sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Um abraço, José António Pinto!

José António Pinto



José António Pinto, assistente social da Junta de Freguesia de Campanhã, no Porto, recebeu, esta terça-feira, uma medalha de ouro comemorativa do 50.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Propôes trocá-la por políticas que não causem mais estrago na vida dos que deixaram de dar lucro.

«Eu não quero receber medalhas, quero justiça na economia, justiça na repartição da riqueza criada, quero emprego com direitos para gerar essa riqueza, quero que a dignidade do homem seja mais valorizada que os mercados, quero que o interesse coletivo e o bem comum tenham mais força que os interesses de meia dúzia de privilegiados», disse José António Pinto, após receber a medalha no Salão Nobre da Assembleia da República.

Num recado à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, o assistente social disse ambicionar «que os cidadãos deste País protestem livremente e de forma legítima dentro desta casa e que ao reivindicarem os seus direitos por uma vida melhor não sejam expulsos pela polícia das galerias deste Parlamento». 
Insistiu várias vezes que trocava a medalha por «um outro modelo de desenvolvimento económico» que dê igualdade de oportunidades a todos.
Subscrevo todas as palavras de José António Pinto. 
Ainda há gente em condições neste país. Gente que diz mas que também faz o que diz.

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