Recebi de um amigo, via e-mail...
Desculpem a minha ingenuidade!...
Eu
julgava que a “gordura do estado” estava entre a pele e os ossos dos funcionários
Públicos de Carreira!
Como
pode progredir um País assim, saqueado permanentemente pelas pessoas que deviam
dar o exemplo de seriedade?
Em quem podemos confiar quando os mais altos
responsáveis dão estes exemplos de saque? É indigno!
Aqui vai mais um bom exemplo:
O Tribunal Constitucional é um tribunal de
nomeação politica e, por esse facto, resolveram comprar automóveis de Luxo e
Super Luxo para cada um dos 'Juízes' (de nomeação política). Estes carros são
utilizados pelos Juízes - num total de 13 Juízes - para todo o serviço,
precisamente como acontece nas grandes Empresas.
1- O
Presidente tem um BMW 740 D (129.245 € / 25.849 contos);
2- O
Vice-Presidente: BMW 530 D (72.664 € /14.533 contos);
3- Os
restantes 11 Juízes têm BMW 320 D (42.145 € /8.429 contos cada).
Portanto, uma frota automóvel no valor de
665.504 €/ 133.101 contos (muito mais de meio milhão de Euros!).
É o único Tribunal Superior Europeu (se calhar
mundial) onde os Juízes têm direito a carro como parte da sua remuneração
(automóvel para uso pessoal), e, depois, QUEREM-NOS COMPARAR AOS PAÍSES DO
NORTE!
A que propósito?
Pura ostentação!
Ninguém se indigna? Quem é que autorizou este escândalo?
Ao
mesmo tempo que o Governo sobrecarrega os portugueses, em geral, compra
justamente as viaturas mais caras.
Não é aceitável! Não se pode compreender.
E mais esta:
FARIA DE OLIVEIRA
ganha mais na CGD do que Christine Lagarde no FMI !
Em média, os trabalhadores portugueses ganham menos de 50% em
relação aos dos restantes 27 países da EU. Isto ajuda a explicar a grave crise
económica, financeira e social que Portugal está a viver.
Para que conste, e para que os futuros Faria de Oliveira e outros
possam ser respeitados, repasso o
presente e-mail esperando com o mesmo contribuir para a moralização da política
em Portugal.
Retirado
do site da CGD, referente a 2009 (ainda não divulgaram os valores de 2010):
Presidente - remuneração base: 371.000,00 €
Prémio de gestão: 155.184,00 €
Gastos utilização de telefone: 1.652,47 €
Renda de viatura: 26.555,23 €
Combustível: 2.803,02 €
Subsídio de refeições: 2.714,10 €
Subsídio de deslocação diário: 104,00 €
Despesas de representação: não
quantificado (cartão de crédito onde "apenas" são consideradas
despesas decorrentes da atividade devidamente documentada com faturas e
comprovativos de movimento)
Palavras para quê?
Isto só se resolverá quando a Troika, obrigada a justificar como é
que o dinheiro dos contribuintes dos países da EU se gasta na ajuda a Portugal,
for obrigada a tomar posição.
É
imperioso reduzir a despesa do Estado abrangendo também os Institutos e
empresas do Estado e municipais (provavelmente a ultrapassar o milhar).
Não esquecer que na maioria são empresas que duplicam funções do
Estado ou do poder local (autarquias) e todas elas com gestores com vencimentos
e regalias muito superiores ao vencimento dos Deputados e do Presidente da
República (PR), até Outubro de 2005 com direito a reforma antecipada, podendo
acumular com outros vencimentos ou reformas. Até o PR Cavaco Silva tem pelo
menos mais duas reformas que acumula com o seu vencimento.
Se José Sócrates não tivesse tido o desplante de acabar com as
reformas antecipadas dos políticos e dos gestores públicos em Outubro de 2005,
os processos do Freeport, do diploma de Engenheiro e outros nunca teriam tido o
eco que tiveram.
E foi com esta facilidade (legislação imoral mas legal para criar
à medida jobs para os boys, com a agravante de desviar a prioridade da atenção
do Gestor para as novas solicitações dos Generais dos Partidos do Poder que
julgavam também ter direito a um JOB) que a Fátima Felgueiras se escapou da Justiça
indo para o Brasil onde viveu com a ajuda da reforma antecipada obtida dois
meses antes de ter sabido por fuga de informação que iria ser detida.
Estima-se que mais de 50% dos autarcas com mais de 55 anos tenham
direito a reformas obtidas por antecipação na mesma função (hoje, também
impedidos de acumular com os seus vencimentos).
É uma vergonha a
delapidação dos recursos financeiros que deveriam privilegiar o desenvolvimento
ou a amortização da dívida pública e externa, que tipifica uma política neoliberal
onde a ganância só tem como limite o céu; ou pior, foi preciso ter sido o
mercado externo, com a subida vertiginosa dos juros da dívida soberana, a dizer
que Portugal já não dá confiança para ter empréstimos.
No início da entrada de Portugal na União Europeia, como se fosse
uma Dona Branca quando o dinheiro entrava aos montes, tudo foi possível sem
grandes convulsões.
De vez em quando, lá era processado um político ou gestor que, com
raras exceções, acabava por ver o seu processo arquivado.
Hoje, temos o resultado da gestão da geração dos
"soixante-huitard" que tem estado no poder, ao tempo do 25 Abril
fanáticos de Mao, agora brilhantes executantes da partidocracia com laivos
neoliberais.
É preciso que se saiba que:
os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham cerca
de metade (55%) do que se ganha na zona euro, mas os nossos gestores recebem,
em média:
· mais 32% do que os
americanos;
· mais 22,5% do que
os franceses;
· mais 55 % do que os
finlandeses;
· mais 56,5% do que
os suecos"
(Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 24/10/09)
E têm a lata de chamar a nossa atenção afirmando que "os
portugueses devem trabalhar mais e gastam acima das suas possibilidades."
Com um abraço de cidadão preocupado com o futuro de Portugal,
incluindo sobretudo os jovens, desempregados e os empregados pobres
(vencimentos na média dos 500 €).
Não divulgar é cumplicidade!