sábado, 9 de julho de 2016
Durão Barroso: ditosa Pátria que tal filho tem!
O dr. José
Manuel Durão Barroso vai ser presidente da Goldman Sachs International. É o
culminar de uma linda carreira, iniciada nos bancos da universidade, onde
abraçou a causa maoísta do MRPP, para não muito tempo depois aplicar tais
ensinamentos à social-democracia, para onde se mudou de armas e bagagens,
chegando a líder do PSD, primeiro-ministro acidental, a que se seguiu uma
“tocata e fuga” para presidente da Comissão Europeia. Agora chega o
reconhecimento da mais poderosa entidade financeira mundial. É obra!
Durão
Barroso é um exemplo para a juventude portuguesa. Soube perceber que nunca
chegaria a líder do MRPP, onde pontificavam Arnaldo Matos e Saldanha Sanches.
Mudou-se para o PSD, onde as lideranças mudavam com uma rapidez extraordinária.
Viu o então líder Marcelo Rebelo de Sousa demitir-se ao fim de três anos, por
ter sido traído pelo seu aliado da altura, Paulo Portas, e avançou para a
liderança dos sociais-democratas. Analistas e comentadores garantiram inúmeras
vezes que Durão Barroso nunca chegaria a primeiro-ministro. Mas na sequência de
umas eleições autárquicas, o então primeiro-ministro, António Guterres,
demitiu-se, o PS viu-se envolvido no escândalo da Casa Pia e Barroso chegou a
São Bento. Governou dois anos, organizou a cimeira dos Açores, onde estiveram
Bush, Blair e Aznar e que serviu para o presidente norte-americano obter os
apoios internacionais de que necessitava para invadir o Iraque. Como prémio,
Barroso foi convidado para presidir à Comissão Europeia, onde se manteve
durante dez anos.
Durante esse
período, a Europa sofreu o embate da crise financeira mundial, que nasceu nos
Estados Unidos, e assistiu à crise das dívidas soberanas e do euro. Foram dez
anos em que a Comissão deixou de ser o epicentro da construção europeia, perdeu
claramente poder para o eixo Berlim-Paris, primeiro, e depois para Berlim e
para o Conselho Europeu, deixou de ser o defensor dos interesses dos pequenos
países no processo de integração, não conseguiu responder de forma célere à
crise grega, que depois se propagou à Irlanda e aos países mediterrânicos,
submeteu-se ao ritmo e aos ditames de Angela Merkel – mas conseguiu aquilo que
almejava: ser eleito para um segundo mandato à frente da Comissão, coisa que
antes só um francês (Delors) e um alemão tinham logrado.
Saiu com um
lindo discurso no Parlamento Europeu em várias línguas. Depois, ficou à espera
que o fossem buscar num andor para se candidatar à Presidência da República
Portuguesa. Mas ninguém foi. E as sondagens também iam mostrando que o povo
português não o amava. Injustamente, claro, pois não só o criticavam por ter
deixado o seu mandato a meio, como por não ter defendido suficientemente o país
durante o período de ajustamento.
O dr.
Barroso ficou então de pousio, a dar umas conferências e umas aulas numa
universidade americana. Mas uma pessoa com tanto valor e experiência nunca
ficaria muito tempo no desemprego. E surge agora esta maravilhosa oportunidade
para liderar a parte internacional da Goldman Sachs, por acaso exatamente a
mesma empresa que foi acusada de ajudar a Grécia a maquilhar as suas contas
públicas para enganar a Comissão quando o dr. Barroso estava à frente da dita.
Mas o que interessa isso? Já lá vai…
O que conta
é que o dr. Barroso é o político português com a mais fulgurante carreira
internacional e um exemplo para todos os emigrantes: com esforço e dedicação e
os amigos certos tudo se consegue na vida. Que não seja muito apreciado por cá
releva apenas da tradicional inveja do povo português. Os outros, entre os
quais me incluo, esperam muito desta nova fase profissional do dr. Barroso.
Sobretudo do ponto de vista ético.
(Nicolau
Santos, in Expresso Diário, 08/07/2016)
Capitalismo, globalização...
