O Senhor Professor José Adelino
Maltez, que muito prezo e admiro, hoje, na sua página do FB, escreveu: “Confirmo
que a guerra de invejas constitui a principal energia social dos nossos ciclos
de decadência e de sucessivas quedas dos anjos, esses hábeis navegadores pelos interstícios
do poder, na partidocracia, no negocismo e nos grandes lugares do Estado. Seria
melhor que surgisse um novo paradigma de servidor público, um novo modelo de
bom deputado, um novo conceito de ministro de Estado, com menos imagem, menos
sondagem e menos sacanagem, mas também com menos soberba de intelectuário e
mais verdade”.
Palavras que subscrevo inteiramente.
Estou farta de pseudo democratas, de
pseudo intelectuais, de pseudo políticos, de pseudo revolucionários, de pseudo ministros,
de pseudo primeiro ministros, de pseudo presidentes da República, de pseudo professores,
de pseudo sindicalistas, de pseudo ativistas, de pseudo cidadãos, de falsários,
ordinários e outros vigários.
De fascistas e ditadores disfarçados,
de jogos debaixo da mesa, de promiscuidade institucional e de povo manso,
humilde e obediente para o qual falar de luta quase ou nada vale, adormecido
que está por uma apatia e estranho torpor que em tudo envergonharia (e
envergonha) os que lutaram contra o Feudalismo, o Absolutismo, a Escravatura, o
Imperialismo, o Colonialismo, o Nazismo, a Segregação racial, a Igualdade de
todos perante a lei e a defesa dos mais elementares direitos conseguidos com
tanta luta e determinação ao longo dos séculos por tanta gente que até com a
própria vida essas conquistas pagaram. Para nós.
Utopia? Qual utopia? Se assim fosse,
jamais teríamos essa gente que ao longo da História nos legou essa herança
fabulosa de um caminho traçado em prol de uma Política e de políticas que sirvam
com lealdade e exemplaridade os governados e não que deles se sirvam para a
usurpação descarada do Poder, como acontece na atualidade.
Não deixem morrer a luta! Não deixem de se
indignar! Não consintam mais a manipulação obscena de quem se autopromove pela
demagogia, ignorância e populismo encartado.
Nazaré Oliveira