Condenado a pena SUSPENSA ... POR ENTERRAR VIVA A "SUA" CADELA?
Leiam a notícia toda. Leiam.
Que se devia fazer a um tipo como este?
A forma como a tratou, doente, incapacitada, indefesa, num sofrimento terrível? Que Justiça é esta? Que monstruosidade e que monstro este que a Justiça acaba por não punir?
Pobre animal! Chorei ao ler esta notícia... Que te fez este criminoso, cadelinha? E com que crueldade e requintes de malvadez te tratou...
Leiam a notícia toda. Leiam.
Que se devia fazer a um tipo como este?
A forma como a tratou, doente, incapacitada, indefesa, num sofrimento terrível? Que Justiça é esta? Que monstruosidade e que monstro este que a Justiça acaba por não punir?
Pobre animal! Chorei ao ler esta notícia... Que te fez este criminoso, cadelinha? E com que crueldade e requintes de malvadez te tratou...
Esse criminoso é dono do restaurante Barco do Sado,
na localidade da Carrasqueira. Divulguem.
Nazaré Oliveira
Um
homem foi condenado a uma pena suspensa de um ano e quatro meses de prisão
depois de o tribunal ter dado como provado que enterrou viva a sua cadela velha
e doente. Apesar de ter sido resgatado, o animal acabou por não resistir e
morreu duas semanas mais tarde. A veterinária que o tentou tratar disse nunca
ter assistido a um caso tão grave.
A husky encontrava-se
infectada por uma doença parasitária, uma dirofilariose ou "verme do
coração", em que larvas transmitidas por mosquitos se acabam por alojar
nas artérias pulmonares e no coração. Trata-se de uma patologia que exige
repouso e cuidados. O construtor civil de 53 anos, que se recusou a comparecer
ao julgamento e foi condenado à revelia no passado dia 6 de Abril no Tribunal
de Grândola, negou ao PÚBLICO ter maltratado Big, que ele e a mulher, proprietária de um restaurante na zona da Comporta, no
distrito de Setúbal, criaram.
O
caso remonta a Janeiro do ano passado, quando Teresa Campos, fundadora da
associação local Focinhos, de defesa dos animais, recebeu uma
denúncia anónima por telefone a relatar que há vários dias que se ouvia um cão
a uivar nas traseiras do restaurante Barco do Sado, na localidade da
Carrasqueira. Meteu-se a caminho e chamou a GNR. Já
tinha anoitecido quando deu com o recinto ao ar livre vedado e com uma porta
trancada bloqueada por blocos de cimento, atrás da qual estava Big, deitada
numa poça de lama, praticamente sem reacção. “O animal estava prostrado sem
conseguir mover-se em estado caquético de magreza extrema, em delírio e
hipotérmico”, devido ao frio e à chuva, descreve a sentença. Como o dono tinha
“escavado uma pequena cova e colocado lá dentro o animal com vida”, só
conseguia levantar ligeiramente a cabeça.
“Uivava de dor e
aflição”
“Para
que o corpo ficasse preso colocou-lhe [em cima] uma grelha em ferro e um bloco
de cimento”, concluiu a sentença, que acolheu quase por inteiro a
acusação. Ignora-se quantos dias ali ficou sem água e sem comida, escreveu a
juíza responsável pela condenação. Antes de ser resgatada “uivava de dor e
aflição”.
“Parecia
um trapo velho e teve de ser tosquiada por causa dos parasitas externos”,
descreveu ao PÚBLICO Teresa Campos, que improvisou uma maca e a cobriu com uma
manta antes de a levar para o veterinário. O dono, que apareceu entretanto,
“não demonstrou qualquer preocupação” com o estado do bicho, diz também a
sentença: “Afirmou que se encontrava ali porque estava à espera de o mandar
abater”. Durante as duas semanas em que resistiu à morte no Hospital Veterinário
da Arrábida a cadela nunca reagiu a estímulos nem se alimentou voluntariamente.
Como apresentava danos neurológicos sérios e dificilmente conseguiria recuperar
acabou por ter de ser abatida.
Em
Portugal há todos os anos mais de 1200 animais vítimas de maus tratos, refere
ainda a sentença. “Não podem defender-se sozinhos, ficando reféns dos homens e
da sua crueldade. São traídos por aqueles em quem mais confiam, e ainda assim
nunca deixam de ser leais”. Para o tribunal, a actuação do construtor civil
para com o animal deixou patente uma deformação da própria personalidade. “Ao
invés de lhe proporcionar cuidados de saúde e nutrição, tratou-o cruelmente com
o claro propósito de lhe causar lesões, dor e sofrimento ao privá-la totalmente
da possibilidade de se mover, de alimento, água e cuidados médicos”, determinou
a juíza.
O arguido
diz-se injustiçado, mas afirma que não tentará recorrer da sentença, que o
obriga a pagar à fundadora da Focinhos a conta do hospital veterinário e ainda
a entregar 250 euros à associação. Alega que os militares da GNR que acorreram
às traseiras do restaurante inventaram um cenário que nunca existiu.