sábado, 4 de julho de 2015

Entre a quietude, a harmonia, a paz e a natureza




 Lá… entre a quietude, a harmonia, a paz e a natureza que me anima… estarei…


Poderia ter escolhido viver tranquilamente, nos refúgios onde, por vezes, me afasto do mundo cruel que me rodeia.
Poderia permanecer lá… até ao fim dos meus dias, entre os seres que me animam e que são meus iguais…
Mas há um grito que me convoca para a luta que venho travando contra o animal-homem-predador… um mísero ser que ataca a Humanidade, a Natureza e a Vida…
Uma luta árdua… que me exaure a alma…
Necessito desta fuga…
Lá… entre a quietude da Criação, estarei um tempo efémero…
Mas regressarei ao ninho dos pérfidos, para continuar a combater a crueza da selvática natureza humana




Obg, Isabel Ferreira.
Partilho contigo estes sentimentos, este combate que teima em não parar.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

As pessoas medíocres são como os políticos medíocres





É sempre desejável e saudável o debate de ideias e a discussão política. No entanto, certas pessoas, em defesa do "nosso atual governo" e do anterior governo grego, o mesmo é dizer, em defesa desta UE e deste Eurogrupo, incomodam-me, revoltam-me! 
Como é possível ainda não terem visto que a troika não serviu Portugal, mas sim, os da grande finança, os do núcleo duro da UE, os interesses pessoais e familiares daqueles que nos governam, os da banca que sempre protegeram e, acima de tudo, os interesses das clientelas político-partidárias, dos seus afilhados e compadres, que trouxe e impôs, com o beneplácito de governos como o de Passos Coelho, de forma cruel e insensata, medidas de austeridade que o foram e continuam a ser só para o povo, o povão, o povão trabalhador do qual faço parte e que sempre viveu do seu salário e de acordo com as suas parcas possibilidades, o povão que aperta o cinto, cada vez mais, e que vê diariamente serem-lhe roubados direitos elementares enquanto a corrupção se agiganta e o oportunismo político frutifica. 
"Comem tudo e não deixam nada", nada,  exceto a revolta que nos conduzirá, espero eu, ao derrube desta corja de políticos faz-de-conta que, além de ignorantes são maus, muito maus, gente sem escrúpulos, sem sensibilidade e sentido de estado, sacanas sem lei quando se deparam com gente boa, inteligente, muito inteligente e sabedora, gente em condições e com categoria, como Varoufakis e Tsypras para quem a palavra do povo é sagrada e a Constituição também. 
Mas, os medíocres, as pessoas medíocres, tal como os políticos medíocres que defendem “até mais não”, precisamente porque o são mas capacidade não têm para o admitir, nunca aceitam e nunca conseguirão  aceitar quem melhor, muito melhor do que eles é e isso mostra e continuará a mostrar, porque do alto da sua estupidez e da sua menoridade intelectual e cívica jamais conseguirão ver, saber ou distinguir que há melhor, muito melhor do que eles, muito melhor do que as suas escolhas, porque incapazes também são de admitir o erro, a falha, tal a cegueira com que defendem quem defesa não merece.
De facto, cegos pela ambição desmedida de tudo submeter aos seus desejos mais profundos de uma sociedade manipulável e controlável, na qual, tal como na Alemanha nazi ou no Portugal salazarista, todos façam o culto do chefe e vivam, não de acordo com as suas ideias mas alinhados pelas ideias do furher, do duce ou de um outro qualquer salvador da pátria, os rapazolas excitam-se e consolam-se com a voz do dono, com o aperto de mão ensaiado, com o lugar na fotografia de grupo, ombro a ombro colocados, viscosamente sorridentes, cínicamente posicionados naquele estilo que é sempre o mesmo, tal como as gravatas os fatos as calças e os blazers de Merkel, tal como as intervenções ou omissões e tudo o mais que sabemos de uma UE cinzenta, muito cinzenta, quase negra, onde cada vez mais vemos e ouvimos, não a voz da razão mas a voz da chantagem e da ameaça, a voz de quem manda e os silêncios de quem só obedece, a voz de quem tem medo de perder, não a dignidade, porque nunca a tiveram, não a independência política, porque nunca a salvaguardaram, não a Ética, porque nunca lha ensinaram, mas o lugar o tacho o emprego o chorudo salário que do nosso é feito, as mordomias e privilégios com os quais vivem e transpiram numa afronta sem precedentes à transparência política e à igualdade social pela qual lutaram os que em Abril vieram para a rua e os que, em nome de Abril, na rua continuarão a ouvir-se, apesar da fome apesar das dores apesar da dureza da vida, apesar da morte e apesar dos criminosos à solta e dos seus cúmplices.
Como é possível que não percebam que, tal como este governo grego veio gritar bem alto que é preciso atender às realidades de cada povo para atender às exigências da troika, que não se pode fazer ajustamentos sem ter em conta o que cada povo, cada economia, pode, na realidade, suportar, que os planos de resgate têm de ser revistos, adaptados, e que da sua aplicação não pode resultar, como tem resultado, cada vez mais injustiças e desigualdades sociais, cada vez mais pobreza para os pobres, cada vez mais riqueza para os ricos, cada vez mais ignomínia e podridão numa Europa que já foi palco de duas guerras mundiais e que continua a desviar-se das grandes traves-mestras traçadas pelos que queriam uma Europa unida, solidária e em harmonia?
O povo grego, em liberdade, através de Varoufakis e Tsypras, veio dar e continua a dar uma lição de democracia e de Ética Política ao Mundo e, particularmente, ao mundo do servilismo e da subserviência político-institucional para o qual quase toda a Europa foi empurrada, com destaque para Portugal, vergonhosamente apelidado na imprensa mundial como o mais servil de todos eles.
O atual governo grego tudo tem feito para salvaguardar o seu povo da humilhação que ao nosso não foi poupada.
O atual governo grego, fiel depositário da confiança que os seus eleitores legitimamente lhe confiaram, tudo tem feito para proteger as suas instituições democráticas e os interesses do seu povo, ao contrário do governo do meu país que, vergonhosamente e de forma rastejante vai ao beija-mão, “cantando e rindo ao som das velhas trombetas" europeias.



