terça-feira, 17 de julho de 2012

O direito ao delírio

A utopia é como o horizonte:
vemo-lo ao longe, nunca o alcançaremos, mas serve para que continuemos sempre a caminhar.

Smoke gets in your eyes

Uma cantora que sempre adorei ouvir! Patti Austin.
Aqui, num dos muitos e belíssimos trabalhos que tem. 
Simplesmente... fantástica!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mulheres martirizadas



Às vezes parece-nos um pesadelo imaginar que isto que vão ler continua a existir, em nome de tradições, culturas, religiões... Mas é verdade, sim, continuam a existir e a espalhar dor e revolta junto de mulheres, que, ainda crianças, adolescentes, são objeto de mutilação sexual, abusos continuados de toda a ordem, exploração e sevícias inimagináveis, violadas pelos maridos, proscritas tantas vezes pela comunidade e família...
Que horror de mundo, este, marcado (também) pela cultura da violência e pela insistente defesa de tradições a qualquer preço!
Felizmente que as organizações de Direitos Humanos e, particularmente, organizações de defesa das mulheres (e crianças) ganham cada vez mais mais visibilidade e a adesão de gente cada vez mais farta de religião com sofrimento e de cultura com crueldade!
Mesmo assim, a luta pela mudança de mentalidade(s) e a mentalidade em si, é uma das muitas batalhas difícil de travar na atualidade, sobretudo quando enraizada em religiões que exigem o sacrifício e a dor dos mais vulneráveis, sujeitando-os, em nome dessa mesma religião e "valores tradicionais" à pior das torturas: esvaziar de dignidade as pessoas e sujeitá-las a uma morte lenta e anunciada.
Este é um dos muitos exemplos que me chegou, desta vez, através do jornal i de hoje : Zeinabou Mint Mohamed.

