Parabéns aos nossos investigadores! Parabéns, mais uma vez, à investigação que se faz em
Portugal!
Não ganham o que ganha o CR 7 e afins, o Mourinho e
afins, o que ganha o Mexia e outros afins, apesar de serem MUITO, MUITO MAIS
IMPORTANTES PARA O PAÍS E PARA O MUNDO do que eles!
Ganham muito mal, muito mal, comparados com a grandiosidade do seu trabalho, do seu estudo e da sua abnegação...Trabalham muito, muito,
e nem sempre em condições favoráveis...
Casos como estes mereciam abrir sempre todos os noticiários
televisivos, ser 1ª página de todos os jornais, e, no mínimo, SEREM RECONHECIDOS
PELO SEU TRABALHO, quer pelos seus compatriotas quer, claro, pela dita classe
política que, de classe, pouca ou nenhuma tem apresentado há muitos e longos
anos.
Infelizmente, esta é
a triste e lamentável realidade de países, como o nosso, onde a verborreia narrativa dos que têm tido a hipótese de "tempo de antena", quer nas TVs quer nos jornais, mascara e manipula, assustadoramente e de forma muito pouco digna, os números reais da nossa real imagem. Como país e como pessoas.
A arrogância política, a mediocridade intelectual, a falta de educação cívica e de gente séria à frente das instituições gera sempre um pequeno país de pequenina gente que não vê o que, de facto, é importante e deve ser reconhecido.
Reconhecido, louvado, promovido e bem pago.
Parabéns aos investigadores portugueses (de todas as áreas) e parabéns a todos os seus professores.
Nazaré Oliveira
Alguns extraordinários e recentes exemplos:
Portuguesa detecta cancro de
pâncreas no sangue
Sexta-feira,
26 de Junho de 2015
© Universidade do Porto - Segundo o
serviço de oncologia da CUF, todos os anos surgem em Portugal cerca de 500
casos novos de doentes com cancro do pâncreas
Uma simples
análise ao sangue é suficiente para detetar cancro do pâncreas, um tipo de
tumor difícil de diagnosticar e que resulta numa elevada mortalidade. A nova
técnica foi desenvolvida por uma equipa liderada pela portuguesa Sónia Melo, da
Universidade do Porto.
Sónia Melo, licenciada em Bioquímica pela Universidade do Porto, desenvolveu o seu estudo no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da mesma universidade (Ipatimup), demonstrando que as células tumorais do pâncreas produzem exossomas que possuem a proteína glypican-1 (GPC1).
O estudo revela que a deteção de exossomas positivos para a proteína GPC1, que circulam no sangue de pacientes com cancro do pâncreas, serve para diagnosticar a doença, de forma não invasiva. Esta ferramenta permite detetar fases iniciais de cancro do pâncreas, uma vez que basta uma simples análise de sangue, permitindo um diagnóstico mais precoce.
Sónia Melo conseguiu verificar que através da presença de exossomas com esta proteína no sangue é possível distinguir indivíduos sem doença ou com doença benigna do pâncreas, de doentes com cancro de pâncreas.
Os exossomas são nanovesículas produzidas por todas as células do corpo humano, que contêm em si mesmas, material genético e molecular, que representam as células que lhe deram origem. Depois de serem produzidas, estas nanovesículas podem ser libertadas na circulação sanguínea, chegar a órgãos distantes e alterar as células desses órgãos, explica o comunicado da Universidade do Porto.
Durante a investigação liderada por Sónia Melo, intitulado "Glypican-1 identifies cancer exosomes and detects early pancreatic cancer", publicada na revista "Nature", foi possível demonstrar, através de uma experência com ratinhos de laboratório, que a deteção de exossomas positivos para GPC1 se correlaciona com a presença de lesões pancreáticas iniciais, não detetáveis por ressonância magnética.
Este ano a investigadora da Universidade do Porto já foi distinguida pela L'Oréal Portugal, que lhe atribuiu uma medalha na 11ª edição do evento "Medalhas de Honra L'Oréal Portugal para Mulheres na Ciência", devido ao seu estudo realizado sobre os exossomas e a sua aplicação no surgimento de novas maneiras de diagnosticar e tratar o cancro, não tão invasivas como as convencionais.
Sónia Melo, licenciada em Bioquímica pela Universidade do Porto, desenvolveu o seu estudo no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da mesma universidade (Ipatimup), demonstrando que as células tumorais do pâncreas produzem exossomas que possuem a proteína glypican-1 (GPC1).
