SONETO DO
TRABALHO
Das prensas dos
martelos das bigornas
das foices dos
arados das charruasdas alfaias dos cascos das dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.
Um povo não é
livre em águas mornas
não se abre a
liberdade com gazuasà força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas
Abre os olhos e
vê. Sê vigilante
a reacção não
passará diantedo teu punho fechado contra o medo.
Levanta-te meu
povo. Não é tarde.
Agora é que o
mar canta é que o sol ardepois quando o povo acorda é sempre cedo.
Este poema que mantem toda a atualidade, foi retirado do livro "Vinte
anos de poesia", de José Carlos Ary
dos Santos