quarta-feira, 18 de julho de 2018

O governo português e a sua visão de democracia e equidade




O governo continua a dizer, a teimar, a mentir...

Não há dinheiro para pagar a quem deve?

Não há dinheiro  para devolver o que retiraram injusta e descaradamente aos professores (9 anos e mais de 4 meses) e outros trabalhadores, mas há dinheiro para estas mordomias, estas elites financeiras, assim, despudoradamente, como se tudo isto fosse indispensável e absolutamente vital para o país.

Segundo anuncia o PÚBLICO de hoje, dezenas de altos quadros da empresa que herdou a gestão das dívidas do BPN têm ao seu dispor carros topo de gama, com várias regalias associadas, pagando o Estado a dois antigos responsáveis do núcleo duro de José Oliveira Costa um salário mensal em torno dos 12.600 euros.

“A empresa pública Parvalorem atribuiu a um grupo de altos quadros da empresa, ex-responsáveis do antigo BPN, 23 “viaturas familiares” topo de gama, a quem paga ainda o combustível até 300 euros por mês, bem como seguros e parques de estacionamento. As conclusões constam da auditoria da Inspecção Geral das Finanças à Parvalorem, que identifica práticas salariais em linha com as que estavam em vigor no BPN, antes da nacionalização (...) existem situações que superam os 6700 euros que o Presidente da República aufere mensalmente (...) 67 trabalhadores levam para casa menos de 1500 euros e 64 recebem entre 1500 euros e três mil euros.  Os restantes 44 ex-bancários têm salários acima dos três mil euros: 29 auferem entre três mil e cinco mil euros; 13 entre cinco mil e 10 mil euros. E há dois casos que se destacam a superar os 10 mil euros. Trata-se do ex-administrador do BPN Armando Pinto, que na Parvalorem dirige os serviços jurídicos, e do ex-director de informática de Oliveira Costa, Carlos Venda, que Francisco Nogueira Leite manteve no cargo, ambos com vencimentos a rondar os 12.600 euros.”
... Sem falar dos perdões de dívidas de 159 milhões e em prejuízos anuais superiores a 100 milhões de euros!

Mais um caso a merecer a profunda reflexão dos eleitores.

Que dizem os partidos que têm “aguentado” este governo (o BE e o PCP)?

E o Presidente da República?

Onde pára a decência, a ética política e a transparência que tanto apregoam?

 Que revolta e que vergonha para a nossa democracia!





Nazaré Oliveira



Ler também https://www.publico.pt/2018/07/08/economia/noticia/estado-da-bonus-de-meio-milhao-a-antiga-equipa-de-oliveira-costa-no-bpn-1837244

sexta-feira, 13 de julho de 2018

toureiros, cavaleiros tauromáquicos, forcados, ganadeiros e amantes das touradas: "NO PASARAN!"


Cliquem em "ver no facebook" (apesar de dizer indisponível consegue-se ver)
           


Estes 60 segundos são para os "tolerantes" da tauromaquia, para os que "não gostam mas respeitam os que gostam", porque a maior indecência de todas é optarmos por fazer vista grossa ao que nos incomoda para aliviar a consciência.

É o mínimo que podem fazer por aqueles a quem viram as costas, para conhecerem a dimensão exacta da vossa indiferença, a que gostam de chamar, eufemisticamente, tolerância.




Vejam. Vejam tudo. 
Reflitam...

Miserável gente que isto faz a um ser que nada de mal lhes fez (nem faz), que quer viver, que tem direito a viver...
Sacanas, cobardes, assassinos, psicopatas, insensíveis, retrógados civilizacionais, CRIMINOSOS... 
O vosso sadismo tem os dias contados, sim, porque a nossa luta contra as touradas não parará.




Nazaré Oliveira


sábado, 7 de julho de 2018

Deputados portugueses votaram a favor da crueldade e da tortura (touradas)



