domingo, 31 de março de 2013
sábado, 30 de março de 2013
Via Sacra
“Ecce Homo”( Portugal, 2ª metade do século XVI)![]()
Bual
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Portinari![]() |
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Luiz Carlos de Andrade Lima
|
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Aldo Locatelli |
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Via Sacra (Buçaco) |
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Bual |
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Miguel Ângelo |
Duro caminho de chegar à morte!
E dura condição
De ser nele,
Como eu,
Conjuntamente o Cristo e o Cireneu!
Condenado,
Açoitado,
... A cair
E a sangrar
Sob o peso do lenho,
Se me quero sentir humano e ajudado,
O recurso que tenho
É cantar como um carro carregado.
É pedir a coragem dos meus passos
À força dos meus versos.
Versos que são apenas o sudário,
Solidário
E crispado,
Do meu rosto de carne, desenhado
No chão da caminhada.
Como ajuda que desse ao próprio corpo
A sombra por ele mesmo projectada.
in Miguel Torga - Antologia Poética, Publ. D. Quixote, pg. 197.
terça-feira, 26 de março de 2013
Maria Nazaré (curta metragem ESCSL)
Maria e Nazaré são duas mulheres com vidas opostas. A única altura do dia em que elas se cruzam é no fim do turno da noite de Nazaré e no início do dia de Maria. A cidade de Lisboa é o quadro para este encontro, que é também um bom pretexto para se pensar o modo de vida.
Curta-metragem da ESCS de Lisboa, realizado por alunos de nacionalidades brasileira, cabo verdiana e espanhola.
Realização/Argumento: Marta Drügg
Guião: Marta Drüg e David Vallina
Produção: Melania Fernández
Captação/Fotografia: David Vallina
Edição: David Vallina
Som: William Melo
Edição som: William Melo e Emilio Pascual
Maria - Mariana Portugal
Nazaré - Elisabete Pedreira
Cadeira: Laboratorio Audiovisual
Professor: Ricardo Nogueiras
Realização/Argumento: Marta Drügg
Guião: Marta Drüg e David Vallina
Produção: Melania Fernández
Captação/Fotografia: David Vallina
Edição: David Vallina
Som: William Melo
Edição som: William Melo e Emilio Pascual
Maria - Mariana Portugal
Nazaré - Elisabete Pedreira
Cadeira: Laboratorio Audiovisual
Professor: Ricardo Nogueiras
A nossa democracia
Oh, oh, a nossa democracia!
Realmente...
Diz-se
muitas vezes em Portugal, creio que por preguiça, que «o governo foi eleito».
Em bom rigor constitucional, não é verdade: o governo é nomeado pelo Presidente
e apoiado pelo Parlamento. O que me irrita, porém, é que se insinua que os
ministros foram «eleitos», quando em Portugal temos a péssima tradição de
aceitar que haja ministros que nunca concorreram a eleições, e cuja ligação a
partidos ou à própria política se desconhecia antes das eleições.
O exemplo
mais flagrante é Vítor Gaspar: antes da segunda quinzena de Junho de 2011, era
um perfeito desconhecido da opinião pública. Fora do seu restrito círculo
académico e tecnocrático, poucos saberiam quem era. O PSD não anunciara que
seria ele o Ministro das Finanças (apostava-se em Catroga). Hoje, graças à
tróica e à menoridade intelectual do Primeiro Ministro, será o homem mais
poderoso de Portugal nas decisões executivas.
Uma lição
que urge retirar é que não deveríamos tolerar que seja nomeado ministro quem
não tenha sido eleito deputado na legislatura em que o governo assume funções.
Porque faz parte da democracia poder escrutinar, questionar e testar quem
poderá vir a ser poder antes de ser poder. Depois, já é tarde.
Hitler na escola
Absolutamente de acordo com Esther Mucznik, uma grande senhora, uma grande mulher
que conheço pessoalmente, e com a sua indignação e revolta pelo sucedido.
De facto, ao ponto que chegámos e ao ponto
que nos enterrámos, em termos de valores, ética, atitudes.
Não há vergonha, não, e continuamos a assistir à ditadura
dos que, de forma prepotente, cobarde, só se impõem porque se escudam no
poder que quase sempre usurparam, manipularam e ludibriaram em campanhas eleitorais de má memória.
