-legislacao-de.html (acesso dia 14.11.2020)

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Para denunciar casos de negligência, maustratos e abusos de animais




Se tiver conhecimento de casos de negligência ou abuso não fique indiferente. Denuncie!


A PSP recebe denúncias e ajuda a esclarecer questões através do telefone 21 765 4242e do email defesanimal@psp.pt


A GNR tem disponível a linha SOS Ambiente e Território através do número azul 808 200 520 e da página http://goo.gl/1zRBfA


 Se tiver conhecimento de uma situação de maus tratos ou de negligência utilize este texto para enviar a sua queixa às autoridades, não se esquecendo de anexar fotografias que comprovem os factosPoderá também enviar este texto ao Ministério Público.

quarta-feira, 17 de julho de 2019

O que muita gente não sabe sobre as touradas




A VIOLÊNCIA DA "TOURADA À PORTUGUESA"

A chamada "tourada à portuguesa" consiste em esconder a parte mais violenta das touradas e a morte efectiva dos animais. Debaixo de um calor intenso, fora do seu ambiente natural e num espaço exíguo onde quase não se podem mexer, nem deitar, 6 touros são transportados até à praça.

Vão ser perfurados com bandarilhas que medem entre 35 a 90 cm de comprimento, com um ferro de 8 cm, um arpão de 4 cm de comprimento e 2 cm de largura
(artigo 51o do DL 89/2014 de 11 de Junho) enfeitadas com papel de seda de variadas cores.
Antes da "corrida" são imobilizados para serem "embolados" (ou seja, para que lhe cortem com uma serra a ponta dos cornos) com recurso a uma bitola com 1,4 cm de diâmetro. Os cornos são revestidos por uma protecção de couro, que lhes retira a noção de distância e protege os cavalos de serem esventrados.

Depois da "lide" os touros são recolhidos para o interior do camião, no caso das praças desmontáveis, puxados por uma corda amarrada à cabeça e a um tractor que os força a entrar no camião. Aí são imobilizados, e arrancadas as bandarilhas pelo "embolador", sem qualquer anestesia nem assistência veterinária. Para arrancar as bandarilhas é necessária a utilização de uma navalha para cortar a carne e fazer sair o arpão, deixando várias lesões no corpo do animal que ainda está vivo, apesar de exausto e em grande stress.

Os touros são transportados nestas condições para o matadouro (destino da esmagadora maioria dos animais, com excepção dos que são "indultados" para reprodução) onde são abatidos, geralmente à 2ª feira. Alguns morrem antes de chegar ao matadouro, devido às lesões, stress, calor, etc.
Ninguém vê, e ninguém permite que se registem estes momentos.

Esta fotografia escapou à "censura" dos que tentam com esforço manter uma "tradição" que já não devia existir, num país onde a maioria dos cidadãos não têm qualquer interesse por ela. Se os portugueses e os vilafranquenses soubessem o que são na realidade as "touradas à portuguesa", o cruel espectáculo não durava mais uma temporada.

Infelizmente, grande parte do sofrimento dos animais, permanece escondido entre as paredes dos camiões, sujas de sangue, e na escuridão dos curros das praças de touros. São cada vez menos os que se esforçam por encontrar argumentos para justificar tamanha crueldade para mero divertimento de uma minoria insensibilizada para o sofrimento destes animais.
As touradas portuguesas são menos cruéis que as outras? Não.




in vilafranquenses anti-tourada




domingo, 17 de março de 2019

A justiça climática é a luta pelo destino da Humanidade



Só faremos isto em conjunto, pela acção persistente e decidida de milhões de pessoas. “Vamos mudar o destino da Humanidade.”


15 de Março de 2019


Hoje é um dia histórico, com uma das maiores mobilizações globais de sempre, sobre qualquer tema que seja. É a maior mobilização de jovens e a maior mobilização pela justiça climática que alguma vez aconteceu. Todas as pessoas que mobilizaram, que convocaram e que hoje se juntam e se encontram nas ruas de mais de mil cidades por todo o mundo devem saber que fazem parte de um momento extraordinário. Começa uma nova História da justiça climática.

Durante as últimas três décadas, milhares de pessoas por todo o mundo empurraram um comboio pesado, o comboio da inércia, o comboio da conformação, o comboio do sistema, à procura de soluções e vontade política para resgatar a civilização. Muito mais grave do que a meia dúzia de negacionistas de alterações climáticas (com desproporcionado impacto mediático), foram mesmo os arquitectos das políticas dos últimos anos os grandes responsáveis por vivermos numa emergência climática sem paralelo na História da Humanidade.


