sábado, 23 de julho de 2011

A indecisão eleitoral nas democracias recentes

Este artigo analisa a indecisão eleitoral nas democracias recentes. Vários estudos têm evidenciado que a lógica de voto deste segmento do eleitorado se diferencia de forma significativa dos eleitores mais estáveis, sem todavia alcançarem conclusões definitivas acerca do fenómeno. Depois de caracterizar o perfil dos indecisos em Espanha, Grécia e Portugal, examinam-se os factores mais importantes que contribuem para interpretar as opções deste segmento do eleitorado. Os resultados indicam que as predisposições ideológicas desempenham um papel fundamental, enquanto os factores de curto prazo têm um peso secundário, sobretudo para os eleitores de direita.
Palavras-chave: tempo da decisão eleitoral; indecisos; comportamento eleitoral; Europa do Sul.
INTRODUÇÃO
O fenómeno da indecisão eleitoral tem assumido uma relevância crescente nas democracias contemporâneas. A maior distância entre eleitores e partidos, a diminuição do peso das clivagens tradicionais sobre o comportamento dos eleitores e, paralelamente, o aumento da importância dos factores de curto prazo são elementos que tornaram cada vez mais central este segmento do eleitorado. Os indecisos convertem-se no alvo principal da acção dos partidos, na tentativa de influenciarem e condicionarem as escolhas dos eleitores durante a campanha eleitoral. A maior difusão dos meios de comunicação e a introdução das novas tecnologias constituem, porém, fortes incentivos para a mobilização e a persuasão dos eleitores indecisos durante as campanhas. O facto de os actores políticos concentrarem os esforços — financeiros e organizativos — nas últimas semanas que antecedem o voto demonstra não apenas a convicção de que é possível persuadir este grupo de eleitores, mas também que as escolhas destes eleitores determinam de forma crucial o desfecho da competição eleitoral. É frequente, de facto, que durante as campanhas eleitorais a atenção dos partidos e dos media se concentre sobre os indivíduos que ainda não decidiram a sua opção de voto.
Na maioria das democracias consolidadas, a tendência para o aumento da indecisão eleitoral é confirmada por recentes estudos baseados em inquéritos de opinião (Dalton, McAllister e Wattenberg, 2000, p. 48). Em geral, nas democracias contemporâneas regista-se uma maior “disponibilidade” eleitoral através da crescente proporção de eleitores que não dispõem de uma orientação de voto estável e ponderam a sua escolha durante a campanha1. Este fenómeno reflecte-se na tendência para o aumento da volatilidade eleitoral, quer a nível agregado, quer a nível individual (Mair, 2002; Dalton, McAllister e Wattenberg, 2000, p. 44).
Para além da crescente importância quantitativa, a indecisão eleitoral é um fenómeno que do ponto de vista qualitativo apresenta também características interessantes. De facto, estudos empíricos têm sublinhado a particularidade deste segmento do eleitorado e a sua importância nas dinâmicas eleitorais (Chaffee e Choe, 1980; Gopoian e Hadjiharalambous, 1994; Hillygus Shields, 2008). Por isso, a análise da indecisão contribui para compreender melhor o comportamento dos eleitores e a estratégia de mobilização dos partidos.
Quais são os factores que podem explicar o fenómeno da crescente instabilidade eleitoral? Segundo a literatura, são dois os processos que estão na origem da relevância assumida pela indecisão eleitoral. O primeiro relaciona-se com a maior importância dos factores de curto prazo como determinantes do comportamento dos eleitores, aumentando assim a disponibilidade eleitoral. O segundo baseia-se na influência dos mass media e no processo de modernização das campanhas eleitorais.
Os factores tradicionais que contribuem para formar as predisposições dos indivíduos, limitando assim as opções de voto disponíveis, tornaram-se mais débeis, acabando por exercer apenas um impacto reduzido sobre os eleitores. É o caso, por exemplo, da identificação partidária ou das tradicionais clivagens sociais que tiveram um papel importante na estabilização do eleitorado pelo menos até à década de 70 do século passado (Lipset e Rokkan, 1967; Thomassen, 2005). Deste ponto de vista, os eleitores tornaram-se progressivamente “livres de escolher”, para parafrasear o título de um importante contributo publicado em meados dos anos 80 (Rose e McAllister, 1986). A principal consequência destas transformações ao nível dos comportamentos eleitorais é o maior peso adquirido pelos factores de curto prazo, sobretudo através do papel desempenhado pelos líderes e pela percepção da situação económica. O segundo processo que afecta o fenómeno da indecisão eleitoral refere-se às transformações das modalidades de comunicação adoptadas pelos actores políticos. Os eleitores estão cada vez mais expostos à influência dos meios de comunicação, sobretudo durante a campanha eleitoral, pela multiplicação dos recursos de informação e pela maior eficácia por parte das forças políticas na identificação dos “alvos” eleitorais (Farrell, 1996; Norris, 2000). O declínio organizativo dos partidos é acompanhado por um uso mais sofisticado dos meios de comunicação, de acordo com a estratégia eleitoral dos actores políticos (Bowler e Farrell, 1992; Rohrschneider, 2002). A crescente importância das ligações directas entre líderes e eleitores — muitas vezes baseadas apenas nos traços pessoais — e a utilização das técnicas de marketing contribuem para aumentar a ambivalência e a incerteza dos indivíduos.

