segunda-feira, 5 de maio de 2025

Algumas das expressões transmontanas

 

Abondar


Não, não tem nada que ver com “abundar”, apesar de ser muito semelhante. O verbo “abondar” significa o mesmo que dar, ou chegar, no sentido de dar objetos em mão. Por exemplo: “Ó António, chega-me/dá-me aí o comando da televisão” será o mesmo que “ó António, abonda-me aí o comando da televisão”. É parvo? É.

 Amanhã ou passado

Se não és transmontano, deves estar a pensar que isto não faz sentido nenhum. E realmente não faz. Mas se vens de Trás-os-Montes, entendes perfeitamente o que diremos a seguir! “Amanhã ou passado” é exatamente o mesmo que dizer “amanhã ou depois [de amanhã]“! Mas porquê, se “passado” é precisamente o contrário de “depois de amanhã”? Ninguém sabe porquê. Por mais voltas que demos à expressão, não vamos conseguir encontrar uma explicação plausível para isto.

 Barduada

Esta não tem muito que se lhe diga. Pode parecer uma coisa muito estranha (se não fores transmontano podes estar a imaginar uma trovoada ou um bicho muito feio com três cornos nas costas), mas é muito simples: “barduada” é o mesmo que “paulada”. Ex.: “deu-lhe uma barduada que o tombou”!

 

Eis que chegamos à palavra mais pedida pelos fãs. A palavra mais comum do léxico transmontano, aquela que tem mais significados e que é praticamente impossível de explicar o que significa, ainda que na cabeça do pessoal transmontano faça todo o sentido – “bô”. Quando queres dizer algo como “ora essa!”, podes dizer, simplesmente “bô”! Quando desconfias de algo que te acabaram de dizer, podes simplesmente dizer “bô”, com uma entoação ligeiramente diferente. Se preferires, também podes simplesmente substituir a palavra “bom” (que não poderias usar nos casos anteriores) por “bô”. Afinal, o que é, então, o “bô”? É uma palavra mítica que é quase tudo, sem ser nada!

 Embuligar/Embuldrigar

Um verbo absolutamente parvo que significa, basicamente, fazer figura de porco. “Embuligar” significa rebolar no chão, mais propriamente na sujeira do chão”. Alguém que esteja todo embuligado está, portanto, todo porco, cagado, larego, cheio de surro (não conheces esta palavra? Então continua a ler o artigo). Se preferires (isto das palavras transmontanas é tudo à vontade do freguês), podes dizer “embuldrigar”, que é exatamente o mesmo, mas com mais duas letras parvas.

 Lapantim

Lapantim é o que os mais velhos costumam chamar aos rapazes (ou raparigos, que também se usa em Trás-os-Montes) novos. “Lapantim” é o que se chama a um miúdo irrequieto ou de maus costumes, que só faz asneira e nada que sirva! Assim, esta palavra vem quase sempre a seguir a “está quieto”! “Está quieto, lapantim!”

 Uliar

E esta? Apesar de parecer (ao dizer a palavra), não tem nada que ver com óleo. Uliar é aquilo que os cães fazem quando se põem a cantar, virados para a Lua. Isso mesmo. “Uliar” é sinónimo de uivar, e, apesar de já ter sido mais comum do que é hoje em dia, ainda se usa em algumas regiões transmontanas!

 Arrebunhar

“Arrebunhar” é exactamente o mesmo que “arranhar”, só que com mais uma sílaba gratuita. Em vez de “O azeiteiro do teu gato arranhou-me o braço todo”, podes dizer “O azeiteiro do teu gato arrebunhou-me o braço todo”, mas com pronúncia transmontana, claro.

Albarda

A palavra vem do espanhol (o que é comum acontecer nas expressões do nordeste transmontano, visto que a região sofre bastante influência de Espanha) e designa as selas que se colocam nos cavalos, burros e outros animais de carga. Em Trás-os-Montes, refere-se também ao vestuário de alguém, mais frequentemente para falar de casacos grandes ou algo do género. Por exemplo: ” Não te metas nesse caminho de lama que dás cabo da albarda, rapaze!”.

 Amarrar

A palavra existe e é conhecida para toda a gente, certo? Significa, obviamente, atar com cordas, por exemplo. Contudo, em Trás-os-Montes, a palavra é utilizada como um sinónimo – ou substituto – de “agachar”. Se algum dia um gajo de Bragança te gritar “cuidado, amarra-te!”, não é suposto pegares numa corda e prenderes-te a um poste com ela (exceto em casos de sadomasoquismo brigantino). A única coisa que tens que fazer é baixar-te, ou ainda bater com o caco nalgum sítio.

