domingo, 16 de setembro de 2012

Ordenados milionários

http://expresso.sapo.pt/veja-os-rendimentos-de-15-politicos-portugueses-antes-e-depois-de-passarem-pelo-governo=f680329

Não é novidade mas é sempre revoltante voltar a ver aquilo que há muito sabemos: ordenados milionários que descapitalizam o nosso país!
Como é que isto foi sendo permitido?
Estes ordenados, estas "personalidades" (faltam aqui muitas mais!) também foram um dos fatores mais gravosos que levaram o nosso país e as nossas Finanças e Economia a chegar ao estado a que chegaram! Mas, o mais grave é que esta e outra gente como esta passa pela crise de forma perfeitamente incólume e estranhamente intocável em matéria de taxação de impostos, situação que considero das maiores barbaridades que o atual executivo continua a consentir ou a não fazer com a dimensão e alcance que se esperavam pois, dinheiro há, sim, nestes e em tantos outros, sem necessidade dos criminosos saques aos salários de pensionistas e trabalhadores comuns que, estes sim, desgraçadamente vão sucumbindo face à austeridade para que estes lordes continuem como até aqui.
Como é que isto não era previsível?
Vomitando as palavras de sempre e esgrimindo argumentos com que cinicamente criticam quem o mesmo fez ou continua a fazer, falam como quem cospe e salivam de prazer porque nada os perturba na sua sede de protagonismo e de ganância. Nada nem ninguém.
Muitos destes fazem parte da lista dos "nossos" bem-falantes, dos "nossos" costumeiros experts -comentadores, mesmo que só digam trivialidades.
Que triste país com triste gente!
Sempre as mesmas caras de uma CasaNostra prenhe de corrupção e do tráfico de influências que atolou o nosso país e os mais pobres num poço de desesperança e de angústia permanente.
Ainda mais me revoltam quando os ouço ou leio, nas TVs, jornais e rádios, criticando os atuais políticos e as atuais políticas, quando eles próprios foram e são, também, os nossos carrascos e a nossa vergonha.
Falam como se da crise mal lhes tenha vindo!
Não há justiça neste país, não senhora!  Nem justiça nem vontade de a fazer.

nazaré oliveira

Tens razão, GANDHI!


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

NOTAS mínimas de entrada para o Ensino Superior


A nota mínima de entrada em Medicina subiu este ano para 18 valores, mais um do que no ano passado, indicam os dados do Ministério da Educação e Ciência (MEC).

De acordo com os resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, a nota mais baixa de entrada em Medicina, o curso que tem das médias mais altas a nível nacional, foi 18,02 (em 20), no acesso ao Ciclo Básico de Medicina da Universidade da Madeira.

No ano passado, o mesmo curso teve nota mínima de entrada de 17,82.

As notas de acesso mais altas verificaram-se nos cursos de Medicina da Universidade do Porto: 18,63 na Faculdade de Medicina e 18.55 no Instituto de Ciências Médicas Abel Salazar.

Na Universidade do Minho registou-se a terceira nota mais alta para entrada no curso de Medicina: 18,45.

Para entrar no curso da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, a nota mínima foi 18,35, enquanto em Lisboa a nota mais baixa que permitiu aceder ao curso foi 18,2, na Universidade de Lisboa e 18,12, na Universidade Nova.

Segundo dados do MEC, ficaram colocados 42.243 alunos, o que representa 91 por cento das 46.636 candidaturas válidas.

A área de Ciências Sociais, Comércio e Direito foi a preferida pelos alunos no concurso de acesso ao ensino superior deste ano, com mais de doze mil colocações, segundo dados do Ministério da Educação e Ciência (MEC).

A área de Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção foi a segunda nas preferências dos alunos, com mais de nove mil colocações, seguindo-se Saúde, com cerca de 7500 entradas.

Das áreas principais de classificação dos cursos, a Agricultura foi a menos procurada, registando-se apenas 706 entradas, com cerca de 500 vagas a sobrar para a segunda fase.

Este ano entram 42243 alunos na primeira fase, de entre 46.636 candidatos aceites ao concurso. Em 2010 entraram 45.592 na primeira fase, de 51.842 candidaturas aceites.

Com 53.500 vagas disponíveis no total, sobraram para a segunda fase mais de 3500 vagas quer na área de Ciências Sociais quer de Engenharia.

Enquanto as notas mais altas de entrada se registaram nos cursos de Medicina - a rondar os 18 valores - , no outro lado do espectro estão cursos com médias de entrada inferiores a 10, como Ciências da Educação e Formação na Universidade do Algarve ou Gestão da Qualidade na Universidade de Aveiro.

De 19 a 30 de Setembro decorre a segunda fase do concurso, cujos resultados serão divulgados a 6 de Outubro.

 
por Lusa18 setembro 2011



Já agora, um artigo que escrevi em tempos sobre alunos/entrada em Medicina... médicos estrangeiros requisitados para o nosso país... 
http://suricatina.blogspot.pt/2011/09/alunos-faculdades-de-medicina-medicos.html

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore

Fantástico! Adorável!

Vénus Negra - Colonialismo e Racismo

Ainda não tinha visto este belo e impressionante filme - VÉNUS NEGRA.
Gostei. Gostei muito e recomendo.


