quinta-feira, 27 de março de 2014

Maputo, sempre no meu coração!





Esta sequência de fotos de crianças de Maputo... Que ternura! Que beleza! 
Que linda canção!

Maputo, Moçambique, sempre no meu coração!

terça-feira, 25 de março de 2014

Bélgica aprovou a eutanásia de crianças de todas as idades




O que pensar? O que pensar de um país como a Bélgica cujo Parlamento acaba de aprovar a eutanásia de crianças de todas as idades? Que pensar de um país que impede menores de 18 anos de votar ou comprar uma casa (exemplos dados pelo Arcebispo de Bruxelas) e legisla no sentido de que uma criança gravemente doente possa ESCOLHER ser eliminada, feita desaparecer deste mundo uma vez por todas e para sempre? Que pensar? Que pensar, efectivamente, de um Parlamento, ou de uma Democracia, que de forma tão descaradamente oportunista faz o jogo das Seguradores e coloca jovens e crianças na impossível situação de «escolher» serem eliminados para não serem pesados a quem os gerou e deles tem de cuidar? Que pensar? Que pensar de um país como a Bélgica, que foi berço de notáveis pensadores humanistas, e agora se vê a braços com uma tendência cultural de um niilismo tão extremo, de um oportunismo tão sarcaz, de uma indecência tão explícita? De facto, que pensar de um corpo legislador que não dá atenção ao parecer de quase duas centenas de pediatras explicando que uma tal lei permissora da eutanásia de crianças, do ponto de vista médico, não é necessária, pois ela não resolve problema algum? Enfim, que pensar de um país que alberga o centro de operações da União Europeia que agora só não cairá no absurdo legislativo mais completo e incompreensível caso o seu Rei em exercício tenha a capacidade, e a coragem, de não aprovar uma lei tão fora de razão, tão desleixada da moral e tão esvaziadora do sentido que a vida humana pode e deve ter? Veremos o que fez o Rei da Bélgica. A não fazer o que pode e o que deve, definitivamente, a Bélgica cairá, e só Deus sabe por quanto tempo, no fosso da crescente desumanidade e no abismo da indiferença no que, realmente e para todos os efeitos, à vida dá sentido. Como cidadão da Europa, protesto contra a deriva legislativa de um país que já foi cristão, mas agora, infelizmente, parece que não pensa mais. Pelo que pergunto, se me permitem: será que a Bélgica, por algum motivo que ainda nos é desconhecido, entrou mesmo em estado de coma moral? Pelo que vejo nas notícias, com o Senado e o Parlamento a apoiarem o mesmo tipo de legislação sobre a eutanásia de crianças, temo mesmo que seja verdade: a Bélgica, do ponto de vista moral, só pode estar mesmo num profundo estado de coma. E a Europa no seu todo? E nós?

Ask a Jesuit (João J. Vila-Chã, SJ)
13/2/2014

segunda-feira, 24 de março de 2014

Nunca tivemos um governo tão desavergonhado




(Especialmente dedicada ao "Sr. ministro" Poiares  Maduro, um dos mais irritantes ministros de P Coelho, pelas suas "brilhantes" declarações proferidas dia 5 de Fevereiro de 2014 acerca da sustentabilidade das reformas)
VERGONHA?
VERGONHA é comparar a reforma de um reputado com a de uma viúva;
VERGONHA é um cidadão ter que descontar 35 anos de trabalho, quase sempre mal pago, para receber Reforma, e aos Deputados bastarem somente 3 ou 6 anos (conforme o caso, pois, por exemplo, aos membros do Governo, para cobrar a pensão máxima só lhes exigem o Juramento de Posse!)
VERGONHA é que os deputados sejam os únicos trabalhadores deste país que estão isentos de 1/3 do seu salário em IRS;
VERGONHA é pôr na Administração milhares de assessores (leia-se “amigos e compadres”) com salários que os técnicos mais qualificados deviam ter;
VERGONHA são os milhares de euros destinados a apoiar os Partidos, verbas essas aprovadas pelos mesmos partidos/mesmos políticos, e que delas e deles vivem;
VERGONHA é que a um político não se exija, sequer, a mínima prova de capacidade para exercer o cargo (e não falamos só em intelectual ou cultural!);
VERGONHA é o custo que representa para os contribuintes as suas refeições (quer particulares mas a expensas da AR quer na própria Assembleia da República), carros oficiais, motoristas, viagens (sempre em 1ª Classe), cartões de crédito...
VERGONHA é que S. Exas. tenham quase 5 meses de Férias por ano (48 dias no Natal, aprox. 17 na Semana Santa, mesmo que muitos se declarem não religiosos, e à volta de 82 dias no Verão).
VERGONHA é que S. Exas., quando cessam um cargo, mantenham 80% do salário durante 18 meses;
VERGONHA é que ex-Ministros, ex-Secretários de Estado e outros que tiveram altos cargos na Política, quando cessam, são os únicos cidadãos deste país que podem legalmente acumular 2 Salários do Erário Público;
VERGONHA é que só se transmita (quase sempre) para a Comunicação Social, que os funcionários públicos é que representam encargos para os bolsos dos contribuintes;
VERGONHA é, por exemplo, ter residência em Sintra e cobrar ajudas de custo pela deslocação à capital porque dizem viver noutra terra.
Vergonha é continuar a aceitar que a classe política, sobretudo esta que nos desgoverna, continue a humilhar-nos cada vez mais e a criar cada vez mais injustiças.
Desavergonhados!
Nunca tivemos um governo tão mal preparado, tão prepotente e tão fascizante!
Até quando, portugueses?

