segunda-feira, 20 de agosto de 2012

If you're going to San Francisco

Scott McKenzie!
Jamais esquecerei a tua "San Francisco", uma canção que ficará para a História dos anos 60,  para a História da Música mas, sobretudo, para a História da juventude no século XX.

Belíssima! Ontem, hoje, sempre!


If you're going to San Francisco
Be sure to wear some flowers in your hair
If you're going to San Francisco
You're gonna meet some gentle people there
For those who come to San Francisco
Summertime will be a love-in there.
In the streets of San Francisco
Gentle people with flowers in their hair.
All across the nation such a strange vibration.
People in motion.
There's a whole generation with a new explanation.
People in motion. People in motion.
For those who come to San Francisco
Be sure to wear some flowers in your hair.
If you come to San Francisco
Summertime will be a love-in there.
If you come to San Francisco
Summertime will be a love-in there.





sábado, 18 de agosto de 2012

Explicações claras sobre um país obscuro

Ontem, mais uma excelente análise sócio-política, desta vez, com Helena Roseta.
Clara, objetiva, pragmática, levanta aspetos cruciais da atual conjuntura quer no âmbito nacional quer europeu, questionando muitas das medidas adotadas pelo PM que, em nome da austeridade, cada vez empobrece mais quem rico nunca foi ou culpa nunca teve deste estado de calamidade a que certa gente nos fez chegar.
Uma brilhante explicação. Gostei muito.

Pôr finalmente os ricos a pagar


Crise do euro

Der Tagesspiegel Berlim -  17.8.12

Para fazer face à dívida soberana, os governos carregam nos impostos da classe média. No entanto, são maus investimentos feitos pelos mais ricos – banca, imobiliário, dívida soberana – que estão por trás da atual crise. Daí a ideia, que o liberal Der Tagesspiegel apoia, de pôr as grandes fortunas a entrar com dinheiro.


Uma vez mais, este ano, o dirigente do Partido Social-Democrata [alemão], Sigmar Gabriel associou-se aos sindicatos para exigir impostos mais altos para os mais ricos, a fim de distribuir mais equitativamente o fardo da crise. Para ele, trata-se de "patriotismo social". Do outro lado do espetro político, os democratas-cristãos e os liberais apressaram-se a criar uma frente para proteger as famílias mais abastadas, acusando-o de estar a recuperar um velho refrão do socialismo. O debate assume tons cansativos de disputa eleitoral.

Mas é uma interpretação errónea. Há muito tempo que as disparidades na distribuição dos rendimentos e da riqueza, que se acentuaram nos últimos anos, deixaram de ser uma simples questão de igualdade. Na realidade, essas disparidades são uma das principais causas da crise atual.

Com uma riqueza cada vez maior concentrada nas mãos de uma pequena minoria, uma proporção crescente do produto nacional alimenta a procura de investimentos financeiros, e já não de bens e serviços. A população abastada da Europa investe o dinheiro em títulos de bancos, atividades imobiliárias e obrigações estatais, emitidos na Irlanda, Portugal, Grécia ou Espanha, acompanhados de suculentas taxas de juros. E assim, financiou gigantescos maus investimentos – habitações e autoestradas vazias, equipamentos aberrantes [profusão de estádios de futebol, por exemplo] – que esses países nunca poderiam criar por si mesmos.

Salvar o património dos mais ricos na Europa

Basicamente, os empréstimos dos fundos de apoio da zona euro são utilizados para ajudar estes Estados e os seus bancos a permanecer solventes para poderem cumprir a dívida para com maus investidores. Não são os alemães (ou os holandeses, finlandeses, etc.) que estão a apoiar os gregos, irlandeses ou espanhóis, mas os contribuintes da classe média que estão a salvar o património dos mais ricos da Europa.

Para além disso, os detentores de altos rendimentos contribuem pouco para o financiamento dos orçamentos nacionais. Os países da zona euro criaram realmente uma união monetária, mas nunca estabeleceram uma política fiscal comum. Em vez disso, envolvem-se numa corrida a baixas de impostos para atrair capital. Resultado: os impostos sobre rendimentos de capital caíram para os níveis mais baixos de que há registo, enquanto, à escala europeia, as fortunas dos particulares aumentaram para níveis equivalentes a duas ou três vezes as dívidas nacionais.

