segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Pedro Passos Coelho visto por Daniel Oliveira




"Há pessoas que tiveram uma vida difícil. Por mérito próprio ou não, ela melhorou.
Mas ficaram para sempre endurecidas na sua incapacidade de sofrer pelos outros.São cruéis.
Há pessoas que tiveram uma vida mais fácil. Mas, na educação que receberam, não deixaram de conhecer a vida de quem os rodeia e nunca perderam a consciência de que seus privilégios são isso mesmo: privilégios. São bem formadas.
E há pessoas que tiveram a felicidade de viver sem problemas económicos e profissionais de maior e a infelicidade de nada aprender com as dificuldades dos outros. São rapazolas.

Não atribuo às infantis declarações de Passos Coelho sobre o desemprego nenhum sentido político ou ideológico. Apenas a prova de que é possível chegar aos 47 anos com a experiência social de um adolescente, a cargos de responsabilidade com o currículo de jotinha, a líder partidário com a inteligência de uma amiba, a primeiro-ministro com a sofisticação intelectual de um cliente habitual do fórum TSF e a governante sem nunca chegar a perceber que não é para receberem sermões idiotas sobre a forma como vivem que os cidadãos participam em eleições. Serei insultuoso no que escrevo? Não chego aos calcanhares de quem fala com esta leviandade das dificuldades da vida de pessoas que nunca conheceram outra coisa que não fosse o "risco" Sobre a caracterização que Passos Coelho fez, na sua intervenção, dos portugueses, que não merecia, pela sua indigência, um segundo do tempo de ninguém se fosse feita na mesa de um café, escreverei depois. Hoje fico-me pelo espanto que diariamente ainda consigo sentir:
Como é que este rapaz chegou a primeiro-ministro?

A propósito do dito...
Nome: Pedro Passos Coelho Data de nascimento: 24 de julho de 1964 Formação Académica: Licenciatura em Economia pela Universidade Lusíada (concluída em 2001, com 37 anos de idade)
Percurso profissional: Até 2004, apenas actividade partidária na JSD e PSD
A partir de 2004 (com 40 anos de idade) passou a desempenhar vários cargos em empresas do amigo e companheiro de Partido, Eng.º Ângelo Correia, de quem foi diligente e dedicado moço-de-fretes, tais como:

 (2007-2009) Administrador Executivo da Fomentinvest, SGPS, SA;
(2007-2009) Presidente da HLC Tejo, SA;
(2007-2009) Administrador Executivo da Fomentinvest;
(2007-2009) Administrador Não Executivo da Ecoambiente, SA;
(2005-2009) Presidente da Ribatejo, SA;
(2005-2007) Administrador Não Executivo da Tecnidata SGPS;
(2005-2007) Administrador Não Executivo da Adtech, SA;
(2004-2006) Director Financeiro da Fomentinvest, SGPS, SA;
(2004-2009) Administrador Delegado da Tejo Ambiente, SA;
(2004-2006) Administrador Financeiro da HLC Tejo, SA.

E é este homem que:
- Nunca soube o que era trabalhar até aos 37 anos de idade!
- Mesmo sem ocupação profissional, só conseguiu terminar a Licenciatura (numa universidade privada) aos 37 anos de idade!
 - Sem experiência de vida e de trabalho, conseguiu logo obter emprego como ADMINISTRADOR!
E se atreve a:
- Falar de mérito profissional e de esforço na vida!
- Pretender dar lições de vida a milhares de trabalhadores deste país que nunca chegarão a administradores de coisa alguma, mas que labutam arduamente há muitos anos, ganhando salários de sobrevivência!

É esta amostra de homem que governa este País!


Daniel Oliveira (jornalista)

Sabe-se onde está o dinheiro do BES e ...



 

Sabe-se onde está o dinheiro do BES e ninguém faz nada?

Conhecem-se as pessoas que o receberam e ninguém lhes faz nada?
E os outros mil e trezentos milhões de euros de passivo?

E Ricardo Salgado ainta tem a lata de dizer que só vê ladrões à sua volta! 

Gostava é de saber por que razão é que aceitaram a sua caução, um valor que é uma afronta a todos os portugueses sérios e às terríveis dificuldades que passam!

E por que razão não está preso e não se investiga a fundo todos os tentáculos desta (mais uma!) criminosa organização.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Em duas semanas a Grécia já ganhou imenso





O que ganhou a Grécia em quinze dias?

Alguns terão a tentação de dizer que nada - e fazer a prova (do seu desejo) de que o "radicalismo" conduz a uma mão cheia de pó, pois esbarra com as forças "vivas" da Zona Euro e soçobra. Mas olhando, objetivamente, apenas para factos, somos levados a constatar que, em duas semanas, a Grécia já ganhou imenso.

● Um ganho que alguns poderão dizer que é simbólico, ou imaterial, ou do domínio do goodwill soberanista, que aparentemente não enche a barriga dos esfomeados e não faz entrar guito no orçamento - a Grécia recolocou-se no mapa, deixou de ser um país capacho, menor e marginal, ignorado e humilhado, tratado como um "protetorado" de um comité de credores; ganhou voz e subiu ao tablado, mundial inclusive; é manchete de pé e não de rodillas.