“O desprezo pelos jovens, o desprezo pelas pessoas comuns, foi convertendo superficialmente milhares de milhões em cínicos, em hipócritas, em seres amorfos e autocentrados. O poder retirado pela economia e pela política às populações foi criando um espírito de derrota, de impotência, de conformação a tudo o que viesse de cima, à ordem e à obediência. Apesar de haver sempre quem resistisse, esse espírito imperou durante muito tempo.”


De nada serviram Barack Obamas, Justin Trudeaus ou Uniões Europeias a gritar o seu empenho no combate às alterações climáticas, de nada nos serviram as tintas verdes com que empresas destruidoras como a BP ou a Volkswagen se foram pintando porque, apesar de andarmos há décadas à procura de acordos para cortar as emissões de gases com efeito de estufa, 2018 foi o ano com o mais alto nível de emissões alguma vez registado. Nesse contexto de enorme frustração, de enorme contradição, empurrámos, contra o senso comum, contra a política banal, contra a TINA (There Is No Alternative), assistimos ao colapso em Copenhaga, exigimos que não houvesse mais explorações de petróleo, gás e carvão, se queríamos salvar o futuro da civilização. Às costas, levávamos a Ciência, a vontade e a certeza de que isto não podia acabar assim, que a Humanidade não podia ser só isto. 

O desprezo pelos jovens, o desprezo pelas pessoas comuns, foi convertendo superficialmente milhares de milhões em cínicos, em hipócritas, em seres amorfos e autocentrados. O poder retirado pela economia e pela política às populações foi criando um espírito de derrota, de impotência, de conformação a tudo o que viesse de cima, à ordem e à obediência. Apesar de haver sempre quem resistisse, esse espírito imperou durante muito tempo. Chegados a um dia como hoje percebemos como era superficial esse espírito, e especialmente superficial a análise de que isso se poderia manter.

A temperatura média global nas últimas três décadas só tem comparação com o período interglacial do Eemiano, há mais de 115 mil anos. Haveria nessa altura, quanto muito, alguns milhões de seres humanos (menos do que os dedos de uma mão). O centro da Europa era uma savana, o Reno e o Tamisa tinham hipopótamos e crocodilos. O nível médio do mar era seis a nove metros mais alto do que hoje. Os cinco anos mais quentes desde que há registos são os últimos cinco (2016, 2015, 2017, 2018, 2014). Devido à queima massiva de gases com efeito de estufa que começou na Revolução Industrial e que disparou a partir do final da Segunda Guerra Mundial, criámos um clima em que nunca vivemos antes, diferente daquele em que foi possível inventar a agricultura, a escrita, a civilização. O capitalismo industrial fóssil acabou com o Holoceno, o período geológico dos últimos 12 mil anos que permitiu que a nossa espécie de instalasse e proliferasse por todo o planeta.

Mas a inacção garante-nos uma degradação muito maior do que esta, e cada dia, cada semana, cada mês em que a máquina industrial fóssil se mantém em produção máxima agrava o nosso futuro. Cada momento em que a máquina industrial fóssil se mantém em produção ficam em causa a viabilidade dos territórios em que habitamos hoje, a sua capacidade de nos continuar a sustentar, quer pela redução da capacidade de produção alimentar e da disponibilidade de água, quer pelos fenómenos climáticos extremos e a subida do nível médio do mar. A reacção perante este estado de coisas é uma manifestação de autoprotecção. Não estamos a defender a Terra, nós somos parte da Terra e estamos a defender-nos a nós mesmos.

Nomeada para o Prémio Nobel da Paz, Greta Thunberg, a jovem sueca de 16 anos que disse exactamente isto na cara das lideranças mundiais na Polónia, foi o ponto de apoio e a sua greve, todas as sextas-feiras frente ao Parlamento da Suécia, foi a inspiração para a greve mundial climática. Mais tarde, o colectivo que convocou esta greve diria em carta aberta publicada no The Guardian: “Vamos mudar o destino da Humanidade.” Não é menos do que isto o que precisa de acontecer. 