 Carranha

É a palavra mais nojenta da lista e significa, simplesmente, “macaco do nariz”, ou monca. Se és daquelas pessoas que não se assoa, é bem provável que ouças alguém dizer-te “Pega lá um lenço, que tens aí uma carranha!”. Contudo, também é provável que ninguém te diga nada e que andes o dia inteiro a fazer uma figura triste com uma monca de fora.

 Cibo

Esta palavra significa exatamente o mesmo que “bocado”, podendo substituí-la em qualquer contexto. Ao lanche, numa terra transmontana, será comum oferecerem-te um “cibo de pão com manteiga”, por exemplo.

 C’moquera

Esta é uma das expressões mais difíceis de explicar. Quer dizer, mais ou menos, “pode ser que sim”, sendo utilizada tanto em tom “normal” como em tom de ameaça. Por exemplo, se não fizeres as cadeiras todas este ano – nós sabemos que estás à rasca – “c’moquera” que ainda perdes a bolsa de estudos, se a tiveres. Se se meterem contigo, poderás também só dizer “c’moquera!”, em tom de ameaça, como quem diz “Pode ser que leves uma saronda!” O que é uma saronda? Já lá vamos. Só mais um cibo.

C’mássim

Esta tem mais ou menos o mesmo significado que “assim sendo” com a vantagem de não precisar necessariamente de qualquer antecedente. Se a conversa estiver fraca podes simplesmente dizer “C’mássim, vou-me andando para casa”. Também pode significar algo como “tem que ser”, como no exemplo: “Bem, vou limpar aqui o chão da cozinha, c’mássim…”

 Emplouricar

Significa ir para cima de alguma coisa. Os gatos, por exemplo, gostam de andar sempre “emplouricados” nas mesas, nos armários, nas portas, nas janelas, na televisão, nos móveis da casa de banho, na bacia…..enfim, já percebeste a ideia. E uma coisa é certa: os gatos são mais fofos quando se andam a emplouricar do que quando nos estão a arrebunhar o couro por completo.

 Ele é

Esta é um cibo difícil de explicar porque não tem jeito nenhum. Basicamente, é o mesmo que “é”, mas por vezes junta-se o “ele” mesmo que não se justifique. Em vez de perguntares “É aqui o festival?”, poderás perguntar “Ele é aqui o festival?”. Qual é a vantagem? Nenhuma. E a necessidade? Também nenhuma.

 Fai

Isto é uma variante de “faz”, pelo que tem mais que ver com a pronúncia do que com a palavra em si. Por exemplo: “Ó Sandra, fai-me aí um sumo de laranja!”. Há quem diga que o verbo “fazer” pode ser conjugado nas outras formas verbais, ao estilo de “fai” (“fais”, “faem”) mas também há quem diga que não, por isso não nos vamos pronunciar no que toca a esse assunto.

 Massim

Não há uma correspondência 100% correta para isto mas é parecido com “não mas sim”, o que, por si só, já não faz sentido nenhum. Por exemplo, se disseres que não queres salada, a tua mãe pode dizer-te: “Massim, que te faz bem!”

 Manhuço

Manhuço é um aglomerado de qualquer coisa, numa quantidade que seja possível pegar com uma mão mas sem ser possível esconder. Um manhuço de cereais, por exemplo, seria quando metes mão na caixa dos Chocapitos do Lidl e tiras uma mão cheia deles. Um manhuço de terra é quando agarras numa mão cheia de terra. Um manhuço de cibos de pão é…é uma estupidez, já.

 Lapouço

Quer dizer sujo/porco/labrego. Se és uma daquelas pessoas que não consegue ir ao McDonald’s sem deixar cair metade do hambúrguer ao chão e na barriga inchada enquanto metes a boca no outro lado do pão, pode dizer-se que és um “lapouço”. Outras palavras com significado semelhante – ainda que o destas seja um pouco mais forte, significando que a pessoa é mesmo porca – são “Larego” ou “Cochino”.

 Ladradeira

Isto é o que se chama àquelas senhoras coscuvilheiras, que passam o dia a dar à língua para cá e para lá, a falar da vida do Sr. Francisco, do carro novo da Dona Teresa, da filha bastarda da Maria Cigana. Dedicada a todas essas senhoras, e palavra “ladrar” foi adaptada, de forma pejorativa, para esta bela forma: Ladradeira.

 Guicho/a

A pronúncia é “guitcho/a” e é o equivalente a “fino”, que descreve alguém inteligente, ou esperto! Em vez de dizer “e és pouco fino, ó Zé!”, dirias “E és pouco guitcho, ó Zé! C’moquera!”.

 Refustedo/Chaldraria

Ambas as palavras querem dizer confusão, ou barulheira. “Isto é que vai para aqui um refustedo/uma chaldraria do caraças!”. Contudo, “refustedo” pode também ser utilizado em substituição de uma palavra parecida, mais feia: “p**edo”. Por exemplo: “Não te metas nessa lanchonete que só há lá refustedo…”

Larpar

Esta palavra significa o mesmo que comer, mas de uma maneira ligeiramente mais torgueira. Não há muito mais a dizer acerca desta palavra, por isso não nos vamos alongar, até porque esta mesma frase foi feita precisamente para meter aqui mais um bocadinho de texto desnecessário.

