domingo, 16 de agosto de 2015

Os cartazes do PS







Lamentável! Profundamente lamentável!
Inadmissível.
Indesculpável.

Um partido que isto fez, que das pessoas se serviu - sem a sua autorização - atribuindo-lhes frases que afinal não proferiram e que nada têm a ver, pelos vistos, com a sua própria vida, não está a ser sério com estas pessoas mas, sobretudo, com os milhares de desempregados e de trabalhadores precários, com os que foram realmente obrigados a emigrar, esses sim, verdadeiramente queixosos e profundamente humilhados com a política vigente.

Incrível, este marketing político que da mentira e da demagogia se apropria, afastando cada vez mais as pessoas da Política, dos partidos, das urnas...

Sabendo tudo isto e a forma como isto conceberam, chega a ser humilhante ler as frases que publicaram, como se a realidade fosse uma brincadeira de crianças inocentes ou um jogo, um jogo viciado logo à partida.

Não, não é assim que se faz campanha eleitoral que se pretende (sempre) transparente e credível.

Não é assim que se ganham votos, pelo contrário. 

De demagogia e de mentiras estamos nós fartos! E de impunidades também.



Nazaré Oliveira

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A VERDADE SOBRE AS TOURADAS: o que é feito ao touro, antes, durante e depois das touradas

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



A VERDADE SOBRE AS TOURADAS


Tudo o que é feito ao touro, antes, durante e depois das touradas


1 - Praça de toiros CALAFIA.

2 - Um dia fui lá e fiquei muito assombrado com tudo aquilo que vi.

3 - A CORRIDA DE TOIROS PARA MIM, É MATAR POR DIVERSÃO.

4 - Talvez já tenhas ouvido dizer que a festa de touros é uma arte – que não é – ou que é uma ciência, a ciência da tortura.
E nada na festa brava é genuíno, excepto a dor.

5 - Eles acreditam ser muito valentes, mas não o são, porque, desde pelo menos 24 horas antes de entrar na arena, o touro é mantido numa prisão às escuras, para que ao soltarem-no, a luz e os gritos dos espectadores o assustem e ele tente fugir, saltando as barreiras, o que produz no público a ilusão de que o touro é feroz, mas a reação natural do touro é fugir, NÃO é atacar.

6 - Cortam-lhe os cornos para PROTEGER o toureiro. Põem-lhe às costas sacos de areia, durante horas. Batem-lhe nos testículos e nos rins, provocam-lhe diarreia deitando sulfatos na água que bebe, para que chegue fraco e desorientado à arena.

Untam-lhe os olhos com gordura para lhe dificultar a visão e deitam-lhe nas patas uma substância que lhe produz ardor e o impede de ficar quieto, para fazer destacar a actuação do toureiro.

7 - Os cavalos dos picadores:
Escolhem-se cavalos que já não têm valor comercial, porque o animal morre em 3 ou 4 corridas no máximo. É muito comum que o animal sofra múltiplas quebras de costelas ou várias perfurações. Coloca-se-lhe uma capa a simular que esta o protege, mas na realidade é para que o público não veja as feridas do cavalo que, com frequência, apresentam vísceras expostas.

8 - O trabalho do picador, para mim é degradante. Se o toureiro percebe que o touro investe com muita energia, ordena ao picador que faça o seu trabalho: sangrar o touro para o debilitar, cravando-lhe no lombo uma lança que destrói alguns músculos (trapézio, romboideu, espinal e semiespinal, serráteis e transversos laterais) e, além disso, lesiona vasos sanguíneos e nervos. Tudo isto para que o toureiro possa brindar com a sua expressão “artística”, que eles supõem este espectáculo deva ter.
Um único golpe forte poderia destroçar imediatamente o touro, por isso, é feito em três tempos, “para maior deleite dos aficionados”.

