terça-feira, 9 de agosto de 2011

Florestas - Clima

Spending more on forests could reap enormous benefits – UN report
Ensuring good governance of the world's forest resources is key to combating climate change
5 June 2011

Investing a relatively small amount each year in the forestry sector could halve deforestation, create millions of new jobs and help tackle the devastating effects of climate change, according to a United Nations report released today to mark World Environment Day.
The report, “Forests in a Green Economy: A Synthesis,” finds that an additional $40 billion spent each year in the forestry sector – or just 0.034 per cent of global gross domestic product (GDP) – could result in substantial environmental improvements.
The rate of deforestation could be halved by 2030, the number of trees planted could rise by 140 per cent by 2050 and as many as 30 million new jobs could be created by that same year.
Achim Steiner, Executive Director of the UN Environment Programme (UNEP), which issued the report, said forestry is one of the key sectors capable of helping the world transition to a 'green economy' model that is resource-efficient and low in its use of carbon.
“There are already many encouraging signals; the annual net forest loss since 1990 has fallen from around eight million to around five million hectares and in some regions such as Asia, the Caribbean and Europe forest area has actually increased over those 20 years,” he said.
The area covered by freshly planted forests has also grown from 3.6 million hectares in 1990 to just below five million hectares last year.
Jan McAlpine, the Director of the Secretariat of the UN Forum on Forests, said the capacity of poorer countries to switch to green economies and protect their stocks of forests needs to be strengthened.
“Encouraging a transition to green economies will require a broad range of financial, regulatory, institutional and technological measures,” she said.
Forests and the benefits they provide represent the theme of this year's World Environment Day, which is marked every year on 5 June. This year is also the UN-declared International Year of the Forests.
Celebrations are being held across the globe, including in India, which is this year's designated host.
On Friday Secretary-General Ban Ki-moon described forests as central to economic development, poverty reduction and food security.
“By reducing deforestation and forest degradation we can make significant progress in addressing the combined threats of climate change, biodiversity loss and land degradation,” he said in a message to a forestry conservation meeting held in Brazzaville, Republic of Congo.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Portugal, beleza inesgotável!

Um trabalho MUITO BEM FEITO!

“Portugal, the beauty of simplicity”, produzido pela Krypton Films, foi distinguido em Varsóvia com o 2º prémio na categoria “The best film promoting country, region or city”, entre 220 filmes internacionais candidatos. 
O filme conta ainda com a banda sonora do compositor português Nuno Maló, nomeada para os Jerry Goldsmith Awards 2011 na categoria de “Best Promotion Score”.

 Ao longo de quatro minutos apresenta os principais atractivos turísticos de todas as regiões do País  – do mar e da natureza à gastronomia, passando pela oferta cultural, pelo golfe, o surf, as paisagens humanas ou a animação nocturna, num registo entusiasmante.

domingo, 7 de agosto de 2011

Cântico Final - Aparição

 

Dois dos primeiros livros que li, de Virgílio Ferreira, e que marcaram para sempre o meu gosto por este autor. E já lá vão muitos anos!

Os horizontes da interrogação existencial que toda a obra de Vergílio Ferreira visa, anunciam-se já em Cântico Final (1960), uma obra intimista que retrata um personagem cujos contornos se definem à medida que o vaivém da sua memória se envolve em torno de indivíduos e acções dominantes. Foi de tal modo apaixonante que parti de imediato para a leitura do Aparição, que adorei.

João Palma Ferreira, a propósito de Virgílio Ferreira, escreveu: “toca os extremos da riqueza lírica e intimista e os da realidade concreta, não para os tentar fundir num conjunto harmonioso mas para os fazer contrastar”.

O tema essencial de toda a sua obra foi certamente o da procura do sentido da existência num universo sem sentido, fazendo-o navegar no que Eduardo Lourenço chamou um "niilismo criador" e um "humanismo trágico", explorando até à exaustão o tema do "eu", ao mesmo tempo eterno e inscrito na finitude, a mesma finitude que o embrenha na temática da morte, num homem que heroicamente, e também angustiadamente, suporta o desafio da finitude.

