Também a esquerda, perigosamente aquietada
nesta observação preocupante da Europa (e do mundo), olha para os Trumps e Le
Penns como se não se visse o que claramente visto é: o avanço da
extrema-direita, a ameaça das ditaduras e o ovo da serpente cada vez maior.
A União Europeia não tem esclarecido
nem tem fomentado o diálogo, antes, no mais completo desrespeito por aquilo que
deveria nortear a sua essência e a sua prática, e que afinal fazem parte dos
seus três pilares, sem esquecer obviamente as disposições do Tratado de
Maastricht, a União Europeia só tem olhado para o núcleo duro a quem servil sempre
foi, acabando por afundar cada vez mais o fosso que diferencia ricos de pobres
países comunitários.
E esse fosso foi-se cavando até à
situação atual, cada vez mais grave e cada vez mais delicada em matéria de Direitos Humanos tão vergonhosamente esquecidos.
Os problemas discutem-se abertamente, sim. Os referendos são importantes, sim. No entanto, no contexto atual tão cheio de constrangimentos político-sociais, com tanta falta de clareza parte a parte, tanta falta de boa e desejável informação, tanta falta de união e de solidariedade, com aldrabões perigosamente politizados (?) tipo Trump ou Le Penn, criminosamente seguidos por gente acrítica que busca no extremismo político-reacionário a solução para os problemas do nosso tempo, pior cenário para a democracia não podíamos ter, particularmente no velho continente, o palco trágico e principal das guerras mundiais que existiram.
Há melhores indicadores para caraterizar esta situação do que as palavras que Trump e Le Penn têm proferido ultimamente? Ou até mesmo a instabilidade que resultou do referendo na Inglaterra e que naturalmente influenciará o resto da Europa comunitária a braços com problemas de difícil resolução, como o são os movimentos independentistas e outros?
A História dirá quão nefasta foi a precipitação deste referendo.
Os problemas discutem-se abertamente, sim. Os referendos são importantes, sim. No entanto, no contexto atual tão cheio de constrangimentos político-sociais, com tanta falta de clareza parte a parte, tanta falta de boa e desejável informação, tanta falta de união e de solidariedade, com aldrabões perigosamente politizados (?) tipo Trump ou Le Penn, criminosamente seguidos por gente acrítica que busca no extremismo político-reacionário a solução para os problemas do nosso tempo, pior cenário para a democracia não podíamos ter, particularmente no velho continente, o palco trágico e principal das guerras mundiais que existiram.
Há melhores indicadores para caraterizar esta situação do que as palavras que Trump e Le Penn têm proferido ultimamente? Ou até mesmo a instabilidade que resultou do referendo na Inglaterra e que naturalmente influenciará o resto da Europa comunitária a braços com problemas de difícil resolução, como o são os movimentos independentistas e outros?
A História dirá quão nefasta foi a precipitação deste referendo.
“A História repete-se não se
repetindo” e poucos são os que se dão conta de que a Política é demasiado séria para se deixar
ao cuidado de gente louca, arrogantemente nacionalista e fingidamente
democrática.
Nazaré Oliveira