terça-feira, 15 de abril de 2014

Iraque autoriza violação de meninas





Quando li esta noticia fiquei horrorizada e com uma vontade enorme de gritar ao mundo inteiro que isto não pode ser.
Crianças… Não só as mulheres mas também, agora, sob proteção legal, a violação de crianças, de menores que mal começaram a andar e a falar… inocentes a quem tudo têm roubado, e agora, até o direito à infância!
Monstros que assim pensam e legislam não merecem a liberdade, quiçá, a vida e o ar que todos respiramos. Não merecem nada tal o nojo em que vivem e fazem viver estes pobres seres, presos nas malhas de quem dos seus corpinhos se serve para satisfazer os seus desejos animalescos, brutais, medonhos, negros, muito negros.
Nestas paragens, salvo raríssimas exceções, continua-se a fundamentar o grotesco, a ignominia e até esta morte lenta e esta escravatura infantil consentida, com razões que nem no Alcorão encontramos, como muitas outras. São sim, o pior que de mau existe, e de cobardia e de perversidade que estes homens promíscuos procuram ávidamente, tal a sua fome de sadismo.
Invocam Alá em vão porque não são sérios nem nunca o foram face à sua religião e ao seu livro sagrado, fundamentando as suas perversidades sexuais e não só, numa Sharia assustadora ao serviço dos seus desejos mais mesquinhos.
Estes, dizem seguir à risca a lei islâmica quando propõem ao governo de Bagdad um projeto lei que permita o matrimónio em qualquer idade e no qual só se pudesse divorciar quem tivesse 9 anos. Sim, com esta condição e mais esta: casar-se, depois,  com outro homem (no caso de ser mulher). E isto sem falar de mais outro horror: enquanto a mãe amamenta, o marido pode  ter relações sexuais as vezes que quiser e com quantas mulheres quiser!
Pobres meninas! Pobres mães e pobres pais!
Os cristãos iraquianos vivem apavorados com isto. De facto, obrigar uma menina de 5 anos  - idade considerada para o matrimónio - a casar-se com um homem mais velho, é violação.
Só não é violação para os fundamentalistas da Sharia que a ela recorrem para satisfazer os seus instintos mais baixos e repugnantes.
Que  país este e que gente é esta, que isto aprova e isto faz!
Por favor, ONGs de Direitos Humanos, onde estais?



Nazaré Oliveira

Papa Francisco sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual





"A alegria do Evangelho": publicada a Exortação Apostólica do Papa Francisco sobre o anúncio do Evangelho no mundo actual

2013-11-26 in Rádio Vaticano

"A alegria do evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus": assim inicia a Exortação Apostólica "Evangelii Gaudium" com a qual o Papa Francisco desenvolve o tema do anúncio do Evangelho no mundo de hoje, recolhendo por outro lado a contribuição dos trabalhos do Sínodo que se realizou no Vaticano de 7 a 28 de Outubro de 2012, com o tema "A nova evangelização para a transmissão da fé". "Desejo dirigir-me aos fiéis cristãos - escreve o Papa - para os convidar a uma nova etapa de evangelização marcada por esta alegria e indicar direcções para o caminho da Igreja nos próximos anos" (1).

O Papa convida a "recuperar a frescura original do Evangelho”, encontrando "novas formas" e "métodos criativos", sem deixarmos enredar Jesus nos nossos "esquemas monótonos" (11). Precisamos de uma "uma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão" (25). Requer-se uma "reforma das estruturas" eclesiais para que "todas se tornem mais missionárias" (27) . O Pontífice pensa também numa "conversão do papado", para que seja "mais fiel ao significado que Jesus Cristo lhe quis dar e às necessidades actuais da evangelização". A esperança de que as Conferências Episcopais pudessem dar um contributo para que "o sentido de colegialidade" se realizasse “concretamente” – afirma o Papa - "não se realizou plenamente" (32). E’ necessária uma “saudável descentralização" (16). Nesta renovação não se deve ter medo de rever costumes da Igreja "não directamente ligados ao núcleo do Evangelho, alguns dos quais profundamente enraizados ao longo da história" (43) .

