Sexta-feira,
dia 9, viveu-se um dia de terror em França e um dia negro para a liberdade de
expressão. Num supermercado de Paris, dezenas de pessoas eram feitas reféns e o
mesmo acontecia numa gráfica em Dammartin-en-Goele. Os sequestradores eram
perigosos e estavam armados. Dois dias antes, foram os autores de um sangrento
massacre ao jornal satírico francês Charlie Hebdo, na capital
francesa.
O que
talvez não saiba é que este dia 9 foi também um dia de terror para Raif Badawi,
em Jeddah, na Arábia Saudita, onde começou a ser executada a pena de 1.000
chicotadas a que este blogger foi condenado. O crime que cometeu? “Insultar
o Islão e violar a lei de informação tecnológica do país”. Isto por ter criado
um fórum online para debate social e político e ter escrito textos
criticando as autoridades religiosas do país. Foi condenando também a 10 anos
de prisão. Assim, nessa sexta-feira pouco depois do meio-dia, uma carrinha da
polícia parou em frente à mesquita de Al-Jafali. Os transeuntes juntaram-se num
círculo enquanto o ativista foi tirado do veículo. “Um polícia aproximou-se
dele, por trás, com uma vara enorme nas mãos e começou a bater-lhe. Raif ergueu
a cabeça para o céu, fechou os olhos e arqueou as costas”, conforme relataram
testemunhas à Amnistia Internacional.
Raif
Badawi foi condenado a 1.000 chicotadas e a 10 anos de prisão. Todas as
sextas-feiras nas próximas 19 semanas receberá 50 chicotadas em praça pública.
Muitos acreditam que poderá não suportar o castigo. A sua filha, Doudi, de 10
anos, nunca pensou que um dia estaria sem o pai, como testemunha neste vídeo.
Assine a petição que encontra
no link bit.ly/LibertemBadawi
e passe a mensagem a todos os amigos e familiares.
Com os melhores cumprimentos,
Teresa Pina