sábado, 25 de junho de 2011

Copiaram?


Não percebo por que se perde tanto tempo com esta questão!
Tratando-se de alunos, de gente que presta provas, e é disto que falamos sejam do Centro de Estudos Judiciários, da Básica X,  da Secundária Y, do filho de A, do primo de B,  desta ou daquela terra, quando se apanham a copiar ou se provou que copiaram,  NÃO HÁ MAS NEM MEIO MAS.
ZERO VALORES! Que contam e deverão contar não só ao nível dos conhecimentos como, também, nas ATITUDES.
É assim que faz um professor, um avaliador e uma instituição séria perante um caso de clara desonestidade, ainda por cima, com o agravante de se tratar de homens e mulheres licenciados em Direito, desejosos de serem juízes e de julgar os outros,  considerando-se alguns,  tantas vezes só por isso,  superiores aos demais e grandes exemplos de sabedoria, rectidão e virtude.
Não pode haver argumentos abonatórios, nunca, para quem não está a levar a sério aquilo que lhe permitirá ser avaliado. E mais grave, muito grave mesmo, seria fazer de conta que isto não aconteceu!
Apesar de alguém ter decidido, quase de imediato, atribuir 10 a estes alunos,  felizmente que o assunto veio à praça pública para que houvesse um pingo de vergonha.
E se não se soubesse? Se ficassem mesmo com 10 valores mesmo tendo copiado?  Que Estado de direito é este? Que escola e que ensino é este?  Que país é este? Que justiça é esta?
Os encarregados de educação cujos filhos foram apanhados a copiar e que,  por isso mesmo,  tiveram zero nessas provas,    sofrendo ainda sanções disciplinares e comprometendo, inclusive, a sua aprovação final, como se sentirão neste momento? E os professores que os penalizaram?
Em democracia,  o cumprimento da Lei é para todos e a responsabilidade pelo funcionamento das instituições democráticas também.
Não pode haver INTOCÁVEIS. Já chega!
Constatar isto, mais uma vez, é uma vergonha. Muito maior do que aquela que sentimos quando a notícia saiu nos jornais.
Copiou? Provou-se? Zero!
O resto é conversa.

Nazaré Oliveira