Zeinabou foi excisada poucos meses depois de nascer, prometida aos cinco, noiva aos onze e forçada a um casamento combinado aos 13 anos. O seu inferno ainda não acabou.
Apesar disso Zeinabou ganhou coragem para usar a curta margem que dispõem do seu livre arbítrio: “Vivia bem, tinha um casamento rico, mas não era feliz. Eu não gosto de falar mal do meu país, algo que é sempre usado com segundas intenções, e devo mesmo dizer que a única coisa que mudaria eram os casamentos forçados” (…) “O meu casamento foi combinado pelos meus pais, no sentido de me garantirem uma vida confortável, com um marido bem colocado, mas eu só sonhava em acabar com aquele pesadelo”.
O convite de recordar a sua travessia e de a contar a um jornalista ocidental, embolava-lhe a voz e deixava o seu olhar escorregadio entre o copo de chá e a violência das suas memórias. “Tudo funciona de forma muito tradicional mas que, com aquela idade, não temos capacidade de contrariar. Certo dia o meu pai chamou-me e disse-me simplesmente: ‘Tu vais-te casar’. Uma semana depois conheci o senhor com quem o casamento estava combinado e soube que devia partir com ele para a sua cidade. Chorei, chorei, implorei ao meu pai para não me deixar ir, mas sem resultado. Ele tinha casado com a minha mãe tinha ela doze anos e, tal como eu, com uma grande diferença de idades.” Também a sua irmã mais velha havia saído de casa aos onze.
O casamento forçado é, de todas as práticas, aquela que mais é contestada, sobretudo pelas novas gerações. A origem destes comportamentos, não se circunscreve nem é resultado do Islão. A sua ancestralidade tem barbas bem mais antigas que qualquer profeta.
“Mudei de família, organizaram o casamento, e passei a ver a minha família apenas nas férias. Foi uma mudança horrível. Só pensava em voltar para casa. Sonhava, como todas as meninas de 13 anos, em casar com um príncipe por quem estivesse apaixonada”.
Zeinabou conta a sua história como se dela já não fizesse parte, narra o seu passado como se ele já não lhe pertencesse mesmo nos detalhes mais duros.
“O primeiro dia em que ele me mandou dormir com ele foi catastrófico. Não conhecia nada dos homens e o que me calhou como marido tinha quatro vezes a minha idade. Não sabia nada do que se ia passar ali. Ele veio e eu recusei-o mas ele não compreendeu. Dizia que era aquilo tinha de acontecer, que era isso que faziam as mulheres, que era o meu e o seu dever, e que se eu continuasse a recusar ele teria de chamar os amigos para me prenderem e para ele conseguir.”
A virgindade é algo fulcral no casamento tradicional. Poucos são os casamentos que se combinam sem estar implícita essa condição. Está previsto inclusive a anulação do casamento caso a mulher profane o negócio que a família celebrou com o seu marido. O uso da intimidade é tido como um abuso sem nome.
“Os seus amigos acabaram por vir, quatro deles. Agarram-me nos braços e nas pernas e ele finalmente conseguiu.” Com a excisão o desfloramento da mulher adquire contornos ainda mais violentos, uma vez que além da amputação do clitóris o sexo feminino é praticamente todo mutilado, deixando unicamente um pequeno orifício para urinar. O sexo feminino é reduzido à sua dimensão fisiológica sendo que as consequências são devastadoras quer do ponto de vista da saúde física quer do ponto de vista psicológico.
Zeinabou não considera ter sido violada na sua primeira experiência sexual, apesar de subjugada por quatro homens e tomada à força pelo marido: “Ele fez o que tinha de fazer. É assim. Eu não desejava estar ali nem passar por aquilo, tinha nojo dele, mas a verdade é que ele não tinha outra possibilidade. Era o seu dever como marido”.
Na primeira tentativa, conta, acabou por desmaiar. “Estava a sangrar muito e ele não encontrava o caminho”. Levada ao hospital para ser composta, volta a casa com um diagnóstico de infecção urinária e medicada para o efeito. “Estava com uma infecção e fiquei três dias a tomar medicamentos. Estava cheia de dores. Não me conseguia sentar e custava-me muito dormir.”
Passados poucos dias tudo se voltou a repetir, a repetir, a repetir, tantas vezes quantas fossem preciso até engravidar. Zeinabou, antes ainda de provar a adolescência, foi-se adaptando à sua função social de esposa e à sua contorcida condição de mulher. “Eu odeio-o, sinto repulsa, cada vez que me lembro dele e do que ele me fez.”
O filho nasceu quando tinha quinze anos e a partir daí conseguiu passar a rejeitá-lo, algo que se revelou mais fácil por nunca ter aceite a tradição da alimentação forçada e estar longe dos padrões de beleza que vigoram no imaginário masculino mauritano. “Eu não engordava, rejeitava a alimentação e a partir desse dia nunca mais tive de estar com ele. O meu pai já tinha tentado mas nunca conseguiram engordar-me. Eu recusava, vomitava sistematicamente. Chegaram a mandar-me para um sítio só para engordar, onde se vomitasse tentavam obrigar-me a comer tudo outra vez.”
Acabaria por continuar casada até aos dezoito anos, “altura em que ele foi apanhado a trair-me e eu pude pedir o divórcio”.
Quando assim é, é dado um período de reflexão onde a mulher deve viver em reclusão, na casa dos pais, afastada de todo e qualquer contacto social, para um e o outro ponderarem se querem mesmo levar o divórcio até ao fim. A Zeinabou não lhe custou a clausura. Era o último passo para a liberdade. “Nesse período ele mudou de ideias, voltou a oferecer o dote, mas eu não aceitei voltar para ele apesar da vontade da minha família mas eu só queria deixar aquela casa.”
O divórcio, para além de todas estas condições, implica ainda um último sacrifício. As mulheres que sejam mães de homens têm de abrir mão do seu filho. “Tive um filho com ele, que ficou com ele porque era homem e desde o divórcio que nunca mais o vi”.
Ao virar os vinte anos saiu de casa pelo seu pé e passou a viver de biscates entre Nouakchott e Dakar. “O dinheiro que o meu marido teve de pagar pelo divórcio não durou muito tempo, é uma ajuda muito pequena para começar a vida”.
Com os estudos médios praticamente acabados mas sem a conclusão do exame final, com uma formação profissional em informática e com fluência de duas línguas estrangeiras, não é fácil para Zeinabou encontrar trabalho. “Fui jornalista seis meses, onde fazia a crónica do tribunal, mas acabei por ser despedida”.
Sonha que um dia ainda voltará a casar, desta feita “com um homem pelo qual esteja apaixonada”, e conta que a mudança de mentalidades será sua aliada. “Alguns homens na Mauritânia já não ligam tanto a isso, mas mesmo assim não é fácil. Eu já estou a ficar velha e já fui casada”.
Eu sou muçulmana, não bebo álcool, só como carne halal e acho mal que os muçulmanos não sigam o Islão mas não posso ser a favor do que vivi.”