Sou contra a tortura, seja onde for e com quem for.
Num país que se diz humanista e desenvolvido, as touradas & afins não podem existir, no entanto, partidos houve que votaram pela continuação deste espetáculo abominável e sanguinário, demonstrando um insensibilidade atroz pelo sofrimento e pela dor causada a pobres animais que exploram e matam de forma cruel, premeditada, bem como, uma conceção de progresso e de Moral que me envergonha como cidadã e como pessoa.
Portugal é um país humanista?
Não, não é nem nunca será com a manutenção destas práticas, destes espetáculos, cínica e hipocritamente apoiados, inclusive, por uma certa Igreja Católica e por muitos católicos, muitos deles frequentadores da missa dominical, da Confissão e da Caridadezinha low cost e de outras práticas que mascaram completamente a verdadeira mensagem do Evangelho.
Muitos portugueses sempre tiveram muito jeito para se adaptar às circunstâncias, quando das mesmas podem retirar proveito, projeção ou ganhos. Quando se trata disso, vale tudo menos tirar olhos, e alguns, ao arrepio das mais elementares práticas cívico-humanistas que dizem defender na sua cartilha político-partidária e/ou na sua Profissão de Fé, vendem, se for preciso, a alma ao Diabo, para satisfação dos seus desejos mais recônditos e das suas frustrações e recalcamentos que despudoradamente escancaram, por exemplo, quando defendem, promovem e assistem a touradas e outros espetáculos de cruel assassinato de inocentes, vergonhosamente apoiados por gente que se apropria do Poder como se fosse seu, como é (foi) o caso daqueles deputados e deputadas que votaram na Assembleia da República contra a proposta abolicionista do PAN.
Vergonhoso. Inadmissível! Imperdoável”.
Sou contra a tortura, a crueldade, seja onde for e com quem for e, num país que se diz humanista e desenvolvido, as touradas & afins não podem existir, no entanto, a maioria dos ditos representantes do povo não pensaram assim.
Como referiu* André Silva, do PAN, afirmar que a tourada faz parte da identidade nacional é pretender que uma minoria da população que assiste a corridas de touros seja considerada mais “portuguesa” do que a grande maioria que não se revê neste tipo de espectáculos, o que é, no mínimo, desconcertante. A identidade de um povo cria-se a partir do que é pertença comum e não daquilo que nos divide, pelo que forçar a identidade tauromáquica à população portuguesa é ofensivo e contraproducente para uma desejada unidade nacional.

Vergonhoso. Vergonhoso e imperdoável o que aconteceu na dita "casa da democracia": o projecto do PAN para a abolição das touradas foi chumbado com os votos contra do PS, PCP, PSD, CDS e do deputado Carlos Matias do BEe com os votos a favor do Bloco de Esquerda, do Partido Ecologista Os Verdes, de oito deputados socialistas e a abstenção de outros 12.

Continuaremos a luta, a luta por um país e um mundo melhor, onde a harmonia entre todos os seres exista, contra a mediocridade moral e política que nos tem governado e contra o atraso civilizacional que nos provoca.

Um país não se vê e não se mede só pelos números, estatísticas, economia e finanças. Um país, verdadeiramente, vê-se pela forma como incentiva, motiva e promove a Educação Cívica, a Cidadania ativa e exigente, a Ética e a Moral Política e a formação para os valores e Direitos Humanos.

Nas eleições, ajustarei contas com essa gente sádica e cruel. Eu e os milhares de abolicionistas portugueses.



Nazaré Oliveira






Para mais leituras:



domingo, 1 de julho de 2018

Fernando Rosas alerta para o perigo do conhecimento sem cultura





O historiador Fernando Rosas alerta para a “desculturalização do conhecimento”, promovida pelas novas tecnologias, e considera que “a substituição do Homem pela máquina só se resolve no quadro de uma sociedade socialista”.


Fernando Rosas, autor, entre outras obras, de "Portugal Século XX: Pensamento e Ação Política” (2004), faz estas declarações a encerrar o novo volume, a si dedicado, da série “Fio da Memória”, de autoria de José Jorge Letria, editada pela Guerra e Paz.
Esta série publica entrevistas a personalidades da cultura, contando com títulos dedicados à escritora Lídia Jorge, ao maestro Álvaro Cassuto, ao cineasta António-Pedro Vasconcelos, ao catedrático de filosofia Manuel Maria Carrilho, ou o ensaísta Eduardo Lourenço.
No último capítulo do novo volume, intitulado “Nas Minhas Velhas Convicções de Militante Socialista”, o historiador comenta que quando alguém quer saber quem foi Vladimir Lenine (1870-1924), político que liderou os sucessivos Governos russos desde o derrube da monarquia, em 1917, até 1924, resolve o problema de “telemóvel em punho”.
Rosas afirma que “há uma ‘desculturalização’ do conhecimento” e, noutro capítulo da obra, numa resposta a Letria, argumenta que “nada substitui o livro e o papel”, referindo que, no atual contexto, “há é uma desistência da leitura, da reflexão crítica e da controvérsia”.
O historiador Fernando Rosas, de 72 anos, é apontado pelo escritor José Jorge Letria como um exemplo de como o combate político se tornou “numa intensa e apaixonada carreira académica” na historiografia.
Licenciado em Direito, pela Universidade de Lisboa, Rosas “constitui um exemplo de como o combate político, que implicou detenções nas prisões da ditadura, mas também a experiência da clandestinidade, acabou por se converter numa intensa e apaixonada carreira académica que lhe permite falar da História como uma paixão e do pensamento político como uma porta aberta para o que há de vir e que ninguém sabe ao certo o que será e como irá ser”.
Nesta conversa, colocada em letra de forma, Fernando Rosas dá conta de como o seu avô materno, Filipe Mendes, um republicano, o influenciou, tendo-se tornado militante do Partido Comunista Português (PCP) aos 15 anos e, mais tarde, depois da Revolução de Abril, militante do MRPP e diretor do seu órgão oficial, o jornal Luta Popular, “num tempo turbulento e violento”, escreve Letria.
Sobre si, afirma Fernando Rosas: “Nasci com a política à mesa”. E recorda os brindes de natal, em que o avô finalizava com “Viva a República, viva a liberdade”, ou como a casa da sua tia Cândida Ventura, funcionava como apoio aos militantes clandestinos do PCP.
No texto sobre as suas “velhas convicções de militante socialista”, o autor regressa às teorias de Karl Marx, filósofo sobre qual nota assistir-se “uma pujança editorial” de trabalhos sobre o pensador.
Considerando “muito importante”, no contexto social atual, “a substituição do Homem pela máquina”, Rosa afirma que esta questão “só se resolve no quadro duma sociedade socialista, ou seja, só se resolve "no quadro da coletivização dos meios de produção", e quando se puder “planear os meios de produção para que o inevitável e necessário progresso da máquina traga ao Homem mais tempo de lazer e de bem-estar e não o desemprego e a miséria”.
Uma questão, argumenta, que “tem tudo a ver com o capitalismo e com a superação do capitalismo”.
“A coletivização tem de ter poder sobre os meios de produção, para que possa programar em seu proveito o progresso da técnica”, defende.