Assim, pretende-se que os mais ricos contribuam para o pagamento dos maus investimentos. Só que esta questão é demasiado importante para ser tratada no quadro de uma campanha eleitoral nacional. É preciso, finalmente, exigir a alteração da atual política de "salvação", que não é correta.

Até agora, os funcionários dos programas de recuperação da UE apenas exigem dos países em crise uma redução das prestações sociais e uma subida dos impostos, à custa das classes médias. Entretanto, os armadores gregos, os magnatas do imobiliário irlandês e multimilionários espanhóis não pagam praticamente impostos e colocam o seu dinheiro em paraísos fiscais. A prioridade de quem quer salvar o euro devia ser lutar contra estas discrepâncias. Assim, os representantes da impopular "troika" europeia ainda podiam tornar-se heróis.

Tendência

Reação contra os ricos torna-se global

“Nunca é muito bom sinal quando os políticos começam a apelar ao patriotismo dos contribuintes”, escreve Gideon Rachman no Financial Times, depois de o Governo francês ter anunciado, pela voz do ministro Pierre Moscovici, que vai subir a taxa máxima de imposto sobre os rendimentos para 75 por cento.

É um equívoco descrever a administração Hollande como dinossauros socialistas. A verdade é que o novo Governo francês está no extremo de uma nova tendência mundial: uma reação internacional contra a riqueza que está a reformular a política da Europa aos EUA e à China. [...]

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na campanha para as eleições de novembro, tem vindo a capitalizar politicamente as suas promessas de taxar “milionários e multimilionários”, enquanto classifica o seu rival republicano, Mitt Romney, como o representante das elites que não pagam impostos. […]

Assim, esse género de mudança é suscetível de provocar uma reação política. Os políticos ocidentais, de Barack Obama a François Hollande estão a tentar captar e canalizar esse novo estado de espírito... Se este novo clima endurecer, pode marcar o fim de uma era de baixa de impostos, desregulamentação e desigualdade crescente, que começou no final de 1970, com a ascensão de Margaret Thatcher e Ronald Reagan, no Ocidente e de Deng Xiaoping na China...

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O início da CAUSA ANIMAL

A emergência do Direito Natural e consequentemente a consciência dos Direitos do Homem no panorama filosófico e político na segunda metade do século XVIII fizeram surgir nas elites políticas e intelectuais europeias uma sensibilidade, lenta mas progressiva, relativamente a questões consideradas como dogmas ao longo dos séculos, como por exemplo, a questão da limitação e separação de poderes, as liberdades fundamentais, a abolição da escravatura, a abolição da pena de morte, a emancipação das mulheres, a repartição justa da riqueza, a legitimidade da propriedade, etc. No mesmo contexto filosófico-político alguns filantropos problematizaram e questionaram a relação de domínio do Homem em relação aos animais. No espírito de muitas individualidades o recurso à violência para com os animais, fundamentado na suposta superioridade do Homem perante a Natureza era tida como imoral, quer à luz do Cristianismo, quer à luz da Razão. Os maus tratos aplicados aos animais eram considerados cada vez mais como resquícios da barbárie e da incivilização dos antigos tempos do obscurantismo. O Homem entrara numa nova idade da História, a idade da Razão e do progresso moral, e essa evolução tinha necessariamente de se refletir na relação homem - homem e homem - animal. Não tardaram a surgir propostas para que o poder político adotasse medidas de proteção aos animais.