 Engranhado/a

Uma pessoa engranhada – ou, noutra variante, engaranhada – é uma pessoa cheia de frio, ou que está toda encolhida por causa do mesmo. Por exemplo: “Aquela ladradeira está ali toda engaranhada e mesmo assim não se cala! C’moquera ainda apanha uma constipação.”

 Arreguichada/o

Arreguichar é mais ou menos sinónimo de empinar. Como tal, para dizer que alguém tem a mania, diz-se que anda de nariz “arreguichado”, em vez de empinado, e as raparigas mais oferecidas normalmente “arreguicham” a saia mais frequentemente….é um refustedo.

 Birolho/a

Um gajo birolho é, basicamente, alguém que tem os olhos tortos. Apesar de parecido, não é sinónimo de zarolho, que isso é alguém que só tem um olho. Por exemplo: “O Pedro é birolho, tem um olho no pão e outro no repolho”. Os birolhos são, portanto, mais frequentes. A Rita Pereira é um exemplo de uma leve birolhice.

 Furgalhos

Isto é exactamente o mesmo que migalhas. É uma questão de preferência. Poderás dizer, por exemplo, “Não deites os forgalhos na cama pá! És birolho ou quê?”, ou “Parte aí um cibo de pão com cuidado, para não esfurgalhar”.

 Porí

Porí é uma expressão que pode ser utilizada no lugar de “se calhar”. “- Porque é que a Maria está ali amarrada? – Não sei, está engaranhada, porí”. Em português de Lisboa isto seria equivalente a “- Porque é que a Maria está ali agachada? – Não sei, está com frio, se calhar”.

 Saronda/Tunda

“Saronda” (já referida anteriormente) é sinónimo de tareia, assim como “tunda”. “O ladrão armou-se em guicho mas levou uma saronda que ficou lá estendido!”

 Bardino/Gandulo

“Bardino”, bem como “gandulo”, são palavras utilizadas para descrever um indivíduo vadio, meio delinquente. o Justin Bieber, por exemplo, é um bardino.

Surro

Quando alguém tem algum tipo de sujidade na pele, por exemplo (os lapouços têm frequentemente sujidade que vem da comida que espalham), pode dizer-se que tem surro. “Ó garota vai-te lavar que estás cheia de surro na cara!” é uma expressão que se ouve várias vezes, quando se lida com crianças.

 Bilhó

Bilhó é uma maneira de designar castanhas assadas sem casca. Tão simples quanto isto. No outono, pela altura do S. Martinho, é frequente comer um manhuço de bilhós depois de almoçar. A palavra pode também ser usada para referir a uma criança pequena, atrevida, guicha. “Este bilhó não sabe estar quieto!”

 Zorra

Talvez das mas engraçadas, é uma palavra que significa “filha bastarda”, como, por exemplo, a filha da Maria Cigana da qual já falamos no slide da Ladradeira. A Maria Cigana tem, portanto, uma zorra em casa.

 A maneira de dizer as horas

Não, neste caso o título não é uma expressão transmontana. Neste caso, o que acontece é o seguinte: sempre que ouvires alguém dizer a preposição “as” ao dizer as horas (por exemplo: “são as 3h da manhã”, em vez de “são 3h da manhã), podes assumir, com 99% de certeza, que essa pessoa vem de Trás-os-Montes. Os transmontanos teimam que faz mais sentido assim, quem não é de lá teima que não. Contudo, achamos que ambas as formas são corretas.


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Fonte: Ser Transmontano - https://amontesinho.pt/tras-os-montes/algumas-das-expressoes-que-so-vai-ouvir-em-tras-os-montes/



 


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

A GUERRA FRIA entre EUA e China

 

A Guerra Fria que hoje se vive entre os EUA e a China não é uma repetição da Guerra Fria do passado – é muito mais complexa e perigosa.

Anil Gupta, um dos especialistas mais influentes em globalização e mercados emergentes, explica como a China se tornou uma potência tecnológica, industrial, económica e militar, e de que forma isso está a alterar o equilíbrio de forças a nível mundial.

Assista aqui ao episódio completo no YouTube da Fundação


TRUMP: ignorância e perversidade

 

Antigos aliados de Trump condenam as suas afirmações sobre a Ucrânia e sobre Zelenski. De facto, é inqualificável o que o ditador Trump tem dito e feito! Inqualificável e da maior injustiça.

