quinta-feira, 6 de setembro de 2012

NOTAS mínimas de entrada para o Ensino Superior


A nota mínima de entrada em Medicina subiu este ano para 18 valores, mais um do que no ano passado, indicam os dados do Ministério da Educação e Ciência (MEC).

De acordo com os resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, a nota mais baixa de entrada em Medicina, o curso que tem das médias mais altas a nível nacional, foi 18,02 (em 20), no acesso ao Ciclo Básico de Medicina da Universidade da Madeira.

No ano passado, o mesmo curso teve nota mínima de entrada de 17,82.

As notas de acesso mais altas verificaram-se nos cursos de Medicina da Universidade do Porto: 18,63 na Faculdade de Medicina e 18.55 no Instituto de Ciências Médicas Abel Salazar.

Na Universidade do Minho registou-se a terceira nota mais alta para entrada no curso de Medicina: 18,45.

Para entrar no curso da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, a nota mínima foi 18,35, enquanto em Lisboa a nota mais baixa que permitiu aceder ao curso foi 18,2, na Universidade de Lisboa e 18,12, na Universidade Nova.

Segundo dados do MEC, ficaram colocados 42.243 alunos, o que representa 91 por cento das 46.636 candidaturas válidas.

A área de Ciências Sociais, Comércio e Direito foi a preferida pelos alunos no concurso de acesso ao ensino superior deste ano, com mais de doze mil colocações, segundo dados do Ministério da Educação e Ciência (MEC).

A área de Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção foi a segunda nas preferências dos alunos, com mais de nove mil colocações, seguindo-se Saúde, com cerca de 7500 entradas.

Das áreas principais de classificação dos cursos, a Agricultura foi a menos procurada, registando-se apenas 706 entradas, com cerca de 500 vagas a sobrar para a segunda fase.

Este ano entram 42243 alunos na primeira fase, de entre 46.636 candidatos aceites ao concurso. Em 2010 entraram 45.592 na primeira fase, de 51.842 candidaturas aceites.

Com 53.500 vagas disponíveis no total, sobraram para a segunda fase mais de 3500 vagas quer na área de Ciências Sociais quer de Engenharia.

Enquanto as notas mais altas de entrada se registaram nos cursos de Medicina - a rondar os 18 valores - , no outro lado do espectro estão cursos com médias de entrada inferiores a 10, como Ciências da Educação e Formação na Universidade do Algarve ou Gestão da Qualidade na Universidade de Aveiro.

De 19 a 30 de Setembro decorre a segunda fase do concurso, cujos resultados serão divulgados a 6 de Outubro.

 
por Lusa18 setembro 2011



Já agora, um artigo que escrevi em tempos sobre alunos/entrada em Medicina... médicos estrangeiros requisitados para o nosso país... 
http://suricatina.blogspot.pt/2011/09/alunos-faculdades-de-medicina-medicos.html

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore

Fantástico! Adorável!

Vénus Negra - Colonialismo e Racismo

Ainda não tinha visto este belo e impressionante filme - VÉNUS NEGRA.
Gostei. Gostei muito e recomendo.


 