9 - E o das bandarilhas ainda é pior: as bandarilhas asseguram que a hemorragia continue, por isso, tentam colocá-las justamente no sítio já picado com os ganchos metálicos.
O gancho move-se dentro da ferida a cada movimento do touro e com o roçar da muleta, o peso das bandarilhas tem precisamente essa função.
Algumas têm um arpão de 8 cm que lhe cravam se conseguiu desviar-se da lança do picador.
As bandarilhas prolongam o agravamento e aprofundamento das feridas internas.
Não há limite para o número de bandarilhas: tantas quantas forem necessárias para destroçar os tecidos e a pele do touro…

10 - Tal como está demostrado, é tudo importante para “eles” e de grande valor:
A perda de sangue e as feridas na espinha dorsal impedem que o touro levante a cabeça de maneira normal, e é quando o toureiro pode aproximar-se mais.
Com o touro já próximo do esgotamento, o toureiro já não se preocupa com o perigo e pode até dar-se ao luxo de virar as costas ao touro, depois de um passe “especialmente artístico”, atirando o peito para fora e pavoneando-se para receber os aplausos do público em histeria.
Quando o touro atinge este estado lastimável, o matador entra na arena numa celebração de bravura e de machismo, enfrentando um touro exausto, moribundo e confuso.

11 - E falta ainda “a famosa espada”! O touro é atravessado por uma ESPADA de 80 cm de comprimento, que pode destroçar-lhe o fígado, os pulmões, a pleura, etc., segundo o lugar por onde penetre no corpo do animal. De facto, quando destroça a grande artéria, o touro agoniza com enormes vómitos de sangue.

Na hora de matar, se o touro tiver um pouco de sorte, morre duma estocada, mas não como se pensa duma estocada no coração, porque a espada penetra pulmões e diafragma, por vezes uma artéria maior, daí a hemorragia ser mais visível.

12 - E a Tortura continua... O touro, numa tentativa desesperada por sobreviver, resiste a cair, e tenta caminhar penosamente até à porta por onde o fizeram entrar, procurando uma saída a tanto maltrato e dor. Mas então apunhalam-no na nuca com o DESCABELLO, uma outra espada que termina numa lâmina de 10 cm.
Apesar destes terríveis tormentos, o animal não consegue morrer de imediato pela sua grande força, mas cai ao solo, porque a espada foi destruindo os seus órgãos internos…

13 - Mestres? Artistas? Valentes? Ou antes, Ignorantes, Assassinos e Cobardes…

14 - E prossegue… Rematam com a puntilla de 10 cm, com a qual lhe tentam seccionar a espinal-medula, ao nível das vértebras atlas e axis.
O touro fica assim paralisado, sem poder sequer realizar movimentos com os músculos respiratórios, pelo que morre por asfixia, muitas vezes afogado no seu próprio sangue, que lhe sai em grandes golfadas pela boca e pelo nariz.

15 - O Arrasto… Após lhe terem destroçado as vértebras, o touro perde o controlo sobre o seu corpo desde o pescoço para baixo. No entanto, a cabeça mantém-se intacta, pelo que está consciente de todo o horror que lhe está a acontecer e de como está a ser arrastado para fora da arena.

16 - NÃO SEJAS INDIFERENTE À SUA DOR. Consegues ver a lágrima que lhe escorre pela face? Não participes nestes eventos! As corridas de touros são uma tradição cruel que nos denigre como seres humanos.

17 - António Gala, ex-toureiro, nascido em 1937, escreveu na crónica dominical do “El País”, a 30 de Julho de 1995, um artigo no qual confessava a sua conversão a anti-taurino:
“E de repente [o touro] olhou para mim. Com a inocência de todos os animais reflectida nos olhos, mas também implorando. Era a revolta contra a injustiça inexplicável, a súplica face à crueldade desnecessária.”

18 - Reflecte, tal como eu: “A comiseração com os animais está tão intimamente unida com a bondade de carácter, que se pode AFIRMAR que quem é cruel com os animais não pode ser boa pessoa.” Schopenhauer.
Só os psicopatas gozam com o sofrimento doutros. Tu és um deles? Reflecte!
Rejeita esta tradição degradante que NÃO deve CONTINUAR.

19 - Como podes AJUDAR?
Não assistas a corridas de touros; Não apoies políticos, artistas e figuras públicas associados a esta crueldade; Não consumas produtos de empresas que as patrocinem; E o mais importante: Ensina os teus filhos a respeitarem os seres vivos.
20 - Difundindo estas imagens, farás com que quem desfruta destas festas selvagens tome consciência do que faz.

Recorda que por cada partilha que fizeres podes fazer mudar a maneira de pensar de muita gente.

Se tudo isto te tocou um pouco o Coração, une-te a mim.