Sinal de acolhimento de Deus é "ter por todo o lado igrejas com as portas abertas" para que os que vivem uma situação de procura não encontrem "a frieza de uma porta fechada". "Nem mesmo as portas dos Sacramentos se deveriam fechar por qualquer motivo". O Papa Francisco reafirma preferir uma Igreja "ferida e suja por ter saído pelas estradas, em vez de uma Igreja preocupada em ser o centro e que acaba por ficar prisioneira num emaranhado de obsessões e procedimentos. Se algo nos deve santamente perturbar é que muitos dos nossos irmãos vivem "sem a amizade de Jesus” (49).

O Papa aponta as "tentações dos agentes da pastoral": o individualismo, a crise de identidade, o declínio no fervor (78). "A maior ameaça" é "o pragmatismo incolor da vida quotidiana da Igreja, no qual aparentemente tudo procede na faixa normal, quando na realidade a fé se vai desgastando" (83). Exorta a não se deixar levar por um "pessimismo estéril " (84) e a sermos sinais de esperança (86) aplicando a "revolução da ternura" (88).

O Papa lança um apelo às comunidades eclesiais para não caírem em invejas e ciúmes: “dentro do povo de Deus e nas diversas comunidades, quantas guerras!" (98). "A quem queremos nós evangelizar com estes comportamentos?" (100). Sublinha a necessidade de fazer crescer a responsabilidade dos leigos, mantidos "à margem nas decisões" por um "excessivo clericalismo" (102). Afirma que "ainda há necessidade de se ampliar o espaço para uma presença feminina mais incisiva na Igreja", em particular "nos diferentes lugares onde são tomadas as decisões importantes" (103). "As reivindicações dos direitos legítimos das mulheres não se podem sobrevoar superficialmente" (104). Os jovens devem ter "um maior protagonismo" (106). (…)

Abordando o tema da inculturação, o Papa lembra que "o cristianismo não dispõe de um único modelo cultural" e que o rosto da Igreja é "multiforme" (116). "Não podemos esperar que todos os povos para expressar a fé cristã, tenham de imitar as modalidades adoptadas pelos povos europeus num determinado momento da história" (118). O Papa reitera "a força evangelizadora da piedade popular" (122) e incentiva a pesquisa dos teólogos.

O Papa detém-se depois, "com uma certa meticulosidade, na homilia", porque "são muitas as reclamações em relação a este importante ministério e não podemos fechar os ouvidos" (135). A homilia "deve ser breve e evitar de parecer uma conferência ou uma aula " (138), deve ser capaz de dizer "palavras que façam arder os corações", evitando uma "pregação puramente moralista ou para endoutrinar" (142). Sublinha a importância da preparação." (…) O próprio anúncio do Evangelho deve ter características positivas: "proximidade, abertura ao diálogo, paciência, acolhimento cordial que não condena" (165).

Falando dos desafios do mundo contemporâneo, o Papa denuncia o actual sistema económico, que "é injusto pela raiz" (59). "Esta economia mata" porque prevalece a "lei do mais forte". A actual cultura do "descartável" criou "algo de novo": “os excluídos não são ‘explorados’, mas ‘lixo’, 'sobras'" (53). Vivemos uma "nova tirania invisível, por vezes virtual" de um "mercado divinizado", onde reinam a "especulação financeira", "corrupção ramificada", "evasão fiscal egoísta" (56). Denuncia os "ataques à liberdade religiosa" e as "novas situações de perseguição dos cristãos. Em muitos lugares trata-se pelo contrário de uma difusa indiferença relativista" (61). A família - continua o Papa - "atravessa uma crise cultural profunda.

O Papa reafirma "a íntima conexão entre evangelização e promoção humana" (178) e o direito dos Pastores a "emitir opiniões sobre tudo o que se relaciona com a vida das pessoas" (182). "Ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião à secreta intimidade das pessoas, sem qualquer influência na vida social". "A política, tanto denunciada" - diz ele - "é uma das formas mais preciosas de caridade".

"Rezo ao Senhor para que nos dê mais políticos que levem verdadeiramente a peito a vida dos pobres!"

