Não resisto!
Com a devida vénia, aqui publico um artigo de J. Norberto Pires, lido há pouco no seu blogue
http://re-visto.com/isto, que também sigo, com o título "Manual do medíocre imbecil e politicamente correcto".
Categoria!
Com a devida vénia, aqui publico um artigo de J. Norberto Pires, lido há pouco no seu blogue
http://re-visto.com/isto, que também sigo, com o título "Manual do medíocre imbecil e politicamente correcto".
Categoria!
Os medíocres
imbecis são em regra politicamente correctos e desonestos. Têm o hábito de se
promoverem uns aos outros e de afastarem com todas as suas forças malévolas os
competentes e honestos, porque sabem muito bem que estes são, e serão sempre,
uma ameaça à sua ensimesmada mediocridade e incompetência.
Embora nunca
o admitam – porque lhes faltam obviamente as necessárias inteligência, lucidez
e humildade -, os medíocres sabem bem lá no fundo que não sabem nada de nada.
Desprovidos de argumentos para combater as ideias dos seus adversários
inteligentes, fogem do debate aberto e franco de ideias como o diabo da cruz.
Usam e abusam contudo da maledicência rasteira, ridicularizando amiúde os seus
opositores com piadas ad hominem de mau gosto, de preferência à boca
fechada, nos círculos restritos dos seus congéneres.
A esperteza
saloia que os caracteriza permite-lhes farejar como ninguém dinheiro e postos
“de trabalho” que não exijam muito suor, mas que lhes confiram o estatuto
social necessário para se pavonearem de motorista em carros de alta cilindrada.
Sim, porque a cilindrada do carro é, nos cérebros mirradinhos destes imbecis,
directamente proporcional à sua pretensa importância política e social.
A sua
medíocre esperteza saloia permite-lhes ainda perceber que, para atingirem os
seus objectivos mesquinhos têm de manter cuidadosamente uma atitude servil,
oportunista e hipócrita para com quem aqueles que estão no poder. Assim,
continuam a rastejar desavergonhadamente na babugem dos partidos ou das ditas
sociedades discretas, na esperança de que chovam convites para cargos cada vez
mais importantes e mais bem pagos.
Enchem a
boca com a necessidade de combater a corrupção, mas estão sempre ao lado dos
corruptos e não abdicam de receber montantes obscenos do erário público em
troca de cargos meramente representativos. Enchem a boca com a solidariedade –
eles sabem que é conveniente ter pelo menos o nome ligado a instituições de
apoio social -, mas desprezam sobranceiramente os pobres e a pobreza.
Haverá com
certeza imbecis desta envergadura em todo o lado, mas em Portugal a permanência
e a elevada percentagem de condes de Abranhos é directamente proporcional ao
nosso endémico analfabetismo cívico e político.