Não é
submundo, é o capitalismo globalizado
Já sabíamos
da existência dos labirintos financeiros que passam pelas offshores. A novidade
da Panama Papers é que desta vez nos mostraram o mapa do tesouro. “Eles”
passaram a ter nome. Tanto podem ser o primeiro-ministro da Islândia (pouco
tempo depois da direita ter regressado ao poder já está de novo a afogar-se num
escândalo), Vladimir Putin (nada mais nada menos do que dois mil milhões de dólares
debaixo do colchão) ou narcotraficantes mexicanos. Da família do presidente Xi
Jiping ao pai do primeiro-ministro David Cameron. 29 multimilionários da lista
dos 500 mais ricos da “Forbes”. São políticos, grandes empresários, estrelas de
cinema e do futebol, traficantes de droga ou terroristas.
São 40 anos
de história de atividades legais e ilegais, mas quase todas serão danosas para
os Estados. Não estamos a falar propriamente do submundo da finança e das
empresas. Estamos a falar da criação de companhias fantasma (mais de 15 mil)
nas Ilhas Virgens britânicas, no Panamá e outros paraísos fiscais por
instituições como a UBS e a HSBC. Nuns casos serão habilidades legais, noutros
fuga ao fisco, noutros lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de droga ou
de assaltos.
Nas próximas
semanas centenas de jornalistas envolvidos nesta investigação (falarei deste
método de trabalho noutro texto que será, porque a realidade é sempre
complicada, contraditório com este) irão deixando sair informação trabalhada
sobre cada caso. Mas enquanto se trata de cada árvore gostaria de falar da
floresta.
Não foi há
muitos meses que um relatório da Oxfam para o Fórum Económico Mundial de Davos
informava que havia cerca de 7 biliões de euros em paraísos fiscais, que
corresponderiam a uma perda de receitas para os Estados de 174 mil milhões
anuais, e que apenas 13 das 200 maiores empresas do mundo não recorrem a
offshores. Estes números deixam claro que o recurso a paraísos fiscais são a
norma, não a exceção. O caso que agora merece divulgação não é a descoberta de
um escândalo. Para haver escândalo é preciso haver surpresa. Não chega também a
ser uma notícia. É o cão a morder o homem, não o homem a morder o cão. O que é
escandaloso e merece notícia é que, de uma assentada e apenas através de um das
muitas fontes possíveis (o que quer dizer que temos apenas um retrato
muitíssimo parcelar da coisa), podemos ver como funciona o capitalismo
globalizado em que vivemos.
Hoje, o
sistema financeiro e económico legítimo trabalha paredes meias com o crime
organizado, usando estratagemas semelhantes com o mesmo objetivo: esconder o
dinheiro. Nuns casos, a sua origem, noutros o destino, noutros para fugir aos
impostos e em alguns um pouco de tudo. Far-se-á a distinção entre o que em tudo
isto é legal e ilegal. Mas não se faça entre o que é legítimo e ilegítimo. Não
há qualquer razão legítima para a existência de offshores. É mau para os
Estados e para as populações, é mau para a economia e para a transparência. É
bom para quem não quer cumprir os seus deveres ou quer fugir à lei.
O facto de
nesta investigação terem surgido tantos nomes de políticos ajuda a explicar
porque é que não tem sido uma prioridade para os Estados combater esta máquina
misturadora entre crime e economia formal. Mas devemos ter um olhar mais
abrangente. A globalização capitalista, que se sobrepõe às leis das Nações, não
responde perante os Estados individualmente considerados ou, mesmo que se
simule que tal acontece, a organizações internacionais. A permeabilidade ao
crime, por ausência de “polícia” que o contenha, é da sua natureza. Haverá quem
acredite que poderemos caminhar para uma globalização política capaz de voltar
a colocar o poder económico debaixo da alçada do poder político, única forma de
impedir que ele nos destrua e se destrua a si mesmo. Não vejo qualquer sinal
que aponte nesse sentido. Por isso, acredito que o homem descobrirá, com
inteligência ou da mais trágica das formas, que o travão a esta globalização
financeira não é uma opção ideológica. É uma questão de sobrevivência. Porque o
capitalismo globalizado e sem freios (assim como a Internet sem regras)
resultará numa crescente fusão entre a legalidade e a criminalidade até
vivermos no caos absoluto.