Os primeiros esforços legislativos contemporâneos para proteção animal contra os maus tratos dos humanos surgem no Reino Unido no início do século XIX. Em 1800, Sir William Pulteney tenta introduzir no código jurídico inglês uma lei que proíbe o bull-baiting, projeto-lei recusado pelo Secretário da Guerra William Windham (1750 - 1810) com o argumento de que tal lei era contra o entretenimento das classes populares da sociedade inglesa. No ano seguinte, William Windham rejeita uma outra proposta legislativa de proteção animal, da autoria de William Wilberforce (1759 - 1833) fundamentando que tal lei tinha sido idealizada pelos metodistas e jacobinos com a intenção de destruir o “antigo caráter inglês pela abolição dos desportos rurais”. Mais uma tentativa surge em 1809 pelo Lord Chancellor Thomas Erskine (1750 - 1823), ao propor uma lei de prevenção da crueldade sobre os animais, aprovada na Câmara dos Lordes mas rejeitada na Câmara dos Comuns. Uma vez mais William Windham insurge-se contra tais propostas legislativas, alegando desta vez que eram incompatíveis com os tão populares divertimentos da caça à raposa e a corrida de cavalos.

Após estas tentativas frustradas, finalmente, surge a primeira lei de proteção animal. É a lei Act to prevent the cruel and improper treatment of cattle (Lei de prevenção ao tratamento cruel e impróprio do gado) mais conhecida pelo nome do seu autor, "Martin's Act". Esta lei, da autoria do deputado Richard Martin (1754 - 1834) foi aprovada pelo parlamento britânico em 1822. A designação “gado” no título da lei apenas incluía boi, vaca, ovelha, mula, e burro, deixando de fora outras espécies como o touro e o cão que foram englobadas na lei em atualizações posteriores (leis de 1835, 1849 e 1876).

O primeiro julgamento ao abrigo do Martin’s Act foi o de Bill Burns, vendedor de fruta ambulante, que agrediu o seu burro de carga. O caso na altura ficou famoso em Inglaterra devido ao facto de o próprio Richard Martin ter acusado Bill Burns e durante o julgamento ter levado o burro à sala do tribunal como prova das agressões para espanto dos juízes e público assistente.


"The trial of Bill Burns" (o julgamento de Bill Burns). O deputado do parlamento britânico, Richard Martin, leva o burro do acusado Bill Burns a uma das sessões do julgamento para demonstrar ao juiz os maus tratos infligidos pelo dono, episódio que causou grande sensação na época, nomeadamente nos jornais. Esta pintura (óleo sobre tela) está atualmente na sala da Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals.

Richard Martin, Willian Wilberforce e outros estiveram envolvidos na fundação da Society for the Prevention of Cruelty to Animals em 1824, a primeira instituição do mundo dedicada à proteção animal. Esta instituição conseguiu fazer com que o Martin's Act de 1822 fosse alargado no seu âmbito pela Cruelty to Animals Act (lei da crueldade sobre os animais) de 1835, que abrangia cães e outros animais domésticos, abolia o bear-baiting e a luta de galos, assim como impunha melhores condições para os animais nos matadouros. A legislação de proteção animal inglesa foi sendo sucessivamente consolidada e ampliada ao longo do século XIX pelas leis de 1849 (Cruelty to Animals Act 1849 ), e de 1876 ( Cruelty to Animals Act 1876 ) de modo a abranger gradualmente mais espécies animais e modalidades de tratamento cruel ( consultar o site Animal Rights History para ter uma noção da produção legislativa inglesa sobre a proteção animal).
O Reino Unido surge, assim, como o "berço" do movimento da causa animal e da legislação de proteção animal na contemporaneidade, sendo em breve trecho imitado por outros países europeus e americanos.

E em Portugal?
Em Portugal pouco se conhece sobre o estado de consciencialização para o bem-estar animal na primeira metade de oitocentos. Percebe-se no entanto que a problemática da proteção animal está intimamente relacionada com as corridas de touros ou touradas.
Existem referências para este período indicadoras de que as corridas de touros seriam mal vistas por certas pessoas. Sabe-se que um dos governadores do reino na ausência da corte no Brasil, o Principal Sousa (17-- 1817) se esforçou por proibir as touradas entre 1810 e 1817.
Nas cortes constituintes (1821-1822) o deputado Borges Carneiro (1774 - 1833) apresentou à câmara constituinte um moção para a abolição das corridas de touros. No debate parlamentar perguntava ele aos seus colegas deputados:

« Ora qual foi o fim da natureza criando estes animaes [os touros]? foi para que o homem se podesse servir delles, e quando muito que sei servissem para seu sustento; mas não foi de certo para que os martyrizasse, os enchesse de flexas, e se divertisse com elles, destruindo-os pouco a pouco por meio do fogo e do ferro. Taes não forão os fins para que a Divindade pôz os outros animaes debaixo do poder do homem

Apesar da sua retórica e eloquência a moção foi rejeitada.



