domingo, 18 de agosto de 2013

Crueldade

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É horrível ver cenas cruéis deste nosso mundo, também, cruel.
Nesta foto, a crueldade da luta de cães. No entanto, também seria cruel se fosse uma foto com violações de pessoas ou de animais, touradas, gente com fome, sede, frio, sem medicamentos, pessoas e animais na solidão, abandonados, acorrentados, torturados, na imundice, morrendo lentamente numa agonia sem fim para gáudio de mentes perversas e sanguinárias que assim alimentam os seus comportamentos desviantes e as suas frustrações e recalcamentos.

Custa ver esta e outras cenas cruéis? Com pessoas? Com animais?
Custa ver, sim, mas mais me custaria e sempre custará saber que actos cruéis persistem e que, pela ignorância ou indiferença da nossa parte, não denunciamos.

Custa ver, sim, mas mais me custaria saber que sei, vi e nada fiz pelas vítimas inocentes de sacanas sem lei.
Custa ver, sim, mas mais me custaria ocultar ou, sequer, fingir que não sei.

Custa ver, sim, mas jamais deixarei de divulgar.
Eu estou do lado das vítimas e tudo farei para denunciar os seus carrascos.

Não acabo com a crueldade nem com quem a pratica mas, orgulhosa e convictamente, reafirmo publicamente a minha posição face à dura luta que se continua a travar para defesa dos direitos humanos e dos não humanos.
As redes sociais têm um papel cívico e pedagógico importantíssimo para o esclarecimento que urge fazer-se e a todos os níveis. Sobretudo, com os mais jovens.

Não as utilizar, portanto, em situações como esta, seria um ato de cobardia da minha parte e a negação de mim mesma.
Nazaré Oliveira