domingo, 23 de março de 2014

"O Triunfo do Espírito" - "Triumph of the Spirit: On the Christian Roots of Europe"




Fantástico documentário  da RTP - "O triunfo do espírito"

 «Triumph of the Spirit: On the Christian Roots of Europe»

                         


For the most part recorded on site in places such as Subiaco, Montecassino, Assis, San Casciano, Florence and Rome in June of 2013, the documentary we present here was produced and then broadcasted by the State Television of Portugal on December 24, 2013 (RTP2) and January 2, 2014 (RTP1). 

The Program was produced for RTP1 by the Journalist Fátima Campos Ferreira and the Reporter of Image Carlos Oliveira under the scientific advice of João J. Vila-Chã, professor for Philosophy at the Pontifical Gregorian University in Rome. The documentary was particularly enriched by the contribution of Professor Joseph Weiler, President of the European University Institute in Florence, and was edited by Alexandre Leandro, chief-editor at the RTP. 

Originally titled (in Portuguese) «O Triunfo do Espírito», the documentary was conceived as (a rather unusual form of) narrative about (the Idea of) Europe and out of the recognition that for the present as for the future of the world a confront remains unavoidable with the cultural and the religious dimension of the Idea of Europe as we know it through the media of our cultural (and philosophical) history. 

We are grateful to all the Institutions that in places such as Subiaco, Montecassino, Assis, Florence, San Casciano and Rome allowed the team sent by the RTP to Italy to realize the work as intended and so contributed in a decisive way to this particular (and somehow peculiar) narrative about the Idea of Europe. And at the same time that we express our best appreciation to the RTP for in times of scarcity having decided to produce and then broadcast this documentary on the Christian Roots of Europe we equally would like to acknowledge all the other sources and contributions integrated in the present documentary, beginning with the wonderful elements present in its sound-track. 

The present is a non-profit initiative and has no other intention but serve the causes of Education and
promote the goal of an Europe united in the pursuit of Truth, Justice and Peace. Our conviction is indeed that the Roots of Europe need to be continuously studied and rediscovered as when we penetrate the symbolic depths of «places» such as Athens, Jerusalem and Rome and so be permanently re-integrated in ever new thoughts and narratives about the meaning of Europe.


This publication, therefore, is just a call of attention to as many persons as possible so that many more citizens of Europe and of the world at large come to realize how important in the cultural configuration of our day and age is the role to be played by the «Studia Humaniora», particularly by disciplines such as Philosophy and Theology, Art and History.


sábado, 22 de março de 2014

Brasil passou de 46 para 65 bilionários num ano!



Posted on março 4, 2014 by Outra politica 


Desigualdade social




Todos os anos a revista Forbes publica a sua célebre lista dos bilionários. A classificação de 2010, que acaba de vir à luz, dá informações esclarecedoras: em um ano, o número de bilionários em dólares passou de 793 para 1011 e o seu património acumulado monta a 3600 bilhões de dólares, uma alta de 50% em relação ao ano anterior. Para os super ricos, a crise já está bem longe.