Nazaré Oliveira




* Abaporu, da autoria de Tarsila do Amaral, 1928

domingo, 28 de junho de 2015

O discurso integral de Alexis Tsipras - 27.6.15





A tradução deste discurso foi feita por Isabel Atalaia a partir da tradução não oficial para inglês de Stathis Kouvelakis. Em ambos os casos, as traduções foram feitas com grande urgência, por se entender prioritário difundir um discurso de importância fundamental. Por esse motivo, este texto será atualizado caso se verifique a necessidade de fazer qualquer alteração que salvaguarde a sua fidelidade ao original.


Compatriotas,
Durante estes seis meses, o governo grego tem travado uma batalha em condições de asfixia económica sem precedentes para implementar o mandato que nos foi dado, a 25 de Janeiro, por vós.
O mandato que negociávamos com os nossos parceiros visava acabar com a austeridade e permitir que a prosperidade e a justiça social regressassem ao nosso país.
Era um mandato com vista um acordo sustentável que respeitasse quer a democracia, quer as regras europeias comuns e que conduzisse à saída definitiva da crise.
Ao longo deste período de negociações, fomos convidados a executar os acordos concluídos pelos governos anteriores através dos memorandos, embora estes tenham sido categoricamente condenados pelo povo grego nas recentes eleições.
Apesar disso, nem por um momento pensámos em render-nos. Isso seria trair a vossa confiança.
Após cinco meses de duras negociações, os nossos parceiros, infelizmente, lançaram, na reunião do Eurogrupo de anteontem, um ultimato à democracia grega e ao povo grego.
Um ultimato que é contrário aos princípios e valores fundamentais da Europa, aos valores do nosso projeto comum europeu.
Pediram ao governo grego que aceitasse uma proposta que representa um novo fardo insustentável para povo grego e boicota a recuperação da economia e da sociedade grega, uma proposta que, não só perpetua a instabilidade, mas acentua ainda mais as desigualdades sociais.
A proposta das instituições inclui: medidas conducentes a uma maior desregulamentação do mercado de trabalho, cortes nas pensões, reduções adicionais aos salários do sector público e um aumento do IVA sobre os alimentos, a restauração e o turismo, enquanto elimina alguns benefícios fiscais das ilhas gregas.
Estas propostas violam diretamente os direitos sociais e fundamentais europeus: elas são reveladoras de que, no que diz respeito ao trabalho, à igualdade e à dignidade, o objetivo de alguns dos parceiros e instituições não é um acordo viável e benéfico para todas as partes, mas a humilhação do povo grego.
Estas propostas manifestam, sobretudo, a insistência do FMI na austeridade severa e punitiva e tornam mais oportuna do que nunca a necessidade de que as principais potências europeias aproveitem a oportunidade e tomem as iniciativas que permitirão o fim definitivo da crise da dívida soberana grega, uma crise que afeta outros países europeus e ameaça o futuro da integração europeia.
Compatriotas,
Pesa, agora, sobre os nossos ombros uma responsabilidade histórica face às lutas e sacrifícios do povo grego para a consolidação da democracia e da soberania nacional. A nossa responsabilidade para com o futuro do nosso país.
E essa responsabilidade obriga-nos a responder a um ultimato com base na vontade soberana do povo grego.
Há pouco, na reunião do Conselho de Ministros, sugeri a organização de um referendo, para que o povo grego decida de forma soberana.
A sugestão foi aceite por unanimidade.
Amanhã, será convocada uma reunião de urgência no Parlamento para ratificar a proposta do Conselho de Ministros de um referendo a realizar no próximo domingo, 5 de Julho, sobre a aceitação ou rejeição das propostas das instituições.