O estudo revela que a deteção de exossomas positivos para a proteína GPC1, que circulam no sangue de pacientes com cancro do pâncreas, serve para diagnosticar a doença, de forma não invasiva. Esta ferramenta permite detetar fases iniciais de cancro do pâncreas, uma vez que basta uma simples análise de sangue, permitindo um diagnóstico mais precoce.
Sónia Melo conseguiu verificar que através da presença de exossomas com esta proteína no sangue é possível distinguir indivíduos sem doença ou com doença benigna do pâncreas, de doentes com cancro de pâncreas.
Os exossomas são nanovesículas produzidas por todas as células do corpo humano, que contêm em si mesmas, material genético e molecular, que representam as células que lhe deram origem. Depois de serem produzidas, estas nanovesículas podem ser libertadas na circulação sanguínea, chegar a órgãos distantes e alterar as células desses órgãos, explica o comunicado da Universidade do Porto.
Durante a investigação liderada por Sónia Melo, intitulado "Glypican-1 identifies cancer exosomes and detects early pancreatic cancer", publicada na revista "Nature", foi possível demonstrar, através de uma experência com ratinhos de laboratório, que a deteção de exossomas positivos para GPC1 se correlaciona com a presença de lesões pancreáticas iniciais, não detetáveis por ressonância magnética.
Este ano a investigadora da Universidade do Porto já foi distinguida pela L'Oréal Portugal, que lhe atribuiu uma medalha na 11ª edição do evento "Medalhas de Honra L'Oréal Portugal para Mulheres na Ciência", devido ao seu estudo realizado sobre os exossomas e a sua aplicação no surgimento de novas maneiras de diagnosticar e tratar o cancro, não tão invasivas como as convencionais.
Outro…
U. Aveiro abre caminho ao tratamento eficaz do Ébola
Terça-feira, 28 de Julho de 2015
O trabalho de um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) poderá abrir as portas a novas formas de diagnóstico e ao desenvolvimento de novas terapias de combate ao vírus Ébola que, no mais recente surto, ceifou 11 mil vidas.
Os especialistas em bioinformática e biologia computacional do
Instituto de Engenharia Eletrónica e Informática (IEETA) e do
Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática (DETI)
conseguiram identificar as sequências de ADN específicas deste vírus,
que permitem diferenciar as suas várias "espécies" e distinguir o surto
que começou em África no início de 2014 de outros episódios da doença.
"Os nossos resultados podem ser utilizados no diagnóstico do vírus
Ébola, uma vez que as sequências que identificámos permitem distinguir
entre espécies e surtos do vírus", explica, em comunicado enviado ao
Boas Notícias, Raquel Silva, investigadora do IEETA e uma das autoras do
estudo publicado, recentemente, na revista científica Bioinformatics.
Segundo a cientista, o trabalho "também pode ser aplicado no seu
tratamento, já que [as sequências de ADN] estão localizadas em proteínas
fundamentais para a replicação do vírus", embora tenham de ser,
previamente, "realizados estudos adicionais em laboratório para
determinar a sua eficácia".
A principal inovação do trabalho da UA prende-se com o método utilizado
para comparar o genoma do vírus contra uma sequência de referência,
neste caso, o seu hospedeiro, sem recorrer ao alinhamento das
sequências.
A investigação foi desenvolvida com recurso à construção de novos
métodos computacionais que permitiram descrever um genoma usando
informação de outro genoma. Para isso, os cientistas portugueses não
usaram amostras do vírus Ébola, mas sim as suas sequências de ADN, que
estão disponíveis em bases de dados públicas, nomeadamente no National
Center for Biotechnology Information.
Na sua maioria, "estes genomas correspondem ao vírus do Ébola do surto
iniciado em 2014 na África Ocidental [Guiné, Libéria e Serra Leoa], mas
também foram incluídas sequências provenientes de surtos anteriores e
das várias espécies do Ébola", conta Raquel Silva.
(Ainda) um longo caminho até à vacina
(Ainda) um longo caminho até à vacina
"Ao identificar regiões do ADN viral que não estão presentes no genoma
humano, estas sequências têm potencial para serem usadas tanto no
diagnóstico, como no desenvolvimento de novas terapêuticas", esclarece
Raquel Silva.
De acordo com a investigadora, "a sua especificidade para o vírus é
maior, o que é uma vantagem, por exemplo, na identificação do vírus em
amostras de origem humana ou no desenvolvimento de tratamentos mais
eficazes e seguros".
O vírus do Ébola, para o qual não há cura ou tratamento definitivos,
continua a ser um mistério para os cientistas, razão pela qual a
identificação de novos alvos terapêuticos "é relevante", destaca a
equipa envolvida no estudo, da qual também fazem parte os
investigadores Diogo Pratas, Luísa Castro, Armando Pinho e Paulo
Ferreira.