"Tenho a corrupção lenta do tempo, tenho a eternidade a executar". Eis, numa breve expressão de Rápida a Sombra, a dimensão trágica do seu pensar, onde se desenrola uma intensa reflexão sobre o corpo e a morte. Há em todo o homem são um impulso para um mais daquilo que se é no presente, e que jamais se alcança, ou que se sabe jamais poder alcançar-se ("um apelo ao máximo" que vem do máximo que o homem é), num processo infindo a que só o absurdo da morte põe termo: "Na profundidade de nós, o nosso eu é eterno, e todavia é justamente o corpo que nos contesta a eternidade".

No entanto, novo conflito deflagra entre essa exaltação divinatória, e a consciência trágica da sua corruptibilidade e da sua objectiva degradação, lançando o homem na angustiante consciência da sua "infinitude limitada", e ao mesmo tempo no plano heróico de saber que a morte o espera, devendo viver "como se ela não contasse", ou, como escreveu em Nítido Nulo: "viver a eternidade e, num momento de distracção, cortarem-lha rente".

Atravessa a sua obra o discurso da solidão, como um dos aspectos mais profundos da condição humana, sempre acompanhado pelo silêncio que advém do abandono da entidade divina. As personagens de Vergílio Ferreira assumem um papel questionador, procurando sentido, uma vez que o mundo aparecia sob a forma de uma absurda estupidez.

Cons.:

CAVALOS AZUIS

Cavalos azuis
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CAVALOS AZUIS (1911), um dos trabalhos fantásticos de Franz Marc (1880-1916) que mais aprecio.
 A adoração pelos animais levou-o a integrá-los com frequência na temática das suas composições, sobretudo os cavalos.
Franz Marc acreditava que os animais estavam em perfeita harmonia com a Criação.
Nesta pintura, encontrou as formas por intermédio de uma pincelada larga, rotunda e rítmica, ao mesmo tempo que libertou as cores da dependência naturalista.  
A cor é assumida num sentido expressivo mas, também simbólico, remetendo para uma certa espiritualidade da pintura.
Por exemplo, o azul seria símbolo de virilidade, o amarelo de suavidade e o vermelho paixão. Assim, apesar das referências figurativas, o pintor pretenderia aproximar-se de registos poéticos nos quais a cor representaria um papel mais lírico que representativo.
“O valor espiritual e a expressão poética distinguem-se de qualquer relação com o mundo visível”.
No caso do trabalho que aqui publico, os cavalos azuis, serviriam de emblema ao movimento “O cavaleiro Azul” que fundou com W. Kandinsky (1866-1944), outro grande pintor. Os artistas que faziam parte deste movimento, estiveram ligados por atitudes comuns relativamente à arte, embora as suas obras não tenham características idênticas. Quiseram ver a Natureza e o Homem “numa grande unidade existencial”, pretendendo construir um quadro a partir das experiências, dos sentimentos subjectivos e das sensações de cada um, mas com um sentido global, de modo a ser compreendido por todos como uma alegoria de construção místico-intimista do mundo, como ele próprio afirmou.

Bibliog. cons.:
NUNES, Paulo S., História da Cultura e das Artes (12). Lisboa: Lisboa Editora, 2006.
VÁRIOS, Histoire de l´Art, Peinture, Sculpture, Architeture, ed. Hachette Éducation, , Paris, 1995.

Para saber mais:
http://en.wikipedia.org/wiki/Der_Blaue_Reiter
http://pt.wikipedia.org/wiki/Franz_Marc

http://www.google.pt/search?q=franz+marc&hl=en&rlz=1R2ADFA_pt-PTPT380&biw=1280&bih=593&prmd=ivnso&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=ArM-Tr-5F8aGhQe666DUBQ&ved=0CDUQsAQ


Neste vídeo, trabalhos de Franz Marc com um fundo musical magnífico de Schuman.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

VAMOS ACABAR COM AS TOURADAS

 clicar nas imagens para ampliá-las



É FUNDAMENTAL SABER A VERDADE E CONHECER O QUE OS DEFENSORES DAS TOURADAS ESCONDEM E MUITOS NEM SABEM!



