segunda-feira, 2 de outubro de 2017
Isaltino Morais & Cª
Já agora...
LEITORES CORRUPTOS
É corrupto… mas é nosso.
Rouba… mas faz obra.
Esta são algumas das frases clássicas pensadas, ou mesmo ditas em voz alta pelos eleitores de Oeiras, os tais que são os mais letrados, onde há o maior número de licenciados, gente mais jovem, etc., etc.
Não são apenas isso! São também analfabetos políticos e corruptos, sim!, corruptos, pois vendem a honestidade e a seriedade por uma qualquer e hipotética vantagem pessoal.
São pobres seres já apodrecidos intelectualmente, que acham que os princípios são apenas um mito defendido por sonhadores.
Pessoas que desistiram de lutar por eleger gente que faça obra sem roubar, ou que não se corrompa.
Pessoas que pelo menos naquilo que mais enobrece o ser humano, deixaram de ser pessoas.
Pessoas que se pudessem, utilizando uma imagem de um humorista conhecido… teriam seguros que só cobririam os riscos da sua família… e deixaram de se interessar pela comunidade.
São pobres indigentes políticos para quem roubar e ser corrupto equivale a ser esperto… e vale o mesmo (ou até mais!) que ser honesto e íntegro.
São pobres seres que, numa boa percentagem… já nem conseguem distinguir a diferença entre bem e mal e já só conseguem ler e entender o seu saldo bancário.
Samuel Quedas.
País e democracia à rasca!
O país à rasca... à rasca continua!
Não há democracia sem cultura cívico-democrática, viva, atuante, exigente...
Não há democracia que sobreviva com um povo que elege e promove corruptos, criminosos, ladrões, cadastrados... Não há Estado de Direito que sobreviva a tanta sacanagem!
Nazaré Oliveira
terça-feira, 19 de setembro de 2017
VOTAREMOS APENAS EM CANDIDATOS QUE NÃO ESTEJAM COMPROMETIDOS COM A SELVAJARIA TAUROMÁQUICA
VOTAREMOS APENAS EM CANDIDATOS QUE NÃO
ESTEJAM COMPROMETIDOS COM A SELVAJARIA TAUROMÁQUICA
Proponho-me a reproduzir aqui o precioso testemunho
de uma ribatejana, publicado no Facebook, que não se identifica com a barbárie
que caracteriza o Ribatejo.
Estas
eleições autárquicas poderão servir para penalizar todos os candidatos que, à
direita e à esquerda, por todo o país, apoiam a selvajaria tauromáquica, que
tortura e mata animais não humanos e tira a vida e estropia animais humanos…
E nenhum destes candidatos merece o nosso
voto…
«Aprendi
a rejeitar as touradas, por uma questão de classe. Os donos dos touros eram
sempre, nas minhas certezas juvenis, os latifundiários. Os mesmos que iam para
a Praça do Mercado escolher os trabalhadores agrícolas para trabalhar à jorna,
recusar dar trabalho a trabalhadores agrícolas, ou chamar a GNR para os
reprimir.
Os
toureiros eram deles. Os forcados eram os filhos dos capatazes das suas terras.
Os que ambicionavam ser deles.
Possivelmente
com alguma análise mais adulta, a equação não seria assim tão linear... mas
ainda faltava muito para análises adultas.
Só
com o tempo, juntei à questão da barricada, o marialvismo reaccionário, a
barbárie do espectáculo, o sofrimento infringido aos animais, a desumanidade de
ir para as bancadas vibrar com o sofrimento e aplaudir o sangue.
Por
isso tudo, sou claramente a favor do fim das touradas. Por isso tudo, e
voltando, de relance, às autárquicas, seria incapaz de votar num candidato ou
num programa que as protegesse, impulsionasse, sequer, acriticamente,
aceitasse.
Morreram
dois jovens em pouco mais de uma semana, em arenas de Praças de Touros em
Portugal. A morte é sempre uma tragédia. Os acidentes têm sempre responsáveis e
culpados.
Estes
acidentes são fruto de uma "tradição" bárbara e sem nenhum sentido,
que massacra animais e mata homens.
À
Esquerda devia ser uma linha vermelha intransponível, mantê-la ou apoiá-la.»