O deputado Borges Carneiro (1774 - 1833) eleito às cortes constituintes de 1821 -1822. No dia 4 de agosto de 1821 foi discutida nas cortes constituintes a sua moção para a abolição das touradas em Portugal. A moção foi rejeitada sob os mais variados argumentos.
Fonte:http://www.arqnet.pt/dicionario/borgescarneirom.html

Com o advento do Setembrismo, o ministro do Reino Passos Manuel (1801 -1862) governando em ditadura, aboliu a 19 de setembro de 1836 as corridas de touros. Porém esta lei foi revogada no ano seguinte com a Carta de 30 de junho de 1837.

Com a Carta de 21 de agosto de 1837 as receitas das corridas de touros realizadas em Lisboa revertiam para a Casa Pia e as receitas das touradas realizadas nos restantes municípios do território português ficavam afetas às Misericórdias ou a outras instituições pias, associando assim as touradas à caridade, o que deu mais um argumento a favor dos defensores da tauromaquia.


Artigo in 
http://blog-de-historia.blogspot.pt/

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Exames/Acesso ao Ensino Superior





Centenas e centenas de pais, neste momento, olham com confiança mas também com alguma apreensão e angústia, este momento crucial na vida dos seus filhos que é a entrada no ensino superior.

Poucos vão estudar o que verdadeiramente pretendem nas áreas para os quais estão vocacionados e muitos se espalharão por uma panóplia de cursos e universidades que este mundo e o outro oferecem, a troco de bom dinheiro mas nem sempre a troco de qualidade e seriedade, quer na preparação pedagógico-científica quer na forma como entraram ou foram e vão entrando.

Continua a existir a ideia, quer em filhos quer em pais, de que o natural é entrar para um curso superior, uma universidade, obcecados que estão com títulos de doutores ou engenheiros, perfeitamente alheados de uma realidade que as voltas lhes trocará quando no fim das licenciaturas nada de novo ou de bom surgir, apesar das expetativas, apesar de um querer que em nada ser se tornou, nem para eles nem para o país.

De qualquer modo, no nosso país, continua a sentir-se a falta de um ensino técnico-profissional mais alargado, melhor estruturado, que constitua uma séria e eficaz alternativa aos tais cursos superiores do nosso ensino “clássico”.

Considero fundamental que no fim do 3º ciclo os alunos fossem desde logo encaminhados para escolas técnicas/profisssionais, pressupondo, naturalmente, a existência de boa orientação profissional nesse fim de ciclo, com psicólogos residentes em todas elas (coisa que infelizmente e estranhamente não existe, porque o Ministério da Educação não os quer colocar!), de forma a evitar-se o que tanto se vê: alunos sem capacidades para as ditas áreas curriculares tradicionais mas com clara aptidão para disciplinas muito mais práticas e “tecnológicas” e para cursos que lhes permitisse um trajeto muito mais adequado para a sua entrada na vida ativa, evitando-se o flagelo das retenções repetidas e o faz de conta de planos de recuperação ou de planos de apoio que, na prática, mais não são do que o adiar do problema ou da sua (boa) resolução.

Tantos jovens e tão bons alunos que não entraram no curso que verdadeiramente queriam ou que se veem obrigados a parar um caminho jamais sonhado que os levaria à carreira idealizada!

Quantos jovens formidáveis ficam pelo caminho por causa da desorganização a que assistimos na Educação e Ensino em geral, sem uma clara definição de tudo isto?

