Um texto de Alfredo Barroso que, a brincar, a brincar, mostra bem a forma como estes governantes nos tratam: inaceitável, tal como o racismo!
«Este governo não tem nada contra os
funcionários públicos nem contra os pensionistas», disse a inefável ministra das
Finanças, senhorita Maria Luís
Albuquerque, explicando que o alargamento da famosa Contribuição Extraordinária
de Solidariedade (CES) se justifica pela «necessidade de garantir a
sustentabilidade das contas públicas».
Esta
extraordinária declaração da senhorita Maria Luís fez-me lembrar uma famosa
anedota, que, por acaso, me foi contada pela primeira vez pelo Raul Solnado,
num jantar de aniversário, há mais de 20 anos, e que reza mais ou menos assim:
Numa cidade
do sul dos EUA, um preto entra numa loja de venda de armas, é recebido ao
balcão pelo armeiro branco dono da loja, vai olhando para as armas expostas nas
vitrinas e vai perguntando:
- O senhor
tem uma pistola Beretta?
- Não tenho,
não senhor!
- E tem uma
Walther?
- Não tenho,
não senhor!
- E tem uma
Smith & Wesson?
- Não tenho,
não senhor!
- E tem uma
espingarda Remington?
- Não tenho,
não senhor!- E tem uma Brownning?
- Não tenho,
não senhor!
- E tem uma
Kalashnikov?
- Não tenho,
não senhor!
- E tem uma
pistola-metralhadora UZI 9MM?
- Não tenho,
não senhor!
- E tem uma
Breda M37?
- Não tenho,
não senhor!
- E tem um
lança granadas de espingarda Energa m/953?
- Não tenho,
não senhor!
- E tem um
lança granadas Battlefield 4 MGL?
- Não tenho,
não senhor!
- E tem uma
BaZuka by runie84?
- Não tenho,
não senhor!
- Oiça lá, o
senhor tem alguma coisa contra os pretos?
- Tenho,
sim, senhor! Uma Beretta, uma Walther, uma Smith & Wesson, uma Remington,
uma Brownning, uma UZI 9MM, uma Breda M37, um Energa m/953, um Battlefield 4
MGL, uma BaZuka by runie84, e ainda, se for preciso, um Canhão Sem-Recuo de
106MM!
A senhorita Maria Luís também não tem
nada contra os funcionários públicos e contra os pensionistas, a não ser a
Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), os cortes brutais nos
salários e nas pensões, o aumento dos impostos e das contribuições para a ADSE,
a diminuição dos subsídios de doença e de desemprego, assim como das
comparticipações nos medicamentos, o aumento das taxas moderadoras no SNS, etc,
etc, etc...