Ao contrário
do que tenho lido, não foi o submundo que se revelou com a Panama Papers. Foi o
mundo em que vivemos e que nos recusamos a enfrentar. Apesar de todas as
evidências, parece ser inaceitável dizer que a democracia que conhecemos e o
Estado que impõe a lei não são compatíveis com este capitalismo financeiro
globalizado.
Compreendo a
dificuldade em aceitar que se recue para as nações, até por não ser fácil
imaginar como isso se faz. A questão é se queremos, em alternativa, recuar para
a selva.
(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 05/04/2016)
quinta-feira, 7 de julho de 2016
O confronto do olhar
Quando peguei no livro O CONFRONTO DO OLHAR1
senti-me desde logo motivada a lê-lo, uma vez que o subtítulo – o encontro dos
povos na época das navegações portuguesas - deixava antever uma matéria
particularmente interessante no âmbito do expansionismo marítimo do nosso país.
De facto, muito para além de interesses religiosos, económicos e políticos,
houve o interesse pelas gentes, pelo outro, pela novidade que o outro constituía,
fosse pela fisionomia, pelos trajes, língua, rituais, alimentação, entre outros.
A descoberta dos outros era, também, a
descoberta de si mesmos, pois, se há um mundo que “descobre” há outro que é
“descoberto”.
Os autores deste livro, de uma forma muito
interessante, levam-nos nesta viagem de descoberta das cores, sons e cheiros,
ao encontro dos povos com os quais os portugueses contactaram ao longo da sua odisseia
marítima quinhentista: africanos, asiáticos e ameríndios. Numa escrita rigorosa, sob o ponto de vista
histórico, articulam magnificamente os seus textos explicativos com excertos de
grandes obras históricas, por exemplo, a “Carta” de Pêro Vaz de Caminha, e
outro documentos, fazendo-o de uma forma
empolgante, despretensiosa e com sentido
crítico.
Levam-nos até lá e integram-nos nesse
encontro. Olhamos e somos olhados. Retratamos e percepcionamos toda uma realidade cultural e civilizacional
diferente da nossa, enriquecedora, gratificante, ás vezes assustadora, sobretudo quando estamos perante
determinadas práticas, como por exemplo, a antropofagia, rituais religiosos ou
outras. Como referem os autores, o que conta é o Homem, como se soubéssemos o que é o Homem, justamente num momento como
o que vivemos, de uma sociedade profundamente desumanizada. Consideram que esse encontro foi, por isso, marcado por uma certa ambiguidade, uma vez que
a alteridade humana é simultaneamente revelada e recusada.
Para quem gosta de História mas, sobretudo,
para quem gosta de esclarecer dúvidas sobre particularidades daquele encontro
de povos e de culturas, que os livros nem
sempre revelam ou explicam, recomendo este livro.
Alguns excertos do mesmo:
- “(…) a imagem do Africano, e
particularmente do negro (…) enquadra-se (…) na visão do ocidente
tardo-medieval coevo, em particular na iconografia. É marcada pela permanência
de estereótipos (…) associados à cor negra e ao Negro – demónio negro (…)”.
- “(…) os povos africanos convidaram os
portugueses para uma refeição. Acto que naquelas paragens significa bom
acolhimento e amizade. Quando os nautas de Vasco da Gama desembarcaram e viram
a comida, recusaram-na, o que originou um conflito (…)”.
- Sobre o encontro com o índio brasileiro:
“Morto
o triste levam-no a uma fogueira (…)”.Citação da obra cit. do Pe. Fernão
Cardim. “(…) Algum braço ou perna ou outro qualquer pedaço de carne, costumam
assar no forno e tê-lo guardado alguns meses, para depois, quando o quiserem
comer, fazerem novas festas (…) renovar outra vez o gosto (…) como no dia em
que o mataram (…)”. Citação da obra cit. de Pêro de Magalhães de Gândavo
“Os
buracos nos beiços, as tatuagens, eram a sua lei escrita – uma lei da
igualdade. (…) A lei escrita sobre o corpo era uma recordação inesquecível –
não terás o desejo de poder, não terás o desejo de submissão (…) estas marcas
transformam-se na memória da igualdade”.