 Quantos jovens formidáveis ficam pelo caminho por causa da falta de diálogo e de bom senso entre Ministério, Escolas, Associação de Pais e Sindicatos?

Quantos jovens formidáveis ficam pelo caminho por causa de exames mal concebidos ou provas mal corrigidas?

Quantos jovens formidáveis ficam pelo caminho por causa de umas décimas?

Quantos jovens formidáveis ficam pelo caminho por causa da falta de dinheiro dos seus pais?

Quantos jovens formidáveis ficam pelo caminho porque não tiveram hipótese de ter explicadores ou aulas particulares que reforçassem as suas capacidades a certas disciplinas e as melhorassem?

Quantos jovens formidáveis ficam pelo caminho por causa de maus professores, maus encarregados de educação, más escolas e critérios de classificação desadequados e escandalosamente facilitadores em muitas delas?

Quantos jovens formidáveis ficam pelo caminho por causa de notas inflacionadas, falta de profissionalismo, injustiças e favorecimentos?

Quantos? Muitos! Demasiados!

Se verificarmos com que classificações entraram muitos alunos em certos estabelecimentos do ensino superior privado para cursos “iguais“ nas universidades ditas públicas, vemos aqui muitas das consequências nada boas que o sistema atual está e continua a engendrar.

No fim desses cursos, dessas licenciaturas, como todos nós sabemos, nada distinguirá os que entraram com 9.5, 11, 12 … 15, 16, 19 valores… a não ser a sua universidade e a excelência do seu trabalho, e, sobretudo, a forma como essas universidades exigiram a entrada aos alunos que as mesmas escolheram e aos professores que procederam à avaliação dessa mesma entrada (testes/exames).

É óbvio que o Ministério deve ter um papel importante na supervisão de tudo isto, de forma a evitar-se aquilo que todos nós conhecemos, e bem, sobre a entrada dos nossos estudantes no ensino superior.

 “Nem tudo o que luz é ouro”!

Os alunos deviam prestar provas para entrar na(s) universidade(s) que quisessem, isto é, deveria caber a essas universidades a responsabilidade de os aceitar ou não, de acordo com exames específicos definidos pelas mesmas, a partir dos quais pudessem ser aferidos conhecimentos científicos considerados essenciais para a entrada nesses cursos pretendidos mas, também, a componente vocacional.

Os exames nunca são nem serão demais. Claro que contam e devem manter-se, mas com rigor, muito rigor, feitos por equipas muito boas e muito bem supervisionadas.

E os “pesos” exigidos deveriam ser muito maiores para os exames feitos nas próprias faculdades que o aluno escolhe do que nos “pesos” dos exames nacionais, porque, como sabemos, nem sempre os exames nacionais são provas feitas com a qualidade científica a exigir nem com as temáticas naturalmente adequadas a um 12º ano que considero um ano pré-universitário e que, como tal, deveria ser tratado.

O que é demais é a injustiça de ver que muitos vão ser “doutores e engenheiros” à custa da falta de coragem que continua a ver-se e a fazer-se sentir nas entradas para o ensino superior e na sua organização, e que permite que alunos entrem nos mesmos cursos em diferentes faculdades/universidades, com classificações que, pasme-se, “vão do 8 ao 80”. E isto, sem falar dos que tiveram e continuam a ter dinheiro “para tudo e mais alguma coisa”, cunhas e outros esquemas perversos que se manterão e a revolta e injustiça que provocam enquanto não houver da parte do Ministério uma tomada de posição séria e inequívoca para mudar e cortar o mal pela raiz.

 

Nazaré Oliveira

sábado, 11 de agosto de 2012

Gestor ocupou cargos de administração em 73 empresas


1 exemplo entre 1.000!!!
E os que existem mas não conhecemos?
E os que conhecemos mas se puseram "a salvo"?
Tanto amor à Pátria, tanto amor à carteira!
QUE FAZER A ESTA GENTE E À GENTE QUE ISTO PERMITE?
QUE VERGONHOSO PARA UM PAÍS QUE ABRIU AS PORTAS "AO 25 DE ABRIL" E NELE QUIZ REALIZAR O SONHO DE UMA SOCIEDADE DEMOCRÁTICA E JUSTA!
QUE VERGONHOSO PARA UM PAÍS QUE HÁ 38 ANOS VARREU O SALAZARISMO-MARCELISMO!
O NOSSO PAÍS, NOVAMENTE, NAS MÃOS DE MEIA DÚZIA PARA PREJUÍZO DA MAIORIA DO POVO PORTUGUÊS?