Ou dos que, pela sua estupidez, mediocridade e demência política e social, nada entendem mas tudo fazem para parecer que entendem, acomodados que estão em cargos diretivos ad eterno, completamente alheados da realidade, da cultura, da política, fingindo o que não são nem nunca virão a ser, perfeitamente entregues ao poder pelo poder e à sede de mandar, mas embrutecidos pela estupidez e até má formação que muito a custo lá vão tentando esconder.
Claro que são apoiados sempre pelas sanguessugas e parasitas que com este desgoverno se vão safando, à espera de migalhas ou de lugares ou de cargos que em trabalho pouco ou nada custem!
São a imagem do país à deriva que vertiginosamente se perde no tráfico de inflûencias, na corrupção, na idiotice institucionalizada, nos compadrios, no nonsense político, porque de trabalho e seriedade pouco sabem ou, se sabem, disso não se interessam porque disso nada lhes vemos ou, se algo lhes vemos, vergonhosamente desaconselhado será pelos resultados que à vista estão.
Haja vergonha, acomodados!
Claro que são apoiados sempre pelas sanguessugas e parasitas que com este desgoverno se vão safando, à espera de migalhas ou de lugares ou de cargos que em trabalho pouco ou nada custem!
São a imagem do país à deriva que vertiginosamente se perde no tráfico de inflûencias, na corrupção, na idiotice institucionalizada, nos compadrios, no nonsense político, porque de trabalho e seriedade pouco sabem ou, se sabem, disso não se interessam porque disso nada lhes vemos ou, se algo lhes vemos, vergonhosamente desaconselhado será pelos resultados que à vista estão.
Haja vergonha, acomodados!
Acomodados que fingem não ver ou fingem não saber para se desculpabilizarem de uma intervenção cívica que não têm e da qual se arredam sistematicamente.
Tão grave é o que mal faz como o que mal deixa fazer impunemente.
Que dirigentes estes e que cidadãos estes que isto consentem e continuam a consentir!
Até quando, portugueses?
Nazaré Oliveira
Hitler na escola
Há poucos dias, fui
informada por professores de uma escola pública, em Portugal, de que no passado
ano lectivo fora colocado um cartaz (ver abaixo) na entrada do edifício, nas
paredes dos corredores e na sala de professores, apelando à inscrição dos alunos
num “workshop de alemão”, como forma de “sobrevivência linguística”.
Nada disto seria digno de nota se não fosse o facto de o apelo à inscrição
invocar a submissão ao “Chefe”, neste caso o Führer em pessoa, retratado
numa imagem a fazer a saudação nazi …
O cartaz acabou por ser
retirado, não por iniciativa da direcção da escola ou de um repúdio
generalizado, mas pelo protesto de um único professor, que, para além de
exprimir a sua indignação junto da docente que autorizou tal cartaz, exigiu da
direcção da escola que o mesmo fosse retirado. O que veio efectivamente a
acontecer, juntamente com um pedido de desculpas da professora em questão,
afirmando que "não fazia ideia de que o mesmo iria provocar tanta
susceptibilidade”. Doce inocência, tranquila ignorância…
Na verdade, não sabemos
se é de ignorância que se trata ou de convicções ideológicas. Mas inclino-me
mais para a primeira hipótese: no estado da educação em Portugal consequência
das inúmeras e sempre mais “inovadoras” reformas do sistema educativo desde o
25 de Abril, do baixo nível de cultura geral de grande parte dos professores –
com honrosas e importantes excepções –, da subalternização durante décadas das
disciplinas de Ciências Humanas, em nome da “eficácia” e do “sucesso” das
carreiras profissionais, a ignorância é certamente a hipótese mais plausível –
mas totalmente inadmissível. É absolutamente inadmissível que alunos do 12.º
ano, depois de terem estudado a Segunda Guerra Mundial nos currículos de
História, elaborem um cartaz destes; é absolutamente inadmissível que
professores de uma escola pública supostamente responsável por ensinar e educar
permitam a colocação de um cartaz deste tipo; é absolutamente inadmissível que
a direcção da escola não tenha, ela própria, tomado a iniciativa de o retirar
imediatamente.