● A Grécia pós 25 de janeiro trouxe para a ribalta outra dimensão até há pouco esquecida debaixo do tapete nos debates dentro da UE e da zona euro - a importância geopolítica das charneiras da Europa. É ouvir, agora, os mais insuspeitos a falar abertamente do tema. Chegará o momento em que a importância das charneiras não será só centrada no Egeu ou no Mediterrâneo Oriental (se juntarmos Chipre à Grécia). Chegará o tempo de falar do Atlântico e da Península Ibérica.

● A postura do novo governo colocou pela primeira vez em causa no plano prático a troika como entidade política na negociação (uma investigação do Parlamento Europeu já havia colocado em questão a legitimidade de um tal comité); a negociação política é feita de igual para igual nos fora adequados, no Eurogrupo, bilateralmente com as chefias das entidades como a Comissão Europeia, o FMI, o BCE, e com os outros parceiros-países; as discussões técnicas deixam de ter relevância política; o país negoceia de cabeça erguida e com coluna direita com os parceiros, não atua como capacho de um comité.

● Os Memorandos da troika como "lei" são algo para o caixote do lixo. Magistral a atuação de Alexis Tsipras ao vetar no último minuto a aprovação de um comunicado final de uma reunião do Eurogrupo para no dia seguinte marcar o seu ponto obtendo o primeiro reconhecimento formal de que o memorando da troika já não é de facto a "lei"; o Eurogrupo vai debater um novo guia, não baseado num diktat, mas num compromisso que tem de atender aos pilares da posição grega sufragada pelo eleitorado. É um acordo com credores oficiais radicalmente distinto. É uma ruptura se for materializado.

● Com o passar dos dias, a tese de que o novo governo grego era uma espécie de grupo de amadores radicalóides, utopista, por ousar atirar o calhau ao charco, passará para a gaveta. O novo governo recuou em alguns pontos (como o hair cut nominal de "grande parte" da atual dívida que está em mais de 70% na mão de credores oficiais, ou uma iminente conferência europeia sobre essa "coisa", como lhe chama o presidente Cavaco Silva), para marcar terreno com eixos de "bom senso" técnico irrevogáveis: emergência humanitária; swaps de dívida para aliviar o serviço anual de dívida e alongar maturidades; redução dos excedentes primários orçamentais para libertar recursos anuais; elaborar uma proposta de reformas (onde vai trabalhar com a OCDE) exequíveis (algumas delas que só "radicais" são capazes de implementar) e equilibradas (não destinadas à desvalorização interna do factor trabalho).

● Um obscuro ministro, careca, vindo quase do exílio no Texas, tornou-se um improvável fenómeno mundial mediático, um ativo de marketing político.

● A atuação deste governo grego traz um benefício à democracia representativa. Agindo em função daquilo para que foram eleitos mostram ao eleitorado que vale a pena jogar o jogo da democracia e atuar no seio da União Europeia com a espinha direita sem a síndrome do capacho. Se a União Europeia respeitar essa regra básica do respeito democrático, esses eleitorados radicalizados e enraivecidos contra a austeridade e a humilhação nacional consolidarão a sua confiança na democracia. Se for hostilizado ou humilhado rejeitará a União Europeia. Tão simples quanto isso - e essas camadas tendencialmente maioritárias no eleitorado radicalizar-se-ão ainda mais. As principais vítimas serão os capachos e os profissionais da humilhação - desaparecerão do "arco da governação".


Jorge Nascimento Rodrigues
(facebook)

Professores no desemprego - salas a abarrotar


 Há quantos anos andamos a dizer isto?

Professores no desemprego, salas a abarrotar...
Ao que chegámos com os estudos brilhantes dos ideólogos (e politólogos) das Ciências da Educação! E dos ministros da educação que temos tido e que mostram cada vez mais muito pouco ou quase nada perceberem de Educação e de Ensino!
Nem eles próprios se entendem nas ideias que têm, como está à vista de todos!

Que tristeza de gente e que triste país este, sistematicamente entregue a cabeças falantes que dizem sempre saber aquilo que, afinal, na realidade, nada provaram saber, muito pelo contrário!

A sua ação, salvo raras exceções pós-25 de Abril, tem sido não só desajustada como devastadora em relação à carreira dos professores e à sua dignidade profissional, como ofensiva e ultrajante para todos os que estudam nos nossos estabelecimentos de ensino oficial.

Fazem de conta. Vergonhosamente o fazem.

Num Estado de Direito que tanto se apregoa mas que, na realidade, tão pouco se vê e sente, até fazem vista grossa à Constituição!

Há quantos anos andamos a dizer isto?



Nazaré Oliveira


Paquistão vergonhoso




Crueldade: dezenas de cães são mortos para reduzir o número de animais nas ruas do Paquistão.

Pobres seres!

O seu castigo foi não terem tido o amor de ninguém? Nem o respeito?

Que monstruosidade lhe fizeram! Que nojo de seres humanos estes, que isto decidiram e isto concretizaram!




in  http://www.meionorte.com/noticias/internacional/crueldade-dezenas-de-caes-sao-mortos-para-reduzir-numero-de-animais-nas-ruas-do-paquistao-265494