 
Realizado pelo ator e realizador Abdellatif Kechiche (tunisino radicado na França), é um filme biográfico sobre a trágica história de Saartjes Baartman, uma mulher da tribo Khoikhoi que no início do século XIX e devido às suas características físicas específicas foi levada da África do Sul para ser exibida nos salões europeus sob o nome "Vénus Hotentote", com promessas vãs de uma vida dourada. Chegada à Europa, depois de viajar por toda a Inglaterra em espetáculos de aberrações, vai para França onde é estudada por alguns dos mais conceituados naturalistas e anatomistas da época que usaram as suas investigações para justificar a inferioridade dos negros, num esforço claro de legitimação do racismo e escravatura.
Saartjes, que sonhava ser artista na Europa, como foi na África, acabou escravizada e humilhada por todos: sai da África do Sul para Londres em 1810 com Cezar, que promete fazê-la rica através da sua dança. Ao invés disso, é coagida a apresentar-se em shows de mau gosto, saindo de uma jaula e simulando atacar o público como se fosse uma selvagem. Nesses espetáculos, é obrigada a usar roupa“colada ao corpo” que evidencia ainda mais as suas exuberantes formas, criando um ambiente de histeria coletiva e levando o público a tocá-la, a apalpá-la, gritando obscenidades.
É exposta de forma terrivelmente desumana, humilhante, sobretudo nas festas privadas da sociedade burguesa francesa do século XIX, promíscua, fútil e hipócrita, e mesmo quando é “apanhada” pelos cientistas, como o anatomista Georges Cuvier (François Marthouret), nem assim consegue ser tratada como um ser humano.
Saartje é objeto de uma curiosidade que desconsidera os seus pudores e a sua vontade. Os cientistas vêem nela não mais do que um animal exótico, uma situação que persistirá mesmo após a sua morte, em 1815.
O seu esqueleto e alguns dos seus órgãos ficaram em exibição no Museu do Homem, em Paris, até 2002, altura em que o presidente sul-africano Nelson Mandela requereu formalmente que os seus restos fossem enviados para o seu país natal.
Este filme atravessa uma série de temas, particularmente, o colonialismo, o racismo, o machismo e os Direitos Humanos.
Género: Drama
Classificação:M/12
Outros dados: FRA/BEL, 2009, Cores, 166 min.
 
NO

(texto adapt. de várias fontes da Web)


Filme Vénus Negra (legendado):


Ver aqui mais inf: http://ultimosegundo.ig.com.br/mostracinemasp/venus+negra+e+experiencia+torturante/n1237816687848.html

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

E quem avalia a troika?




Gostei deste post do blogue "O Jumento": E quem avalia a troika?

Dentro de dias voltarão a andar por aí aqueles três funcionários com ar de coronéis da SS a passear pela Paris ocupada para avaliarem o que o governo português fez nos últimos tempos. Depois elaboram um relatório elogioso, afirmando que a EDP está uma maravilha desde que o Catroga ganha cinquenta mil, que a RTP ficará bem entregue aos donos da comunicação social que ajudaram o Passos a chegar ao poder, mas que há uns pequenos deslizes que implicam umas medidazitas, coisa pouca que o povo pagará de boa vontade.

O ridículo de tudo isto é que não passa de uma encenação - a troika tem cá dezenas de funcionariozecos que mandam nos ministros, nos secretários de Estado e nos diretores-gerais, a coisa é tão pouco digna que até há governantes e diretores-gerais que usam a troika para ganharem vantagem sobre outros governantes e outros diretores-gerais.

Só que aquilo que era um processo de negociação entre entidades financeiras e um governo soberano há muito que deixou de o ser. O Gaspar descobriu que manda menos num país que entregou a soberania, o Passos Coelho aceitou fazer o papel de primeiro-ministro desde que o deixem vender aos amigos e a preços de saldo o que resta do património público e os rapazolas da troika brincam com um país e há muito que mandaram o memorando de entendimento para a reciclagem na Renova.

Dantes a troika negociava com todas as forças políticas e os indígenas exigiam a tradução do memorando para língua portuguesa. Agora já não há memorando, a troika manda através de memorandos e o primeiro-ministro tem para os dirigentes das organizações internacionais. A troika ignora que Portugal é um país soberano, que assinou um memorando de entendimento, que esse memorando não foi assinado apenas pelos partidos do governo (que nem sequer têm a maioria dos votos dos portugueses), que na base da negociação estava o respeito pela soberania e pela Constituição do país.

No memorando, sempre que as medidas correm o risco de ofenderem os princípios constitucionais, como é o caso da legislação laboral, afirma-se o princípio de que as medidas devem respeitar a Constituição da República. Mas quando o Tribunal Constitucional declarou inconstitucional o corte dos subsídios, uma medida que nem estava no memorando nem foi negociada com todas as partes do acordo, a troika, com a Comissão do Barros à frente veio logo castigar o país exigindo medidas equivalentes. Mas agora que o desvio das contas pública é colossal em consequência das decisões da troika ninguém exigiu nada.