Em seguida, um aviso: "qualquer comunidade dentro da Igreja" que se esquecer dos pobres corre "o risco de dissolução" (207). Convida a cuidar dos mais fracos: "os sem-tecto, os dependentes de drogas, os refugiados, os povos indígenas, os idosos cada vez mais sós e abandonados" e os migrantes, em relação aos quais o Papa exorta os Países "a uma abertura generosa" (210). "Entre estes fracos que a Igreja quer cuidar" estão "as crianças em gestação, que são as mais indefesas e inocentes de todos, às quais hoje se quer negar a dignidade humana" (213). "Não se deve esperar que a Igreja mude a sua posição sobre esta questão. Não é progressista fingir resolver os problemas eliminando uma vida humana" (214). Neste contexto, um apelo ao respeito de toda a criação: "somos chamados a cuidar da fragilidade das pessoas e do mundo em que vivemos" (216).

Quanto ao tema da paz, o Papa afirma que é "necessária uma voz profética" quando se quer implementar uma falsa reconciliação "que mantém calados" os pobres, enquanto alguns "não querem renunciar aos seus privilégios" (218). Para a construção de uma sociedade "em paz, justiça e fraternidade" indica quatro princípios: "trabalhar a longo prazo, sem a obsessão dos resultados imediatos"; "operar para que os opostos atinjam "uma unidade multifacetada que gera nova vida"; "evitar reduzir a política e a fé à retórica; colocar em conjunto globalização e localização.

"A evangelização - prossegue o Papa - também implica um caminho de diálogo", que abre a Igreja para colaborar com todas as realidades políticas, sociais, religiosas e culturais (238). O ecumenismo é "uma via imprescindível da evangelização". Importante o enriquecimento recíproco: "quantas coisas podemos aprender uns dos outros!". Por exemplo, “no diálogo com os irmãos ortodoxos, nós os católicos temos a possibilidade de aprender alguma coisa mais sobre o sentido da colegialidade episcopal e a sua experiência de sinodalidade" (246). "O diálogo e a amizade com os filhos de Israel fazem parte da vida dos discípulos de Jesus" (248). "O diálogo inter-religioso", que deve ser conduzido "com uma identidade clara e alegre", é "condição necessária para a paz no mundo" e não obscurece a evangelização (250-251). "Diante de episódios de fundamentalismo violento", a Exortação Apostólica convida a "evitar odiosas generalizações, porque o verdadeiro Islão e uma adequada interpretação do Alcorão se opõem a toda a violência" (253). Contra a tentativa de privatizar as religiões em alguns contextos, o Papa afirma que "o respeito devido às minorias de agnósticos ou não-crentes não se deve impor de forma arbitrária, que silencie as convicções das maiorias de crentes ou ignore a riqueza das tradições religiosas" (255). Reafirma, assim, a importância do diálogo e da aliança entre crentes e não-crentes (257).

O último capítulo é dedicado aos "evangelizadores com o Espírito", aqueles "que se abrem sem medo à acção do Espírito Santo", que "infunde a força para anunciar a novidade do Evangelho com ousadia, em voz alta e em todo o tempo e lugar, mesmo em contracorrente" (259). Trata-se de "evangelizadores que rezam e trabalham" (262), na certeza de que "a missão é uma paixão por Jesus mas, ao mesmo tempo, uma paixão pelo seu povo" (268): "Jesus quer que toquemos a miséria humana, que toquemos a carne sofredora dos outros" (270). "Na nossa relação com o mundo – esclarece o Papa - somos convidados a dar a razão da nossa esperança, mas não como inimigos que apontam o dedo e condenam" (271). "Pode ser missionário - acrescenta ele - apenas quem busca o bem do próximo, quem deseja a felicidade dos outros" (272): "se eu conseguir ajudar pelo menos uma única pessoa a viver melhor, isto já é suficiente para justificar o dom da minha vida" (274).

domingo, 13 de abril de 2014

Passos Coelho não está bom da cabeça

Este indivíduo não está bom da cabeça e, pior do que isso, está a dar cabo das nossas vidas! 
Reparem nas afirmações dele...

Quando é que se põe cobro a esta política governativa que mais não é do que a ditadura e prepotência de um grupo de insensíveis e ignorantes perante um povo que parece resignado a aceitá-los?