Só que, na realidade,
esta ignorância ou ainda mais provavelmente esta indiferença é apenas o reflexo
de algo muito mais profundo, muito mais atávico em Portugal e que não data nem
de hoje nem do 25 de Abril. É aquilo que nós gostamos de chamar “tolerância” e
que mais não é, na maior parte das vezes, indiferença, falta de princípios,
desprezo pelas ideias e pelas convicções. Em nome de uma liberdade de
expressão, tão instrumentalizada quanto pervertida, não se entende que sem
ética nem moral esta não passa de um relativismo esvaziado de sentido. Sob a
cómoda e aparentemente tão tolerante expressão “cada qual é livre de dizer o
que quiser” esconde-se na maior parte das vezes a indefinição ética, a recusa
tacticista de tomar partido, a indiferença e a contemporização com o
inadmissível. É este encolher de ombros que levou o historiador Ian Kershaw a
escrever que “a estrada de Auschwitz foi construída pelo ódio, mas o seu
pavimento foi a indiferença”.
Exagero? Talvez, mas é
com este encolher de ombros, em nome do “contraditório” (?!), do “Estado de
direito e democrático” ou citando de peito cheio a famosa frase “Não concordo
com o que diz, mas defenderei até à morte o seu direito de o dizer” que se
defende a contratação do engenheiro Sócrates pela televisão pública portuguesa,
sem se perceber que o que está em causa não é “o que ele diz”, mas a total
imoralidade quer do convite, quer da sua aceitação. O ex-chefe do Governo de
Portugal que durante seis anos nos conduziu de vitória em vitória até à
situação actual, que fugiu para França e das responsabilidades que nunca
reconheceu, e cujo único comentário que exprimiu a propósito do Memorando – que
ele próprio assinou – foi que as dívidas não são para pagar, esse homem não
merece um espaço de autopromoção numa televisão que é paga com o dinheiro dos
contribuintes. No momento difícil que o país atravessa, esta contratação é
escarnecer dos portugueses. Se não se percebe que ela nada tem a ver com a
liberdade de expressão, é porque não se entende nada nem de ética, nem de
princípios, e muito menos de liberdade.
Esther Mucznik in PÚBLICO
sábado, 23 de março de 2013
Studying the humanities
Stanford Report, March 19, 2013
Rachel
Maddow urges students to master the art of argument in her first return to
Stanford
Stanford alumna and MSNBC
television host Rachel Maddow insists that an education in the humanities is a
crucial asset in today's job market, illustrating with her own story how the
ability to make good arguments and write well powered her career in advocacy,
activism and the national media.
By Benjamin Hein
The Humanities at Stanford
The Humanities at Stanford
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Speaking to members of the Stanford community, Rachel Maddow said that her education in the humanities was indispensable to her past and present success in advocacy and activism.
|
Asked by students what kind of
major she looks for in a successful job candidate, Rachel Maddow, the popular
television host and best-selling author, did not hesitate in her answer.
"I look for people who have done mathematics. Philosophy. Languages. "And really," she
concluded, "History is kind of the king."
After earning her bachelor's
degree from Stanford in public policy in 1994 and winning a Rhodes Scholarship
to study at Oxford University, Maddow spent the next decade raising awareness
about HIV/AIDS and fighting for health reform in British and American prisons.
She said to make an impact in the world and to change hearts and minds, she
needed to know how to convince others and how "to make good
arguments."
And that meant knowing how to
write well. On Saturday, during an evening conversation with students and other
Stanford affiliates, Maddow said that an education in a humanities subject was
indispensable to her past and present success in advocacy and activism. The
event was organized by Stanford's "Ethics in Society" program.
While a student at Stanford,
Maddow took numerous classes in humanities subjects, including philosophy and
history. It was at Stanford, she said, that she learned how to structure and
present a persuasive argument.
In today's tough job market,
she said, perfecting this skill is a must.
"Most people can't
write," she said. "Only one in 50 resumes is somebody who can
write."
Poor reasoning is not a
winning argument, neither for employment nor, in fact, for anything in life.
Learning how to write a resume that reasons its way from A to B to C to D is
very important, she said. And this, she insisted, is the skill taught in the
humanities.
Studying the
humanities in Silicon Valley
At Stanford, only about 9
percent of undergraduate students major in a humanities subject – a
surprisingly low number given a world-class faculty and programs that
consistently rank among the top three in the country. Many incoming students
are drawn to the boom in Silicon Valley and a career in the technology sector.
In past years, the largest and fastest growing major on campus has been
computer science, with class enrollments frequently exceeding 1,000 students.
Maddow, who noted that she
likes "techies," sees great value in an education in technology and
engineering.
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Rachel Maddow, right, with Rob Reich, associate professor of political science. |
But she also insisted that an
education in the humanities is equally, if not more, important. "We need
people who are good at explaining facts, who are good at editing, and who can
visualize things in creative ways. We need good artists and we need good
writers."