Texto
de Isabel Faria publicado pela Isabel Ferreira in http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/votaremos-apenas-em-candidatos-que-nao-743313
Fonte:
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
Malditas touradas! Nas eleições, não votem em autarcas/partidos que defendem esta crueldade!
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É A ISTO QUE CHAMAM
FESTA, ARTE E CULTURA?
Cambada de anormais!!!!!!
Perante esta imagem não
tenho de ser politicamente correcta.
Tenho direito a
indignar-me. Tenho direito a protestar. Tenho o dever de defender estes
infelizes animais herbívoros, biologicamente iguais a mim, que também sou um
animal e sofreria as mesmas dores se me fizessem o mesmo.
Como gostaria de poder
enterrar umas bandarilhas nos costados dos anormais que fazem isto, para que
soubessem o que é ser animal!
Cambada de
ignorantes!!!!!
Os tauricidas e criaturas
afins, manifestando uma descomunal ignorância, dizem por aí, à boca rota, que
os Touros não sofrem e o que lhes acontece nas arenas serve para os fazer crescer,
como se tivessem vida depois da tortura…
E dizem isto como se
estivessem a rezar o Pai-Nosso, que é o que mais causa repulsa.
Mas a culpa desta
estupidez não é dos estúpidos.
A culpa desta estupidez é
dos governantes que a apoiam e promovem e têm-na legislada.
As Ciências Biológicas
não dizem nada a esta “gente” desprovida de uma incapacidade nata para a
Literacia e o Raciocínio.
Não sei como conseguem
chegar ao alto cargo de governar uma nação. Chegam, porque existe um povo
acrítico que também deve milhares de euros à sapiência.
Se trazemos o tema à
discussão, os únicos argumentos que apresentam para “defender” esta prática
sangrenta é chamar-nos de fundamentalistas e mandar-nos ao psiquiatra, como se
fôssemos nós os psicopatas e sádicos que deliram com o sofrimento alheio; é
falar em “tradição”, como se isto fosse tradição; é chamar esta barbárie de
cultura portuguesa, como se a tortura tivesse alguma coisa a ver com cultura; é
chamar “arte” ao sangramento de um ser vivo.
É que nem para discernir
algo que até um lagarto sabe, que é a diferença entre o que é bom e o que é
mau, eles têm capacidade.
É triste termos
governantes assim tão malformados e deformados.
Há que penalizá-los nas
próximas eleições autárquicas.
Isabel A. Ferreira
2 DE AGOSTO DE 2017 in http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/e-a-isto-que-chamam-festa-arte-e-730111
Homenagem à avó
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Luís Osório (autor) |
A mulher da minha vida
Soube da sua morte pelo telefone. Chorei como se as lágrimas pudessem durar para sempre; ao fim de um longo tempo julguei que elas nunca mais deixariam de me correr. Mas as lágrimas terminam como tudo o resto, como a vida dos que amamos e nos fizeram, para o bem e para o mal, ser estes. Que me fizeram ser este.
A avó Joaquina, mãe da minha mãe. Teria feito 100 anos no princípio desta semana. Teríamos celebrado com um bolo de chantilly e três velas se aquele telefonema não tivesse existido ou eu não o tivesse atendido – pergunto-me bastas vezes se fiz bem em fazê-lo, se porventura poderia ter evitado a sua morte se o preferisse ter ignorado, se não lhe tivesse dado importância. A partir daí mantive-o em silêncio. Na maior parte das vezes, quanto muito, vibra sem tocar.
Foi, num certo sentido, a mulher da minha vida.
Tinha a quarta classe mal tirada. Nascera nas Mouriscas, terra de Abrantes, e aprender a ler e contar era menos importante do que fazer-se à vida. Aprendeu a costurar numa máquina com um pedal, fazia soutiens que depois levava ao patrão. Recordo-me bem. Apanhávamos o 9 em Campo de Ourique, descíamos à Estrela, passávamos pelo Largo do Rato, descíamos ao Marquês de Pombal e atravessávamos a Avenida da Liberdade até alcançar os Restauradores. O patrão trabalhava aí, num prédio alto ao lado do Hotel Avenida, subíamos vários andares num elevador que imaginei num filme de Orson Welles. As meninas faziam-me uma festa enquanto o patrão recebia os soutiens e lhe dava notas em troca. A avó guardava-as no seu porta-moedas. Fazíamos o caminho de volta. Nunca mais haveria de ser tão feliz. Só que não o sabia.