- “As boas mulheres são muito veneradas de
seus maridos. Os maridos são mandados por elas”. (referência às mulheres
japonesas).
Maria Nazaré
Oliveira
1O Confronto do Olhar (1991) de Luís de
Albuquerque, António L. Ferronha, José da S. Horta e Rui Loureiro, ed. Caminho.
A União Europeia é união?
A União Europeia... para os mais inocentes ou para aqueles que mentem descaradamente é uma união de Cidadãos que permite termos uma vida mais confortável e/ou mais próspera. No entanto, a Realidade, por ser mais criativa que a Ficção, prova-nos que não é bem assim.
Ora bem, só no Continente Americano existem 4 Nações Federais que são subdivididas em vários Estados. Temos o Canadá com 13 Estados; temos os Estados Unidos da América com 50 Estados; temos os Estados Unidos do México com 16 Estados e temos a República Federativa do Brasil com 25 Estados. Todas estas 4 Nações decidiram "partir" os seus Territórios em vários Estados apenas por uma mera gestão administrativa, nada mais.
Ora bem, só no Continente Americano existem 4 Nações Federais que são subdivididas em vários Estados. Temos o Canadá com 13 Estados; temos os Estados Unidos da América com 50 Estados; temos os Estados Unidos do México com 16 Estados e temos a República Federativa do Brasil com 25 Estados. Todas estas 4 Nações decidiram "partir" os seus Territórios em vários Estados apenas por uma mera gestão administrativa, nada mais.
Agora vamos aos factos. Para isso, vou pedir-vos que assistam ao documentário seguinte que se intitula "The Brussels Business" (clicar no link) e que está somente em inglês. No passado dia 27 de Junho, a RTP 3 transmitiu este documentário a uma hora tardia e nem o colocou no seu Portal Web, o "RTP Play", como é apanágio. A razão!? Depois de 1 hora e 25 minutos de documentário, perceberão...
Agora que já sabem o que é a ERT ou "European Round Table of Industrialists" e depois de clicarem no respectivo link para acederem à sua Página Oficial, começam a perceber o que realmente é este negócio oligárquico chamado "União Europeia". No entanto, decidi alargar-vos um pouco mais os conhecimentos para que possam perceber eventos recentes como os "Panamá Papers" e o "Brexit".
Na Economia Actual, o Conceito em que Pessoas tinham uma quota parte em Empresas é algo completamente ultrapassado. Com o advento da Economia de Mercado e com o aparecimento das Bolsas, as Grandes Empresas e/ou as Holdings têm a Banca e/ou Financeiras como Principais Accionistas. Assim sendo, quando decidem fazer compras num Hipermercado, quando compram um carro ou quando decidem viajar de avião, não estão a comprar produtos (no sentido clássico do termo), bens e serviços, estão sempre a adquirir Produtos Financeiros.
Quando a Banca e as Empresas Financeiras se mascaram de vendedoras de produtos, bens e serviços e quando facilitam créditos para poderem escoar esses mesmos produtos, bens e serviços, assistimos a uma completa expropriação da pouca riqueza que as Classes Média e Baixa conseguem obter. Por outras palavras, aquilo que na gíria se chama de "Neo-Liberalismo" por somente uma pequena Elite é que beneficia directa ou indirectamente dessa expropriação.
Para cúmulo, a Banca e as Financeiras que são donas de Empresas de Produtos, Bens e Serviços não querem ter grandes lucros porque não querem pagar impostos. Então recorrerm a Offshores. Quando existe uma "corrida desenfreada" a esses Offshores, começam a haver suspeitas e, por conseguinte, geram-se casos como os "Panamá Papers". Ora, sabendo que existe uma expropriação às Classes Média e Baixa e sabendo que estas Holdings não pagam impostos, é natural que comece a faltar liquidez nos Bancos Centrais. Assim sendo, estas Holdings, além de empobrecerem Cidadãos, estão também a empobrecer Nações ao extrair o dinheiro dos seus Bancos Centrais para os seus Cofres Privados.
