sábado, 6 de julho de 2019
terça-feira, 18 de junho de 2019
A foto que prova o aquecimento dramático no Ártico
O rápido degelo no mar da Gronelândia tem deixado especialistas em questões ambientais particularmente alarmados. Uma fotografia captada por elementos da Instituto Meteorológico da Dinamarca dá conta dos desafios que os cientistas enfrentam naquele local, onde as temperaturas anormalmente quentes da semana passada transformaram blocos de gelo num autêntico lago.
Todos os anos, investigadores do Instituto Meteorológico da Dinamarca (IMD) deslocam-se à região de Qaanaaq, no noroeste da Gronelândia, e, durante o inverno, instalaram vários instrumentos para medirem e controlarem o gelo marinho na região. "O projeto Steefen é realizado em colaboração com os caçadores em Qaanaaq, muitas pessoas que vivem ainda de forma tradicional nesta região", explica, ao JN, a especialista em questões climáticas Ruth Motrran.
Meses depois de os aparelhos serem colocados, antes da chegada do tempo mais quente e para evitar que o gelo esteja já derretido, os mesmos especialistas regressam ao local para recuperar os "aparelhos caros que de outra forma podem ir parar ao oceano". Este ano, a expedição, que é feita com cães puxados a trenó, foi surpreendida pela quantidade de água já existente no local, tal como demonstra a foto que se tornou popular nas várias redes sociais.
"O gelo que aqui se forma costuma ser bastante espesso", explica a cientista, que aponta um conjunto de justificações para explicar o acontecimento pouco comum: "Na semana passada, registaram-se temperaturas muito quentes na zona da Gronelândia e em grande parte do Ártico, impulsionadas pelo ar mais quente vindo do sul". Esta combinação de fatores contribuiu para o "derretimento de uma grande quantidade de gelo", tanto nos glaciares como no gelo marinho que por esta altura ainda costuma existir. Como o gelo é espesso e com poucas fissuras, a água não é drenada, tornando "mais difícil chegar ao local com o apoio dos cães".
Numa das estações meteorológicas do IMD, que está instalada junto do aeroporto de Qaanaaq, os termómetros chegaram aos 17.3 graus na passada quarta-feira e aos 15 graus na quinta-feira. "São valores muito elevados para esta região. Até no verão!", diz Ruth. A especialista acredita que as temperaturas anormalmente quentes nesta região vão persistir pelo menos mais alguns dias. "Espera-se um declínio geral na duração da estação que permite a formação de gelo no mar em redor da Gronelândia", diz a investigadora.
Disponível em https://www.jn.pt/mundo/interior/a-foto-que-prova-o-aquecimento-dramatico-no-artico-11020653.htmlsábado, 15 de junho de 2019
Passear o cão
Quando as pessoas passeiam os seus cães deveriam também pensar nisto.
Infelizmente, continuo a ver muita gente com os animais à solta, mesmo animais de grande porte, fazendo com que outros acabem por se afastar com os seus animais, que levam à trela, temendo brigas entre eles (que acontecem e muitas vezes com um final infeliz).
Só pensam em si.
Esquecem-se que muitos animais, caso de cães resgatados da rua e em condições traumáticas brutais, dificilmente vão socializar como desejaríamos, porque até de outros cães receberam maus-tratos.
Quanto aos cocós que os donos fingem não ver para não terem de os apanhar, até porque lhes dá jeito que os seus animais andem soltos e tantas vezes fora do seu alcance, é uma vergonha aquilo a que tenho assistido!
É uma vergonha aquilo que vejo, quer em passeios quer na relva dos jardins públicos.
Que fazer a esta gente?
Refugiados
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| Disponível em https://www.publico.pt/2017/06/19/mundo/noticia/numero-de-pessoas-deslocadas-em-todo-o-mundo-bate-recordes-1776141 (consultado dia 15.06.2019) |
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Disponível em https://oglobo.globo.com/mundo/de-onde-vem-os-refugiados-por-que-17480704 (consultado dia 15.06.2019) |
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| Disponível em https://sicnoticias.pt/especiais/afeganistao-capital-dos-errantes/2019-01-28-Os-refugiados-em-Portugal-e-no-mundo (consultado dia 15.06.2019) |
Todos os
que fogem da guerra, da fome, da miséria, da intolerância, e procuram uma vida
em paz e com dignidade, todos têm direito a um abraço fraterno (asilo) e
todos devem dá-lo.
