domingo, 16 de junho de 2013

O paleio de Couto dos Santos

Este Sr. Couto dos Santos... Só paleio! Fala à boca cheia de números e esquece-se das pessoas e, pior ainda, esquece-se da porcaria que fez há anos e que para a situação a que chegou a Escola Pública atualmente também contribuiu. Coitado! Manias não lhe faltam e arrogância também, e isto, sem falar da sua ignorância relativamente aos professores e à sua luta. Seriedade, meu senhor! Informe-se mas BEM!





domingo, 9 de junho de 2013

Peço desculpa por querer defender o meu emprego

 


 
Sou professor há quase 20 anos e ganho 1300 euros por mês. Não me queixo, há quem ganhe muito menos. A minha mulher, também professora, está desempregada. O seu subsídio de desemprego, que está quase a acabar, é de 380 euros. Pago casa ao Banco e tenho duas filhas pequeninas.

Tenho mais de 40 anos. Se neste momento for despedido pelo Ministério da Educação e ficar sem emprego, não sei como vou sobreviver. Eu e as minhas filhas. Com esta idade, quem é que me dá trabalho?

É por isso que vou fazer greve no dia 17 de Junho e nos outros dias. Porque estou a
lutar pelo meu emprego, pela minha sobrevivência.

No fundo, resume-se a isto. Podia apresentar mil argumentos, mas o principal é este. E não venham falar dos alunos e de como vão ser prejudicados. Adoro os meus alunos. São muitíssimo importantes para mim, mas as minhas filhas são mais importantes do que eles. E são as minhas filhas e o seu futuro que estão em causa neste momento.

Se me dissessem que eu não fazia falta, ainda podia repensar a minha posição. Mas se o número de alunos no sistema acaba de aumentar muitíssimo, com o alargamento da escolaridade obrigatória para o 12.º ano, como é que podem dizer que eu não faço falta se até agora sempre fiz? Se há milhares de professores que foram para a reforma, sem que tenha entrado ninguém de novo, como é que é possível que eu não seja necessário ao sistema?

Aumentando as turmas para 30 alunos ou mais? Fazendo ainda mais fusões e mega-agrupamentos?

Obrigando os alunos a deslocações cada vez maiores? Negando
o pequeno-almoço nas escolas aos que mais precisam? É isso que querem para os vossos filhos?

E
as promessas do primeiro-ministro de que os professores efectivos não irão para a mobilidade para mim valem zero. Eu não sou efectivo numa escola, sou Quadro de Zona Pedagógica e, vai-se a ver, afinal era só mesmo dos efectivos que o presidente do conselho estava a falar.

A palavra de Pedro Passos Coelho, para mim, vale zero.

Porque é um cidadão sem palavra, sem honra, sem espinha.

Sim, vou fazer greve. Peço desculpa por querer defender o meu emprego.

 

 03/06/2013 - Por Ricardo Ferreira Pinto

(retirado do blogue Aventar)

domingo, 26 de maio de 2013

O Big Brother e a TVI




 

Um anormal chamado Zézé Camarinha, um dos muitos anormais do anormal Big Brother da TVI, disse (e um jornal publicou):

"Big Brother, quero a brasileira [Kelly está no Barracão] do lado de cá. Vou perder a cabeça, quero a brasileira deste lado, vou pedir perdão à Tatiana [a namorada], mas vai ser ao vivo, a sério e a cores... Vou tratar do rabinho da brasileira".

Esta besta, este desequilibrado, é como as bestas que criaram, impulsionaram e tudo  fizeram e fazem para colocar o programa "no ar".

Só num país como o nosso esta arrogância porca e estes seres desprezíveis têm destaque e passam impunes perante uma Moral Pública que é e devia estar sempre  ao serviço da Cultural, do Civismo, dos Direitos Humanos, caso da Igualdade de Género, e, acima de tudo, da Boa Educação.

Ver esta porcaria? Nem pensar mas, pelo q sabemos do lixo que o programa foi desde o primeiro, com um voyeurismo obsceno e absolutamente degradante em termos de princípios e valores, designadamente, a forma como trata e vê os mais vulneráveis, os simples (caso do triste Zé Maria), os coitados e as coitadas que, pela pobreza de espírito ou a troco de uma qualquer foto nos jornais, não interessa porquê nem como,  se sujeitam a esta e outras humilhações. Em direto. Exaustivamente expostos em nome das audiências, dos euros para a  empresa e dos bolsos dos administradores. Revolta-me.