Assim, chegamos à conclusão que a União Europeia é um "Braço Político" da ERT para possibilitar o empobrecimento das Classes Média e Baixa e para roubar (sim, o termo é mesmo este) os Bancos Centrais. A existência de várias Moedas como o Escudo, a Peseta e o Marco eram um pesadelo logístico para roubar os Bancos Centrais. Para facilitar este roubo, o Braço Político da ERT decidiu criar uma Moeda Única Europeia denominada "Euro" com a desculpa que facilitava as trocas comerciais. Por outras palavras, o objectivo foi atingido com sucesso.
Agora vamos explicar o "Brexit" com base na ERT...
Se repararmos na Lista de Holdings que são Membros na ERT dispensada aqui, reparamos que a Alemanha e a França contribuem com 8 Holdings, o Reino Unido com 6 Holdings e os Países Baixos com apenas 5 Holdings. Todos os outros não passam de 1, 2 ou 3 Holdings, excepto a Itália que tem 4 Holdings. Por outras palavras, temos na ERT uma clara demonstração do Eixo Franco-Alemão que controla a União Europeia. Se observarmos esta Lista, reparamos que a Suíça está representada com 3 Holdings sem pertencer à União Europeia... Pois bem, a Suíça não pertence à UE por ser um Paraíso Fiscal e, como é sabido, é sempre bom ter um Paraíso destes dentro do nosso "quintal", não é!? Além do mais, convém ter a Nestlé fora de portas mas bem perto por ser a principal responsável pelo "Conflito da Água" e cliente da infame Monsanto.
O Reino Unido não é uma Offshore e, além do mais, na ERT estão as seguintes Holdings:Vodafone Group; a Centrica PLC; a Rolls Royce (não esquecer que é a maior fornecedora de motores para a Airbus); a ArcelorMittal; a Rio Tinto e a BP. Sabendo isto e sabendo que a decisão do "Brexit" foi uma decisão soberana do Povo Britânico, é de fácil compreenção que a ERT e a União Europeia não queiram ver os lucros destas empresas a sair do Produto Interno Bruto da UE. Por outras palavras, o "Brexit" foi uma autêntica dôr de cabeça que a ERT e a União Europeia querem que morra na Secretaria ou no Parlamento Britânico, onde terá que ser ratificado.
A ERT e Portugal...
Ao observarmos a Lista de Holdings da ERT, conseguimos facilmente perceber a sua influência dentro das nossas fronteiras. Percebemos facilmente também porque a única Holding Portuguesa a estar presente é a SONAE.
Todos sabemos o que aconteceu à Portugal Telecom quando decidiu sair fora da UE para se juntar à brasileira "Oi", ou seja, foi a sua queda e a consequente queda do Grupo Banco Espírito Santo. Uma pesada multa para Portugal por esse atrevimento. Multa essa que foi encabeçada pelo Governo Neo-Liberal de Pedro Passos Coelho a mando da UE e, sobretudo, a mando da ERT.
Existem outras influências da ERT em Portugal. Todos percebemos a razão da Heineken ter comprado a Central de Cervejas; a razão da SONAE ter lançado a Optimus a pedido da Orange; a razão da LafargeHolcim e da ThyssenKrup terem impulsionado a construção de Super-Centros Comerciais e dos Estádios do Euro'2004 que estão ao abandono; a razão da BP ser a única a ter as Estações de Serviço abertas 24h por dia em pequenas cidades; a razão da esmagadora maioria das empresas usarem bases-de-dados SAP e serem consultadas pela CapGemini; a razão das prateleiras dos supermercados quase só terem produtos Siemens e Philips; a razão do desmantelamento da EDP para que a E.ON, a Engie pudessem vingar; a razão das indústria vidreira da Figueira da Foz ter sido desmantelada em prol da Saint-Gobain; a razão de ter que se implentar um Portal para a Justiça (o Sitius) pela Wolters Kluwer.
Todos sabemos o que aconteceu à Portugal Telecom quando decidiu sair fora da UE para se juntar à brasileira "Oi", ou seja, foi a sua queda e a consequente queda do Grupo Banco Espírito Santo. Uma pesada multa para Portugal por esse atrevimento. Multa essa que foi encabeçada pelo Governo Neo-Liberal de Pedro Passos Coelho a mando da UE e, sobretudo, a mando da ERT.
