sábado, 13 de setembro de 2014

estado islâmico, estado bárbaro


Um texto do Pe. e Professor João Vila-Chã.
Imagens selecionadas por mim.






(…) desejo, se me permitem, voltar a o terrível escândalo que é a brutal violência desencadeada em nome do Islão pelos terroristas que estão no comando do autointitulado, e que por ninguém deve ser reconhecido, «estado islâmico», na Síria e no Iraque.
O vídeo da decapitação de James Foley, jornalista de Boston, de apenas 40 anos, há meses capturado na Síria, constitui hoje a enésima recordação da dimensão do problema a que temos de fazer frente.
O terrorismo que se acha justificado pela religião, e mata em nome de Deus, é, talvez, a realidade mais patológica que neste momento afeta a humanidade.
Decapitar seres humanos aos gritos de «Allahu Akbar», para já não mencionar as práticas de genocídio atualmente em curso no norte do Iraque, é simplesmente a maior obscenidade de que algum ser humano se pode fazer culpado.
Os terroristas do IS têm de ser parados; as suas ações de dementes ou possessos têm de ser urgentemente estancadas; a comunidade internacional tem de demonstrar a sua capacidade de proteger a humanidade dos perseguidos, estejam eles onde estiverem. Nesse sentido, alegro-me que o Primeiro-Ministro da Itália esteja a preparar, ou até mesmo já efetuando, uma visita relâmpago a Bagdad, presumo que em ordem a demonstrar que a Itália está disposta a fazer a sua parte neste «imbróglio» que é a situação no Médio Oriente.
As soluções para problemas deste tipo nunca são fáceis de encontrar; contudo, uma coisa deve permanecer clara: tolerar ações como as desses (bem mais numerosos do que seria de esperar) terroristas e fanáticos que são os militantes do «estado islâmico» da Síria e do Iraque, é algo doravante absolutamente intolerável e que, por isso, deve ser combatida com a maior firmeza possível por parte de todos os Estados de Direito.
Mais que tudo, é urgente que os líderes das comunidades islâmicas espalhadas pelo mundo demonstrem, por uma vez, onde estão as suas prioridades: na Paz que o Alcorão também reclama, ou no consentimento de justificações ambíguas ao serviço do revanchismo religioso, perfeitamente indigno e sem razão alguma que se possa aceitar.