Notícia, revoltante! (clicar)
A crise continua a pagar-se, não com o dinheiro dos ricos, que abunda (e de
que maneira!), mas com os cortes naquilo que deveria ser sempre salvaguardado:
os salários dos pobres, melhor dizendo, os pobres dos salários.
Numa sociedade que se diz democrática e humanista, num estado de Direito
tão apregoado, cada vez mais o capitalismo selvagem invade tudo e todos, como
um polvo gigante de gigantes tentáculos.
Não é preciso ser-se grande iluminado na área da Economia ou Gestão para
concluir do descalabro que a Política portuguesa está a ser, servindo-se dos
mais pobres para engorda dos mais ricos.
Numa situação de crise como a que estamos a viver, deveriam ser intocáveis
os salários dos mais pobres e os direitos dos mesmos face às investidas cada
vez mais agressivas e monstruosas de quem detém o capital e dele mão não abre.
Notícias como esta, de uma realidade por nós cada vez mais conhecida,
levam-nos a pensar que, tal como Salazar, o primeiro-ministro coloca as elites
acima do Povo e as enaltece, seja a que preço for, colocando o Estado acima dos
Cidadãos. Subvertendo completa e descaradamente aquelas que foram as grandes
conquistas de Abril consignadas na nossa Constituição.
Em discursos vergonhosos de vergonhosa terminologia, só lhe falta
publicamente pedir o fim das eleições, a existência de partido único, a censura
e o reforço do estado policial.
Onde é que vamos parar?
Quem é esta gente que nos governa, petulante, arrogante, armada em
"salvadores da pátria", completamente subordinada à bancocracia e a homens como estes - os 25
homens mais ricos de Portugal em 2012 - que, coitadinhos, perderam 17,5% da sua fortuna,
avaliada agora em 14,4 mil milhões de euros?
E nós? O povão?
O jornal PÚBLICO naquela notícia de 25 deste mês
publicava a lista dos dez mais ricos neste ano:
1. Alexandre Soares dos Santos: 2070 milhões de euros
2. Américo Amorim: 1955,9 milhões de euros
3. Família Guimarães de Mello, 700,1 milhões de euros
4. Belmiro de Azevedo: 680,9 milhões de euros
5. Família Alves Ribeiro: 650,8 milhões de euros
6. Rita Celeste Violas e Sá, Manuel Violas: 609,3 milhões de euros
7. Família Cunha José de Mello: 560 milhões de euros
8. Fernando Figueiredo dos Santos: 542,3 milhões de euros
9. Maria Isabel dos Santos: 542,3 milhões de euros
10. Luís Silva e Maria Perpétua Bordalo Silva: 521 milhões de euros
1. Alexandre Soares dos Santos: 2070 milhões de euros
2. Américo Amorim: 1955,9 milhões de euros
3. Família Guimarães de Mello, 700,1 milhões de euros
4. Belmiro de Azevedo: 680,9 milhões de euros
5. Família Alves Ribeiro: 650,8 milhões de euros
6. Rita Celeste Violas e Sá, Manuel Violas: 609,3 milhões de euros
7. Família Cunha José de Mello: 560 milhões de euros
8. Fernando Figueiredo dos Santos: 542,3 milhões de euros
9. Maria Isabel dos Santos: 542,3 milhões de euros
10. Luís Silva e Maria Perpétua Bordalo Silva: 521 milhões de euros
Incrível o que isto significa e em mim provoca!
Afinal, tal como sempre tenho dito, dinheiro há,
seguramente, para pagar e sair da crise, só que, estão a ir buscá-lo a quem não
devem: aos pobres.
Isto é admissível? Aceitável? E a troika? Que diz disto essa troika?
Enriquecem com o dinheiro que roubam e com a
exploração que continuam a fazer dos mais vulneráveis. Mas, o mais grave, é que
enriquecem com o beneplácito do governo, da Assembleia da república e da Presidência
da República.
"Ó glória de mandar ó vã cobiça"!
Vampiros! Vampiros habituais e de longa data (veja-se, já agora, o quadro dos salários anuais auferidos em 2010 e 2011 pelos presidentes das empresas do PSI-20/ oito exemplos):
Manuel Faria de Oliveira, Galp
2010: 1.337.000 / 2011: 1.642.600 / Média: 1.489.800 milhões
José Honório, Portucel
2010: 1.532.491 / 2011: 1.425.895 / Média: 1.479.193 milhões
Zeinal Bava, PT
2010: 1.416.959 / 2011: 1.355.943 /Média: 1.386.451 milhões
Pedro Queiroz Pereira, Semapa
2010: 983.000 / 2011: 1.386.888 / Média: 1.184.944 milhões
Paulo Azevedo, Sonae
2010: 1.122.871 / 2011: 1.143.020 / Média: 1.132.945 milhões
António Mexia, EDP
2010: 1.043.541 / 2011: 1.034.840 / Média: 1.039.190 milhões
Ângelo Paupério, Sonaecom [Público]
2010: 1.004.800 / 2011: 1.027.100 / Média: 1.015.950 milhões
Ricardo Salgado, BES
2010: 1.222.000 / 2011: 801.000 / Média: 1.011.500 milhões
2010: 1.337.000 / 2011: 1.642.600 / Média: 1.489.800 milhões
José Honório, Portucel
2010: 1.532.491 / 2011: 1.425.895 / Média: 1.479.193 milhões
Zeinal Bava, PT
2010: 1.416.959 / 2011: 1.355.943 /Média: 1.386.451 milhões
Pedro Queiroz Pereira, Semapa
2010: 983.000 / 2011: 1.386.888 / Média: 1.184.944 milhões
Paulo Azevedo, Sonae
2010: 1.122.871 / 2011: 1.143.020 / Média: 1.132.945 milhões
António Mexia, EDP
2010: 1.043.541 / 2011: 1.034.840 / Média: 1.039.190 milhões
Ângelo Paupério, Sonaecom [Público]
2010: 1.004.800 / 2011: 1.027.100 / Média: 1.015.950 milhões
Ricardo Salgado, BES
2010: 1.222.000 / 2011: 801.000 / Média: 1.011.500 milhões
Não há
dinheiro em Portugal? Por favor, não brinquem comigo!
Nazaré Oliveira