A troika não vem a Portugal avaliar coisa nenhum e muito menos o país ou o comportamento do povo português. A troika aceitou violar a soberania de um país membro das organizações internacionais que a integram e o que vem fazer é avaliar a merda que tem feito. O que a troika vem cá fazer é avaliar as consequências de uma experiência ideológica que não respeita a vontade, a cultura e a lei constitucional de um país cujo povo foi transformado em cobaia de experiências económicas mengelianas. O que a troika vem fazer não é avaliação, é autoavaliação.

O problema é saber quem avalia a troika, quem dá a cara por aquilo que tem sido feito, se o Durão Barroso (o tal que fugiu para melhor ajudar Portugal) e os seus pares no BCE e na FMI ou se os palermas que andam por aí com ar de parvos. O problema é saber se a Comissão, o FMI e o BCE vão aceitar serem avaliados pelas consequências da experiência extremista, ilegal e abusiva que graças a um governo fraco, de idiotas ambiciosos e de estarolas estão fazendo em Portugal.

Vandana Shiva: não somos donos mas parte da Terra

Fantástica intervenção de VANDANA SHIVA!
Não deixem de ver, ouvir, refletir.

(Do Canal 2 da RTP)



Alemães deixam-nos buraco de 700 milhões

Quando soube que o consórcio alemão cobrou os mil milhões do preço de aquisição dos submarinos, mas não cumpriu o contrato de contrapartidas para a economia portuguesa, que termina a 4 de outubro, fiquei mais uma vez revoltada. REVOLTADA por saber que este é um entre muitos casos de pouca vergonha, de crimes sem castigo, de injustiça e de subversão de valores e de regras democráticas que, num estado que se autoproclama de Direito, vai descaradamente contra o que constitucionalmente adquirimos funcionando ao arrepio dos mais elementares deveres a que estamos obrigados pela Constituição de Abril. A que estamos obrigados TODOS, incluindo, claro, esta gente que através do voto ingénuo de alguma ingénua gente, fez carreira meteórica na política, ganhando, desse modo, muito e muito dinheiro, muito e muito poder, estatuto académico que de outra forma não conseguiriam e destaque que nunca na vida teriam se nas bancadas da Assembleia da República não estivessem, mesmo que de boca fechada os vejamos sempre, ou a dormir ou a bocejar, a ler os jornais, ao telemóvel, no Facebook ou até em casa ou nos seus escritórios ou empresas, pagos a peso de ouro, porque faltar é com eles (deputados) sim, e nós bem sabemos!
Faltam, pregam a moral e a austeridade mas não são exemplo disso, muito pelo contrário. Crise? Apertar o cinto? Isso é para os outros. Para o povão.
Depois vem o boss, com aquele arzinho de rapazinho que quer passar a ideia daquilo que nunca foi nem nunca conseguirá ser, emproado, pavoneando-se, com tiques cada vez mais acentuados de alguém que se apresenta envaidecido, ainda não sei bem porquê, arrogante q. b., como se os outros fossem uns parvalhões que não percebem nada de austeridade e que não percebem que, agora, têm de ser castigados porque gastaram mais do que aquilo que deviam ter gasto, como se fosse o povo o culpado da porcaria que a gestão danosa do Estado, há anos, vem fazendo, com as cedências promíscuas e criminosas que, essas sim, nos conduziram ao abismo, seja com gestores públicos, empresas públicas ou semiprivadas - PPP - deputados e ministros, conselheiros de estado, gabinetes e gabinetes de estado e de estados, cedências e mordomias gravíssimas (cujas consequências agora se tornaram mais visívies)à Banca, aos banqueiros, aos grupos económicos e aos mercados.
Que vergonha esta falta de vergonha! Este desrespeito pela Constituição, este querer ser mais do que aquilo que na realidade se é ou deve ser, subvertendo completamente o espírito da Revolução que em 25 de Abril de 1974 a esperança numa sociedade nova fez surgir, fazendo-nos acreditar que o fascismo não retornaria nem jamais alguém do povo seria aproveitado para um grupo de habilidosos singrar, oprimindo e despoticamente atuando e governando à boa maneira salazarista.
Tudo se faz e tudo se assina "a bem da nação" mas, cada vez mais são os casos de corrupção e de boas e grandes negociatas que o Estado faz e patrocina, como esta, da qual, garantidamente, o país não beneficia e o povo muito menos.
Neste caso que hoje falo, a penalização prevista no contrato assinado por Paulo Portas cobre apenas 10% dos 700 milhões em falta.
O Jornal de Negócios revela esta quinta-feira que o grupo alemão MPC Industries, dono na empresa Ferrostaal - cujos gestores acabaram condenados por subornarem governantes gregos e portugueses - está agora na corrida da privatização dos Estaleiros de Viana do Castelo. Imaginem!
Segundo o mesmo jornal, a empresa formou agora um consórcio com a Amal, a metalomecânica detida a 30% pela Espírito Santo Capital, detida pelo grupo financeiro do banco que financiou o contrato ruinoso dos submarinos e que viu outra empresa sua, a Escom, receber 30 milhões de euros do consórcio alemão para intermediar o negócio com o Estado português. Imaginem!
Foi com base nestes 30 milhões que sugiram as suspeitas dos subornos em investigação pela justiça.
Apesar da investigação datar de 2006, só esta quarta-feira a Procuradoria Geral da República anunciou que irá fazer "novas diligências" junto do então ministro da Defesa e líder do CDS Paulo Portas, que no fim do mandato entregou a uma empresa exterior ao Ministério a tarefa de digitalizar 61.893 páginas de documentos.