21 - Pelo menos, pensa bem nisto!



Fonte:
VER MAIS FOTOS NESTE LINK:



Sublinhados da minha autoria (Nazaré Oliveira)


Por favor, partilha, partilha esta informação.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

A rosa de Hiroxima

 Imagens reais* (clicar para ampliar)





A rosa de Hiroxima

 

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atómica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.


Vinicius de Moraes, Rio de Janeiro, 1954

 

Excelente intervenção de Mariana Mortágua: PSD E PS queriam a reposição das subvenções vitalicias a ex-políticos!



Sobre um partido com 8 deputados que impediu a maioria PSD / PS de cometer a vergonha que seria a reposição das subvenções vitalicias a ex-políticos. Vale sempre a pena
Posted by Mariana Mortágua on Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014
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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Nuno Crato, em 2008, acusava Maria de Lurdes Rodrigues de fazer o mesmo que ele agora faz (e pior!)




Falemos de rigor e de seriedade

Uma análise do discurso de Nuno Crato, antes e depois de ser ministro, tropeça profusamente na recorrência com que se encontra o termo “rigor”. Mas o rigor é inatingível sem conhecimento profundo do universo em que se opera e sem seriedade intelectual e política. Em fim de mandato, Nuno Crato não será recordado pelo rigor.
A ignorância a que me refiro, sobre a complexidade de um sistema de ensino, está particularmente patente na escabrosa reforma curricular que Nuno Crato promoveu, marcada por reminiscências doutrinárias do seu debute político. Com efeito, adoptou o clássico princípio do materialismo dialéctico (aumentando a quantidade transformamos a qualidade da realidade) ao desenvolvimento curricular. Aumentou a carga horária das disciplinas a que chamou de estruturantes (desconhecendo que a natureza estruturante ou instrumental das disciplinas se altera em função de contextos e não resulta de simples enunciação mas sim de fundamentação, coisa que nunca fez) e despejou avalanches de exames sobre as escolas, convencido de que, assim, o saber aumentaria. Mas não aumentou nem aumentará, só por isso.
O TEMPO para aprender é importante. Mas mais importante é o que se faz com esse tempo. Aumentar a carga horária a um aluno que não entende o que lhe dizem é, tão-só, aumentar-lhe o suplício e desenvolver-lhe o ódio à Escola. MANTER sentado, durante o mesmo tempo, um infante de 10 anos ou um jovem de 18, um aluno interessado ou um aluno justificadamente desinteressado, dá resultados diferentes.
A revisão curricular de Nuno Crato obedeceu a uma lógica invertida: iniciou-se com a distribuição das horas por cada disciplina, prosseguiu com a definição das metas de aprendizagem e terminou com a aprovação de novos programas. Ou seja: sem se saberem as razões da necessidade de consignar determinado número de horas a determinada disciplina, porque programas e metas ainda estavam para vir, consignou-se. O recém homologado programa de Português para o ensino básico, com as suas quase 1000 metas (leu bem, leitor, mil metas) é um belo paradigma da insanidade pedagógica a que chegámos. O problema é que a inadequação deste e de outros programas aos estudantes a que se destinam é algo impossível de explicar a quem chamou ocultas às ciências da Educação e substituiu a pedagogia pela contabilidade. A quem privilegiou umas ciências em detrimento das outras, que explicam o sentido da vida e a natureza do Homem. A quem, em nome da formação técnica, estreitou a porta de entrada das humanidades, das artes, do desporto e da cidadania completa.
A falta de seriedade intelectual e política supera a ignorância. Colhamos exemplos neste fecho de ano escolar. A subida da média do exame de Matemática A, acabada de conhecer, um dos melhores resultados de sempre, diz o quê? O que se afirmou no editorial do Público de segunda-feira, isto é, que sim, os exames são um instrumento político. Só que o ministro é neste momento o comentador que, em 2008, acusava Maria de Lurdes Rodrigues de fazer o mesmo que agora se verificou. É aquele que vociferava no Plano Inclinado contra a impossibilidade de se fazerem comparações de resultados de um ano para o outro, exactamente como agora, no dizer do presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, a mesma que era presidida por Nuno Crato em 2008. É aquele que nos toma por tolos, invocando a independência de um IAVE que ele paga, cujos órgãos de direcção, com uma única excepção, são nomeados pelo Governo, sob proposta dele. E que disse o presidente do Conselho Científico do IAVE, o único órgão não nomeado pelo Governo, em Coimbra, em 16 de Maio passado? Que o Ministério da Educação e Ciência condiciona o IAVE, preordenando o resultado dos exames. Como acabamos de VERIFICAR.
A diminuição da taxa de reprovações nos anos de exame, tão celebrada pelo Ministério da Educação e Ciência, tem uma razão para quem não se fica pelas letras gordas: é que, em contrapartida, está a aumentar o número daqueles que ficam retidos nos anos intermédios. Penalizadas pelos resultados das classificações (créditos de horas), pressionadas pela febre dos exames, as escolas deixam para trás os que têm dificuldades de aprendizagem e os que pertencem a famílias social e economicamente mais débeis. Circunstância para que contribui, do mesmo passo, a crescente desmotivação dos professores, sobrecarregados de TRABALHO, sujeitos há anos ao congelamento de carreiras e a cortes salariais, muitos sem projecto de vida e expostos a despedimentos sumários.
Se na próxima legislatura a Educação CONTINUAR governada apenas por paradigmas utilitários e econométricos, não conseguiremos compreender socialmente, quanto mais RESOLVER, os grandes problemas que se colocam aos alunos, às famílias, aos professores, numa palavra, ao país.