Governo aumentou em mais de 50% os vencimentos de 3 membros do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal




Ah, para estes já há dinheiro!...
Que pouca vergonha, Sr. Costa e Sr. Centeno! Que deceção! Que falta de Ética Política!
Infelizmente, há muita gente que não sabe destas "decisões". Continua o lema "jobs for the boys"...
Leiam. Leiam e divulguem*.



O Governo nomeou os três novos membros do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal, aumentando o vencimento dos responsáveis em mais de 50%.
A notícia foi avançada pelo "Jornal de Negócios" e confirmada pela agência Lusa com o despacho de nomeação dos novos membros do Conselho de Auditoria, publicado esta sexta-feira em Diário da República e assinado pelo secretário de Estado Adjunto das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, e com os despachos de nomeação dos membros anteriores, assinados pela ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.
Os novos membros do Conselho de Auditoria do BdP são Nuno Fernandes, 'dean' (diretor) da Católica Lisbon School of Business and Economics (faculdade de Economia e Gestão), e Margarida Vieira de Abreu, investigadora e professora do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), que assumem os cargos de presidente e vogal, respetivamente.
António Gonçalves Monteiro mantém-se como vogal, mas na qualidade de revisor oficial de contas. É 'partner' da sociedade de revisores oficiais de contas da Moore Stephens, revisor oficial de contas da Câmara Municipal de Lisboa e presidente do conselho fiscal da Estamo - Participações Imobiliárias.
Os três responsáveis iniciaram a 01 de maio o mandato, que tem a duração de três anos.
"Pelo exercício das respetivas funções, é devida ao presidente e aos vogais do conselho de auditoria uma remuneração mensal, paga doze vezes ao ano, correspondente a 1/6 [um sexto] da remuneração mensal ilíquida fixada, respetivamente, para o governador e para os administradores do Banco de Portugal", lê-se no despacho de nomeação dos novos membros.
Isto significa que Nuno Fernandes receberá 2.821,14 euros ilíquidos, segundo a informação publicada pelo BdP para o salário do governador (16.926,82 euros brutos mensais),acima dos 1.602,37 euros brutos mensais que recebia João Costa Pinto, o ex-presidente do Conselho, que é economista e desempenhou várias funções no BdP (incluindo o cargo de vice-governador).
O despacho da ex-ministra das Finanças não refere se as remunerações seriam pagas a 12 ou a 14 meses, mas assumindo que é paga também em 12 vezes, isto representa um aumento de 76% na remuneração do presidente do Conselho de Auditoria.
Segundo o Negócios, os novos vogais vão receber 2.468,50 euros por mês. Assim, António Gonçalves Monteiro, que se mantém como vogal na qualidade de revisor oficial de contas, receberá mais 866,13 euros por mês (54%).
Já Margarida Vieira de Abreu receberá mais do dobro (1,05%) do que a anterior vogal Ana Paula Serra, que ocupava a mesma posição e que auferiu 1.201,78 euros ilíquidos mensalmente.
Confrontado pelo Jornal, o Ministério das Finanças disse apenas que "a remuneração (bruta) dos membros do Conselho de Auditoria do BdP foi aproximada da remuneração (bruta) auferida pelos membros das comissões de fiscalização dos outros supervisores financeiros".

*Notícia publicada no JN de 4.05.2018

sábado, 30 de junho de 2018

Marcelo Rebelo de Sousa e Donald Trump





Nesta crónica do PÚBLICO de hoje, diz-se que "Marcelo deu uma lição de História a Donald Trump".

Keep calm! Marcelo falou da nossa História "à sua maneira", pecando por omissão acerca de certos factos e de certos contextos que nos relacionam (PORT/EUA).

Apetece-me dizer: "Olhe que não, Dr Marcelo, olhe que não" foi bem assim!

Recorde-se, a título de exemplo, a posição dos EUA face ao Estado Novo, particularmente, durante a guerra colonial que Portugal travou contra os movimentos de libertação africanos.

Enfim...




Nazaré Oliveira