 
O montante de 1200 milhões de euros em contrapartidas que o consórcio alemão se comprometeu a dar à economia portuguesa, foi apresentado pelo Governo de Durão Barroso e Paulo Portas como um bom argumento a favor do negócio da compra dos submarinos por 1000 milhões de euros, mas o que faltou dizer na altura foi que o contrato assinado por Paulo Portas até permitia ao consórcio alemão dizer logo após a assinatura do contrato que não iria cumpri-lo em um cêntimo. A pena prevista no contrato por esse incumprimento é de apenas 10% do valor em falta, o que daria no máximo 120 milhões de euros, ou seja, quatro vezes o que os alemães entregaram à ESCOM para convencerem o lado português da sua proposta.
Agora o contrato de contrapartidas está à beira de terminar e segundo o Diário de Notícias, apenas 490 milhões tinham sido validados pela Comissão de Contrapartidas. Se for esse o valor confirmado a 4 de outubro, data em que o contrato termina, ficam 710 milhões de euros por cumprir, dos quais os alemães apenas são obrigados a pagar um décimo, ou seja, 71 milhões de euros.
No contrato assinado por Paulo Portas, o incumprimento do contrato de contrapartidas não podia ser invocado por Portugal como motivo para denunciar a compra dos submarinos. Imaginem! E foi essa a conclusão de dois pareceres da Procuradoria Geral da República, que confirmou não haver margem de manobra para o Estado anular o contrato ruinoso e devolver os submarinos à procedência!!!
Curiosamente, ainda esta semana o ministro da Defesa Aguiar Branco mandou regressar o segundo submarino comprado por Portas ao estaleiro alemão, por não ter passado nos testes da Marinha portuguesa. Tal como tinha acontecido ao primeiro submarino – o "Tridente" – agora é a vez do "Arpão" regressar à Alemanha para fazer reparações enquanto está assegurada a garantia, antes de ser feita a sua receção definitiva. No despacho publicado em Diário da República esta semana, o Ministério acrescenta que a receção definitiva "deveria ter ocorrido em 1 de julho de 2012”, mas que até dia 26 de julho o consórcio "não tinha cumprido todas as suas obrigações contratuais de garantia".
Imaginem!


E nós, como sempre, só sabemos da missa... metade! Uma metade monstruosamente revoltante!
Ângela Merkel sabe muito! Oh,oh, se sabe!