domingo, 28 de julho de 2013

Não há Justiça




Li, há pouco, este artigo.

É verdade, sim.
"Após ter semidestruído Portugal economicamente, socialmente, familiarmente, psicologicamente, com total impunidade e arrogância, Vítor Gaspar deixa, ao escapar-se, apontado um tiro de misericórdia aos idosos (e não só) ".

Falta só dizer que os ricos continuam ricos! E que lhe agradecem por tal.

De que é que este país está a precisar? De mudança. De políticos e de políticas. De uma revolução.

Uma revolução que reponha verdadeiramente aquilo pelo qual os nossos pais e avós lutaram e pelo qual lutei e continuarei a lutar: justiça!

Tanto comentador, tanto especialista a opinar sobre tudo e mais alguma coisa, tanto político com politiquices, tantas promessas por cumprir, tanta desgraça social, tanto roubo institucionalizado, tanta corrupção, tanto rico cada vez mais rico, tanta gente com fome, tanta gente endividada, tanta pobreza, tanta arrogância de uma minoria cada vez mais colada às elites governamentais, tanta humilhação dos mais fracos, dos mais vulneráveis, tanta calma aparente e tanto desespero já mal contido!
Eu queria ouvir a voz do povo porque a voz do povo é a voz da razão.
Eu queria ouvir a voz do povo porque é o povo que sofre, que chora a miséria e a penúria, o abandono e a indiferença.
Eu queria ouvir a voz do povo porque foi o povo o atraiçoado, o enganado e o ofendido.
Eu queria ouvir a voz do povo como “naquela manhã límpida e clara”, prenhe de esperança mas fortesna luta e no combate que afinal não terminou.

Completamente alheados da vida nacional cuja democracia em perigo colocaram, além da destruição do Estado Social assistimos cada vez mais à subserviência abjeta de um governo que não se inibe de matar o seu povo, lentamente, a troco desse servilismo hediondo que para o abismo, abruptamente, sem dó nem piedade, arrastou milhares e milhares de pessoas que do seu trabalho viviam, sem grandezas e sem mordomias.

Pedem-se sacrifícios aos sacrificados de sempre mas, quem lhos pede e exige, sacrifícios não fez nem fará. Porquê?
Por que razão continuamos a assistir a tudo isto?

Porque não há Justiça.
Singram as impunidades, a corrupção, as amnistias, a falta de Ética e de Moral.
Enoja-me este fazer de conta que não se está a ver aquilo que claramente visto é.


Nazaré Oliveira