Above all, she said, we need
people who can create things, who can come up with
new content.
"It's not to say that
technological innovation is not a creative enterprise," she added.
"Google changed the world, absolutely. But it didn't make the world. It organized it.
"And that's great, but if
you're not creating things, and all you do is organize other people's stuff,
then you're Wikipedia. And Wikipedia is awesome, but who is going to write the
stuff that goes into Wikipedia?"
Nonetheless, Maddow praised
technology for revolutionizing the way people can access content and locate
facts: "The landscape for new cultural creation has never been richer
because of technological and organizational advances."
In the end, however, content
creators win the day. "I need good writers rather than good web designers.
And they are much harder to find."
A career in
activism
Ever since she arrived at
Stanford, Maddow has been a passionate activist for gay rights causes and
national health care reform. As one of only two openly gay students in her undergraduate
cohort, Maddow experienced first-hand the profound alienation from society that
gay people faced at the height of the HIV/AIDS epidemic. She quickly became
engaged in numerous AIDS-related organizations and eventually wrote an honors
thesis on the dehumanization of HIV/AIDS victims.
More recently, Maddow has
revisited the dehumanization of marginalized groups in American society,
especially the gulf between civilians and soldiers who fought in Iraq and
Afghanistan.
In her new best-selling book, Drift: The Unmooring of American Military Power, she highlights how the
alienation felt by many veterans today approaches the experience of AIDS
victims during the 1990s.
Americans do not share in the
sacrifices made by U.S. armed forces, she said.
"Going to war, being at
war, should be painful for the entire country, from the start. Freedom isn't free shouldn't be a bumper sticker – it should be a
policy," she writes in Drift (Crown Publishers, 2012).
At its core, Maddow's argument
is a deeply historical one. Drift, she said, tells the story of
how the nation has drifted away – both for economic and political reasons –
from the constitutional mechanisms that govern engagement in war.
Advice for
Stanford's students
Over the remainder of the
evening, Maddow shared life lessons with students in the audience.
She encouraged undergraduates
to major in something that is not interdisciplinary and instead to "dive
deep into one single subject" at least once before completing college.
Writing an honors thesis, for example, teaches the analytical rigor of
long-form writing, a first and crucial step to learning how to be persuasive.
Asked about her experience in
coming out as an openly gay student, Maddow responded that she thought of it as
an ethical responsibility. "If you come out, you are making the same step
marginally easier for others, as others did before you.
"If you do not pay that
back to the universe, then the universe Will. Kick. Your. Ass."
Benjamin Hein is a doctoral candidate in history at Stanford. For more news
about the humanities at Stanford, visit the Human
Experience.
Ai se Passos Coelho fosse honesto!
SE Passos Coelho começasse por congelar as contas dos bandidos do seu partido que afundaram o país, era hoje um primeiro-ministro que veio para ficar.
Se Passos Coelho congelasse as contas dos offshore de Sócrates que apenas se conhecem 380 milhões de euros (falta o resto) era hoje considerado um homem de bem.
Se Passos Coelho tivesse despedido no primeiro dia da descoberta das falsas habilitações o seu amigo Relvas, era hoje um homem respeitado.
Se Passos Coelho começasse por tributar os grandes rendimentos dos tubarões, em vez de começar pela classe média baixa, hoje toda a gente lhe fazia uma vénia ao passar.
Se Passos Coelho cumprisse o que prometeu, ou pelo menos tivesse explicado aos portugueses porque não o fez, era hoje um Homem com H grande.
Se Passos Coelho, tirasse os subsídios aos políticos quando os roubou aos reformados, era hoje um homem de bem. Se Passos Coelho tivesse avançado com o processo de Camarate, era hoje um verdadeiro Patriota.
Se Passos coelho reduzisse para valores decimais as fundações e os observatórios, era hoje um homem de palavra. Se Passos Coelho avançasse com uma Lei anti- corrupção de verdade doa a quem doer, com os tribunais a trabalharem nela dia e noite, era já hoje venerado como um Santo.
Etc. etc. etc.
Mas não!
Passos Coelho é hoje visto como um mentiroso, um aldrabão, um yes man ao serviço das grandes empresas, da srª Merkel, de Durão Barroso, de Cavaco Silva, manipulado a torto e a direito pelo maior vigarista da história das falsas habilitações - Miguel Relvas -e um robot do robot sem alma e coração - Vítor Gaspar.
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