Foto do jornal I |
Li esta notícia.
Nem tudo o que parece é, mas...
São os
professores que conhecem os alunos, que conhecem a realidade.
Avaliar é algo muito sério. Transitarem ou não, é uma decisão que cabe aos professores, decisão tantas vezes limitada, é certo, por regulamentação da tutela muito desajustada do terreno.
Também é verdade que as escolas continuam a ter demasiada burocracia, demasiadas grelhas e planos, como se o aluno e a turma e o processo de aprendizagem se pudessem restringir a linhas rectas e perpendiculares, que pouco ou muito pouco cruzam ou sequer tangem com a verdadeira realidade.
Parece que o professor não tem autoridade, segurança e independência no seu trabalho, tal é a necessidade incrível de tudo ter passado a ser justificável por números e mais números, planos e mais planos, grelhas e mais grelhas Excel, lindas, coloridas, mas tão perversamente esclarecedoras e realistas.
Nem tudo tem ou deve ser quantificável.
Muita coisa (há muito!) devia ser ser revista no âmbito da avaliação, seguramente, das tarefas mais difíceis de um professor mas, também, das que mais tem sofrido nas mãos deste ou daquele governo, deste ou daquele ministro da educação.
Enquanto tivermos nas escolas professores acólitos, subservientes à tutela e aos pais, com falta de profissionalismo (porque também disto se trata), falta de personalidade, acríticos, que fingem fazer aquilo que de facto só a realidade turma evidencia, porque, aí, é que se joga o tudo ou nada, o que se sabe ou não, o que se faz ou finge saber... enquanto tivermos nas escolas gente que não se sente professor mas que o diz ser, gente que não gosta de ensinar mas que o diz fazer... teremos esta situação que a notícia transmite, e não só.
Numa profissão cada vez mais exigente e mais dura, porque a sua essência parte da realidade social, ela própria, cada vez mais desestruturada e complexa à qual vai buscar o seu objecto de trabalho, teremos todos estes males a ensombrarem a missão extraordinária de quem ensina porque gosta mas também porque sabe.
Convém continuar a lembrar que os problemas na Educação e nas Escolas passam sobretudo (e muito) pela resolução dos grandes problemas e das grandes e legítimas reivindicações dos professores, leia-se, dos professores que gostam de o ser e que na realidade isso têm provado àqueles que de facto mais próximos de si estão - os seus alunos -, apesar das condições em que o fazem, quer materiais quer salariais.
Os bons professores precisam de uma tutela que os ouça e que com eles colabore e neles reconheça a imprescindibilidade de um trabalho que missão chega a ser, o mesmo se aplicando a certos alunos e a certos encarregados de educação, tantas vezes, eles próprios, obstáculos a uma sã e desejável relação de proximidade responsável.
Avaliar é algo muito sério. Transitarem ou não, é uma decisão que cabe aos professores, decisão tantas vezes limitada, é certo, por regulamentação da tutela muito desajustada do terreno.
Também é verdade que as escolas continuam a ter demasiada burocracia, demasiadas grelhas e planos, como se o aluno e a turma e o processo de aprendizagem se pudessem restringir a linhas rectas e perpendiculares, que pouco ou muito pouco cruzam ou sequer tangem com a verdadeira realidade.
Parece que o professor não tem autoridade, segurança e independência no seu trabalho, tal é a necessidade incrível de tudo ter passado a ser justificável por números e mais números, planos e mais planos, grelhas e mais grelhas Excel, lindas, coloridas, mas tão perversamente esclarecedoras e realistas.
Nem tudo tem ou deve ser quantificável.
Muita coisa (há muito!) devia ser ser revista no âmbito da avaliação, seguramente, das tarefas mais difíceis de um professor mas, também, das que mais tem sofrido nas mãos deste ou daquele governo, deste ou daquele ministro da educação.
Enquanto tivermos nas escolas professores acólitos, subservientes à tutela e aos pais, com falta de profissionalismo (porque também disto se trata), falta de personalidade, acríticos, que fingem fazer aquilo que de facto só a realidade turma evidencia, porque, aí, é que se joga o tudo ou nada, o que se sabe ou não, o que se faz ou finge saber... enquanto tivermos nas escolas gente que não se sente professor mas que o diz ser, gente que não gosta de ensinar mas que o diz fazer... teremos esta situação que a notícia transmite, e não só.
Numa profissão cada vez mais exigente e mais dura, porque a sua essência parte da realidade social, ela própria, cada vez mais desestruturada e complexa à qual vai buscar o seu objecto de trabalho, teremos todos estes males a ensombrarem a missão extraordinária de quem ensina porque gosta mas também porque sabe.
Convém continuar a lembrar que os problemas na Educação e nas Escolas passam sobretudo (e muito) pela resolução dos grandes problemas e das grandes e legítimas reivindicações dos professores, leia-se, dos professores que gostam de o ser e que na realidade isso têm provado àqueles que de facto mais próximos de si estão - os seus alunos -, apesar das condições em que o fazem, quer materiais quer salariais.
Os bons professores precisam de uma tutela que os ouça e que com eles colabore e neles reconheça a imprescindibilidade de um trabalho que missão chega a ser, o mesmo se aplicando a certos alunos e a certos encarregados de educação, tantas vezes, eles próprios, obstáculos a uma sã e desejável relação de proximidade responsável.
Nazaré Oliveira