Existem outras influências da ERT em Portugal. Todos percebemos a razão da Heineken ter comprado a Central de Cervejas; a razão da SONAE ter lançado a Optimus a pedido da Orange; a razão da LafargeHolcim e da ThyssenKrup terem impulsionado a construção de Super-Centros Comerciais e dos Estádios do Euro'2004 que estão ao abandono; a razão da BP ser a única a ter as Estações de Serviço abertas 24h por dia em pequenas cidades; a razão da esmagadora maioria das empresas usarem bases-de-dados SAP e serem consultadas pela CapGemini; a razão das prateleiras dos supermercados quase só terem produtos Siemens e Philips; a razão do desmantelamento da EDP para que a E.ON, a Engie pudessem vingar; a razão das indústria vidreira da Figueira da Foz ter sido desmantelada em prol da Saint-Gobain; a razão de ter que se implentar um Portal para a Justiça (o Sitius) pela Wolters Kluwer.
Resumindo, ao contrário das 4 Nações Federais Americanas que são genuinamente uniões de Povos e de Cidadãos, a União Europeia é uma União Empresarial que reduz o Cidadão à sua condição de consumidor e de contribuinte. Em Bruxelas não somos vistos como cidadãos mas como escravos numa ditadura neo-liberal que tanto é representada por partidos de centro-esquerda como por partidos de centro-direita. Como partidos como o britânico UKIP e o francês Front National tentam ao máximo resistir às pressões da ERT e de Bruxelas e daí usarem os termos "Independente" e "Nacionalista", são considerados alvos a abater. Quando a UE não consegue fazê-lo, os seus Órgãos tantam ridicularizá-los.
Na Era Medieval, os Monarcas chefiavam os Donos dos Escravos. Cinco séculos se passaram e a escravatura aparenta estar no Passado. Sim, aparenta porque, agora, a Banca e a Finança são donas de Empresas que, por sua vez, são donas de Governos que, por sua vez, legislam leis afim de manter uma "saudável e simpática ditadura e escravatura".
Na Era Medieval, os Monarcas chefiavam os Donos dos Escravos. Cinco séculos se passaram e a escravatura aparenta estar no Passado. Sim, aparenta porque, agora, a Banca e a Finança são donas de Empresas que, por sua vez, são donas de Governos que, por sua vez, legislam leis afim de manter uma "saudável e simpática ditadura e escravatura".
Termino indicando que é urgente fazer acordar o Valor Humano e o Conceito de Cidadania. É urgente porque não somos escravos e não somos meros contribuintes e consumidores. Somos Cidadãos que, pelo simples facto de existirmos, merecemos o máximo de respeito e a máxima consideração. Não podemos nem devemos determinar economicamente o Valor da Vida mas é isso que está a acontecer mesmo á frente dos nossos olhos pela mão de quem é pago por nós para nos representar. Uma coisa é certa: a bem ou mal, os Valores da Cidadania vão vencer e sobrepôr-se aos Valores da Economia. Repito, será a bem ou a mal...
Nuno Matias
in http://oourico.blogs.sapo.pt/
* Título do artigo da minha autoria.
Nazaré Oliveira
Nuno Matias
in http://oourico.blogs.sapo.pt/
* Título do artigo da minha autoria.
Nazaré Oliveira
Especialmente dedicada aos "ministros" Poiares Maduro e Maria Luís Albuquerque
![]() |
Professor Adriano Moreira |
Especialmente dedicada aos "ministros" Poiares Maduro e Maria Luís Albuquerque pelas suas "brilhantes" declarações proferidas acerca da sustentabilidade das reformas...
VERGONHA é comparar a Reforma de um Deputado com a
de uma Viúva.
VERGONHA é um Cidadão ter que descontar 40 ou mais anos para receber Reforma e aos Deputados bastarem somente 3 ou 6 anos conforme o caso e que aos membros do Governo para cobrar a Pensão Máxima só precisam do Juramento de Posse.
VERGONHA é que os Deputados sejam os únicos Trabalhadores (???) deste País que estão Isentos de 1/3 do seu salário em IRS…e reformarem-se com 100% enquanto os trabalhadores se reformam na base de 80%...
