Infelizmente, no nosso país pensa-se que é pelas classificações muito altas que se exigem para as entrada nas Faculdades que se garantem, logo, futuros e bons profissionais, especialmente na área da saúde e particularmente em Medicina.
Que falsa verdade! Tantos jovens VERDADEIRAMENTE VOCACIONADOS para abraçar uma profissão voltada para os outros a verem-se obrigados a sair do seu país para se realizarem! Tem sido um exagero! Afinal, o que isto demonstra é a falta de confiança, também, nas Faculdades de Medicina, no ensino superior, pois, a partir do momento em que os alunos entrassem (com médias razoáveis, claro!), EXIGÊNCIA e RIGOR, quer para alunos quer para PROFESSORES, deveria ser um ponto de honra, e assim, sem dúvida alguma, garantir-se a formação pedagógica e científica que permitisse ao nosso país ter quadros de excelência, na Medicina como noutras áreas profissionais, sem chegarmos ao descalabro de “importar” profissionais “de fora”, sem outros dados da sua formação profissional a não ser a sua nota final de curso, e pouco mais, mesmo com os tais pedidos de equivalência ou “estágios e orientações acompanhados”, aqui em Portugal, e que afinal lhes garantem trabalho e valorização profissional.
Não se veja nas minhas palavras qualquer assomo de xenofobia, pelo contrário, mas, simplesmente, o injusto que é e que sinto ver o exagero nas fasquias que se colocam quanto às médias para as entradas em Medicina, no nosso país, e, paradoxalmente, ver facilitismos nas entradas de alunos estrangeiros nas nossas Universidades e nas contratações de médicos de outros países, com as desconfianças perfeitamente legítimas sobre o seu processo de entrada ou de formação.
Sim, alguém sabe com que nota entraram esses alunos e esses médicos que agora são aceites e contratados, venham da Colômbia, Espanha, Cuba, Moldávia ou de outro país? E se são, realmente, alunos e profissionais aos quais se lhes aplicou o que aos nossos se aplica?
Não é justo estar-se a travar a entrada dos nossos jovens por causa de classificações que, estamos fartos de saber, estão inflacionadas, quer por certas escolas privadas quer por certas escolas públicas, umas e outras com muita gente a ensinar e a avaliar nem sempre da forma mais profissional, séria e rigorosa, fazendo tantas vezes com que a diferença de 2 ou 3 décimas na classificação final dos alunos seja o passaporte para o desespero, a frustração e a angústia dos nossos jovens e famílias e, por causa disto, vá depois permitir a entrada de outros, sabe Deus como, revoltando-nos, isto é, revoltando-me.
O nosso sistema, também neste âmbito, é perverso. Injusto e perverso.
A qualidade e rigor que se pretende na carreira médica ou noutra, não se mede unicamente pelos 20 valores, 19,3 ou 17,8 .....com os quais entram (quando entram!) mas por todo um desempenho e percurso no secundário e, sobretudo, no UNIVERSITÁRIO.
Deixem-se de manias! E de falsas verdades!
Haja bons professores, claro, mas bons governantes e orientações políticas e políticas educativas sensatas.
Por exemplo, em vez de tantos estádios de futebol, muitos deles às moscas por causa dessas manias, fizessem mais faculdades de Medicina, investissem mais em equipamentos médico-hospitalares, na formação rigorosa de professores, na contratação de muitos mais professores e com salários mais dignos!
No fim ninguém se interessa se o aluno sai com 10 ou 11 valores, não é verdade? Que é o caso de muitos dos estrangeiros que têm de ser contratados por causa deste estúpido funil, pretensiosamente exigente, que as Faculdades portuguesas têm e que trava a entrada de jovens que querem mesmo fazer Medicina por vocação e não para fazer dinheiro (como muitos deles pensam, e nós sabemos, sobretudo os filhos daqueles que, porque o têm, colocaram os seus educandos em explicações a praticamente todas as disciplinas, pagas a “peso de ouro”e a alguns desde o 1º ciclo, pois não querem por nada deste mundo privar os seus meninos desta entrada “triunfal” nas Faculdades de Medicina… em Portugal!). Coitado de quem não tem dinheiro mas tem inteligência e vocação!
O dinheiro não compra tudo e, seguramente, não compra a VOCAÇÃO porque esta nunca estará à venda. Mas, no fundo, é o dinheiro, sempre o dinheiro, a ditar as regras do jogo.
Até quando?
Tanto jovem vocacionado e bons alunos no secundário a não poderem continuar a estudar em Portugal, ou mesmo a virarem-se para outros cursos, porque os seus pais não podem, de maneira alguma, “competir” com este estado de coisas e esta gente, por causa disto e muito mais, apesar de SENTIREM PROFUNDA E SERIAMENTE O APELO DESTA CARREIRA, quer no plano científico quer humano.