Texto integral aqui

“bloodsport”

"Há quem diga que as nossas tradições merecem ser preservadas simplesmente devido à sua antiguidade. Para estas pessoas a antiguidade confere um estatuto especial a uma prática ou a um ritual. Entretanto, parece-me uma maneira de pensar muito duvidosa e comprometedora no sentido de que nos impede de avaliar o valor intrínseco dos nossos actos. Por isso, penso que antes de decidir se uma tradição merece ser preservada ou não devemos sempre perguntar se ela encoraja os valores que queremos na nossa sociedade – a solidariedade, a criatividade, o respeito pelo outro, e a curiosidade, por exemplo. Será que vai educar os nossos filhos a serem pessoas sensatas, ajudando-os a realizarem-se e a serem bons cidadãos?

A meu ver, a negligência destas considerações representa uma abdicação da nossa responsabilidade como seres que pensam e sentem.

No que diz respeito à tauromaquia – sem dúvida, uma tradição portuguesa muito antiga – creio que temos que aplicar este mesmo raciocínio. A prática dissemina quais valores? E quais princípios educativos?

A meu ver, a mensagem predominante da tauromaquia é que os seres humanos têm o direito de usar animais como entendem, mesmo se isto implica o seu tormento. Os sentimentos do animal, em particular o seu sofrimento, são irrelevantes. Também transmite a ideia de que podemos – e devemos – divertir-nos com o tormento de outras criaturas, pelo menos quando é ritualizado e publicitado como entretenimento ou desporto.

Entretanto, sei que seria possível argumentar de que outros valores mais positivos são disseminados por esta tradição. Não tenho dúvidas, por exemplo, que confrontar um touro enfurecido requer coragem por parte do toureiro.

A minha opinião é que temos que “pesar” as mensagens negativas transmitidas por um ritual com as mensagens positivas. A minha conclusão é que a tauromaquia causa muito mais danos que benefícios à nossa sociedade. Prefiro viver num país em que os animais são respeitados e bem tratados, e onde nenhum “bloodsport” – um desporto que provoca o sangue e a dor do animal – é classificado como entretenimento. A meu ver, nunca devíamos educar os nossos filhos a tirarem prazer do sofrimento de qualquer criatura. Fazer isso é irresponsável e perigoso."

Richard Zimler

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O bombeiro e o quala

Que imagem! Que lição! Mais palavras para quê?