VERGONHA é pôr na Administração milhares de Assessores (leia-se Amigalhaços) com Salários que desejariam os Técnicos Mais Qualificados.
VERGONHA é a enorme quantidade de Dinheiro destinado a apoiar os Partidos, aprovados pelos mesmos Políticos que vivem deles.
VERGONHA é que a um Político não se exija a mínima prova de Capacidade para exercer o Cargo (e não falamos em Intelectual ou Cultural).
VERGONHA é o custo que representa para os Contribuintes a sua Comida, Carros Oficiais, Motoristas, Viagens (sempre em 1ª Classe), Cartões de Crédito.
VERGONHA é que s. exas. tenham quase 5 meses de Férias ao Ano (48 dias no Natal, uns 17 na Semana Santa mesmo que muitos se declarem não religiosos, e uns 82 dias no Verão).
VERGONHA é s. exas. quando cessam um Cargo manterem 80% do Salário durante 18 meses.
VERGONHA é que ex-Ministros, ex-Secretários de Estado e Altos Cargos da Política quando cessam são os únicos Cidadãos deste País que podem legalmente acumular 2 Salários do Erário Público.
VERGONHA é que se utilizem os Meios de Comunicação Social para transmitir à Sociedade que os Funcionários só representam encargos para os Bolsos dos Contribuintes.
VERGONHA é ter Residência em Sintra e Cobrar Ajudas de Custo pela deslocação à Capital porque dizem viver em outra Cidade.
Esta deveria ser uma dessas correntes que não deveriam romper-se pois só nós podemos remediar TUDO ISTO.
ALÉM DISSO, SERÁ UMA VERGONHA SE NÃO REENVIAREM.
" Não fazemos agravo a "ninguém, salvo o escândalo de termos princípios, e História, e coragem, e razão."
VERGONHA é um Cidadão ter que descontar 40 ou mais anos para receber Reforma e aos Deputados bastarem somente 3 ou 6 anos conforme o caso e que aos membros do Governo para cobrar a Pensão Máxima só precisam do Juramento de Posse.
VERGONHA é que os Deputados sejam os únicos Trabalhadores (???) deste País que estão Isentos de 1/3 do seu salário em IRS…e reformarem-se com 100% enquanto os trabalhadores se reformam na base de 80%...
VERGONHA é pôr na Administração milhares de Assessores (leia-se Amigalhaços) com Salários que desejariam os Técnicos Mais Qualificados.
VERGONHA é a enorme quantidade de Dinheiro destinado a apoiar os Partidos, aprovados pelos mesmos Políticos que vivem deles.
VERGONHA é que a um Político não se exija a mínima prova de Capacidade para exercer o Cargo (e não falamos em Intelectual ou Cultural).
VERGONHA é o custo que representa para os Contribuintes a sua Comida, Carros Oficiais, Motoristas, Viagens (sempre em 1ª Classe), Cartões de Crédito.
VERGONHA é que s. exas. tenham quase 5 meses de Férias ao Ano (48 dias no Natal, uns 17 na Semana Santa mesmo que muitos se declarem não religiosos, e uns 82 dias no Verão).
VERGONHA é s. exas. quando cessam um Cargo manterem 80% do Salário durante 18 meses.
VERGONHA é que ex-Ministros, ex-Secretários de Estado e Altos Cargos da Política quando cessam são os únicos Cidadãos deste País que podem legalmente acumular 2 Salários do Erário Público.
VERGONHA é que se utilizem os Meios de Comunicação Social para transmitir à Sociedade que os Funcionários só representam encargos para os Bolsos dos Contribuintes.
VERGONHA é ter Residência em Sintra e Cobrar Ajudas de Custo pela deslocação à Capital porque dizem viver em outra Cidade.
Esta deveria ser uma dessas correntes que não deveriam romper-se pois só nós podemos remediar TUDO ISTO.
ALÉM DISSO, SERÁ UMA VERGONHA SE NÃO REENVIAREM.
" Não fazemos agravo a "ninguém, salvo o escândalo de termos princípios, e História, e coragem, e razão."
Adriano
Moreira
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