terça-feira, 21 de agosto de 2012

Não à redução de pena!

Duas das meninas encarceradas e mortas: Julie e Melissa

O assassino
A assassina




Há pouco, na TV, mais uma vez "o caso Marc Dutroux" e a lembrança daquela cave dos horrores. Falavam da redução da pena de Michelle Martin.

Meu Deus, como é possível reduzir-se a pena a alguém que foi cúmplice da crueldade e do assassínio de meninas, mortas lentamente e premeditadamente pelo seu marido, com o qual, inclusive, colaborou neste cenário macabro?

Como é possível (na Bélgica ou onde quer que seja), dar-se hipótese a "gente" assim de viver em liberdade, como se nada de medonho, hediondo e terrivelmente devastador tivesse acontecido? Como é possível fazer-se justiça não a fazendo, isto é, não a obrigando a cumprir? Quem devolve a vida àquelas meninas? Quem imagina o sofrimento e tortura por que passaram? E os seus pais? OS SEUS PAIS?

Quanta dor, quanta revolta, desespero inimaginável e angústia constante!

Numa sociedade que cada vez mais se arvora de igualitária e que cada vez mais prega a justiça, assistimos a casos como este onde os criminosos, simplesmente, passam pelas cadeias e delas saem a sorrir, como este monstro chamado Michelle Martin.

A sociedade atual cada vez engendra mais monstros destes. Que fazer? JUSTIÇA.

JUSTIÇA IMPLACÁVEL E EXEMPLAR PARA PEDÓFILOS!

Esta mulher não pode ver a sua pena reduzida seja sob que argumento for. Nunca!

O seu marido, Marc Dutroux, que ela sempre apoiou no seu macabro trabalho e sobre o qual nunca nem a ninguém denunciou, foi um assassino em série. Sequestrou e  abusou de 6 crianças das formas mais violentas que se possam imaginar.

A sua prisão, em 1996, nem por isso evitou que milhares e milhares de belgas, nesse ano, viessem para a rua e daí estendessem a sua revolta ao mundo inteiro através da "Marcha Branca" de 300.000 pessoas em  Bruxelas, uma vez que consideravam que semelhante (s) ato (s) de horror jamais poderiam  ser atenuados fosse pelo que fosse.

Este terrível assassino  era de tal modo  habilidoso e assustadoramente manipulador que foi capaz de convencer um psiquiatra de que era incapaz. Com isso, imaginem,  passou a receber uma pensão do governo. Recebia, até, sedativos, que mais tarde usou nas meninas sequestradas

Matou-as pela violência continuada dos abusos sexuais, psicológicos… matou-as à fome durante meses, sistematicamente  acorrentadas numa cave, numa cama,  tendo  algumas destas crianças sido enterradas vivas, com conhecimento da mulher .

 Centenas de vídeos pornográficos comerciais foram encontrados nas casas de Dutroux, juntamente com uma quantidade considerável de vídeos pornográficos que o mesmo tinha produzido com a sua mulher  Michelle Martin, a tal que a Justiça belga vai ajudar, reduzindo-lhe  a pena: “O tribunal de Mans, que se reuniu pela quinta vez, desde 2007, para decidir sobre o pedido de liberdade condicional de Michelle Martin acabou por autorizar a entrada da reclusa no convento das irmãs clarissas em Malone, perto de Namur, no sul do país, na condição de não se aproximar dos familiares das vítimas de Dutroux, que se opuseram à decisão judicial. A abadessa Christinne, das irmãs clarissas de Malonne, confirmou à France Presse que o convento está prestes a acolher a ex-mulher de Marc Dutroux.

Michelle Martin, 52 anos, está presa desde 1996 e cumpriu em 2004 metade da pena de trinta anos de cadeia a que tinha sido condenada.”

(Metade, não, pois só cumpriu 8 anos!)

E mais uma vez a ajuda da Igreja, a bênção da Igreja”, em cujo regaço, afinal, todos têm lugar.

Michelle Martin , a tal que cúmplice sempre foi de Dutroux e que como tal foi julgada (Dutroux recebera a sentença de prisão perpétua e Michelle Martin 30 anos).

Em 2011, o pedido de liberdade condicional foi aceite no Tribunal de Mons, facto que se transformou em assunto polémico na Bélgica. De acordo com o programa de reinserção da reclusa, a ex-mulher de Dutroux, que afirmou ter-se tornado "muito religiosa" na prisão, propôs residir num convento em França.

Que “santa”! Que arrependida, esta maldita mulher, figura-chave do caso Dutroux, conivente, presente e colaboradora em todos os seus atos macabros!

NÃO À REDUÇÃO DE PENA NEM À SAÍDA DA PRISÃO DESTA (TAMBÉM) ASSASSINA!

NÃO Á REDUÇÃO DE PENA em casos monstruosos como este, seja na  Bélgica ou em que lugar for! SIM À PRISÃO PERPÉTUA PARA CARRASCOS DE INOCENTES.

A VIDA DESTAS MENINAS JAMAIS voltará e a dos seus pais num inferno para sempre se transformou.

Esta é a União Europeia civilizada? Não, mas já era tempo que o fosse. No Direito e não só.




Nazaré Oliveira