"Hoje
eles, amanhã nós!"
Os
Direitos Humanos, a sua defesa, não se pode ficar por meras palavras. É preciso
ação, ação e seriedade nas relações políticas e na diplomacia internacional.
Para os que se interessam por este tema, esta realidade,
consultar:
sexta-feira, 24 de maio de 2019
Os alunos não podem continuar a ser meros recebedores de informação
Os alunos não podem continuar a ser meros recebedores de informação e nós, professores, não podemos continuar a ser meros funcionários’, não reflexivos e, ainda por cima, velhos e cansados.
Perante
os acontecimentos da última semana, hoje escrevo com poucas certezas sobre o
futuro da educação em Portugal. Após trinta anos de carreira numa escota da
zona oriental da cidade de Lisboa onde, como em muitas outras, todos os
contrastes da sociedade urbana se refletem, sei que irei continuar a trabalhar
com uma população cada vez mais multifacetada, com graves carências
socioeconómicas, famílias disfuncionais, vivendo em habitações precárias, com
encarregados de educação na maior parte das vezes sem qualquer qualificação ou
habilitação literária. É neste contexto de anacronismos e assimetrias
que eu e milhares de professores por este país fora trabalhamos.
O
ordenado de um professor deveria permitir-lhe - pagas as contas
básicas obrigatórias (renda, transportes, alimentação,
etc.) — um plafond para cultura (livros, cinema, teatro:
concertos), uma vez que considero ser este um dos principais poderes de um
professor. Num mundo em que tudo está acessivel através de um dique, é na
cultura vivida. experienciada e partilhada que um professor pode fazer a
diferença na vida dos nossos alunos, especialmente daqueles que a ela não têm
acesso direto.
A única
certeza que julgo possuir é esta: não é viável continuarmos alheios à
necessidade de reculturaçãoda escola pública, através de novas formas
de debate, ambicionando uma criatividade irreverente que nos permita a todos,
alunos, professores, pais e outros parceiros, uma forma de viver mais feliz
numa sociedade mais justa. Utopia, dirão. Não me parece A gestão curricular
exige mudanças e adaptações urgentes, de forma a relançar o elo entre a escola
e a sociedade numa perspetiva de adequação aos seus destinatários. A escola
deveria ser capaz de proporcionar, paralelamente às aprendizagens comuns a
todos, uma diferenciação que permita colmatar as diferenças cognitivas e
culturais dos indivíduos. E sabem que mais? Isto não ocorre através de grelhas
decorrentes de novos decretos.
A
escola tem a obrigação de dotar os indivíduos de ferramentas que lhes permitam
aprender ao longo da vida e não apenas durante os anos da sua escolaridade obrigatória.
Numa época em que os processos de acesso à informação e ao conhecimento estão
facilitados, qual será então a função do professor? A nova escola de que
necessitamos exige que se ultrapassem todas as tradicionais resistências à
mudança. Os alunos não podem continuar a ser meros recebedores de informação e
nós, professores, não podemos continuar a ser meros funcionários’, não
reflexivos e, ainda por cima, velhos e cansados. Parece-me claro que a
qualidade da educação poder ser o único veículo que permitirá a Portugal
competir numa Europa global e num mundo em que, cada vez mais, se valoriza o
papel fulcral desempenhado pelas capacidades dos indivíduos para a resolução de
problemas e adaptação a novas realidades e desafios.
É do conhecimento geral que uma
sociedade iletrada falhará nos seus propósitos individuais, sociais e
vocacionais. O mundo em que vivemos e a realidade que nos circunda não é
exatamente aquela que se vive e se aprende nas escolas. Só de forma muito
sincopada a mudança tem vindo a acontecer. E os seus efeitos também só a muito
longo prazo surgirão. Importa que as escolas consigam dar o salto qualitativo
para uma educação que viabilize a criatividade, a transformação, a criação e o
saber, através de aprendizagens válidas e significativas para os alunos,
contextualizadas e passiveis de transferência para novos contextos, de
preferência reais. Resta-me deixar uma breve nota informativa aos políticos de
Portugal: nada disto acontecerá sem os professores!
10.05.2019
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