Publiquei no FB e e-mail este terrível documento (vídeo) e continuarei a fazê-lo frequentemente. Custa muito vê-lo mas mais custa saber que não o divulgando contribuirá, certamente, para a manutenção dos argumentos estupidificantes daquelas mentes perversas, que combatem as suas frustrações sacrificando, torturando até à morte um animal fantástico, inocente, pensando exorcizar deste modo os seus demónios domésticos e as suas frustrações sexuais, alimentando um machismo que tresanda e apodrece nas palavras e nos gestos de quem valente se faz à custa do “jogo sujo” e da cobardia, como sempre soubemos mas que eles sempre negam.
Eles, os toureiros a pé, a cavalo, os forcados, os ditos aficionados, excitados com a visão de uma morte lenta que sublima os seus recalcamentos e os torna, por momentos, seres superiores aos seus próprios olhos mas infinitamente inferiores aos olhos da Razão.
Se nós, que defendemos a vida com dignidade para todos os animais, a compaixão, o respeito, o fim da tortura, o fim de espectáculos sanguinários com o sacrifício de animais, a exploração desumana dos mesmos, quer nos circos, “jardins” zoológicos, guarda de habitações e terrenos, quer na forma brutal como o homem os utiliza para seu proveito e lucro financeiro, caso dos aviários e vacarias industrializadas, criação de porcos, matadouros … se nós não dermos voz a esta pobre gente e denunciarmos a horrenda realidade, quem mais o fará?
Numa altura em que as tecnologias de informação e comunicação fazem parte intrínseca do nosso quotidiano, facilitando os contactos, divulgando mensagens e reforçando as relações entre todos nesta aldeia global, não há desculpa para não utilizar, por exemplo, as redes sociais, como meio e estratégia privilegiada para a união de todos os que querem derrubar os lobbys instalados que vivem do espetáculo e do comércio da morte, caso da tauromaquia, bem como, de quem os subsidia e apoia.
Se nada fizermos, se nem a divulgação de materiais como este divulgarmos, de que valerá dizer sou contra as touradas se nada fizer para dar força e concretizar essa aspiração, desejando pôr fim a esse maldito entretenimento, sádico e chocante, deprimente e horrendo.
Já vimos que a luta tem que endurecer e que essa luta jamais vingará sem a nossa adesão e participação activa.
Temos que agir mais vezes, falar menos e sermos mais.
Sair para a rua com as associações e mostrar desassombradamente a nossa indignação, escrever nos jornais, blogues, facebook, intervir no nosso círculo de amigos, à mesa do café, nas escolas, estarmos receptivos às informações das diferentes organizações de defesa da vida animal, ajudá-las no que pudermos, divulgando as suas acções e, sobretudo, marcando presença nos momentos cruciais em que a nossa força se medirá, “para o outro lado”, não pelo número de apoiantes ou associados que existem mas pelo número dos que estão na rua e dali não arredam pé.
Não há nem nunca houve lutas fáceis mas, mesmo difíceis, só delas sairá a vitória que pretendemos. Vitória sobre a ignorância, a crueldade, o sadismo, a estupidez e a boçalidade.
Por favor, divulguem. Divulguem até à exaustão!
Está nas nossas mãos acabar ou perpetuar esta crueldade e desmascarar os argumentos dos seus amantes, porque a maioria destes nada sabe sobre os maus-tratos e torturas infligidas (caso dos exemplos que o vídeo mostra), execráveis, brutais, e que fazem parte da “preparação” do touro para a lide.
Compete-nos a nós, defensores dos direitos dos animais não-humanos, neste caso, dos touros, revelar a verdade que se esconde atrás das tábuas. Somos os únicos que podemos esclarecer verdadeiramente os que ainda defendem as touradas, porque não sabem o que há muito nós sabemos e porque nada nos move a não ser a compaixão e o respeito que todos os animais nos merecem.
Partilha este vídeo. Partilhem. Mesmo que ao partilhá-lo as lágrimas vos corram pela cara abaixo.
Divulga este vídeo. Divulguem. Repetidamente. A todos os vossos contactos. Até à exaustão.
Por favor, que essas lágrimas que se soltam sejam a força que libertará aqueles pobres seres, torturados e assassinados lentamente ao som das palmas e olés que também ajudam a matar.
Por favor, é agora! Juntemo-nos todos para acabar com isto!
As associações de defesa dos animais que iniciem a mobilização mas que ninguém deixe de as apoiar nas suas acções e esforçar-se por estar presente nas mesmas.
A luta contra as touradas deve ser, para nós, uma das lutas prioritárias na nossa agenda de vida!
Isto não pode continuar e a ordem dos veterinários também deve assumir as suas responsabilidades neste espectáculo de enorme sofrimento, pelo que faz ou pelo que devia fazer e não faz, pelo que esconde e as razões porque o faz, ou porque faz de conta que não sabe ou que não vê. Também tem culpas no cartório como sempre têm os que não agem com ética e deontologia profissional, mais preocupados que estão em defender os lobbys e a promovê-los do que com a dignidade da vida animal.
Tenho a certeza que esta nossa luta sairá vitoriosa se nós, de uma vez por todas, a enfrentarmos com mais dureza e maior adesão a nível nacional, servindo uma estratégia conjunta devidamente planeada por todas as organizações de defesa dos animais portuguesas e, por que não, espanholas.  
Nazaré Oliveira