Mas o pior é saber que esta gente se acha “notável”, umas “estrelas”, uns “artistas”! Revolta-me.

Revolta-me ver gente com saúde, ali, sem fazer nada de útil à sociedade, fechados por quem deles espera fazer dinheiro, na esperança de momentos doentios de um quotidiano forçado, do qual se espera sexo e não amor,  intrigas e até promiscuidade.

Revolta-me que a Alta Autoridade para a Comunicação Social nada faça e finja não saber. Nem mesmo o Tribunal Constitucional.

Revolta-me e preocupa-me saber que há gente que disto e destes gosta.

Não quero o regresso da censura nem o “lápis azul” do Estado Novo, não. Jamais!

Quero é princípios e valores que, seguramente, estes não são.

Quero um país que os tenha e os defenda.

Quero um país que saiba ter vergonha e assumir publicamente que tem de mudar de rumo.

Big Brother? VIP ou não VIP? Um dos programas em que mais apostou e continua a apostar este canal da Igreja Católica e no qual gastou e continua a gastar gasta milhões de euros!!!

Que hipocrisia!

Quero que a corja imunda desapareça para sempre.

 

Nazaré Oliveira

António Pina e as touradas









Meu Deus, como é que há pessoas que aplaudem "isto", adoram ver "isto", patrocinam "isto" e chamam "a isto" cultura?

António Pina, o nosso saudoso António Pina, de uma sensibilidade incrível e humanidade também, dizia, respondendo a um dos leitores de uma sua a sua crónica :

A propósito da anterior crónica (sobre as inclinações "culturais" da Câmara de Vinhais, que decidiu iniciar os seus munícipes nos prazeres "exquis" da brutalidade e tortura pública de animais) escreve-me um leitor dizendo, em abono da tourada, que Hemingway e Picasso gostavam do espectáculo. Não só eles, acrescento eu, e de touradas e coisas piores...

Escritores e artistas raramente são exemplos morais recomendáveis. Céline, escritor maior (mesmo não sendo a literatura um campeonato) que Hemingway, partilhou com Hitler, além do desprezo pelas mulheres, o gosto pela carnificina de judeus, e Picasso, juntamente com as touradas, teve outra devoção não menos sangrenta, Estaline.

A História está cheia de obras sensíveis e generosas, às vezes de grande riqueza moral, realizadas por gente feia, porca, má ou nem por isso. E se o desprezível dr. Destouches, dito Céline, escreveu a admirável "Viagem ao fim da noite" mas também obras imundas e carregadas de ódio, em outras é difícil encontrar traço do ser humano existente por trás delas (quem dirá que por trás da belíssima Catedral de Brasília está um devoto, também ele, de Estaline?)

Não é por Hemingway e Picasso se terem divertido (terem sido capazes disso) com a agonia e morte de um animal que a tourada deixa de ser um espectáculo eticamente condenável. O facto de apreciarem touradas desabona a favor de um e outro, não abona a favor das touradas.

domingo, 5 de maio de 2013

Senhor Professor António Nóvoa

Este Senhor é um Grande Senhor! Foi sempre!
Precisamos cada vez mais dele e de tantos outros como ele.

Precisamos tanto de gente inteligente e culta para dirigir este país!
De gente lúcida, séria, trabalhadora! Que sabe do que fala e da mudança que tarda mas impossível não é!

Senhor Professor António Nóvoa, eu voto em si. Por favor, candidate-se.




 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Levanta-te meu povo. Não é tarde!


SONETO DO TRABALHO

 

Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos das dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.

Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas
à força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas

Abre os olhos e vê. Sê vigilante
a reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.

Levanta-te meu povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando o povo acorda é sempre cedo.

 
Este poema que mantem toda a atualidade, foi retirado do livro "Vinte anos de poesia", de  José Carlos Ary dos Santos

 

Viva o 1º DE MAIO!

O primeiro 1º de Maio português em liberdade!