No dia 9
de Novembro, faz 25 anos que as autoridades da Alemanha de Leste finalmente
cederam à pressão dos seus cidadãos e os autorizaram a deslocar-se livremente
entre Berlim Leste e Berlim Ocidental.
Em 1989,
após a incredulidade inicial face a essa notícia, rapidamente se multiplicaram
as manifestações de regozijo nas ruas e se formaram longas filas para visitar o
«outro lado», dando origem a não poucos reencontros emotivos. Esse dia marcou o
culminar de uma série de movimentos de contestação, muitos deles clandestinos,
contra os regimes comunistas da Europa de Leste.
O Muro de
Berlim dividiu a cidade em duas partes desde 1961.
Os
primeiros sinais de mudança surgiram em 1988, quando, após uma série de greves,
o governo polaco aceitou entrar em conversações com o movimento Solidariedade.
Depois disso, rapidamente as vagas de contestação se propagaram pelo resto da
Europa de Leste.
Em Maio
de 1989, a Hungria abriu as suas fronteiras com a Áustria, criando uma primeira
brecha na cortina de ferro. Em Agosto do mesmo ano, dois milhões de pessoas dos
três países Bálticos (Letónia, Estónia e Lituânia) deram as mãos para formar um
cordão humano de 600 km entre as suas capitais e chamar assim a atenção para a
sua ânsia de independência.
Em 3 de
Outubro de 1990, a Alemanha de Leste e a Alemanha Ocidental foram formalmente
reunificadas e o território da antiga Alemanha de Leste integrado na UE. À
medida que outros regimes comunistas se foram desmoronando e sendo substituídos
por governos livremente eleitos, começaram a ser tomadas medidas para os ajudar
a satisfazer os critérios de adesão à UE: instituições democráticas estáveis, o
Estado de Direito, a protecção dos direitos humanos e uma verdadeira economia
de mercado.
Desde
então, dez antigos países comunistas cumpriram esses critérios. Em 2004,
aderiram à UE a República Checa, a Polónia, a Letónia, a Lituânia, a Estónia, a
Hungria, a Eslováquia e a Eslovénia. Em 2007, foi a vez da Roménia e da
Bulgária.
Os
cidadãos europeus podem actualmente viajar, trabalhar e estudar livremente em
27 países, as empresas beneficiam de um mercado europeu cada vez mais integrado
e a Eslováquia e a Eslovénia adoptaram o euro, a moeda única europeia.
Tudo isto
tem contribuído para a paz e a estabilidade na Europa, que a UE se esforça por
preservar.
In portal
da UE