Esta chamada à acção colectiva retira o derrotista enfoque na acção individual que vigorou nas últimas décadas. Só faremos isto em conjunto, pela acção persistente e decidida de milhões de pessoas. Tentar reduzir o que acontece neste 15 de Março de 2019 a uma chamada para pequenas acções individuais ou locais é perverter o que está a acontecer: “Vamos mudar o destino da Humanidade.”

Tudo irá mudar nas nossas economias e nas nossas sociedades. Se não formos nós a organizar estas mudanças, será o novo clima, sem qualquer contemporização. Vivemos neste momento dentro do arranha-céus em chamas do capitalismo global e todos os alarmes estão a tocar. Não existe nenhum bombeiro mágico para apagar as chamas. Está na hora de sair e construir uma nova casa para a Humanidade.


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Greta Thunberg



quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

This Powerful Video Is a Reminder That Animals Aren't Christmas Gifts



So many animals are abandoned after the holidays 😢 Please, NEVER give them as gifts.




Um vídeo que devia correr mundo.


So many animals are abandoned after the holidays 😢 Please, NEVER give them as gifts.



Os animais não são prendas de Natal! 

Mais um exemplo da mesquinhez e pequenez humana!

Chinese Badger-Hair Industry Exposed: Caged and Beaten for Makeup, Shavi...


Indústria chinesa de pêlo de texugo: enjaulado e espancado para maquiagem... Porquê tanta crueldade contra seres indefesos? Maldita gente que vive deste crime e/ou que o incentiva.

Sanguinária realidade em nome da mesquinhez e pequenez humana!

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

"Os profissionais da tourada são os que mais amam os animais"




Gente do pior que existe, do mais ordinário e abjeto que existe, quer quem promove estes espetáculos de dor e de morte quer os toureiros, cavaleiros, forcados...
 Quem assiste, aplaude ou os vê na TV...
Quem defende isto e escreve nos jornais... E quem publica...
Sim, as touradas & afins são espetáculos bárbaros, sanguinários, espetáculos de morte, morte lenta, morte de inocentes...
Mas a luta continua pelo fim destes espetáculos macabros!
Quanto sofrimento e dor para gáudio de psicopatas e gente perturbada (a todos os níveis)!
Meus queridos animais...

Nazaré Oliveira



Dizem que amam os touros (vídeo)







Que gente asquerosa! Que monstros!

Que gente sem um pingo de respeito por um ser inocente que agoniza, morre lenta e cruelmente às mãos do ódio, da indiferença, do sadismo e da humilhação de quem nos diz sempre que ama os touros ...

Maldita gente!

Criminosos sem castigo!

Torturam inocentes que nunca se podem defender dos seus impulsos assassinos!

Como é possível que ainda não tenham terminado estes “espetáculos” abomináveis? Como é possível que esta corja maldita faça isto a um pobre animal e delire de felicidade ao fazê-lo?

Dementes! Dementes perigosos que nem o ar que respiram merecem.

Meus queridos animais...



Nazaré Oliveira

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

O (mau) exemplo que vem de Espanha



Segundo uma notícia da ANDA, de 1 do corrente mês, só neste Verão serão vítimas de tortura e assassinato em festivais espanhóis mais de 60.000  mil animais.
“Não podem comemorar sem maltratar nenhum animal?”. Esta é a pergunta lançada pela organização Equo Animals, que usa as redes sociais para denunciar as atrocidades a que milhares de animais são submetidos na Espanha”.
“Com a chegada desta estação, explodem festas tradicionais que consistem em práticas bárbaras e incompreensíveis de maustratos a animais, como o touro enamorado, o touro de fogo e as ‘batalhas rats puing’ nas quais ratos mortos são lançados contra as pessoas”.
Gente abjeta! Desumana gente que isto promove, que a isto assiste e que isto aplaude.

Se as pessoas quisessem, boicotavam este e outros países, esta terra e outras terras, não comprando os seus produtos*, não os visitando enquanto estas tradições se mantivessem, como as touradas, todas elas ligadas ao sofrimento e à crueldade que se inflige, sádica e continuamente sobre estes seres indefesos.

Rápido se esquecem que estes crimes horrendos estão a ser cometidos aqui, na Europa. Na Europa Comunitária que esquece os pilares em que assentou e assenta a sua formação  e que continua  a pavonear-se e a autosuperiorizar-se com o seu mais do que bafiento  europocentrismo e a sua civilizacional arrogância.

Na Europa que critica mas que não dá o exemplo. Na Europa que foi a semente do diabo em 1914, em 1939. Na Europa que explorou e escravizou e que também cometeu genocídio.

