quarta-feira, 1 de maio de 2013

Levanta-te meu povo. Não é tarde!


SONETO DO TRABALHO

 

Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos das dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.

Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas
à força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas

Abre os olhos e vê. Sê vigilante
a reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.

Levanta-te meu povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando o povo acorda é sempre cedo.

 
Este poema que mantem toda a atualidade, foi retirado do livro "Vinte anos de poesia", de  José Carlos Ary dos Santos