15/07/2015

Santana Castilho - Professor do ensino superior

Os políticos não são todos iguais. João Semedo é diferente.

Semedo



Não, os políticos não são todos iguais. Infelizmente temos políticos íntegros e com o sentido de Estado de João Semedo a menos e indivíduos inúteis, incompetentes e corruptos a mais.
Também temos um Presidente da República com o descaramento de dizer que não sabe se a reforma milionária lhe chega para as contas que praticamente não tem, uma vez que vive literalmente à custa do contribuinte que paga o gás, a electricidade e a água do Palácio de Belém, os carros, os seguros do carros, as revisões e arranjos dos carros, os motoristas e o combustível de todos os veículos que servem Cavaco Silva, as refeições de Cavaco Silva, balúrdios para despesas de representação e, com toda a certeza, um óptimo seguro de saúde. Afinal de contas, não é à toa que residência oficial de Cavaco Silva consegue a proeza de ser mais cara a cada português do que o Palácio de Buckingham a cada inglês.
Temos ainda uma “inconseguida” no cargo de Presidente da Assembleia da República que recebe mais de 7 mil euros por mês de uma reforma de 9 anos no Tribunal Constitucional, a que acrescem mais de 2 mil euros mensais para ajudas de custo. Isto num país onde reformados que descontaram durante várias décadas – ela nem uma década descontou para a reforma que aufere – foram e são sujeitos a cortes violentos que os colocam, apesar de terem descontado uma vida inteira sem interrupções, a contar cêntimos para os medicamentos e para os livros escolares dos netos que os filhos, emigrados, não podem PAGAR.
Poderia ficar aqui durante muitas linhas, a elencar uma série de inúteis e incompetentes, trafulhas e criminosos protegidos pelas admiráveis ambiguidades legislativas que permitem que lixo humano como a escumalha BPN esteja em liberdade e ainda receba reformas milionárias pagas pelo erário público. Exemplos de empreendedorismo, diria o Passos Coelho. Mas prefiro dedicá-las a esse grande deputado que o PARLAMENTO perdeu, que enfrentou como poucos essa mesma tralha cavaquista que deu ao país a maior fraude financeira da sua história, e que até na hora do adeus mostra de que lado está ao abdicar da farta reforma parlamentar para receber da Caixa Geral de Aposentações pelos 42 anos e 3 meses que descontou. Não, os políticos não são todos iguais. A maioria até pode ser, mas ainda existem aqueles que dignificam a política e se batem por causas maiores que o seu umbigo, o seu tacho ou a sua ambição radical e sem escrúpulos. Nem todos os que se sentam no hemiciclo são sujeitos do calibre de José Sócrates ou Pedro Passos Coelho. Esses, todos juntos, não valem uma unha encravada no dedo mais pequeno do pé de João Semedo.

João Mendes in http://aventar.eu/category/a-escolher/politica-nacional/