TRUMP JOGA BAIXO, COM TUDO E COM TODOS, OPORTUNISTICAMENTE CENTRADO NA SUA PERSONALIDADE EGOCÊNTRICA, COM CLARO PREJUÍZO PARA A DEMOCRACIA NORTEAMERICANA E PARA A GEOPOLITICA MUNDIAL.
A Política não é isto. Não deve ser isto mas, "o feitiço virar-se-á contra o feiticeiro". Já estamos a ver isso dentro do seu próprio partido, finalmente!
Além de doido e desajustado para o cargo que ocupa, é malformado e perigoso, como Putin. São dois criminosos à solta.

P. favor, leiam o artigo completo (jornal EXPRESSO).


Imagem retirada de https://www.newsweek.com/trump-dangerous-asteroid-awfulness-has-fallen-world-british-politician-781288



domingo, 19 de janeiro de 2025

Para onde ligar ou escrever se for necessário um resgate animal?

                       


Encontrou um animal em risco ou abandonado? Deverá entrar em contacto com o Centro de Recolha Oficial (CRO) correspondente ao município em que o animal se encontra e com a Polícia de Segurança Pública (PSP).

Os CRO são os responsáveis legais por recolher animais abandonados e/ou em risco, garantindo-lhes cuidados médico-veterinários, esterilizaçãodesparasitação, guarida e comida apropriada, até que estes sejam adotados.

O Programa de Defesa Animal existe desde 2015 e está implementado em todo o dispositivo da PSP (todos os Comandos Distritais, Comandos Metropolitanos de Lisboa e Porto, e Comandos Regionais da Madeira e dos Açores), funcionando 24 horas por dias, durante todo o ano.

Os casos que não sejam da responsabilidade de patrulhamento da PSP são encaminhados para a força de segurança adequada.

Não deixe um animal abandonado ou em risco sozinho. Você pode ser a sua única e última esperança.

Resgate animal: contactos

Se está perante um animal abandonado ou em risco, envie uma mensagem eletrónica com a descrição do caso, a morada onde se encontra e fotografias/vídeos para os seguintes endereços eletrónicos (todos ao mesmo tempo):

PSP — Defesa Animal — defesanimal@psp.pt

GNR — SEPNA — sepna@gnr.pt

Vereador da Câmara Municipal — Pelouro da Veterinária (endereço eletrónico disponível no sítio web da Câmara Municipal)

Veterinário municipal (endereço eletrónico disponível no sítio web da Câmara Municipal)

Centro de Recolha Oficial (CRO) do município onde se encontra (endereço eletrónico disponível no sítio web da Câmara Municipal)

Junta de Freguesia (endereço eletrónico disponível no sítio web da Câmara Municipal)

Após enviar mensagem de correio eletrónico, telefone para todas as entidades supramencionadas, informe da situação e peça para agirem imediatamente.

Contactos telefónicos:

  • PSP — Defesa Animal — 217 654 242

  • GNR — SEPNA — 808 200 520

O animal que encontrou está em agonia e precisa de assistência médico-veterinária urgente? Leve-o até a uma clínica ou hospital veterinário. Embora os encargos financeiros passem a ser da sua responsabilidade, hoje existe uma rede de apoio muito grande na recolha de fundos.

O que fazer se vir um animal a sofrer de violência?

Neste caso, o importante é assegurar que o animal fica protegido (sem que isso coloque a sua própria segurança em causa). Tire fotografias ou filme para haver prova da violência quando fizer a denúncia.

Se o animal estiver em perigo imediato, transporte-o para um local seguro (clínica veterinária ou uma associação de proteção a animais).

Denuncie sempre que saiba de uma situação de maus-tratos, abandono, negligência ou risco do animal.

Faça a denúncia numa das entidades abaixo:

  • GNR — SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente). Poderá fazer a denúncia online, num posto da GNR, ou através do telefone 808 200 520 (Linha SOS Ambiente e Território, disponível 24 h/dia).

  • PSP (Programa de Defesa Animal). Pode fazer a denúncia numa esquadra da PSP, através da linha 21 Polícia — 217 654 242 — ou via correio eletrónico para defesanimal@psp.pt.

Se tiver dúvidas sobre como proceder, contacte uma associação zoófila, pois vão ajudá-lo a recolher informações e a encaminhar a denúncia.


in https://www.tomaconta.com/blog/resgate-animal


terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Meu filho, meu Natal

 

Meu filho

Meu Menino


Terna é a noite

Que te acolhe

Meigo o sorriso

Que te beija

Abençoado o regaço

Que te aquece

Na noite fria

De um dezembro tão esperado


Meu filho

Meu menino


És o sonho de uma Primavera

Renascida

E em cada dezembro

Florida

Para sempre

 

Meu filho

Meu Menino


Belo e grande o coração

Que te ama


Meu filho

Meu Menino

Filho-meu

O meu Natal


Parabéns, filhote!