Para quem quiser ler mais sobre este assunto...

domingo, 31 de julho de 2011

As crianças-soldados


A resolução 1998 das Nações Unidas é de extrema importância e, aqui, mais uma vez, o papel fundamental da ONU na defesa da dignidade, direitos humanos e justiça.


Ao ponto que se chega quando se aliciam, recrutam e treinam crianças para a guerra!

Injectam-lhes raiva e preparam-nos para destruir, matar, matar os outros e matarem-se a si próprias, em nome de um pretenso deus misericordioso que no céu os acolherá, esvaziados que foram de qualquer sentimento que não o ódio e a vingança. Completamente manipulados pelos que, em nome da fé, da intolerância e do egoísmo, os impelem para o encontro com a morte que deles fará mártires e heróis estupidamente desaparecidos.

Não olharam nem olham a meios para saciar a sua fome de poder e a sua sede de sangue, fazendo na terra o verdadeiro Inferno que a todos atormenta, obsessivamente impelidos pela cegueira do fundamentalismo religioso e escondidos no terrorismo com o qual roubam a vida de inocentes, a infância, paz e o direito que todos têm de ser felizes.  

Afeganistão, Birmânia, Burundi, Chade, República Centro-Africana, Colômbia, República Democrática do Congo, Filipinas, Nepal, Somália, Sudão, Sri Lanka e Uganda, são os países onde mais casos se verificam de crianças recrutadas para combater.
Além de recrutadas quase sempre pela força, são raptadas às suas famílias e à pobreza imensa das suas vidas, drogadas e psicologicamente instrumentalizadas para a espionagem, exploração sexual e, horror dos horrores, para servirem de escudos humanos.

Calcula-se que haja mais de 300 mil crianças envolvidas em conflitos armados por esse mundo fora. 
A Unicef refere que a maioria é adolescente e que até crianças com 7 anos estão nestas situações.
Quando os ”compromissos de Paris” em 2007 foram assumidos,  os países prometeram combater a “impunidade” dos que cometem estes recrutamentos e "investigar e perseguir” essas pessoas, opondo-se à amnistia destes crimes. Para pôr termo a este recurso inaceitável, a conferência de Paris também se propôs aprovar um acordo no sentido de se desenvolverem novos programas de libertação, de protecção e de reinserção social dessas crianças-soldados.
Estas, devem ser consideradas como vítimas e não apenas como presumíveis culpados.
O trabalho de Graça Machel   http://www.unicef.org/graca/ "O impacto dos conflitos armados sobre as crianças", the impact of conflict on children, trouxe uma maior visibilidade a estas crianças e jovens e aos horrores da sua condição de “soldados”, aprofundando o debate sobre matéria tão séria e tão urgente, quer  à luz dos Direitos Humanos/Direitos da Criança quer à luz do Direito Internacional, permitindo “o rápido entendimento de que crianças transformadas em combatentes são vítimas ou alvo fácil para manipulações por parte de organizações que aderem aos conflitos em busca de ganhos políticos”.
Leituras que sugiro:
Nazaré Oliveira
 

New York, 12 July 2011 - During the annual Security Council Open Debate on Children and Armed Conflict, the Security Council unanimously adopted a resolution expanding the criteria for listing parties to conflict in the Secretary-General's annual report. The criteria now include parties who attack schools and hospitals.
Additionally, the Security Council, under the German presidency, firmly reiterates its readiness to impose targeted measures against those who persistently violate children's rights in conflict. Read Full Press Release









PRESS STATEMENT: Statement by the Special Representative for Children and Armed Conflict on the protection of children in Libya (09 Mar)










The sharkman. O homem-tubarão.