 

 
Realizado pelo ator e realizador Abdellatif Kechiche (tunisino radicado na França), é um filme biográfico sobre a trágica história de Saartjes Baartman, uma mulher da tribo Khoikhoi que no início do século XIX e devido às suas características físicas específicas foi levada da África do Sul para ser exibida nos salões europeus sob o nome "Vénus Hotentote", com promessas vãs de uma vida dourada. Chegada à Europa, depois de viajar por toda a Inglaterra em espetáculos de aberrações, vai para França onde é estudada por alguns dos mais conceituados naturalistas e anatomistas da época que usaram as suas investigações para justificar a inferioridade dos negros, num esforço claro de legitimação do racismo e escravatura.
Saartjes, que sonhava ser artista na Europa, como foi na África, acabou escravizada e humilhada por todos: sai da África do Sul para Londres em 1810 com Cezar, que promete fazê-la rica através da sua dança. Ao invés disso, é coagida a apresentar-se em shows de mau gosto, saindo de uma jaula e simulando atacar o público como se fosse uma selvagem. Nesses espetáculos, é obrigada a usar roupa“colada ao corpo” que evidencia ainda mais as suas exuberantes formas, criando um ambiente de histeria coletiva e levando o público a tocá-la, a apalpá-la, gritando obscenidades.
É exposta de forma terrivelmente desumana, humilhante, sobretudo nas festas privadas da sociedade burguesa francesa do século XIX, promíscua, fútil e hipócrita, e mesmo quando é “apanhada” pelos cientistas, como o anatomista Georges Cuvier (François Marthouret), nem assim consegue ser tratada como um ser humano.
Saartje é objeto de uma curiosidade que desconsidera os seus pudores e a sua vontade. Os cientistas vêem nela não mais do que um animal exótico, uma situação que persistirá mesmo após a sua morte, em 1815.
O seu esqueleto e alguns dos seus órgãos ficaram em exibição no Museu do Homem, em Paris, até 2002, altura em que o presidente sul-africano Nelson Mandela requereu formalmente que os seus restos fossem enviados para o seu país natal.
Este filme atravessa uma série de temas, particularmente, o colonialismo, o racismo, o machismo e os Direitos Humanos.
Género: Drama
Classificação:M/12
Outros dados: FRA/BEL, 2009, Cores, 166 min.
 
NO

(texto adapt. de várias fontes da Web)


Filme Vénus Negra (legendado):


Ver aqui mais inf: http://ultimosegundo.ig.com.br/mostracinemasp/venus+negra+e+experiencia+torturante/n1237816687848.html

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

E quem avalia a troika?




Gostei deste post do blogue "O Jumento": E quem avalia a troika?

Dentro de dias voltarão a andar por aí aqueles três funcionários com ar de coronéis da SS a passear pela Paris ocupada para avaliarem o que o governo português fez nos últimos tempos. Depois elaboram um relatório elogioso, afirmando que a EDP está uma maravilha desde que o Catroga ganha cinquenta mil, que a RTP ficará bem entregue aos donos da comunicação social que ajudaram o Passos a chegar ao poder, mas que há uns pequenos deslizes que implicam umas medidazitas, coisa pouca que o povo pagará de boa vontade.

O ridículo de tudo isto é que não passa de uma encenação - a troika tem cá dezenas de funcionariozecos que mandam nos ministros, nos secretários de Estado e nos diretores-gerais, a coisa é tão pouco digna que até há governantes e diretores-gerais que usam a troika para ganharem vantagem sobre outros governantes e outros diretores-gerais.

Só que aquilo que era um processo de negociação entre entidades financeiras e um governo soberano há muito que deixou de o ser. O Gaspar descobriu que manda menos num país que entregou a soberania, o Passos Coelho aceitou fazer o papel de primeiro-ministro desde que o deixem vender aos amigos e a preços de saldo o que resta do património público e os rapazolas da troika brincam com um país e há muito que mandaram o memorando de entendimento para a reciclagem na Renova.

Dantes a troika negociava com todas as forças políticas e os indígenas exigiam a tradução do memorando para língua portuguesa. Agora já não há memorando, a troika manda através de memorandos e o primeiro-ministro tem para os dirigentes das organizações internacionais. A troika ignora que Portugal é um país soberano, que assinou um memorando de entendimento, que esse memorando não foi assinado apenas pelos partidos do governo (que nem sequer têm a maioria dos votos dos portugueses), que na base da negociação estava o respeito pela soberania e pela Constituição do país.

No memorando, sempre que as medidas correm o risco de ofenderem os princípios constitucionais, como é o caso da legislação laboral, afirma-se o princípio de que as medidas devem respeitar a Constituição da República. Mas quando o Tribunal Constitucional declarou inconstitucional o corte dos subsídios, uma medida que nem estava no memorando nem foi negociada com todas as partes do acordo, a troika, com a Comissão do Barros à frente veio logo castigar o país exigindo medidas equivalentes. Mas agora que o desvio das contas pública é colossal em consequência das decisões da troika ninguém exigiu nada.

A troika não vem a Portugal avaliar coisa nenhum e muito menos o país ou o comportamento do povo português. A troika aceitou violar a soberania de um país membro das organizações internacionais que a integram e o que vem fazer é avaliar a merda que tem feito. O que a troika vem cá fazer é avaliar as consequências de uma experiência ideológica que não respeita a vontade, a cultura e a lei constitucional de um país cujo povo foi transformado em cobaia de experiências económicas mengelianas. O que a troika vem fazer não é avaliação, é autoavaliação.

O problema é saber quem avalia a troika, quem dá a cara por aquilo que tem sido feito, se o Durão Barroso (o tal que fugiu para melhor ajudar Portugal) e os seus pares no BCE e na FMI ou se os palermas que andam por aí com ar de parvos. O problema é saber se a Comissão, o FMI e o BCE vão aceitar serem avaliados pelas consequências da experiência extremista, ilegal e abusiva que graças a um governo fraco, de idiotas ambiciosos e de estarolas estão fazendo em Portugal.