A lógica do genocídio

O legado de Auschwitz
No início do século 21, é difícil acreditar que a lógica do genocídio tenha chegado ao fim. As guerras dos Balcãs, as atrocidades que ocorreram em sucessão na África, e as guerras do Iraque e do Afeganistão representam uma espantosa regressão histórica. Os massacres e genocídios, os deslocamentos forçados de milhões de pessoas e o confinamento em campos de concentração e de refugiados não pararam de crescer nos últimos anos. A análise é do ensaísta espanhol Eduardo Subirats.
Eduardo Subirats*
Os reiterados tributos oficiais às vítimas dos campos de concentração europeus criados durante a Segunda Guerra Mundial deveriam indicar que se poria um fim à sua lógica do genocídio. No início do século 21, contudo, é difícil acreditar que este seja o caso. As guerras dos Balcãs, as atrocidades que ocorreram em sucessão na África, e as guerras do Iraque e do Afeganistão representaram, neste sentido, uma espantosa regressão histórica. Os massacres e genocídios, os deslocamentos obrigados de milhões de seres humanos, o confinamento massivo em campos de concentração e de refugiados, e, não em último lugar, os movimentos migratórios provocados pela pobreza e pela destruição ecológica não pararam de crescer nos últimos anos.
Segundo dados facilitados pelo Committee for Refugees and Immigrants dos Estados Unidos, em 2006 existiam no mundo 33 milhões de pessoas involuntariamente deslocadas de seus habitats originais. Deles, 21 milhões são as chamadas “Pessoas Internamente Deslocadas,” ou seja, relocalizadas dentro de suas próprias fronteiras nacionais. Os outros 12 milhões são refugiados que fugiram para segundos países em busca de segurança política e económica. O Sudão e a Colômbia são mencionados como exemplos de deslocamentos internos promovidos pela violência militar, com números que chegam aos 5 e 3 milhões respectivamente. A crise humanitária mais recente tem como cenário o Iraque, com 1,7 milhões de deslocados internos e outros 2 milhões que abandonaram o país.
Oficialmente, estas mobilizações são temporárias. Mas em países como a Colômbia, o retorno dos deslocados aos seus lares em sua maioria, eles são indígenas e mestiços-  é impossível, uma vez que suas terras, oficialmente “abandonadas”, foram legalmente apropriadas por corporações e organizações militares. Existem mais de 2 milhões de afegãos em campos e refúgios provisórios há mais de 20 anos. O recorde é dos palestinos, com 3 milhões de deslocados há meio século. O número destes denominados “refugiados perpétuos” no mundo chega a um total de 8 milhões. E estes números não param de multiplicar-se, ano após ano, ao amparo de lucrativas guerras e tráficos humanos.

Nas declarações oficiais, os campos de concentração do nacional-socialismo do século passado são condenados e consagrados como um evento único na história da humanidade, cujos motivos, métodos e objectivos escapam à luz da razão. Implícita ou explicitamente, a responsabilidade por eles é atribuída a desejos perversos e patologias racistas. Contudo, os genocídios industriais do século 20 não constituem um fato isolado. As minas e as “mitas” coloniais da América constituem um paradigma histórico de racionalização militar de um sistema etnocida de produção. As cifras do genocídio colonial americano são imprecisas. Mas os cálculos mais conservadores falam em dezenas de milhões. O tráfico internacional de escravos africanos constitui um prefácio sórdido dos genocídios europeus do século 20, com números também arrepiantes. A própria denominação “campos de concentração” foi cunhada pelo colonialismo britânico na África do Sul antes de ser adotado pelo imperialismo alemão.

Por trás destes crimes contra a humanidade existem, sem nenhuma dúvida, personalidades doentes. Mas seus processos genocidas estão atravessados pela limpa racionalidade que define a acumulação de capital, a expansão de mercados e a concentração de poder e riqueza.