Até quando vai continuar esta morte lenta, Zeinabou Mint Mohamed? Até quando?


nazaré oliveira

domingo, 15 de julho de 2012

Alemanha? Haja vergonha!

Em 1953, a Alemanha de Konrad Adenauer entrou em default, falência, ficou Kaput, ou seja, ficou sem dinheiro para fazer mover a actividade económica do país. Tal qual como a Grécia actualmente.

A Alemanha negociou 16 mil milhões de marcos em dívidas de 1920 que entraram em incumprimento na década de 30 após o colapso da bolsa em Wall Street. O dinheiro tinha-lhe sido emprestado pelos EUA, pela França e pelo Reino Unido.

Outros 16 mil milhões de marcos diziam respeito a empréstimos dos EUA no pós-guerra, no âmbito do Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs (LDA), de 1953. O total a pagar foi reduzido 50%, para cerca de 15 mil milhões de marcos, por um período de 30 anos, o que não teve quase impacto na crescente economia alemã.

O resgate alemão foi feito por um conjunto de países que incluíam a Grécia, a Bélgica, o Canadá, Ceilão, a Dinamarca, França, o Irão, a Irlanda, a Itália, o Liechtenstein, o Luxemburgo, a Noruega, o Paquistão, a Espanha, a Suécia, a Suíça, a África do Sul, o Reino Unido, a Irlanda do Norte, os EUA e a Jugoslávia.

As dívidas alemãs eram do período anterior e posterior à Segunda Guerra Mundial. Algumas decorriam do esforço de reparações de guerra e outras de empréstimos gigantescos norte-americanos ao governo e às empresas. Durante 20 anos, como recorda esse acordo, Berlim não honrou qualquer pagamento da dívida.

Por incrível que pareça, apenas oito anos depois de a Grécia ter sido invadida e brutalmente ocupada pelas tropas nazis, Atenas aceitou participar no esforço internacional para tirar a Alemanha da terrível bancarrota em que se encontrava.

Ora os custos monetários da ocupação alemã da Grécia foram estimados em 162 mil milhões de euros sem juros. Após a guerra, a Alemanha ficou de compensar a Grécia por perdas de navios bombardeados ou capturados, durante o período de neutralidade, pelos danos causados à economia grega, e pagar compensações às vítimas do exército alemão de ocupação.

As vítimas gregas foram mais de um milhão de pessoas (38 960 executadas, 12 mil abatidas, 70 mil mortas no campo de batalha, 105 mil em campos de concentração na Alemanha, e 600 mil que pereceram de fome). Além disso, as hordas nazis roubaram tesouros arqueológicos gregos de valor incalculável.

Qual foi a reação da direita parlamentar alemã aos atuais problemas financeiros da Grécia? Segundo esta, a Grécia devia considerar vender terras, edifícios históricos e objetos de arte para reduzir a sua dívida.

Além de tomar as medidas de austeridade impostas, como cortes no sector público e congelamento de pensões, os gregos deviam vender algumas ilhas, defenderam dois destacados elementos da CDU, Josef Schlarmann e Frank Schaeffler, do partido da chanceler Merkel. Os dois responsáveis chegaram a alvitrar que o Partenon, e algumas ilhas gregas no Egeu, fossem vendidas para evitar a bancarrota.            

