José da Câmara |
Da escritora e jornalista Isabel Ferreira, um artigo que subscrevo inteiramente.
TAUROMAQUIA: SE A IGNORÂNCIA MATASSE O FADISTA JOSÉ DA CÂMARA ESTARIA MORTO E ENTERRADO
… aliás, estariam mortos e enterrados
todos os aficionados de selvajaria tauromáquica, e este assunto estaria
resolvido; os Touros (que ficam bravos só quando são torturados pelos seus
carrascos) viveriam em paz, no seu habitat natural (que não são as arenas); o
mundo ver-se-ia livre desta gente pouca, feia e má; e nós não seríamos
agredidos, todos os dias, com estes atentados à nossa inteligência.
O fadista José da Câmara numa recente
entrevista, onde lhe fazem umas perguntas sobre selvajaria tauromáquica ele diz
esta coisa espantosa: «Se desaparecerem as corridas de
touros há uma coisa que é certa, os toiros bravos desaparecem e perdem-se
milhares de postos de trabalho».
Primeira regra: quando se vai para uma
entrevista, é da inteligência ir preparado para as eventuais perguntas que
possam fazer-nos.
O José da Câmara espalhou-se ao
comprido, com esta resposta. Pois demonstrou não só uma ignorância crassa sobre
os Bovinos, nada sabendo de Biologia, de bois, de vacas, de touros, de
bezerros, como também nada sabe do mercado de trabalho.
Que grande bojarda! Mais valia ir cantar
fados para o meio das arenas.
Se não quer morrer ignorante leia estes
artigos, José da Câmara, faça esse favor a si próprio:
Pois fique sabendo que quando (não é SE,
é quando) as touradas desaparecerem, a coisa que é certa, é que quem desaparece
é a raça dos carrascos que os torturam, para divertir os sádicos
que ficaram especados na Idade Média. Isso é que é certo, porque os touros,
esses, continuarão a existir. O Touro dito bravo não existe na Natureza, logo
não se extingue algo que não existe. Não é óbvio?
Quantos anos tem, José da Câmara? Nasceu
no século XX depois de Cristo, obviamente, conseguiu sobreviver e passou ao
século XXI, mas tem os pés fincados no século XIII. Não é coisa de velho?
Os aficionados já nasceram velhos. Vivem
no passado, têm ideias velhas e carcomidas. Não evoluíram nada, e o pior é que
se recusam a evoluir. Triste, muito triste.
Quanto aos milhares de postos de
trabalho que se perdem, primeiro, não são milhares, nem pouco mais ou
menos; segundo, os que vivem à custa da tortura de Touros, não
trabalham, o trabalho dignifica o homem, e esta actividadesó
desonra quem a pratica, por isso, nem milhares nem postos, e muito menos de
“trabalho”; e nada se perderá, e se quem andava a torturar touros quiser fazer
alguma coisa de útil DEPOIS de acabar as touradas, poderão dedicar-se à
agricultura: plantem hortas e campos de cereais e vinhas e oliveiras e pomares
e sobreiros e façam alguma coisa de útil na sociedade, deixem de ser parasitas
que vivem à custa dos nossos impostos. Terão muito trabalhinho pela frente.
Deixem os animais em paz, pois o mundo caminha para o vegetarianismo, é mais
saudável e condizente com a evolução do homem. Dediquem-se ao cultico da terra.
É mais digno de um ser humano.
Dizer que se perdem milhares de postos
de trabalho é enganar os ceguinhos.
E o José da Câmara continuou a dizer
disparates. Disse esta coisa ainda mais espantosa: «Eu acho que às vezes é
um bocado exagerado ali nos ferros, uns ferros a mais e tal. Agora se um touro
bravo não é um bocadinho espicaçado também não reage». Pois acha, porque
pensar não consegue, e tal… Os ferros, pois são exagerados, assim como é
exagerado tudo o que diz respeito à selvajaria tauromáquica. E trocou tudo.
Devia dizer: «Se um touro não é bastamente
espicaçado não fica bravo». E aqui entra a
ignorância dos aficionados: um Touro é simplesmente um bovino, um herbívoro
manso, e esse sim, existe na natureza. O “bravo” só existe, na arena, quando
é torturado. Qualquer animal, humano ou não humano, espicaçado fica
bravo.
Eu fico uma Isabel brava se
investirem contra mim. E Isabéis bravas não existem na
Natureza. Existem apenas quando a circunstância o exige. Com os Touros é a
mesma coisa.
Para a próxima, quando der uma
entrevista, o José da Câmara prepare-se melhor, para não dizer disparates que
ficam mal a um fadista.