Aproximadamente metade das vítimas dos campos de concentração nazistas eram camponeses eslavos, ciganos e comunistas que a máquina militar devorava ao longo de sua expansão. Seu extermínio estava ligado a um princípio económico: racionalizar a produção agrária, libertando-a de seus entraves pré-capitalistas. Uma das razões para justificar a eliminação dos guetos judeus da Europa Central era sua forma de vida tradicional, resistente à economia de mercado e às exigências da racionalização industrial da agricultura. Estes genocídios esgrimiram, também, um princípio de segurança: suas vítimas eram potenciais insurgentes contra o sistema que as expulsava de suas cidades e de suas terras.

Apesar de que jurídica e mediaticamente é contemplado como uma realidade aparte, o fluxo migratório massivo dos nossos dias obedece aos mesmos princípios: a expansão territorial de poderes corporativos, crescentes desigualdades económicas e sociais entre as nações ricas e as regiões neocoloniais, degradação ambiental e violência. Seus números são igualmente perturbadores. Na Europa existem 83 milhões de imigrantes legais e um número indeterminado, entre 4 e 7 milhões, de denominados “sem papéis”. Nos Estados Unidos, a quantidade oficial de imigrantes ilegais chega aos 12 milhões.
Em vez de confrontar as causas desta desordem global, e os interesses económicos e militares que a sustentam, os líderes mundiais optaram pela criminalização de suas vítimas e pela militarização de seus conflitos. O próprio conceito de “imigrante ilegal” é uma construção arbitrária. O termo foi cunhado pelo colonialismo britânico para combater uma indesejada imigração de judeus para a Palestina nos anos da perseguição nazista na Alemanha. As frases sobre a ameaça que estes imigrantes representam para o mercado laboral, sua viciosa associação com o crime organizado e as retóricas sobre sua não-integração nacional encobrem o real desmantelamento dos direitos humanos em escala global.

Os campos de detenção e concentração e a militarização dos movimentos migratórios gerados pelas guerras, a miséria e o espólio não são, convenhamos, uma solução para estes dilemas. São parte do problema. Somente a confrontação transparente da crescente extorsão económica das regiões mais ricas do planeta por poderes corporativos multinacionais, das causas reais da deterioração ambiental e dos tráficos de armas e humanos, e somente a implementação de autênticos programas de desenvolvimento sustentável pode pôr um ponto final a esta lógica do genocídio: o legado de Auschwitz.

* Ensaísta espanhol, professor de Filosofia, Teoria da Cultura e de Literatura na Universidade de Nova York
Tradução: Naila Freitas / Verso Tradutores

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Há pessoas que envergonham os professores


Ainda o novo ministro da educação não tinha entrado na 5 de Outubro e já as críticas choviam sobre o mesmo. Críticas e adivinhações, pessimismos e alarmismos que, francamente, já mostraram não servir o debate sério sobre a Educação no nosso país, quanto mais a avaliação dos professores!

Certas pessoas, incluindo certos professores e certas figuras públicas, arautos da desgraça e da maledicência, cáusticos em tudo e mais alguma coisa mesmo quando pensam que o que parece verdade, verdade vai ser, aproveitam todas as oportunidades para denegrir quem quer colaborar e tentar harmonizar a situação a que se chegou nas escolas e na Educação, seja ministro ou professores que aguardam com alguma esperança uma viragem de qualidade no processo avaliativo.

Este país teve sempre muitas aves agoirentas, muita gente afoita à calúnia e coscuvilhice mas poucos verdadeiramente interessados em trabalhar a sério e em constituírem-se, também, peça-chave para um processo com esta dimensão e este impacto, que exige muito trabalho, sim, mas sobretudo muita sensatez da parte dos que em teoria são uma coisa e na prática “logo se vê”.

Falam por falar, sem pensar, procurando um mediatismo demasiado populista ou o protagonismo balofo e habitual que se lhes conhece, quer nas escolas, sindicatos, gabinetes e departamentos ministeriais, certos jornais ou certos canais televisivos.
Que mal causam à discussão pública e à própria classe!