"Os que estão insolventes devem vender o que possuem para pagar aos seus credores", disseram ao jornal "Bild". Depois disso, surgiu no seio do executivo a ideia peregrina de pôr um comissário europeu a fiscalizar permanentemente as contas gregas em Atenas.

O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics, recordou recentemente à "Spiegel" que a Alemanha foi o pior país devedor do século XX. O economista destaca que a insolvência germânica dos anos 30 faz a dívida grega de hoje parecer insignificante.

No século XX, a Alemanha foi responsável pela maior bancarrota de que há memória", afirmou. "Foi apenas graças aos Estados Unidos, que injectaram quantias enormes de dinheiro após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que a Alemanha se tornou financeiramente estável e hoje detém o estatuto de locomotiva da Europa. Esse facto, lamentavelmente, parece esquecido", sublinha Ritsch.             

O historiador sublinha que a Alemanha desencadeou duas guerras mundiais, a segunda de aniquilação e extermínio, e depois os seus inimigos perdoaram-lhe totalmente o pagamento das reparações ou adiaram-nas.            

A Grécia não esquece que a Alemanha deve a sua prosperidade económica a outros países.

Por isso, alguns parlamentares gregos sugerem que seja feita a contabilidade das dívidas alemãs à Grécia para que destas se desconte o que a Grécia deve atualmente.



Sérgio Soares, jornalista português

Contra o tráfico humano

Numa altura de grande desespero económico e social, a sociedade oferece o pior dos venenos: a compra da dignidade.

É nossa obrigação lutar contra isto mas, sobretudo, exigir que se criem, a nível nacional e internacional, mecanismos que combatam eficazmente quem destas pessoas se serve para ganhar cada vez mais dinheiro, dinheiro manchado com sangue e lágrimas de quem já vive morrendo, amordaçado que está ao suplício da prostituição, da venda de droga, do tráfico de mulheres e crianças e da escravatura a todos os níveis.

A Marca Publicidade, em parceria com a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e o Governo Português apresentam em Portugal a Campanha "Coração Azul", uma iniciativa que tem como objetivo alertar e combater sobretudo o flagelo do tráfico de pessoas que atinge anualmente mais de 2.45 milhões de pessoas em todo o mundo.

É urgente defender mas, também, alertar.

Alertar para o perigo de quem à espera sempre está para destruir sonhos e vidas inocentes.

Malditos vampiros!

domingo, 8 de julho de 2012

Professores de Miguel Relvas




Muito pior do que saber que o aluno Miguel Relvas teve as equivalências que teve e que chegou a doutor sem estudar nada ou quase nada, e até mentiu e falseou informações, é saber que houve professores que o avaliaram sem nunca o terem visto naquela escola, como refere o EXPRESSO, havendo até agora um único e corajoso docente - coronel na reserva Almeida Tomé – que diz ter sido seu professor de Geoestratégia, Geopolítica e Relações Internacionais, assumindo que o teve como estudante.

Esses senhores professores que admitiram ao EXPRESSO só terem conhecimento que Miguel Relvas era licenciado neste curso, por esta Universidade, através dos jornais, o que deveriam fazer? O que vão fazer? O que se lhes deveria fazer, a eles e a quem disto há muito SABIA?

Não me venham com conversa! Não há hipótese de conversa alguma quando estamos perante mais um caso de gravíssima falta de profissionalismo e de ética profissional, a imputar à Universidade em geral mas, em particular, aos responsáveis que atribuíram, deste modo, as equivalências a este “aluno”, aos que concordaram com isso, aos que consentiram todas estas decisões, subscrevendo-as e assinando-as, dando despacho a mais uma vergonhosa decisão legislativa que dissemina cada vez mais a injustiça e a falta de Moral e Ética Política, na Educação (neste caso) mas também em tantos e tantos outros setores da nossa vida nacional.