Já informei desta minha decisão o presidente francês e a chanceler alemã, o presidente do BCE, e amanhã farei seguir, por carta, um pedido formal, aos líderes e às instituições da UE, para que prolonguem por alguns dias o programa atual, para que o povo grego possa decidir, livre de qualquer pressão e chantagem, como é exigido pela Constituição do nosso país e pela tradição democrática da Europa.
Compatriotas,
À chantagem do ultimato que nos pede para aceitar uma severa e degradante austeridade sem fim e sem qualquer perspetiva de recuperação social e económica, peço-vos para responderem de forma soberana e orgulhosa, como a história do povo grego exige.
Ao autoritarismo e à dura austeridade, responderemos com democracia, calmamente e de forma decisiva.
A Grécia, o berço da democracia, irá enviar uma retumbante resposta democrática à Europa e ao mundo.
Estou pessoalmente empenhado em respeitar o resultado da vossa escolha democrática, qualquer que ele seja.
E estou absolutamente confiante de que a vossa escolha honrará a história do nosso país e enviará uma mensagem de dignidade ao mundo.
Nestes momentos críticos, todos temos de ter em mente que a Europa é a casa comum dos povos. Na Europa, não há proprietários nem convidados.
A Grécia é e continuará a ser uma parte integrante da Europa e a Europa é uma parte integrante da Grécia. Mas, sem democracia, a Europa será uma Europa sem identidade e sem rumo.
Convido-vos a demonstrar unidade nacional e calma para que sejam tomadas as decisões certas.
Por nós, pelas gerações futuras, pela história do povo grego.
Pela soberania e a dignidade do nosso povo.


Atenas, 27 de Junho, 1h00.


in  http://aventar.eu/2015/06/27/discurso-de-alexis-tsipras/ - 27.6.2015

Em defesa do casamento entre homossexuais




Candidata democrata às eleições presidenciais dos Estados Unidos, que acontecerão em novembro de 2016, a ex-secretária de Estado Hillary Cliton divulgou, dia 24 deste mês, no seu perfil oficial no Facebook, uma campanha na qual apoia o casamento igualitário.

"Todo o amor é igual", disse. "Chegou a hora do casamento igualitário".  



Concordo.
Todos têm direito a ser felizes e a contribuir, com a sua felicidade, para a felicidade de toda a gente e para a HARMONIA ENTRE TODOS OS SERES.

Nazaré Oliveira

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Há homens com categoria!


Há homens fantásticos, com categoria.
Este anúncio, é do melhor que tenho visto.
Espetacular, inteligente, justo!


Muitas vezes, os casais tratam os cães como se de filhos se tratassem, mas nem sempre é assim.

Um anúncio, que foi colocado na Internet, está a dar que falar. De acordo com os utilizadores do Facebook, que têm estado a partilhar a história, o homem foi obrigado a publicar o anúncio porque a namorada não queria a cadela, Molly, em casa.
Então, ele terá avançado com o anúncio no Craigslist.

“A minha namorada não gosta da Molly. E, por isso, tenho que lhe arranjar uma nova casa. Ela é de raça pura e gosta muito de brincar. Não está totalmente treinada”, começa por dizer o anúncio.
“Só come do bom e do melhor e os alimentos são dos mais caros. Ela nunca vai esperar por si na porta depois de um longo dia e o amor dela não é incondicional. Não morde mas pode ser um verdadeiro inferno. Alguém está interessado na maldosa e egoísta da minha ex-namorada, de 30 anos? Podem vir buscá-la”, escreveu no fim do anúncio.




in  http://www.ionline.pt/artigo/399118/ela-nao-quis-a-cadela-ele-publicou-este-an-ncio?seccao=vida_i