O surto recente, com mais de 27.000 casos e mais de 11.000 mortes a
lamentar, foi, lembra Raquel Silva, "uma chamada de atenção para a
necessidade de aumentar a investigação nesta área, e permitiu realizar
ensaios clínicos no terreno com novos fármacos, que não se mostraram
eficazes?.
Há, por isso, "um longo caminho entre uma descoberta científica e a sua
transformação num serviço ou produto, como por exemplo, uma vacina",
finaliza a especialista.
Clique AQUI para aceder ao estudo e AQUI para conhecer o 'software' desenvolvido pela Universidade de Aveiro para o estudo deste vírus (em inglês).
Clique AQUI para aceder ao estudo e AQUI para conhecer o 'software' desenvolvido pela Universidade de Aveiro para o estudo deste vírus (em inglês).
Outro...
Molécula patentada em Coimbra eficaz contra o cancro
Quinta-feira, 23 de Julho de 2015
A molécula Redaporfin, descoberta na Universidade de Coimbra (UC) e já patenteada, é eficaz no tratamento de vários tipos de cancro através de terapia fotodinâmica, uma terapia inovadora que permite eliminar as células cancerígenas de forma precisa. A conclusão é de um conjunto de estudos e experiências realizados em ratinhos entre 2011 e 2014.
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, a universidade portuguesa conta
que, nos ensaios efetuados, 86% dos ratinhos com tumores diversos que
foram tratados com esta tecnologia, de acordo com exigentes protocolos
de segurança, ficaram curados, não se observando efeitos secundários
como acontece com os tratamentos convencionais, nomeadamente a
quimioterapia.
Um estudo baseado nestas experiências e que acaba de ser publicado no
European Journal of Cancer demonstrou, também, "uma taxa de reincidência
da doença muitíssimo baixa", reiterando a eficácia da molécula.
Segundo a UC, os testes realizados em modelos animais serviram de base
para a arquitetura do plano dos ensaios clínicos que a empresa
portuguesa Luzitin SA está a efetuar com doentes com cancro avançado da
cabeça e do pescoço.
"[Estes testes] previram, com rigor, quando é que a resposta ao
tratamento iria surgir, com que doses e em que circunstâncias seriam
obtidos os efeitos terapêuticos no doente. Estas previsões estão a ser
confirmadas nos ensaios clínicos em curso", congratula-se Luís Arnaut,
catedrático da UC e diretor de Química Medicinal deste projeto.
Para o especialista, está em causa uma confirmação excecional, isto
porque, "considerando que são realidades muito distintas, na grande
maioria dos estudos muito do conhecimento adquirido nos testes em
animais não é confirmado nos humanos mas, neste caso, foi possível
chegar à dose adequada para obter resultado terapêutico nos doentes sem
efeitos adversos, como previsto".
Fármaco pode chegar ao mercado em três a quatro anos
Fármaco pode chegar ao mercado em três a quatro anos
A UC adianta que estão a decorrer, até ao final do ano, ensaios
clínicos com doentes oncológicos em vários hospitais do país e que os
resultados agora conhecidos e validados cientificamente "fundamentam a
expectativa de que a terapia fotodinâmica com a molécula Redaporfin se
revele mais eficaz do que as terapêuticas convencionais".
Uma grande parte do percurso está já realizada, razão pela qual o
catedrático acredita que este fármaco, o primeiro fármaco português para
tratamentos oncológicos, poderá estar no mercado "dentro de três a
quatro anos".
A investigação, iniciada há mais de uma década, envolve perto 40
investigadores dos grupos de Luis Arnaut e de Mariette Pereira da
Universidade de Coimbra, da empresa Luzitin SA, criada para desenvolver
este projeto, e de uma equipa de médicos do IPO-Porto.
A terapia fotodinâmica com Redaporfin permite combater de forma muito
eficaz as células cancerígenas. A principal inovação do tratamento está
associada ao facto de "a terapia estimular o sistema imunitário do
paciente", limitando o processo de metastização do tumor.
"Simplificando, o sistema imunitário fica de alerta e ativa a proteção
anti-tumoral contra o mesmo tipo de células cancerígenas noutras partes
do organismo", esclarece Luís Arnaut.
Fundada pela Bluepharma e pelos inventores da Redaporfin em 2012, a
Luzitin SA realizou os estudos de pré-clínicos para obter autorização
para a realização de ensaios clínicos com a Redaporfin e, desde 2014,
está a realizar em Portugal um ensaio clínico de fase I/II com doentes
de cancro avançado da cabeça e pescoço.