"Era um aluno interessado e até modesto. Via-se que tinha bagagem, mas como tinha muitos afazeres veio pouco às aulas". A falta de assiduidade refletiu-se na nota final.”

O que é isto, meus senhores? Andam a fazer pouco dos professores sérios (que os há!), das Universidades sérias (que as há!) e dos estudantes sérios que a sério estudam!

“Via-se que tinha bagagem” (não sei como!) mas não se viu o que a olhos vistos era “claramente visto”: que era um oportunista e que, valendo-se da sua posição como deputado, solicitara equivalências que, certamente, se o não fosse, não pediria, pois neste país, infelizmente, interessa mais um canudo e um título de doutor ou engenheiro do que assumir com lealdade os compromissos que juraram cumprir naquela que deveria ser a nobre missão de governar e dirigir um país quando para tal foram investidos e mandatados.

Corrupção e compadrio, tráfico de influências e chantagem, manipulação de informações, falsificações, compra de favores, compra de silêncios, ameaças, tudo tem valido neste país, pelo que vemos, lemos, ouvimos, vamos sabendo, nesta ponta do iceberg que revolta e enoja tanto mais quanto mais a vamos vendo emergir.

“(…) mas como tinha muitos afazeres veio pouco às aulas". “A falta de assiduidade refletiu-se na nota final”.

Como? Passou a tudo! Onde estão os critérios de avaliação? Onde estão as provas efetuadas? Os enunciados dessas provas devidamente datados e arquivados e os documentos que se afixam sempre nas Faculdades com esse fim e nessas circunstâncias?
Vergonha, senhores professores que este aluno (e alunos como este) defendem! Vergonha, senhores professores que isto aceitaram!

A coerência e o brio profissional não podem estar sujeitas a pressões de espécie alguma, seja para avaliar um ministro ou o filho do senhor que varre a nossa rua.

Inconcebível este malabarismo pedagógico-político e esta esperteza saloia que tem tomado proporções gigantescas e sido tão frequente no nosso país!

Se fosse um simples professor de uma simples escola básica ou secundária, um  simples Conselho de Turma ou até  um simples Conselho Pedagógico a fazer isto a um simples aluno, caíam-lhe logo todos em cima, amedrontados que estão, sistematicamente, com o que possa resultar se a “fundamentação” do professor visado “não lhes bastar” ou “parecer não bastar ao Ministério”, ainda que esse aluno nunca na vida tivesse tido uma classificação positiva que demonstrasse, inequivocamente, que alguma coisa soubesse da sua disciplina, ou mesmo, ainda que assíduo ou fingindo-se assíduo tivesse sido.

Teme-se sempre, inclusive, a posição continuada e obstinada do encarregado de educação que pode sempre recorrer, depois, ao Ministério de Educação, para que o “menino” ou “menina” passem mesmo sem saber, numa clara afronta e desrespeito pelo trabalho de quem, por isso mesmo, o reprovou, e se recusa a passagens meramente administrativas, afinal, ainda em voga.

Mas o aluno Miguel Relvas e quem o avaliou, ultrapassou todos os limites do razoável!

É mais um escândalo na Educação! É mais um escândalo no nosso país! É mais um motivo de risota para a União Europeia e um murro no estômago da nossa democracia.

Nesta como noutras legislaturas, são atropelos a seguir a atropelos: desde licenciaturas feitas, ainda ninguém sabe como nem por quem, até avaliadores que desconhecem os avaliados mas cujas notas, supostamente, lhe atribuíram, passando por despachos feitos à pressa para um qualquer filho(a) de ministro entrar num curso ao qual não acederia se tal relação de parentesco com ele não existisse, tudo tem tido lugar neste país e nestas políticas de educação. Tudo do muito que ainda falta destapar!

Os Gato Fedorento faziam “Uma espécie de Magazine”. Os nossos governos e deputados têm feito uma espécie de Política”.

Vamos consentir que isto fique assim? Mais crimes sem castigo?

Se ainda há vergonha, por favor, demitam quem nos envergonha.



Nazaré Oliveira