Pouco importa que Bill Gates seja apenas o segundo, ultrapassado pelo mexicano Carlos Slim cuja fortuna atinge US$53,5 bilhões. O mais importante é que um tal montante, concentrado nas mãos de uma única pessoa, representa 12 vezes o orçamento de um país como a República Democrática do Congo (RDC), que abriga mais de 68 milhões de pessoas. Esta quantia também representa mais de 3,3 milhões de anos do salário mínimo (SMIC) em vigor em França.
Este forte aumento do número de bilionários verifica-se quando milhares de milhões de pessoas vêm as suas condições de vida degradarem-se em consequência da crise. Isto revela de maneira gritante que os muito ricos conseguiram fazer com que o custo desta crise seja suportado pelo maior número. Em numerosos países, tanto ao Norte como ao Sul, a dívida pública dos Estados explodiu, nomeadamente para vir em socorro dos responsáveis desta crise (bancos privados, fundos especulativos…) ou para pagar as consequências. O acréscimo desta dívida é a seguir o pretexto para impor medidas anti-sociais que penalizam as populações mas poupam os mais ricos.
Em oposição ao sistema capitalista que a cada dia mostra as suas desastrosas consequências sociais, há uma ideia que faz o seu caminho: a de um imposto mundial sobre as grandes fortunas, avançada desde 1995 pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (CNUCED). Por exemplo: um imposto de 20% sobre o património deste pequeno milhar de bilionários permitiria recuperar 720 bilhões de dólares, ou seja, a metade da dívida pública externa de todos os países em desenvolvimento no ano de 2008 (US$1405 bilhões) e 3,5 vezes o montante dos seus reembolsos anuais devido a esta dívida (US$211 bilhões).
Às somas assim libertadas poderiam acrescentar-se outras para lançar as bases de uma outra mundialização: recuperação das somas despejadas nas grandes instituições bancárias privadas desde o começo da crise e reparações dos danos sociais provocados pela sua sede desmedida de lucros tomando-os do património dos seus administradores e dos seus principais accionistas, abolição da dívida externa pública dos países do Sul, pagamento pelos países mais industrializados de reparações em compensação por cinco séculos de dominação (escravidão, colonização, destruição de culturas locais, pilhagem das riquezas naturais, destruições do ambiente…), retro cessão dos bens mal adquiridos pelas elites do Sul (o que implica a realização de inquéritos internacionais assim como a supressão dos paraísos fiscais e judiciários), tributação das transacções financeiras internacionais e dos lucros das sociedades internacionais… Ao mesmo tempo, a plena soberania dos povos não poderá se efectiva senão se todas as condicionalidades macroeconómicas de ajustamento estrutural, como o FMI e o Banco Mundial impõem desde há trinta anos, forem abandonadas. Uma nova arquitectura económica e financeira internacional será então possível, tendo como prioridade absoluta a garantia dos direitos humanos fundamentais.
Os fundos recuperados permitiriam então às populações do Norte deixar de suportar as consequências da crise e às populações do Sul principiar finalmente um verdadeiro desenvolvimento que estariam em condições de decidir por si mesmas, tendo em conta as suas próprias necessidades e os seus próprios interesses, ao contrário do que lhes exigem os seus credores, aproveitando plenamente os seus recursos naturais e no respeito das suas especificidades culturais.
A publicação da classificação da Forbes deve portanto ser a oportunidade para repor em causa as bases do modelo económico e financeiro existente e para propor medidas radicais a fim de que os bilionários citados nesta classificação, assim como todos aqueles que acumularam fortunas extravagantes, suportem o custo de uma crise cujas vítimas têm sido os povos.
Apesar de os preceitos neoliberais terem sido brevemente vilipendiados após o desencadeamento da crise em 2007-2008, nenhum ensinamento foi extraído, e são os mesmo de sempre que lucram com a mundialização financeira e com a injusta repartição das riquezas que ela organiza. Os muito ricos retomaram a sua marcha para a frente, que se faz a espezinhar os direitos da grande maioria dos outros e levando o mundo para um impasse suicida. Mas desde já germinam as ideias força capazes de entravar a sua corrida louca. O desafio é chegar a impor-lhes o mais rapidamente possível.
Damien Millet é porta-voz e Sophie Perchellet é vice-presidente do CADTM França (Comité para a anulação da dívida no terceiro mundo).




Original: http://www.legrandsoir.info/Mille-milliardaires-a-faire-payer.html


Já agora, sugiro vivamente esta leitura: 

http://outrapolitica.wordpress.com/2010/03/25/fazer-com-que-mil-bilionarios-paguem-a-crise/