Outro...
Cérebro: Portugueses avançam no tratamento de tumores
Segunda-feira, 22 de Junho de 2015
Uma equipa de investigadores portugueses do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) acaba de anunciar o desenvolvimento de uma nova nanopartícula capaz de entregar moléculas terapêuticas a tumores cerebrais malignos e que poderá aumentar a eficácia da quimioterapia.
A nanopartícula foi criada no âmbito de uma investigação, liderada pela
cientista Conceição Pedroso de Lima, do CNC, e realizada ao longo dos
últimos quatro anos, que visou o desenvolvimento de uma nova terapia
para o glioblastoma, uma forma altamente maligna de tumor cerebral que
reduz a vida dos doentes para 12 a 15 meses após o diagnóstico.
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, Pedro Costa, primeiro autor do
estudo, explica que a equipa conseguiu demonstrar que estas
nanopartículas "entregam de forma eficiente às células tumorais pequenas
moléculas terapêuticas (ácidos nucleicos que são macromoléculas
localizadas no núcleo das células)".
Trata-se, explica o investigador cujo trabalho acaba de ser publicado
na revista científica Journal of Controlled Release, de nanopartículas
"compostas por moléculas de gordura (lípido) às quais se junta uma
proteína que reconhece especificamente células cancerígenas".
"A
entrega destas moléculas terapêuticas após administração intravenosa em
ratinhos com glioblastoma, combinada com quimioterapia, resultou em
significativa morte das células malignas e redução do tumor cerebral",
congratula-se Pedro Costa (à direita).
Nanopartícula aumenta eficácia da quimioterapia
Segundo Conceição Pedroso de Lima, líder da investigação, as conclusões
do estudo evidenciam que "uma das limitações no tratamento dos tumores
cerebrais, que está relacionada com a dificuldade em entregar moléculas
terapêuticas aos tumores, pode ser ultrapassada através da utilização de
'veículos de transporte' direcionados especificamente para os mesmos".
A criação desta nanopartícula é, portanto, "um passo importante", ainda
que "inicial", no desenvolvimento "de uma abordagem terapêutica que se
espera poder chegar a ensaios clínicos", afirma a cientista da UC.
De acordo com a investigadora, a "utilização das nanopartículas
desenvolvidas" poderá, também, "contribuir para aumentar a eficácia da
quimioterapia e reduzir os efeitos secundários associados" que, por
norma, afetam os órgãos saudáveis durante o combate ao cancro.
Outro...
(relacionado com a primeira foto aqui publicada)
Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) descobriu como a melatonina pode combater células cancerígenas.
“Descobrimos que a melatonina [hormona cujas características permitem
chegar a qualquer célula, ajustar o ciclo sono-vigília, manter um
envelhecimento saudável e regular o sistema imunitário] matava as
células cancerígenas através de uma via mitocondrial. Quando as
mitocôndrias das células cancerígenas estavam ativas, a melatonina
diminuía a proliferação dessas células e impedia a produção da energia
que elas necessitavam. O nosso estudo apresenta o tratamento com
melatonina como uma estratégia promissora no tratamento de tumores,
atacando células estaminais cancerígenas responsáveis pela sua
reincidência”, afirma Ignacio Vega-Naredo, investigador do CNC, em
comunicado.
Porém, o “sucesso de um tratamento à base da melatonina depende da atividade da mitocôndria da célula cancerígena, a qual é responsável pela produção da sua energia celular”, ou seja, esta só é eficaz num determinado estado evolutivo da célula cancerígena.
Apesar disso, os investigadores estão confiantes de que a pesquisa abre caminhos na investigação do cancro ao indicar a necessidade de criar tratamentos adequados ao estado evolutivo e energético da célula cancerígena, e evitando aplicar terapias não específicas que podem danificar células importantes ou não ter nenhum efeito terapêutico.
Outro...
(relacionado com a primeira foto aqui publicada)
Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) descobriu como a melatonina pode combater células cancerígenas.
Porém, o “sucesso de um tratamento à base da melatonina depende da atividade da mitocôndria da célula cancerígena, a qual é responsável pela produção da sua energia celular”, ou seja, esta só é eficaz num determinado estado evolutivo da célula cancerígena.
Apesar disso, os investigadores estão confiantes de que a pesquisa abre caminhos na investigação do cancro ao indicar a necessidade de criar tratamentos adequados ao estado evolutivo e energético da célula cancerígena, e evitando aplicar terapias não específicas que podem danificar células importantes ou não ter nenhum efeito terapêutico.