A propósito, algum (a) de vocês escreveu a um dos noss@s eurodeputad@s sobre isto (e não só)? Se el@s não cumprem o seu dever, cumpramos nós o nosso.
Mais do que um dever cívico, a cidadania é um imperativo moral.

Nazaré Oliveira


*Como faço em Portugal, por exemplo, com Barrancos.



sábado, 4 de agosto de 2018

Campanha contra o abandono dos animais




A campanha da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) para sensibilizar a população portuguesa para a detenção responsável de animais de companhia e para o não abandono de animais começa esta semana.
De acordo com a DGAV, “todos somos responsáveis e todos podemos ter um papel ativo nesta questão do abandono dos animais de companhia”. Assim, a organização quer alertar os donos de animais de companhia para importância de “assegurar os cuidados básicos (abrigo, alimentação, cuidados de higiene, assistência veterinária, espaço para exercício), bem como o cumprimento de todas as obrigações legais próprias da espécie, nomeadamente, identificação eletrónica, registo e licença”.
No que diz respeito ao abandono de animais de companhia, a DGAV diz estarem em causa “o respetivo bem-estar, por falta de alimentação e de cuidados de saúde, os animais podem sofrer e provocar acidentes. Acrescem ainda riscos para a saúde humana e animal face à possibilidade de transmissão de doenças e de agressões a pessoas e a outros animais.”
Quando são abandonados, os animais são recolhidos e alojados por serviços municipais nos Centros de Recolha Oficial das autarquias (CRO) onde aguardam até 15 dias para que o respetivo detentor os reclame. Quando não são reclamados, podem ser adotados, após esterilização, por pessoas individuais ou associações de proteção animal devidamente legalizadas e que tenham condições adequadas para o seu alojamento.
Esta campanha de sensibilização marcará presença em vários meios de comunicação social e prevê a distribuição de folhetos quer à população como junto de médicos veterinários.
Veja, acima, o spot publicitário da DGAV.




artigo in http://www.veterinaria-atual.pt/na-clinica/campanha-da-dgav-abandono-animais-ja-esta-marcha/

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Meus queridos touros!


Como é possível, meu Deus, alguém defender, promover e ir ver esta crueldade sem limites, esta dor inimaginável de um ser que nada fez de mal, que merece viver com dignidade, tal como eu, como nós?
Gente diabólica...
Reparem no focinho daquela gentalha, a começar pelo do toureiro... Olhem quanto sofrimento na expressão deste nobre animal...
Lutarei sempre por vocês, queridos touros, até ao dia da vossa libertação destas bestas que vos infernizam a vida e nos dilaceram a alma.


Nazaré Oliveira

sexta-feira, 13 de julho de 2018

toureiros, cavaleiros tauromáquicos, forcados, ganadeiros e amantes das touradas: "NO PASARAN!"


Cliquem em "ver no facebook" (apesar de dizer indisponível consegue-se ver)
           


Estes 60 segundos são para os "tolerantes" da tauromaquia, para os que "não gostam mas respeitam os que gostam", porque a maior indecência de todas é optarmos por fazer vista grossa ao que nos incomoda para aliviar a consciência.

É o mínimo que podem fazer por aqueles a quem viram as costas, para conhecerem a dimensão exacta da vossa indiferença, a que gostam de chamar, eufemisticamente, tolerância.




Vejam. Vejam tudo. 
Reflitam...

Miserável gente que isto faz a um ser que nada de mal lhes fez (nem faz), que quer viver, que tem direito a viver...
Sacanas, cobardes, assassinos, psicopatas, insensíveis, retrógados civilizacionais, CRIMINOSOS... 
O vosso sadismo tem os dias contados, sim, porque a nossa luta contra as touradas não parará.