Tanta injustiça!
Tantas manias corporativas! Tantas manias!
Nazaré Oliveira
Que falsa verdade! Tantos jovens VERDADEIRAMENTE VOCACIONADOS para abraçar uma profissão voltada para os outros a verem-se obrigados a sair do seu país para se realizarem! Tem sido um exagero! Afinal, o que isto demonstra é a falta de confiança, também, nas Faculdades de Medicina, no ensino superior, pois, a partir do momento em que os alunos entrassem (com médias razoáveis, claro!), EXIGÊNCIA e RIGOR, quer para alunos quer para PROFESSORES, deveria ser um ponto de honra, e assim, sem dúvida alguma, garantir-se a formação pedagógica e científica que permitisse ao nosso país ter quadros de excelência, na Medicina como noutras áreas profissionais, sem chegarmos ao descalabro de “importar” profissionais “de fora”, sem outros dados da sua formação profissional a não ser a sua nota final de curso, e pouco mais, mesmo com os tais pedidos de equivalência ou “estágios e orientações acompanhados”, aqui em Portugal, e que afinal lhes garantem trabalho e valorização profissional.
Não se veja nas minhas palavras qualquer assomo de xenofobia, pelo contrário, mas, simplesmente, o injusto que é e que sinto ver o exagero nas fasquias que se colocam quanto às médias para as entradas em Medicina, no nosso país, e, paradoxalmente, ver facilitismos nas entradas de alunos estrangeiros nas nossas Universidades e nas contratações de médicos de outros países, com as desconfianças perfeitamente legítimas sobre o seu processo de entrada ou de formação.
Sim, alguém sabe com que nota entraram esses alunos e esses médicos que agora são aceites e contratados, venham da Colômbia, Espanha, Cuba, Moldávia ou de outro país? E se são, realmente, alunos e profissionais aos quais se lhes aplicou o que aos nossos se aplica?
Não é justo estar-se a travar a entrada dos nossos jovens por causa de classificações que, estamos fartos de saber, estão inflacionadas, quer por certas escolas privadas quer por certas escolas públicas, umas e outras com muita gente a ensinar e a avaliar nem sempre da forma mais profissional, séria e rigorosa, fazendo tantas vezes com que a diferença de 2 ou 3 décimas na classificação final dos alunos seja o passaporte para o desespero, a frustração e a angústia dos nossos jovens e famílias e, por causa disto, vá depois permitir a entrada de outros, sabe Deus como, revoltando-nos, isto é, revoltando-me.
O nosso sistema, também neste âmbito, é perverso. Injusto e perverso.
A qualidade e rigor que se pretende na carreira médica ou noutra, não se mede unicamente pelos 20 valores, 19,3 ou 17,8 .....com os quais entram (quando entram!) mas por todo um desempenho e percurso no secundário e, sobretudo, no UNIVERSITÁRIO.
Deixem-se de manias! E de falsas verdades!
Haja bons professores, claro, mas bons governantes e orientações políticas e políticas educativas sensatas.
Por exemplo, em vez de tantos estádios de futebol, muitos deles às moscas por causa dessas manias, fizessem mais faculdades de Medicina, investissem mais em equipamentos médico-hospitalares, na formação rigorosa de professores, na contratação de muitos mais professores e com salários mais dignos!
No fim ninguém se interessa se o aluno sai com 10 ou 11 valores, não é verdade? Que é o caso de muitos dos estrangeiros que têm de ser contratados por causa deste estúpido funil, pretensiosamente exigente, que as Faculdades portuguesas têm e que trava a entrada de jovens que querem mesmo fazer Medicina por vocação e não para fazer dinheiro (como muitos deles pensam, e nós sabemos, sobretudo os filhos daqueles que, porque o têm, colocaram os seus educandos em explicações a praticamente todas as disciplinas, pagas a “peso de ouro”e a alguns desde o 1º ciclo, pois não querem por nada deste mundo privar os seus meninos desta entrada “triunfal” nas Faculdades de Medicina… em Portugal!). Coitado de quem não tem dinheiro mas tem inteligência e vocação!
O dinheiro não compra tudo e, seguramente, não compra a VOCAÇÃO porque esta nunca estará à venda. Mas, no fundo, é o dinheiro, sempre o dinheiro, a ditar as regras do jogo.
Até quando?
Tanto jovem vocacionado e bons alunos no secundário a não poderem continuar a estudar em Portugal, ou mesmo a virarem-se para outros cursos, porque os seus pais não podem, de maneira alguma, “competir” com este estado de coisas e esta gente, por causa disto e muito mais, apesar de SENTIREM PROFUNDA E SERIAMENTE O APELO DESTA CARREIRA, quer no plano científico quer humano.
Tanta injustiça!
Tantas manias corporativas! Tantas manias!
Nazaré Oliveira