quarta-feira, 25 de maio de 2011

NÃO, NÃO, NÃO!














Senti-me feliz e orgulhosa por ter estado na Marcha a favor dos DIREITOS DOS ANIMAIS dando voz a milhares de seres que sofrem horrores nas mãos do pior predador - o Homem -, retratados em centenas de cartazes violentíssimos que vi, com imagens de uma realidade feita de sofrimento, que me dói profundamente, precisamente porque continua a existir e pouco ou nada se tem feito para acabar com tudo isso.
Animais abandonados, doentes, torturados, explorados, presos a vida inteira, criados em condições desumanas, humilhados nos circos, maltratados, abatidos sem o mínimo respeito e dignidade, condenados a trabalhos forçados, sobretudo nos campos, estropiados nos laboratórios, deixados numa agonia profunda e a esvair-se em sangue, quer nos matadouros quer nas ruas e estradas...
Tantos exemplos de crueldade que há, caso da TOURADA, sinónimo também de TORTURA, BARBARIDADE E MORTE, espectáculo degradante QUE ALGUNS PAGAM PARA VER E APLAUDIR!
Lutarei sempre contra a existência de justiça (e leis) só para alguns, a prepotência e a exploração dos mais fracos e a humilhação e indiferença com que são tratados.
Lutarei sempre para derrubar a perversa ignorância e o vil poder dos que se afirmam pelos bens que têm (ou julgam ter) e não pelo BEM que fazem.
Dos que, pela sua enorme estupidez, não se enxergam como tal, cegos que estão no seu falso pedestal de vã superioridade, ganha à custa da bajulação social, corrupção, troca de favores, "partidarismo", cobardia, mentira e sofrimento dos outros.
Na Marcha, muitos passavam por nós com uma altivez que enojava e até sorriam cinicamente como quem cospe.
Na sua ignorância e estupidez, na futilidade das suas cabeças ocas e na arrogância conservadora com que vêem os outros - como inferiores a si -, não sabem nem nunca saberão o que é ter convicções, ideais, valores, lutar por eles e dar mais sentido ao existir. E que essa luta não é mais do que a procura da harmonia entre todos os seres, entre todos os animais, humanos e não humanos. Um grito que se solta contra a violência e a exploração dos mais fracos, dos indefesos e dos inocentes.
Eu luto e lutarei sempre ao lado destes. Eu luto e lutarei por eles porque acredito num amanhã diferente. Um AMANHÃ que RESPEITE e trate com DIGNIDADE todos os ANIMAIS, durante a sua vida mas também na sua morte.
Nazaré Oliveira