Nazaré Oliveira


sábado, 7 de julho de 2018

Deputados portugueses votaram a favor da crueldade e da tortura (touradas)



Sou contra a tortura, seja onde for e com quem for.
Num país que se diz humanista e desenvolvido, as touradas & afins não podem existir, no entanto, partidos houve que votaram pela continuação deste espetáculo abominável e sanguinário, demonstrando um insensibilidade atroz pelo sofrimento e pela dor causada a pobres animais que exploram e matam de forma cruel, premeditada, bem como, uma conceção de progresso e de Moral que me envergonha como cidadã e como pessoa.
Portugal é um país humanista?
Não, não é nem nunca será com a manutenção destas práticas, destes espetáculos, cínica e hipocritamente apoiados, inclusive, por uma certa Igreja Católica e por muitos católicos, muitos deles frequentadores da missa dominical, da Confissão e da Caridadezinha low cost e de outras práticas que mascaram completamente a verdadeira mensagem do Evangelho.
Muitos portugueses sempre tiveram muito jeito para se adaptar às circunstâncias, quando das mesmas podem retirar proveito, projeção ou ganhos. Quando se trata disso, vale tudo menos tirar olhos, e alguns, ao arrepio das mais elementares práticas cívico-humanistas que dizem defender na sua cartilha político-partidária e/ou na sua Profissão de Fé, vendem, se for preciso, a alma ao Diabo, para satisfação dos seus desejos mais recônditos e das suas frustrações e recalcamentos que despudoradamente escancaram, por exemplo, quando defendem, promovem e assistem a touradas e outros espetáculos de cruel assassinato de inocentes, vergonhosamente apoiados por gente que se apropria do Poder como se fosse seu, como é (foi) o caso daqueles deputados e deputadas que votaram na Assembleia da República contra a proposta abolicionista do PAN.
Vergonhoso. Inadmissível! Imperdoável”.
Sou contra a tortura, a crueldade, seja onde for e com quem for e, num país que se diz humanista e desenvolvido, as touradas & afins não podem existir, no entanto, a maioria dos ditos representantes do povo não pensaram assim.
Como referiu* André Silva, do PAN, afirmar que a tourada faz parte da identidade nacional é pretender que uma minoria da população que assiste a corridas de touros seja considerada mais “portuguesa” do que a grande maioria que não se revê neste tipo de espectáculos, o que é, no mínimo, desconcertante. A identidade de um povo cria-se a partir do que é pertença comum e não daquilo que nos divide, pelo que forçar a identidade tauromáquica à população portuguesa é ofensivo e contraproducente para uma desejada unidade nacional.

Vergonhoso. Vergonhoso e imperdoável o que aconteceu na dita "casa da democracia": o projecto do PAN para a abolição das touradas foi chumbado com os votos contra do PS, PCP, PSD, CDS e do deputado Carlos Matias do BEe com os votos a favor do Bloco de Esquerda, do Partido Ecologista Os Verdes, de oito deputados socialistas e a abstenção de outros 12.

Continuaremos a luta, a luta por um país e um mundo melhor, onde a harmonia entre todos os seres exista, contra a mediocridade moral e política que nos tem governado e contra o atraso civilizacional que nos provoca.

Um país não se vê e não se mede só pelos números, estatísticas, economia e finanças. Um país, verdadeiramente, vê-se pela forma como incentiva, motiva e promove a Educação Cívica, a Cidadania ativa e exigente, a Ética e a Moral Política e a formação para os valores e Direitos Humanos.

Nas eleições, ajustarei contas com essa gente sádica e cruel. Eu e os milhares de abolicionistas portugueses.



Nazaré Oliveira






Para mais leituras:



sexta-feira, 29 de junho de 2018

A Rússia e o mundial de Futebol - 2018




A Rússia e o Mundial da Vergonha, manchado com sangue de inocentes, mais uma vez.
FIFA, UEFA... Ninguém sabia? Ninguém soube disto? Ninguém condenou?
Pobres animais nas mãos desta corja humana que fechou os olhos a este massacre.
E os jogadores? As seleções?
Tudo calado. Tudo calado.
Tudo embriagado com a bola, com os milhões, com a aparente normalidade, com a hipocrisia política e social tão sub-repticiamente escondida à custa de um acontecimento desportivo que se quis organizar, nem sempre em nome do espírito do Desporto, nem sempre em nome de um desejo de Paz e Concórdia entre as nações, nem sempre em nome da Verdade que a todo o custo se esconde.
Crueldade  e massacre no campeonato mundial de futebol, como se o futebol valesse mais do que estas vidas.



Nazaré Oliveira


quinta-feira, 28 de junho de 2018

Rita Blanco - exemplo a seguir




Rita Blanco

Grande mulher, grande ativista pela causa animal (e não só)!
Quer em novelas quer em anúncios, aparece sempre com os seus cães (todos adotados).
Dá a cara, dá o exemplo.
Assim fossem todas as figuras (ditas) públicas.
Obrigada, Rita, do fundo do coração.

Nazaré Oliveira