“Nós, na próxima semana, iremos comunicar essas medidas. Não são medidas que incidam em matéria de impostos, salários ou pensões, creio que já esclareci bem essa matéria e não creio sinceramente que devemos estar todos os dias a criar uma notícia em volta dessa matéria”, disse Pedro Passos Coelho.
Para atingir a meta de défice de 2,5% em 2015, o primeiro-ministro referiu que terão de ser identificadas “poupanças ao nível da máquina do Estado que honrem esses compromissos”.
“Não é um trabalho que se faça de um dia para o outro, mas é um trabalho que será apresentado ao país muito proximamente e creio que, sinceramente, não há nenhuma razão para estar a criar um bicho-de-sete-cabeças à volta desses cortes que o Estado vai ter de fazer para o próximo ano”, sublinhou.
Passos Coelho salientou que, na próxima semana, será divulgado “o essencial dessas medidas, que serão depois completadas com a apresentação do Orçamento de Estado para 2015.
“Vivemos, felizmente cada vez mais, tempos de normalidade e não deixaremos de transmitir com muita transparência aos cidadãos aquilo que são as nossas intenções”, afirmou.
Questionado sobre o salário mínimo, que vale hoje menos do que em 1974, Passos Coelho reafirmou que o país “não pode gastar o que não tem”.

Podemos e devemos fazer todos os esforços ao nosso alcance para poder ter equilíbrio nas contas públicas”, o que, salientou, tem vindo a ser feito.
Relativamente à questão do salário mínimo, o primeiro-ministro disse ainda que desde o ano passado tem afirmado que em 2014 é o “ano adequado para, em sede de concertação social, encontrar um compromisso que esteja ligado às perspetivas de crescimento da economia, de ganhos de produtividade e de equilíbrio macroeconómico”, uma discussão que irá ser feita com os parceiros sociais.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Maputo, sempre no meu coração!





Esta sequência de fotos de crianças de Maputo... Que ternura! Que beleza! 
Que linda canção!

Maputo, Moçambique, sempre no meu coração!

terça-feira, 25 de março de 2014

Bélgica aprovou a eutanásia de crianças de todas as idades




O que pensar? O que pensar de um país como a Bélgica cujo Parlamento acaba de aprovar a eutanásia de crianças de todas as idades? Que pensar de um país que impede menores de 18 anos de votar ou comprar uma casa (exemplos dados pelo Arcebispo de Bruxelas) e legisla no sentido de que uma criança gravemente doente possa ESCOLHER ser eliminada, feita desaparecer deste mundo uma vez por todas e para sempre? Que pensar? Que pensar, efectivamente, de um Parlamento, ou de uma Democracia, que de forma tão descaradamente oportunista faz o jogo das Seguradores e coloca jovens e crianças na impossível situação de «escolher» serem eliminados para não serem pesados a quem os gerou e deles tem de cuidar? Que pensar? Que pensar de um país como a Bélgica, que foi berço de notáveis pensadores humanistas, e agora se vê a braços com uma tendência cultural de um niilismo tão extremo, de um oportunismo tão sarcaz, de uma indecência tão explícita? De facto, que pensar de um corpo legislador que não dá atenção ao parecer de quase duas centenas de pediatras explicando que uma tal lei permissora da eutanásia de crianças, do ponto de vista médico, não é necessária, pois ela não resolve problema algum? Enfim, que pensar de um país que alberga o centro de operações da União Europeia que agora só não cairá no absurdo legislativo mais completo e incompreensível caso o seu Rei em exercício tenha a capacidade, e a coragem, de não aprovar uma lei tão fora de razão, tão desleixada da moral e tão esvaziadora do sentido que a vida humana pode e deve ter? Veremos o que fez o Rei da Bélgica. A não fazer o que pode e o que deve, definitivamente, a Bélgica cairá, e só Deus sabe por quanto tempo, no fosso da crescente desumanidade e no abismo da indiferença no que, realmente e para todos os efeitos, à vida dá sentido. Como cidadão da Europa, protesto contra a deriva legislativa de um país que já foi cristão, mas agora, infelizmente, parece que não pensa mais. Pelo que pergunto, se me permitem: será que a Bélgica, por algum motivo que ainda nos é desconhecido, entrou mesmo em estado de coma moral? Pelo que vejo nas notícias, com o Senado e o Parlamento a apoiarem o mesmo tipo de legislação sobre a eutanásia de crianças, temo mesmo que seja verdade: a Bélgica, do ponto de vista moral, só pode estar mesmo num profundo estado de coma. E a Europa no seu todo? E nós?

Ask a Jesuit (João J. Vila-Chã, SJ)
13/2/2014