Parece mentira mas é verdade. Aconteceu.
Os
portugueses que reelegeram Passos Coelho e Paulo Portas não sofreram (nem sofrem) como eu e milhares de
outros cidadãos deste país, as medidas terríveis de uma arrogante e cruel
GESTÃO DA AUSTERIDADE que traçaram e nos impuseram, impiedosamente, e que nos assolou a vida e a alma.
Os portugueses que reelegeram Passos Coelho e Paulo Portas, rápido esqueceram, na mesa de voto, os horrores de uma legislatura pautada pelo desprezo e atropelo dos mais elementares direitos constitucionais e pela mentira e demagogia com que habilmente e diariamente arquitetaram a sua narrativa política e os seus erros de governação, melhor dizendo, a sua ignorância, perversidade e sentido de estado.
Os portugueses que reelegeram Passos Coelho e Paulo Portas esqueceram tudo isto e perdoaram.
Perdoaram o imperdoável, o inconcebível, o inimaginável! A corrupção, os crimes fiscais, o compadrio político, o tráfico de influências, o branqueamento de capitais, a promoção descarada de incompetentes e medíocres nas empresas públicas, de aldrabões, de lambe-botas... da pobreza coberta ou descoberta...
Os portugueses que reelegeram Passos Coelho e Paulo Portas, rápido esqueceram, na mesa de voto, os horrores de uma legislatura pautada pelo desprezo e atropelo dos mais elementares direitos constitucionais e pela mentira e demagogia com que habilmente e diariamente arquitetaram a sua narrativa política e os seus erros de governação, melhor dizendo, a sua ignorância, perversidade e sentido de estado.
Os portugueses que reelegeram Passos Coelho e Paulo Portas esqueceram tudo isto e perdoaram.
Perdoaram o imperdoável, o inconcebível, o inimaginável! A corrupção, os crimes fiscais, o compadrio político, o tráfico de influências, o branqueamento de capitais, a promoção descarada de incompetentes e medíocres nas empresas públicas, de aldrabões, de lambe-botas... da pobreza coberta ou descoberta...
"Portugal
valida a austeridade", diz a imprensa internacional.
Arrepiante, ler e saber que tal aconteceu.
Arrepiante, ler e saber que tal aconteceu.
De facto, o
que deveria esperar-se de pessoas com memória curta? Ou sem memória? Ou masoquistas?
Afinal não
nos roubaram direitos constitucionalmente adquiridos, não nos roubaram
salários, nem pensões, nem trabalho, nem a própria vida, como a muitos aconteceu.
Afinal, não
nos impuseram terríveis e cruéis medidas de austeridade que desumanamente
negociadas foram (e são) em prol de carreiras políticas cuja ascensão meteórica
assim o tem provado, numa União Europeia cada vez mais desigual e
desigualitária, intolerante, prepotente, hipócrita, arredada que tem estado dos
princípios e valores que lhe deram origem e dos grandes ideais dos que a
sonharam unida, solidária e democrática.
Afinal, não
estamos muito mais pobres e a realidade que vivo (que muitos milhares como eu
vive) é a melhor, a mais justa, a mais decente para todos.
Afinal, eu tenho um país fantástico,
maravilhoso, onde a política do governo serve o interesse de todos e vai
continuar a servir, onde a Economia continuará orientada por metas e decisões
que visem, primeiro e sempre, o interesse dos que mais precisam e não só de bancos e banqueiros, amigos e amigalhaços, e só depois, muito depois, o
interesse dos cidadãos, dos cidadãos que mal têm para comer e sobre os quais ninguém se
rala, dos que não têm trabalho nem casa nem esperança nem dias nem noites de sossego... dos que desesperam encostados numa angústia sem fim e que à morte tantas vezes tem levado, porque ninguém se rala, porque ninguém se tem ralado.
Passos Coelho e Paulo Portas? Bendita gente!
Bendito o povo que assim cala e consente!
Nazaré
Oliveira