O cheiro do pastelão de ovos ou do frango de fricassé. Tantas vezes ainda o sinto, como se ela tivesse regressado de uma longa viagem, estivesse na cozinha e me fosse outra vez chamar para vir para a mesa.
Chamava-me Miguel. Como toda a família que já existia antes de mim; assim me reconhecia. Após a sua partida, e da morte de minha mãe, passei a ser outro nome, o Miguel deixou de existir.
Levava-me um pão embrulhado num pano ao recreio da escola primária. E acordava-me nas manhãs com um pequeno-almoço que me pousava na cama. Aos fins-de-semana comprava-me o jornal desportivo e nunca se esquecia de me despertar com um beijinho. Quando comecei a sair era com o seu dinheiro – de três em três meses oferecia-me mil escudos que gastava religiosamente em livros e numas cervejas.
A primeira vez que me apaixonei foi ela quem me deu o dinheiro para o jantar. E no rescaldo da tragédia foi ela a tranquilizar-me. A menina achava-me graça mas não a suficiente. Convenceu-me então que os grandes amores ainda estavam para vir. Assim como os grandes projectos.
Morreu a 13 de Setembro de 2000. E o funeral celebrou-se no dia em que fiz 29 anos. Na semana anterior quis ver-me, tinha coisas para serem ditas, não desejava ir embora sem mas dizer. Ouvi-a. Informou-me que não ia durar muito, estava cansada e, mais do que nunca, a sua cabeça estava cheia de imagens de infância, como se sentisse que já não pertencia a este tempo, mas a outro que não entendia bem. Não mo disse nestas palavras, interpretei-as assim e quando as recordo é assim que as recordo.
Queria despedir-se. Dizer-me que guardara para mim o dinheiro que juntara na sua vida. Para mim, para a Zé e para o André que acabara de fazer dois anos. Deu-me o seu porta-moedas. Dentro dele estavam vinte contos: a maior fortuna que poderia ambicionar. Guardei-o como a mais preciosa das jóias. A única coisa que verdadeiramente me pertence, que sinto me pertence.
A avó faria 100 anos.
Não assistiu à morte dos seus dois filhos. Não viu nascer o irmão do André, o meu segundo a quem baptizámos de Miguel em homenagem ao amor incondicional que sentia por mim. Não me viu em divórcios, o que lhe teria sido pesado.
Uma mulher extraordinária. Que me ensinou o valor das coisas que não se têm de dizer. Que se sacrificou por mim como se a sua vida não fosse importante, só a minha. Por isso, cada coisa que faço, penso ou sinto é nela que esbarro – no que não comeu para que eu comesse, no que não viveu para que eu vivesse, no que não sentiu para que eu sentisse.
Um dia, num livro de pensamentos, escrevi: «Uma família empurrava um carro em plena avenida – já não lhes bastava a crise, as arrelias e o preço da gasolina, agora também o motor. Há alturas em que um pequeno problema, somado a um mundo de outras angústias, é capaz de desencadear uma tempestade perfeita. A imagem fez-me regressar a uma madrugada em que, numa esquina perigosa, empurrei um automóvel com a avó Joaquina lá dentro. É a ela que volto quando alguém empurra carros em pequenas ruas ou largas avenidas. Nunca perco a oportunidade de olhar lá para dentro – as pessoas não imaginam que procuro o sorriso de uma avó de quem tenho tantas saudades».
É isso, só isso. O resto é silêncio. Por vezes, ruidoso. Noutras, um mar calmo.
in http://ospontosdevista.blogs.sapo.pt/luis-osorio-a-mulher-da-minha-vida-780295
domingo, 30 de julho de 2017
Quanto custa a VIDA?
Quanto custa a VIDA? Quanto custa VIVER? De que é feita a VIDA?
Que vida a destas crianças! Destemidas, enfrentam a morte para se aguentarem com vida. Elas e a sua família.
Que revolta continuarmos a ver uma globalização que cava cada vez mais o fosso entre ricos e pobres. E políticas que esquecem o cidadão, os direitos humanos, a dignidade humana...
Nunca tinha visto uma coisa assim.
A VIDA, lado a lado com a MORTE.
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