sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Porto Porto Porto
Neste Natal vou fazer uma coisa que adoro: andar pela cidade do Porto, sorrindo às minhas ruas, aos meus jardins, às minhas livrarias, aos meus "cantos" e lugares, à minha Universidade, ao frio e ao calor das gentes, como uma mulher feliz e contente, deslumbrada, a cada dia que passa, com o brilho do Sol e as cores da Vida.
Nazaré Oliveira
domingo, 7 de dezembro de 2014
Extrema pobreza, pobreza, fome, subnutrição
O The Economist, dia 27.11 2014,
publicou na sua edição on-line este texto, acompanhado do vídeo que aqui
também apresento:
“Since 1990, the
number of people defined as the world’s poorest group – living on less than
$1.25 per day – has halved. But hunger levels have only gone down by a fifth.
The prevailing wisdom is that to eliminate nutrition problems we had to produce
more food and facilitate access to it. So now that fewer people live in extreme
poverty, why haven't malnutrition rates gone down accordingly?"
O gravíssimo problema da Pobreza, da Extrema
Pobreza, persiste e persistirá, enquanto as políticas continuarem a
considerar o primado da Economia sobre tudo e sobre todos e não priorizarem os
problemas pela sua dimensão ética e moral e enquanto continuarem a ver o ser
humano integrado numa visão claramente tecnocrática, redutora, tantas vezes
maniqueísta e trucidada por uma estatística que não tem colaborado para a
resolução dos problemas, antes, os tem iludido, adiado ou sinalizado como se de uma
inevitabilidade a Pobreza se tratasse.
Na nossa sociedade, particularmente a sociedade pós industrial cujas penosas consequências continuam a verificar-se no eterno e terrível diálogo Norte-Sul e no constante neocolonialismo a que têm continuado sujeitos povos martirizados, quer por ditadores locais e aspetos culturais tradicionais opressivos que continuam a impôr, quer pela continuada posição do capitalismo selvagem que, com relações internacionais à sua medida e numa clara falta de rigor e de ética política, insistem na delapidação das riquezas naturais dos que as têm mas não as conseguem rentabilizar, continuando-se o eterno problema dos países cuja população morre de fome à espera de investimentos locais e ajudas que privilegiem a sustentabilidade dos seus recursos e não o aumento da dívida externa que os consome e os destrói e a isso os obriga.
Por isso é que os números da pobreza não
param de crescer ou se disfarçam em atraentes análises numérico-estatísticas
que tantas vezes "separam a fome da subnutrição".
Mas o drama da fome é também o da
subnutrição. Infelizmente.
Gente incompetente e insensível, esta, que
tem governado quase por todo o mundo ao arrepio dos mais elementares Direitos
Humanos, fingindo que isto assim não vê ou vendo mal que isto existe.
Gente cínica, políticos cínicos e cínicas
políticas que continuam a não querer ver o óbvio quando o óbvio é a dor a fome e a pobreza e se arrasta dolorosamente e até silenciosamente por corpos que já não falam não gritam não mentem nem sequer já vivem.
Querer acabar com a pobreza não pode ser somente, como tem sido até aqui, pedir e recolher alimentos e distribuí-los.
Querer acabar com a pobreza é, antes de mais, querer evitá-la. Através de políticas que pugnem pela defesa inequívoca da dignidade do ser humano através do Trabalho, da Educação e da Justiça Social.
Querer acabar com a pobreza é, antes de mais, querer evitá-la. Através de políticas que pugnem pela defesa inequívoca da dignidade do ser humano através do Trabalho, da Educação e da Justiça Social.
Não podemos continuar pelo mundo fora a
planear sistematicamente um combate que todos conhecem mas que só alguns
enfrentam com seriedade como alguns voluntários, missionários, ONGs.
Os que mais precisam, famintos, doentes, desempregados, os sacrificados de sempre, continuarão à nossa espera nesse vasto e terrível campo de batalha que é a Pobreza. E continuarão a morrer, lentamente, até ao dia em que cairão de vez no sono eterno de uma morte injusta.
Nazaré Oliveira
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sábado, 6 de dezembro de 2014
Sou e sempre serei anti-touradas
Vídeo
Subscrevo tudo o que ouvi e li!
Muito obrigada por terem colocado aqui este magnífico trabalho, este magnífico testemunho com o qual me identifico completamente.
Muito obrigada por terem colocado aqui este magnífico trabalho, este magnífico testemunho com o qual me identifico completamente.
Também sou anti touradas. Amo os animais. Sou contra a tortura, a crueldade, a
pena de morte.
Magníficos seres, inocentes seres, como os touros, perversa e
cinicamente criados em liberdade para um fim de terror
monstruosamente planeado como só os sádicos e os carrascos sabem
planear e fazer, loucos, embriagados ao som de olés e bravos que
também nos ferem, enquanto o sangue do animal jorra, quente, ainda a fervilhar
de vida, vindo das entranhas barbaramente despedaçadas pelos ferros da morte e
pela arrogância do assassino que dele se abeira a sorrir.
Nazaré Oliveira
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Um abraço, José António Pinto!
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José António Pinto |
José António
Pinto, assistente social da Junta de Freguesia de Campanhã, no Porto, recebeu,
esta terça-feira, uma medalha de ouro comemorativa do 50.º aniversário da
Declaração Universal dos Direitos do Homem. Propôes trocá-la por políticas que
não causem mais estrago na vida dos que deixaram de dar lucro.
«Eu não quero receber medalhas, quero justiça na economia, justiça na repartição da riqueza criada, quero emprego com direitos para gerar essa riqueza, quero que a dignidade do homem seja mais valorizada que os mercados, quero que o interesse coletivo e o bem comum tenham mais força que os interesses de meia dúzia de privilegiados», disse José António Pinto, após receber a medalha no Salão Nobre da Assembleia da República.
Num recado à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, o assistente social disse ambicionar «que os cidadãos deste País protestem livremente e de forma legítima dentro desta casa e que ao reivindicarem os seus direitos por uma vida melhor não sejam expulsos pela polícia das galerias deste Parlamento».
«Eu não quero receber medalhas, quero justiça na economia, justiça na repartição da riqueza criada, quero emprego com direitos para gerar essa riqueza, quero que a dignidade do homem seja mais valorizada que os mercados, quero que o interesse coletivo e o bem comum tenham mais força que os interesses de meia dúzia de privilegiados», disse José António Pinto, após receber a medalha no Salão Nobre da Assembleia da República.
Num recado à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, o assistente social disse ambicionar «que os cidadãos deste País protestem livremente e de forma legítima dentro desta casa e que ao reivindicarem os seus direitos por uma vida melhor não sejam expulsos pela polícia das galerias deste Parlamento».
Insistiu várias
vezes que trocava a medalha por «um outro modelo de desenvolvimento económico»
que dê igualdade de oportunidades a todos.
Subscrevo
todas as palavras de José António Pinto.
Ainda há gente em condições
neste país. Gente que diz mas que também faz o que diz.
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