O site do
Clube de Jornalistas publica hoje, na íntegra, a comunicação de Sampaio da Nóvoa no Congresso da Cidadania, Ruptura e
Utopia.
Quem a
quiser ler na íntegra é só clicar em www.clubedejornalistas.pt.
Na abertura
escrevi o seguinte:
"A
intervenção mais aplaudida, com toda a gente de pé, no Congresso da Cidadania,
Ruptura e Utopia – que decorreu nos dias 13 e 14 deste mês na Fundação Calouste
Gulbenkian numa iniciativa da Associação 25 de Abril – foi, sem sombra de
dúvida, a de Sampaio da Nóvoa, o ex-reitor da Universidade de Lisboa que,
diz-se, será candidato às Presidenciais de Janeiro próximo.
Foi, na verdade, um discurso de rara qualidade
– pela linguagem utilizada, pela clareza da análise da situação do país, pelos
objectivos e caminhos traçados.
Das palavras de Sampaio de Nóvoa, a
comunicação social divulgou pequeníssimos excertos. Mas é importante que esta intervenção seja conhecida na sua globalidade.
Trata-se de
uma peça elegante, culta e certeira – e demasiado importante para que fique prisioneira
das paredes de uma sala e apenas no conhecimento de uma plateia, por muito
ilustre que seja.
“Abril é a nossa raiz comum” é o seu
título e nas páginas do “Clube de Jornalistas” fica disponível na íntegra para
quem a quiser consultar… … Mas não sem que, antes, sublinhemos algumas
frases e citações a que Sampaio da Nóvoa recorreu:
– “As
revoluções começam sempre pelo beijo de uma desconhecida na rua. Pela vitória
do sonho” (José Gomes Ferreira)
– Quem
espera nunca alcança, e se não formos nós a acabar com esta política, ninguém o
fará por nós. “Durmamos, que um dia a vida nos acordará a pontapés” (António
Sérgio).
– Recusemos
sebastianismos, populismos, justicialismos, que são o pior da nossa história e
das nossas tentações. “Ai do povo que precisa de heróis!” (Brecht).
– José
Mujica, Presidente do Uruguai, teve a coragem de dizer que quem gosta muito de
dinheiro deve afastar-se da política. Se tivermos as mãos atadas por teias e
arranjos, não teremos condições para defender o interesse público, de todos.
– (…) que
cada um de nós possa dizer, com Humberto Delgado: “Estou pronto a morrer pela
liberdade”. Hoje, a liberdade é o poder de decidir, nas nossas vidas pessoais,
nas nossas vidas colectivas.
– Pela minha
parte, “não espero nada, não temo nada, sou livre”. Sei que é preciso liberdade
dentro para servir fora. Sei que a ousadia já é metade da vitória (Padre
António Vieira). E sei também que, juntos, ganharemos o que perdemos separados.
– Uma coisa
vos digo, para acabar como comecei, “a eternidade é hoje ou não será nunca”
(José Gomes Ferreira).
Boa leitura.
Ribeiro Cardoso