Gestor ocupou cargos de administração em 73 empresas em 2010

Dados revelados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) indicam que houve um conjunto de 17 gestores que ocupavam lugares de administração em 30 ou mais empresas.
É super-homem da gestão. Não está identificado mas no ano de 2010, este gestor tinha lugar na administração de 73 empresas.
Longe deste recorde olímpico, mas com um considerável número de empresas, estão 17 administradores que conseguiam trabalhar em pelo menos 30 empresas.
O Relatório Anual do Governo das Sociedades cotadas, relativo a 2010, revela que os administradores executivos a tempo inteiro acumulavam em média lugares de administração em 12 firmas de dentro e fora do grupo da sociedade onde exerciam funções.
Mas também existem gestores que não se desdobram: 55 apenas tinham um cargo.
Em ordenados, as empresas gastaram no total mais de 125 milhões de euros. Se tivermos em conta apenas os cargos executivos, a remuneração média foi de quase 450 mil euros.
Há 25 administradores que no ano de 2010 levaram para casa mais de um milhão de euros, entre eles cinco gestores não executivos.
Ainda segundo o documento, a gestão de empresas continua a ser um mundo de homens. Há apenas seis mulheres em cada 100 administradores e quando o Relatório se refere apenas a executivos, a média desce para quatro mulheres em 100, sendo que não há uma única presidente da Comissão Executiva.
Já a idade média dos administradores executivos desceu quase um ano, agora têm menos de 23 anos.
A ubiquidade de um administrador não identificado, que trabalhou em 73 empresas, foi revelada no relatório Anual do Governo das Sociedades cotadas, relativo a 2010, divulgado nesta terça-feira pela CMVM.

António Pinto Rodrigues. Publicado a 31 JUL 12 às 22:15


Este foi identificado! Quiseram identificá-lo!Vejam...
Aliás, só não o são TODOS os que assim "funcionam"porque "alguém" os encobre, certo?
E O FMI, NÃO VÊ ISTO?
QUE POLVO GIGANTE, ESTE, COM TENTÁCULOS E VENTOSAS INCONTÁVEIS!

Imprensa revela que gestor de 73 empresas é Miguel Pais do Amaral
A imprensa desta manhã apresenta o retrato do homem que tem assento simultaneamente em 73 empresas. E afinal quem é este "super-gestor"? É Miguel Pais do Amaral.

"Tá-se bem!"


São mais de uma centena, se contarmos com o facto de Pais do Amaral ser também gestor de várias empresas estrangeiras em Espanha, em Angola e no Brasil.
Por cá é acionista em duas empresas cotadas na bolsa: a Media Capital, dona da TVI, e a REDITUS, ligada às tecnologias de informação.
É ainda dono da editora LEYA e tem também investimentos na área dos vinhos, dos supermercados biológicos, do imobiliário e do turismo. Isto só para dar alguns exemplos.
Ao Jornal de Negócios, Pais do Amaral diz que não sabia que era o português que está em mais conselhos de administração, mas acha até alguma piada à ideia, acrescentando que é acionista de todas as empresas.
Questionado sobre como faz a gestão de tantos cargos responde ao Diário Económico que em muitos casos os conselhos de administração não reúnem ou se o fazem é apenas de seis em seis meses.
O relatório da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) é relativo a 2010, por isso Pais do Amaral admite que possa ter havido alguma alteração desde essa altura, mas desvaloriza a questão dizendo que contar o número de conselhos de administração a que pertence, não é a primeira coisa que faz quando acorda.

Sofia Santos. Publicado a 02 AGO 12 às 07:37