Obstinadamente, muitos deles, entrincheirados que estiveram (e muitos ainda estão) em trabalhos meramente administrativos, CAEs, DRELs, Direcções Executivas, Sindicatos… continuam a apostar na inflexibilidade de posições e na manutenção de uma conflitualidade verbal que só tem prejudicado quem quer ter um modelo de avaliação justo e simplificado, mas que o quer efectivamente.

Irremediavelmente marcados pelo trabalho burocrático que desenvolveram ao longo de muitos anos e que preferiram em vez de dar aulas, afastados que estiveram (e estão) da verdade e realidade incontornável que é a sala de aula e o trabalho com os alunos, insistem na contestação de tudo e mais alguma coisa, pela simples razão de que tudo e mais alguma coisa lhes servirá para rejeitar um modelo de avaliação que, simples na forma mas exigente no conteúdo, traduza, através dos resultados dos alunos, a formação científica do professor e a sua capacidade de intervenção. 

E assim se vai arrastando o problema e agravando cada vez mais a carreira profissional dos que abraçaram a docência com dedicação e espírito de missão.

O mau ambiente nas escolas deixado por Maria de Lurdes Rodrigues, pelos seus secretários de estado, por Isabel Alçada e outros, continua visível e a provocar estragos, mas, não é justo haver quem só saiba criticar os outros quando sérios não sabem ser, tanto nas críticas como no seu desempenho!


De facto, nem todas as críticas que ouvimos são sérias do mesmo modo que nem todos os trabalhadores são profissionais seja qual for a sua área.
Muita coisa foi horrível, desnecessária. Desmotivou e desgastou. Sim. Faltou-se ao respeito e à verdade. Esvaziaram-se as escolas de vontade própria e degradaram-se as relações profissionais e até humanas entre os docentes.
No entanto, “ontem” como “hoje”, continua a haver professores que envergonham professores. Gente sem brio, sem postura cívica e cultural. Sem formação científica e muito pouca formação pedagógica. Gente cheia de esquemas e artificialismos à procura de um lugar na primeira fila, ainda que a primeira fila seja feita de mediocridade e aparências, bazófia e presunção.

Maus exemplos para as suas escolas e para os seus alunos, têm singrado com o apadrinhamento de certas políticas, certos políticos, certos governos, certos directores, certos avaliadores, certos relatores, certos coordenadores, certos subcoordenadores, certos amigalhaços e até certos conselhos de turma.

Para se ser professor e sobretudo bom professor, não basta querer sê-lo nem pensar que se é simplesmente porque se diz ser.

Para se ser professor, bom professor, não basta dizer que se é ou repetir aos outros que sabe que o é, quando são os alunos os seus avaliadores de facto, os únicos que o conhecem verdadeiramente como tal e dele sabem a verdade e por causa dele muitas vezes a omitem.

Escudados estrategicamente numa capacidade de oratória fácil mas de efeitos perversos e enganadores, estes professores também têm contribuído para a desmotivação de muito bons professores e para o mau ambiente nas escolas, pois, a continuar esta falta de rigor na avaliação, vão continuar a parecer aquilo que não são nem nunca serão e vão continuar a mostrar que, realmente, as aparências iludem e que nem tudo o que brilha é ouro!  

Têm dificultado o aparecimento de um modelo credível para a avaliação do desempenho dos docentes e, infelizmente, têm-se imposto (demasiadas vezes!) à custa da cegueira de um sistema que continua a permitir a avaliação por pares e de um país que se tem pautado pela falta de uma cultura de exigência em quase tudo.

Nazaré Oliveira

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Não abandone os animais!

Poetas andaluces

Os AGUAVIVA, com o seu trabalho inesquecível POETAS ANDALUCES (1975)! Tantas vezes cantado e tocado no grupo de amigos!
Quem os ouvir, num ambiente sereno, compreenderá e sentirá a sua força e magia.